Exército bielorrusso faz manobras com armas nucleares táticas

Lourdes Carvalho Por Lourdes Carvalho
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Foto destraque: Alexander Lukashenko, presidente de Belarus (Reprodução/Alexander Nemenov/ AFP via Getty Images embed)

Na  última terça-feira (7), a agência de notícias estatal Belta disse que Belarus teria iniciado verificações do quanto seu Exército estaria apto para implantação de armas nucleares táticas. Um dia após a Rússia ter afirmado que realizaria exercícios com armas nucleares, ao se sentir ameaçada pela França, Grã-Bretanha e Estados Unidos.

Inspeção surpresa

Ainda de acordo com Belta, Viktor Khrenin, ministro da Defesa bielorrussa, teria mencionado que o presidente Alexander Lukashenko teria ordenado uma inspeção de surpresa das forças encarregadas desse armamento.

Toda a gama de atividades, desde o planejamento, preparação e uso de ataques com armas nucleares táticas, será verificada. As verificações envolveram uma divisão de mísseis Iskander e um esquadrão de aeronaves Su-25.”

Viktor Khrenin

O presidente de Belarus comentou que havia um acordo entre ele e Putin desde 2023. Uma imensidão  de armas nucleares táticas russas  foram instaladas em Belarus.

“Ninguém usará estas armas para fins ofensivos, os equipamentos servem apenas para dissuasão.”

Alexander Lukashenko

 

Armas nucleares táticas são projetadas para uso no campo de batalha. Elas podem ser lançadas por meio de mísseis. Apesar de serem menos devastadoras do que as armas nucleares estratégicas, que são utilizadas para destruir cidades inteiras, são massivamente destrutivas. Ainda não foram utilizadas em combate.

Ameaça rotineira

De acordo com um porta-voz da inteligência militar ucraniana, Putin sempre fez chantagem nuclear, portanto não há nada de novo nessas manobras dos russos e bielorrussos.

Vladimir Putin, presidente da Rússia (Foto: reprodução/[email protected]_official)

 

Desde o início do conflito na Ucrânia, Putin tem feito ameaças com armamento nuclear. Em seu discurso à nação em fevereiro deste ano, ele alertou que havia um risco “real” de guerra nuclear. No ano passado, a Rússia abandonou o CTBT (Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares), retirando-se de um importante acordo de redução de armas com os Estados Unidos.

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