Governador do RS confirma rompimento da barragem 14 de julho

Letícia Guedes Por Letícia Guedes
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Foto Destaque: barragem 14 de julho (Reprodução/Divulgação/Companhia Energética Rio das Antas)

Na tarde desta quinta-feira (2), a barragem 14 de julho, localizada na Serra do Rio Grande do Sul, sofreu um brusco rompimento devido a grande quantidade de chuvas que vem atingindo o estado. A informação foi reafirmada pelo governador do RS, Eduardo Leite, em seu perfil nas redes sociais.

A barragem está centralizada entre as cidades de Cotiporã e Bento Gonçalves. Até o momento, a maior recomendação cedida pelas autoridades é de que moradores de regiões próximas deixem as áreas de risco e migrem para casas de familiares ou abrigos públicos disponibilizados pela prefeitura.


Comunicado sobre a barragem 14 de julho concedido pelo governador Eduardo Leite (Vídeo: reprodução/Instagram/@eduardoleite45)


Eduardo havia comentado sobre a barragem um dia antes

Durante uma coletiva de imprensa na última quarta-feira (1), o líder citou o risco da ruptura da barragem, de forma que afetaria brutalmente os cidadãos de cidades vizinhas. Eduardo chegou a comparar o nível dos temporais deste mês com a tragédia ocorrida no Rio Grande do Sul em 2023, além de alegar que o estado poderia não ter todos os recursos disponíveis para o resgate de vítimas.

“Nós não teremos capacidade de fazer todos os resgates, porque está muito mais disperso nesse evento climático que a gente está vivenciando. E com dificuldades, porque ali as chuvas não cessam. O estado tem tido dificuldades para acessar as localidades.”

Eduardo Leite

As chuvas intensas vêm atingindo várias parcelas da região Sul desde o dia 26 de abril, quando o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alertas de tempestades. Segundo dados da Defesa Civil do RS, 13 pessoas já morreram por conta das enchentes e 21 permanecem desaparecidas em algumas cidades.

Declaração da companhia responsável pela barragem

A Companhia Energética Rio das Antas, conhecida também como Ceran, prestou esclarecimento sobre a tragédia. Em nota, os responsáveis afirmaram que, para além das chuvas, o rompimento da usina 14 de julho aconteceu devido ao aumento contínuo da vazão do Rio Antas.

“O Plano de Ação de Emergência foi colocado em prática no dia 1 de maio, às 13h50, em coordenação com as Defesas Civis da região, com acionamento de sirenes de evacuação da área, para que a população local pudesse ser retirada com antecedência e em segurança.”

Ceran – Comapanhia Energética Rio das Antas

Por fim, a Ceran mencionou que as barragens de Monte Claro e Castro Alves também seguem em estado de atenção, além de reforçar a população a se informar por meio dos comunicados oficiais das autoridades.

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