Governo brasileiro não assina comunicado que refuta resultado eleitoral na Venezuela

Rafael Almeida Por Rafael Almeida
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Foto destaque: Campanha eleitoral venezuelana foi cercada de polemicas (reproduçao/X/@NicolasMaduro)

Durante o comunicado oficial emitido na última sexta-feira, o governo brasileiro afirmou que não assinou o comunicado que refuta o resultado eleitoral na Venezuela por não concordar com o teor do texto. A justificativa oficial foi de que o país é um dos únicos que ainda dialoga com ambos os lados da política venezuelana.

O comunicado divulgado foi assinado pelos Estados Unidos, União Europeia e mais dez países da América Latina, além da OEA. No comunicado, os signatários afirmaram que as eleições realizadas na Venezuela foram fraudadas.

Suprema Corte venezuelana valida Maduro como presidente

Recentemente, a Suprema Corte do país reconheceu o atual presidente Nicolás Maduro como vencedor das eleições venezuelanas, sendo que, anteriormente, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) já havia dado a vitória ao candidato. No entanto, isso ocorreu em meio às polêmicas de que ambos os órgãos vêm se recusando a apresentar as atas de votação.


Governo venezuelano ainda se recusa a entregar atas eleitorais (Foto: reprodução/Getty Images/News/Jesus Vargas/Getty Images Embed)


Além das polêmicas e pressões externas, dentro do país, a oposição alega que tanto o CNE quanto o TSJ são controlados por Maduro, o que tira a credibilidade da validação de ambos. De acordo com eles, o verdadeiro vencedor das eleições foi Edmundo Gonzalez.

Governo brasileiro já foi próximo de Maduro

O governo brasileiro, principalmente Lula, que já chegou a ser bem próximo de Maduro, vem recebendo pressões tanto internas quanto externas para tomar uma postura concreta sobre a contestação do resultado eleitoral venezuelano.

A própria eleição, que vai completar um ano na próxima semana, vem cercada de controvérsias, que vão desde a prisão de candidatos da oposição até a recusa de Maduro em admitir uma possível derrota. Além disso, o caos na política internacional do país levou países como os Estados Unidos a voltarem a impor sanções pesadas no país sul-americano.