Após acordo, greve que aconteceria na manhã dessa quarta-feira (3) foi suspensa. O anúncio da greve foi confirmada na noite de terça-feira (2) pelo Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SMTTRUSP), a categoria faria uma greve em toda capital paulista.
Apesar da comunicação prévia, o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região decidiu que os condutores e cobradores de ônibus de São Paulo deveriam assegurar que toda a frota estivesse em operação nos momentos de maior movimento, das 6h às 9h e das 16h às 19h, e, no mínimo, 50% nos demais horários.
“Estamos atentos a essa situação e continuaremos monitorando para assegurar que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados sem prejudicar a mobilidade dos habitantes de São Paulo.”
Sindicato de São Paulo
A reunião que resultou em acordo
A greve foi cancelada depois que sindicalistas e o presidente da Câmara Municipal, vereador Milton Leite (União Brasil), chegaram a um acordo. Porém, segundo a prefeitura de São Paulo, a circulação de veículos foi interrompida.
A principal reivindicação dos trabalhadores é um aumento salarial de 3,69 por cento, além de um aumento real de 5%, e compensação pela perda salarial devido à pandemia. A greve foi aprovada em reunião na última sexta-feira (28) e ratificada após reunião na tarde desta terça-feira (2).
No acordo, foi oferecido a redução da jornada de trabalho, o aumento no valor do vale-refeição e, na próxima semana, haverá uma nova reunião para negociar as demais pautas.
A greve afetaria, sobretudo, os sistemas estrutural e de articulação, que têm uma frota de aproximadamente 7.300 ônibus, distribuídos em pouco mais de 800 linhas. Os grevistas são funcionários de empresas que fazem parte do SPUrbanuss, o sindicato patronal da capital.
Há meses, negociações têm se arrastado
No mês passado, os trabalhadores do setor rodoviário votaram e aprovaram uma greve para o início do mês, mas, depois de um acordo com o SPUrbanuss, em uma audiência de conciliação na Justiça do Trabalho.
Naquele momento, o SindMotoristas concordou em ceder ao protesto sob determinadas condições. Uma das medidas é a criação de um corpo técnico para fiscalizar os contratos firmados entre as concessionárias e a Prefeitura de São Paulo.
Após o acordo, os trabalhadores concordaram em suspender a greve até o dia 30 de junho, considerando o prazo limite para que o Sindmotoristas e o SpUrbanuss possam chegar a um acordo sobre as demandas dos funcionários.