Com as investigações sobre o caso da socialite Regina Lemos Gonçalves indo a todo vapor, seu marido e ex-motorista foi ouvido nesta quinta-feira em depoimento que durou mais de sete horas. José Marcos Chaves Ribeiro está sob investigação após acusações que envolvem maus tratos e cárcere privado.
Situação
Nesta quinta-feira (16), José Marcos Chaves Ribeiro, de 53 anos, foi ouvido na 12ª DP em Copacabana por mais de sete horas em razão das acusações de cárcere privado e maus tratos contra a socialite Regina Lemos, de 88 anos, sua esposa. O ex-motorista saiu da delegacia pouco antes das 22h juntamente com seu advogado e recusando-se a falar com a imprensa. Segundo o delegado titular da 12ª DP, Angelo Machado, a síndica do condomínio palco de investigações, Marina Felfeli, do edifício Chopin, também prestou depoimentos.
O impacto da ausência da socialite Regina Gonçalves, causou mobilização dos vizinhos em Copacabana, Zona Sul do Rio, e tal reação foi pivô de desavenças familiares virem à tona. Depois de três meses em desaparição, Regina retornou ao seu apartamento no edifício Chopin, na Avenida Atlântica, no dia 26 de abril. É estimado que ela tenha herdado cerca de 500 milhões de dólares, joias, relógios, obras de arte, mansões e fazendas após ficar viúva do fazendeiro e fundador da Copag, Nestor Gonçalves. Quando fez seu retorno após certo período em sumiço, seu marido e ex-motorista foi acusado por si de ter pegado quantias de sua poupança e ainda joias de seus cofres. Álvaro O’hara, apresentado como sobrinho da viúva, declarou à imprensa que Regina teria herdado 500 milhões de dólares, hoje o equivalente a 2,5 bilhões de reais, após a morte do primeiro marido.
De acordo com o blog Segredos do Crime, a defesa do atual marido de Regina adentrou com um habeas corpus para impedir o prosseguimento das investigações. Bruno Saccani, advogado de José Marcos, alegou na liminar em favor do acusado, que a polícia está dando continuidade a “uma investigação completamente arbitrária, movida por falsas acusações, pressão midiática e descumprimento de decisões judiciais”. Ainda segundo o blog, ressaltando a fortuna da idosa, sua fortuna ainda é composta por mansões em estilo normando, na Rua Capuri, área nobre de São Conrado; uma fazenda em Angra dos Reis, sem citar mais joias e obras de arte. Tem-se fatos de que uma segunda fazenda exista em Cuiabá, investida em gados de corte antes da morte de Nestor Gonçalves. A socialite ainda seria presidente do Grupo Nestor Gonçalves, considerando que a idosa foi a única herdeira do magnata e ambos não tiveram filhos.
Apartamento Chopin
Além da disputa judicial que assola a vida dos envolvidos, aflorou-se testemunhos sobre uma dívida de 20 meses de atraso de condomínio em dois apartamentos, o 301 e 302 do edifício Chopin, unificados por Regina, somado a cobranças em aberto do IPTU. João Chamarelli, empresário e amigo com poder de fala, disse que a Regina está com contas zeradas e pode ter seus apartamentos leiloados caso não pague a multa. Cada um deles deve dez meses de condomínio, equivalendo cerca de 47.268,44 reais cada um, a dívida total passa dos 100 mil reais. Em continuidade a fala do empresário, a fortuna segue sendo comandada pelo marido com quem tem união estável apesar de negar ter documentos assinados que comprove.
O sobrinho Carlos Aristophanes de Queiroz, afirmou que a família está negociando a dívida mas ainda não houve acordo. De acordo com a Globo, em documentação obtida também constam dívidas de IPTU. O valor do imposto de cada apartamento chega aos 25 mil reais.
A família relata que José Marcos ainda ficou com joias e obras de arte que somam mais de 20 milhões de reais além dos apartamentos. Regina Lemos Gonçalves não teria recuperado os bens e segue recebendo ajuda financeira do único irmão vivo.