No último domingo (7), mais de 300 caminhões de auxílio humanitário entraram no enclave palestino. A Casa Branca elogiou, mas afirmou que seriam necessários, pelo menos, 350 caminhões por dia, enquanto durarem as negociações pelo cessar-fogo e pela libertação dos reféns.
Processo de negociação
John Kirby, porta-voz da Casa Branca, disse que o diretor da CIA, William Burns, esteve no Cairo no último final de semana com o objetivo de focar em negociações para libertar os reféns que estão mantidos em Gaza pelo grupo palestino Hamas.
“Deveria ser óbvio, apenas pela quantidade de diplomacia que estamos fazendo e que nossos correspondentes estão fazendo, que estamos levando isso muito, muito a sério. E realmente queremos chegar um acordo sobre os reféns o mais rápido possível”.
John Kirby
Palavras ditas por Kirby ao ser questionado pelos repórteres se haveria motivo para otimismo sobre um possível acordo pelos reféns.
O saldo desse embate, até agora, são 1.200 pessoas mortas em um massacre no sul de Israel, em 7 de outubro pelo Hamas, de acordo com informações israelenses; e mais de 33.000 palestinos mortos pelo contra-ataque de Israel, segundo informações do Ministério da Saúde de Gaza, governada pelo Hamas.
Palestinos evacuam área após ataque aéreo israelense, em outubro de 2023 (Foto: reprodução/Mahmud Hams/AFP/Getty Images embed)
Israel dá resposta à Casa Branca
Atendendo ao apelo dos EUA, Israel enviou nesta segunda-feira (8), 419 caminhões de ajuda humanitária. Segundo as Forças de Defesa de Israel, é a maior entrega de auxílio em um único dia, desde 7 de outubro do ano passado, quando iniciou o conflito.
Antes disso, entre 450 e 500 caminhões com suprimentos entravam em Gaza diariamente. O PAM (Programa Alimentar Mundial) disse que 88% da população em Gaza está em estado de emergência pela insegurança alimentar, e é iminente a fome no norte da Faixa.