O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, participou de uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (29) na Casa Branca e concedeu comentários sobre as mortes que ocorreram durante uma ação de distribuição de alimentos na Faixa de Gaza.
Na ocasião, Biden alegou que este novo conflito agora apresenta-se como um novo empecilho para um possível cessar-fogo entre Israel e Hamas – grupo terrorista palestino.
Além disso, o presidente afirmou que as autoridades ainda estão averiguando os responsáveis e os verdadeiros fatos sobre a tragédia. Segundo Joe Biden, há duas versões sobre o acontecimento e que, mesmo com as dificuldades, ainda permanece esperançoso para um futuro acordo.
O que aconteceu na Faixa de Gaza
Ainda na madrugada da quinta-feira (29), um conflito tomou conta de uma fila de distribuição de recursos básicos para a população palestina na Faixa de Gaza. A tragédia aconteceu na altura do posto de fronteira de Karem Shalom e deixou cerca de 112 mortos e mais de 700 pessoas feridas.
De acordo com informações providas pelo Hamas, soldados israelenses teriam atirado contra as pessoas presentes no local após se sentirem ameaçados. Outras fontes que cederam depoimentos em anonimato para veículos como o New York Times, também confirmaram a mesma narrativa.
No entanto, as autoridades de Israel negaram os disparos sem fundamento e relatou que os soldados agiram em “legítima defesa” contra a multidão. Ademais, eles afirmam que as mortes ocorreram devido à confusão generalizada e correria por parte dos cidadãos que estavam nas ruas em busca de adquirir os recursos cedidos pelos caminhões de ajuda humanitária.
ONU também dá declaração sobre o ocorrido
Além de Joe Biden, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, se pronunciou alegando que o que ocorreu na Faixa de Gaza acaba totalizando toda a tragédia humanitária deste conflito.
“Não sabemos exatamente o que aconteceu. Mas se estas pessoas morreram por fogo israelense, se foram esmagadas por multidões ou atropeladas por caminhões, são atos de violência, de certo modo, vinculados a este conflito. Os civis desesperados em Gaza precisam de ajuda urgente, incluídos os que estão sob cerco no Norte, onde a ONU não tem podido fornecer ajuda há mais de uma semana.”
Stéphane Dujarric – porta voz de António Guterres
O conflito Israel e Palestina (Hamas) já estão em guerra desde outubro de 2023, estimulado após o ataque terrorista do grupo Hamas contra uma cidade de Israel. Desde então, constantes sequestros, bombardeios e ameaças tem sido realizadas de ambos lados. Ainda com base em dados da ONU, o número de vítimas durante toda a guerra já é contabilizado em 30.000.