A notícia da prisão domiciliar de Sergey Mingazov fora divulgada agência de notícias estatal da Rússia, RIA Novosti. O ato ocorreu por decisão de um tribunal russo, após ele ser detido sob a denúncia de ter espalhado notícias falsas a respeito do exército russo.
Na última sexta-feira, dia 26/04, o advogado de Sergey, Konstantin Bubon, informou que a repressão ocorreu devido um compartilhamento no Telegram sobre os eventos em Bucha, na Ucrânia.
O canal em questão da rede social possui mais de 400 assinantes quando fora republicada, e contava que os militares russos realizavam barbaridades em Bucha, próximo de Kiev ─ capital da Ucrânia.
A distribuição ocorreu por meio de outros meios de comunicação também, tais como a BBC russa, e a Radio Freedom.
Posicionamento do advogado de Mingazov
Bubon comunica que Sergey é suspeito de partilhar as informações sabendo que eram inverídicas, utilizando um disfarce de reportagem confiável.
Quando a invasão da Ucrânia pela Rússia iniciou-se, Bucha fora apoderada em fevereiro de 2022, e liberta no final de março do mesmo ano, mas não sem antes perder diversos civis no distrito, devido os inúmeros crimes de guerra cometidos pelo exército russo, conforme descrito pelo procurador-geral ucraniano.
Contudo, o Kremlin contrariou quaisquer ligações com as mortes, e confirmou os comentários de que as imagens dos corpos eram falsificadas.
Ainda segundo seu advogado, a prisão domiciliar de Sergey é uma “medida preventiva”, conforme as normas do país. Fora sua atual situação, ele também poderia ter sido detido sob custódia ou libertado sob fiança, conforme divulgado à Forbes Rússia.
O jornalista teve a comunicação restrita, a não ser por seus parentes, investigadores, advogados e profissionais médicos, e está banido de utilizar a internet.
Censura de repórteres
Esta não é a primeira vez que a Rússia são penalizados, pois, outros jornalistas foram presos desde que a Ucrânia foi apossada há dois anos, como Alsu Kurmasheva e Evan Gershkovich. Os que censuram o Estado também são presos, como aconteceu com Dmitry Gordon e Marina Ovsyannikova.
Mais recentemente, um serviço de imprensa russo relatou que Konstantin Gabov, jornalista russo, foi detido e acusado de “extremismo”, por teoricamente ter auxiliado na elaboração de mídias para o canal do YouTube “NavalnyLIVE”, de um afiliado a Alexey Navalny, falecido líder da oposição.
Como resultado, Konstantin também ficaria por ao menos dois meses, até 27 de junho. Isto porque, foi definido pelas autoridades russas que Navalny e suas organizações são “extremistas”, logo, quaisquer integrantes podem sofrer legalmente.