Um vídeo mostrando a morte de uma onça-parda a tiros no interior do Piauí viralizou nas redes sociais e gerou indignação entre internautas e ambientalistas. O crime ocorreu no município de Alto Longá, no dia 16 de dezembro de 2024. O responsável pelos disparos foi identificado como Eula Pereira da Silva, que mora no Rio de Janeiro, mas estava de férias na casa de sua família no interior do estado.
Informações sobre o crime
No momento do crime, o pai de Eula, Manoel Pereira da Silva, e sua irmã estavam presentes. Devido à gravidade da situação, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aplicou-o
Vídeo que mostra o crime de Eula (Vídeo: reprodução/Instagram/@ibaff)
As imagens compartilhadas nas redes sociais mostram que a onça já foi acuada e cercada por cães antes de ser atingida pelos tiros. Além do crime ambiental, os envolvidos também serão investigados por maus tratos aos cães, já que aparecem no vídeo atacando o felino, o que pode indicar um uso inadequado dos cachorros na perseguição da onça. A espingarda utilizada no crime foi apreendida pela polícia.
Declaração do pai
O pai de Eula, Manoel Pereira, afirmou que a onça vinha atacando seus rebanhos há algum tempo e já havia matado vários bodes. Ele disse que não sabia que matar o animal se tratava de um crime ambiental e que agia apenas para proteger seus animais e sua propriedade. No entanto, um representante do Ibama informou que não há registros recentes de ataques de onças-pardas a rebanhos na região, o que contradiz a justiça
A onça-parda, também conhecida como suçuarana, é o segundo maior felino do Brasil, ficando para trás apenas da onça-pintada. Devido à caça ilegal e ao desmatamento, a espécie é cada vez mais ameaçada e sua população tem diminuído ao longo dos anos. A legislação brasileira considera crime ambiental a caça e a morte de animais silvestres, com penas que podem incluir multas pesadas e até prisão.
O caso segue sob investigação pelas autoridades ambientais e policiais, e os responsáveis poderão responder judicialmente pelo crime. Ambientalistas e defensores dos direitos dos animais fecham a exceção exemplar para que casos como esse