Durante viagem oficial a Bolívia, o presidente Lula usou uma parte do seu discurso para expressar seu desejo em receber “rapidamente” a Venezuela de volta ao Mercosul. A fala aconteceu nesta terça-feira (09), onde o atual chefe de estado se encontrava ao lado do presidente da Bolívia, Luis Arce.
Venezuela de volta
A fala de Lula logo foi contextualizada pelo próprio presidente, que externou ao público o que interligava o retorno da Venezuela a estabilidade do restante dos países que fazem parte do Mercosul.
O presidente destacou que o Mercosul agora tem como “satisfação” acolher a Bolívia como membro legítimo e assim caminhar para a prosperidade comum.
“A normalização da vida política venezuelana significa estabilidade para toda a América do Sul. Por isso, fazemos voto de que as eleições transcorram de forma tranquila e que o resultado seja reconhecido por todos.”
Na fala, Lula trouxe em questão as eleições presidenciais da Venezuela, que devem acontecer em 28 de julho. A corrida presidencial venezuelana se torna se interesse público uma vez que o caminhar do país interfere também em seus vizinhos, além do receio de uma possível tentativa de golpe, como a denúncia de prisões de integrantes da oposição e a principal líder opositora estar impedida de concorrer.
O presidente brasileiro ainda destacou a importância da integração boliviano e seu convite para participar do G20, marcado para novembro, e assim fazer parte da Aliança Global de Combate à Fome e a Pobreza, estrelada pelo governo brasileiro.
Sem tolerância para golpismos
O presidente do Brasil ainda citou a tentativa de golpe, ressaltando que o Brasil presenciou momentos difíceis em sua história no ano de 2022, que desaguou no dia 8 de janeiro, no ataque aos Três Poderes, o dia que ficou marcado pela tentativa de tomada do congresso.
Lula também não deixou de comentar a tentativa fracassada de golpe na Bolívia, que aconteceu em 26 de junho.
“Às vésperas de comemorar o seu bicentenário em 2025, a Bolívia não pode voltar a cair nessa armadilha. Não podemos tolerar devaneios autoritários e golpismos.”
O presidente concluiu afirmando haver uma enorme responsabilidade em defender a democracia contra as tentativas de retrocesso.
Em seguida, o presidente afirmou que a desunião das forças democráticas mundiais servem de vantagem a extrema-direita, usando as eleições na França e no Reino Unido com exemplo.