A menos de um mês das eleições venezuelanas, Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, anunciou nesta segunda-feira (1) a retomada do diálogo com os EUA na próxima quarta-feira (3), apesar das sanções contra o setor petrolífero.
“Quero superar esse conflito brutal e estéril com eles. Recebi a proposta, por dois meses ininterruptos, de retomar o diálogo direto com o governo dos EUA. Decidi que na próxima quarta-feira as conversas com o governo dos EUA serão retomadas…”
Nicolás Maduro em seu programa de TV
O presidente ainda diz que as conversas serão retomadas para que os acordos do Catar sejam cumpridos e que os diálogos serão públicos e não escondidos.
Mostrando um sinal de confiança, o presidente disse que os Estados Unidos sabem quem vai ganhar as eleições da Venezuela e que por isso teria decidido retomar o diálogo com o governo.
Eleições Venezuelanas
Nicolás Maduro esta na presidência do país desde 2013, conseguiu seu segundo mandato em 2018 e tenta se eleger em um terceiro. Agora ele concorre pelo Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).
Nicolás Maduro (Foto: Reprodução/Carolina Cabral/Getty Images Embed)
Edmundo González (74), diplomata aposentado e candidato pelo partido Plataforma Unidade Popular (PUD), é o concorrente mais forte de Maduro nesta eleição, que acontece dia 28 de julho em meio a uma democracia fragilizada e com as formas de escolha da presidência do país questionadas internacionalmente.
Edmundo González (Foto: Reprodução/JUAN BARRETO/Getty Images Embed)
Segundo pesquisas das empresas ClearPath, Datincorp e Poder y Estrategia y Consultores, Maduro teria em torno de 20% a 35% dos votos somente, enquanto a oposição conta com 55% à 66%.
Questionamentos internacionais
As eleições venezuelanas têm sofrido questionamentos internacionais devido algumas medidas tomadas pelo governo. Maria Corina Machado, foi declarada inelegível após justificativas de irregularidades administrativas na época em que foi deputada. Maria seria a principal rival de Maduro este ano, após vencer as primárias da oposição.
Devido a este fato, Corina Yoris foi apontada como sucessora na disputa, mas não conseguiu registrar sua candidatura. Dez prefeitos que declararam apoio ao candidato à presidente Edmundo González foram inabilitados e ficarão inelegíveis por 15 anos.