Ministro da Defesa da Coreia do Sul assume responsabilidade por lei marcial e renúncia cargo

Kim Yong-hyun pediu desculpas à população e apresentou seu pedido de demissão ao presidente Yoon Suk Yeol

Thamara Dutra Por Thamara Dutra
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Foto destaque: Ministro da Defesa da Coreia do Sul, Kim Yong-hyun (Reprodução/Shutterstock)

O Ministro da Defesa da Coreia do Sul apresentou nesta quarta-feira (4), o seu pedido de demissão ao presidente Yoon Suk Yeol. Kim Yong-hyun se desculpou e assumiu a responsabilidade pela crise causada pela lei marcial. A lei foi decretada pelo presidente e revogada pelo Parlamento.

O Ministro enviou uma declaração aos jornalistas nesta quarta-feira (4). Ele pede desculpas e assume total responsabilidade por todos os assuntos relacionados à lei.

Em primeiro lugar, lamento profundamente e assumo total responsabilidade pela confusão e preocupação causadas ao povo e relação à lei marcial emergencial. Assumi total responsabilidade por todos os assuntos relacionados à lei marcial e apresentei minha renúncia ao presidente”, disse Kim

O ministro se tornou alvo de pedidos de impeachment, assim como o presidente, após o decreto da lei marcial.

O pedido de demissão

Kim Yong-hyun também renunciou ao cargo após o chefe do gabinete da presidência e outros dez assessores também entregarem seus cargos. Entre eles estão: Chung Jin-suk, chefe de gabinete presidencial; o conselheiro de Segurança Nacional, Shin Won-sik; e Sung Tae-yoon, chefe de gabinete para política, além de outros sete assessores do primeiro escalão do governo.

Os pedidos de renúncia foram entregues ao presidente. Entretanto, por Kim Yong-hyun ser um Ministro, o chefe do Executivo precisa aprovar o pedido.


Prostestos da Coreia do Sul contra a lei marcial (Foto: reprodução/Carta Capital)

A lei marcial

O presidente da Coreia do Sul anunciou a medida nesta terça-feira (3), a fim de restringir direitos civis, substituindo a legislação comum por leis militares. Em discurso, Yoon disse que a lei era necessária para “Proteger o país das forças comunistas norte-coreanas” e para “Eliminar elementos anti-estado“. A medida pegou os sul-coreanos de surpresa e mobilizou a população sul-coreana a realizar vários protestos.

A lei permaneceu em vigor por seis horas no país e logo o presidente anunciou que iria revogar o decreto após os deputados fazerem uma votação de emergência para rejeitar a medida.