Ofensiva de Israel em Gaza mata 72 e reacende cessar-fogo
Pelo menos 72 pessoas morreram após Israel realizar ataques aéreos entre sexta-feira (27) e sábado (28), segundo autoridades de saúde da Faixa de Gaza. A princípio, a ofensiva atinge áreas residenciais e acampamentos, enquanto aumentam as expectativas por um possível cessar-fogo. Crianças, civis deslocados e pessoas reunidas que esperavam ajuda humanitária estão entre as vítimas. […]
Pelo menos 72 pessoas morreram após Israel realizar ataques aéreos entre sexta-feira (27) e sábado (28), segundo autoridades de saúde da Faixa de Gaza. A princípio, a ofensiva atinge áreas residenciais e acampamentos, enquanto aumentam as expectativas por um possível cessar-fogo.
Crianças, civis deslocados e pessoas reunidas que esperavam ajuda humanitária estão entre as vítimas. Em Muwasi, um casal e os três filhos morreram dormindo.
Cessar-fogo e negociações
Donald Trump afirmou que um enviado israelense deve se reunir nos próximos dias com autoridades em Washington para tratar das negociações de um novo cessar-fogo. Desde março, os diálogos indiretos entre Israel e Hamas continuam.
Ao passo que Israel afirma atacar apenas os militares do Hamas, a guerra em Gaza já dura 21 meses e estima-se que mais de 6 mil pessoas morreram em ataques e conflitos e mais de 50 mil ficaram feridas. Enquanto isso, desde maio protestos israelenses bloqueiam ajuda humanitária em Gaza, agravando a fome no país.
Além disso, Israel já atacou um centro de distribuição, ocasionando mais mortos e feridos. O Itamaraty diz que Israel usa a fome como ‘estratégia de guerra’ ao limitar o que entra no território de Gaza.
Palestinos em Gaza arriscam suas vidas por ajuda na cidade de Khan Yunis (Foto: reprodução/Doaa Albaz/Getty Images Embed)
Pressões e críticas contra governo israelense
Anteriormente, a União Europeia iniciou uma reavaliação do Acordo de Associação com Israel devido à contínua ofensiva em Gaza. Já o presidente Lula reforçou nesta semana que a ofensiva de Israel é um “genocídio” e que autoridades pelo mundo “compram mentiras” do Hamas.
O governo israelense tem sido pressionado por familiares de reféns que esperam que Trump repita o sucesso do cessar-fogo com o Irã e pressione Israel. Em contrapartida, o premiê Benjamin Netanyahu insiste que a guerra só acabará quando o Hamas for totalmente derrotado.
