Na madrugada deste sábado (14), a Assembleia Nacional da Coreia do Sul aprovou o impeachment do presidente Yoon Suk-yeol, após polêmica com a declaração de lei marcial, revogada menos de duas semanas depois. A decisão do parlamento sul-coreano reflete uma intensa crise política no país, marcada por tensões entre o poder Executivo e Legislativo.
Consequências do impeachment
A crise que gerou o impeachment do presidente sul-coreano iniciou-se em 03 de dezembro, quando Yoon decretou lei marcial, substituindo a legislação civil por leis militares, além de fechar a Assembleia Nacional do país e colocar os setores de imprensa sob o controle governamental.
Han Duck Soo, primeiro-ministro, assumiu a presidência. O Tribunal Constitucional tem agora o prazo de seis meses para confirmar ou rejeitar o impeacheament, durante esse período Yoon permanecerá afastado. A votação contou com 204 dos 300 deputados a favor do impeachment. Caso o impeachment de Yoon seja confirmado, deverão ser convocadas novas eleições presidenciais em até 60 dias.
Crise política
A situação política da Coreia do Sul, resultou em uma queda significativa na popularidade de Yoon, atingindo 11% e gerou renúncias dentro do próprio partido PPP (Partido do Poder Popular). Yoon foi eleito em maio de 2022, enfrentando desafios como a redução do custo de vida e combate às desigualdades. No entanto, seu governo foi marcado por diversas acusações de corrupção e perda de apoio popular, gerando uma crise política e tensões após decreto da lei marcial.
O atual cenário político sul-coreano, enfatiza a fragilidade institucional do país e a importância de preservar os princípios democráticos em momentos de instabilidade. O desfecho do processo de impeachment será determinante para o futuro político da Coreia do Sul e para a restauração da confiança pública.