O Datafolha divulgou, nessa terça-feira (02), uma pesquisa realizada com cerca de 2 mil pessoas revelando que 76% dos brasileiros concordam que o período de licença-paternidade deveria ser maior. Segundo a constituição de 1988, atualmente o pai pode ficar cinco dias afastado do trabalho após o nascimento do filho.
Dos entrevistados, 21% é contra essa medida, no caso das mulheres, 75% aprovam o aumento e 23% são contrárias a mudança. Ademais, a pesquisa revelou que os empresários são os menos favoráveis a extensão do benefício, com 67% de respostas negativas, sendo adversos também ao aumento da licença-maternidade.
Pai e filho (Foto: reprodução/Sean Gallup/Getty Images Embed)
Aumento da licença-maternidade
A licença-maternidade também foi alvo da pesquisa, atualmente ela pode começar a partir de 28 dias antes do parto ou alta hospitalar e dura 120 dias. Segundo os entrevistados, sua duração deveria ser maior, 83% concordam que o período deve passar a ser de 180 dias.
As mulheres são as mais favoráveis, com 88%, já os homens, 78% apoiam e 20% discordam dessa mudança. Os mais jovens, independente do sexo, são os mais abertos a essa alteração em ambas as licenças do que os mais velhos.
Opiniões partidárias
O Datafolha levou em consideração a opinião política, concentrando-se em apoiadores do presidente Lula (PT) e do ex-presidente Jair Bolsonaro, os bolsonaristas defendem o projeto de ambas as licenças com 78% e o público de Lula também apoia com mais de 87%.
Mulher grávida (Foto: reprodução/Ute Grabowsky/Photothek/Getty Images Embed)
Em janeiro de 2024, o Senado começou a analisar uma proposta para o aumento da licença as mães, mas nada foi anunciado ou colocado a votação. A pesquisa do Datafolha aconteceu entre os dias 19 a 20 de março em mais de 147 municípios do Brasil, e sua margem de erro é de 2 pontos para mais ou menos.