Polícia Federal encontra nomes de Moraes e Zanin em anotações de grupo de extermínio

A Polícia Federal (PF) investiga um grupo que cobrava até R$ 250 mil para observar e matar autoridades. No âmbito da operação foram encontrados os nomes dos ministros Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF). A investigação deseja saber se houve monitoramento dos magistrados. De acordo com fontes relacionadas ao caso, […]

28 maio, 2025
Foto destaque: Ministro do STF Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin tem nomes encontrados em anotações de investigação da Polícia Federal (reprodução/X/@PrimeiroFront)
Foto destaque: Ministro do STF Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin tem nomes encontrados em anotações de investigação da Polícia Federal (reprodução/X/@PrimeiroFront)
Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin tem nomes encontrados em anotações de grupo de extermínio

A Polícia Federal (PF) investiga um grupo que cobrava até R$ 250 mil para observar e matar autoridades. No âmbito da operação foram encontrados os nomes dos ministros Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF). A investigação deseja saber se houve monitoramento dos magistrados.

De acordo com fontes relacionadas ao caso, existe uma tabela de preços que visa monitorar autoridades, com valores orçados de R$ 150 mil se a vítima fosse senador e R$ 100 mil se a vítima fosse deputado.

Cristiano Zanin autorizou a operação que cumpriu mandados de busca e apreensão nos estados de Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais. A PF prendeu cinco integrantes da organização criminosa. Alguns dos nomes dos integrantes do grupo são:

Aníbal Manoel Laurindo – fazendeiro citado como mandante do assassinato de Zampieri. Já havia sido preso em 2024 e foi solto. Fazia uso de tornozeleira eletrônica.

Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas – coronel da reserva do exército desde 2002, está preso desde janeiro de 2024 pelo assassinato de Zampieri. Foi citado como um dos executores. Foi alvo de novo mandado de prisão nesta quarta.


Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou operação da Polícia Federal que visa o combate a grupo de extermínio. (Foto: reprodução/Instagram/@supremotribunalfederal)


Objetivo da operação

Tais ações da PF fazem parte de um inquérito que segue sob sigilo, e que também apura a venda de sentenças judiciais que envolvem servidores do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Tribunal de Justiça do Mato Grosso (TJ-MT). O grupo se intitulava “Comando C4” e era composto por civis e militares da ativa e da reserva. “Comando C4” significava Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos.


Polícia Federal investiga grupo de extermínio com lista que inclui o nome de ministros do STF (Foto: reprodução/Instagram/@policiafederal)


O que apura a Polícia Federal

A investigação da Polícia Federal aponta que o grupo era usado para lavagem de dinheiro, intermediada por uma rede empresarial e financeira, com ascendência em supostas propinas para a compra de decisões judiciais no STJ. O grupo tem ligação com a execução do advogado Roberto Zampieri, morto em 2023, em Cuiabá (MT). Zampieri era indicado como figura central de intermediação de sentenças judiciais.

A investigação apura a participação de advogados, lobistas, empresários, assessores parlamentares, chefes de gabinetes e magistrados. Organização criminosa, corrupção, exploração de prestígio e violação do sigilo funcional são alguns dos crimes investigados.

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