População de comunidades da Venezuela receberá treinamento militar para uso de arma de fogo
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta quinta-feira que militares irão até comunidades populares do país para ensinar civis a manusear armas de fogo. A medida ocorre em meio ao aumento da tensão com os Estados Unidos, que enviaram navios de guerra para o Caribe. Segundo Maduro, essa será a primeira vez que soldados […]
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta quinta-feira que militares irão até comunidades populares do país para ensinar civis a manusear armas de fogo. A medida ocorre em meio ao aumento da tensão com os Estados Unidos, que enviaram navios de guerra para o Caribe.
Segundo Maduro, essa será a primeira vez que soldados e quartéis irão diretamente aos bairros para realizar treinamentos com moradores que se inscreveram como voluntários da milícia — um grupo formado por civis armados. O anúncio foi feito durante uma cerimônia transmitida pela TV estatal.
Maduro durante cerimônia oficial transmitida pela tv estatal disse: “No próximo sábado, 20 de setembro, os quartéis, as Forças Armadas Bolivarianas, irão ao povo, às comunidades, para revisar e ensinar a todos que se alistaram, vizinhos e vizinhas, sobre o que é o manejo de armas de fogo”.
Preparação do exército contra invasões americanas
Além disso, as Forças Armadas da Venezuela iniciaram, na quarta-feira, três dias de exercícios militares na ilha de La Orchila, localizada a cerca de 65 km da costa. Essa é considerada a maior movimentação militar do governo desde agosto, quando os EUA enviaram uma frota naval para a região sob o argumento de combater o narcotráfico.
De acordo com Washington, três embarcações usadas para transporte de drogas já foram destruídas neste mês, em operações que resultaram em 14 mortes. O presidente americano, Donald Trump, acusa Maduro de envolvimento com o narcotráfico e chegou a oferecer US$ 50 milhões como recompensa por sua captura.
Maduro é visto com maus olhos pelo hemisfério norte
Os Estados Unidos e várias democracias da Europa não reconhecem Maduro como presidente legítimo. Mesmo assim, ele afirmou que o país está pronto para se defender se necessário: “Não buscamos confronto, mas precisamos estar preparados”.
Para reforçar sua presença, os EUA enviaram também caças F-35 a Porto Rico, que se juntaram a sete navios de guerra e a um submarino nuclear. Maduro, por sua vez, acusa Washington de tentar impor um novo governo no país para explorar as enormes reservas de petróleo e gás natural da Venezuela.
