Presidente Donald Trump retira EUA da Unesco
Nesta terça-feira (22), o governo do presidente Donald Trump retirou os Estados Unidos da Unesco, organização cultural das Nações Unidas. Segundo o Departamento de Estado, a permanência do país na organização não era do interesse dos EUA, que vêm trabalhando com a política de “América em Primeiro Lugar”. Por essa razão, o país norte-americano resolveu […]
Nesta terça-feira (22), o governo do presidente Donald Trump retirou os Estados Unidos da Unesco, organização cultural das Nações Unidas. Segundo o Departamento de Estado, a permanência do país na organização não era do interesse dos EUA, que vêm trabalhando com a política de “América em Primeiro Lugar”. Por essa razão, o país norte-americano resolveu se retirar.
“A Unesco trabalha para promover causas sociais e culturais conflitantes e mantém um foco desmedido nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, uma agenda globalista e ideológica para o desenvolvimento internacional, em desacordo com nossa política externa de ‘América em Primeiro Lugar'”, comunicou o porta-voz da Casa Branca.
Essa não é a primeira vez que o republicano retira o país de uma organização importante. Durante o seu primeiro mandato, Trump retirou os Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde, do Conselho de Direitos Humanos da ONU, do Acordo Global sobre as Mudanças Climáticas e do Acordo Nuclear com o Irã.

O país havia retornado a essas organizações durante o período do ex-presidente Joe Biden, mas, com a retomada de Donald Trump, os americanos se retiraram mais uma vez de organizações globais importantes.
OMS, o Acordo de Paris e as críticas à ONU
Assim que venceu as eleições norte-americanas, o republicano assinou a saída do país da Organização Mundial da Saúde e do Acordo Climático de Paris. Ele também decidiu bloquear o financiamento da UNRWA, um departamento dentro das Nações Unidas voltado para prestar assistência aos refugiados e à Palestina.
A saída dos EUA dessas organizações mundiais será um processo lento, que costuma durar cerca de um ano, e é previsto que as medidas tomadas pela Casa Branca entrem em vigor em 2026.
O porta-voz do governo americano, Tammy Bruce, afirmou que a Unesco era uma entidade que gosta de divulgar causas sociais divisivas, o que, para ele, era visto como uma agenda ideológica globalista. Ele também criticou o fato da ONU reconhecer a Palestina como um Estado, pois, segundo ele, esse reconhecimento estaria promovendo uma política anti-Israel dentro da organização.
Presidente Donald Trump retira os EUA da Unesco (Foto: reprodução/Getty Images Embed)
Celebração de Israel com a saída dos EUA
Logo após o anúncio da saída dos Estados Unidos da Unesco, o chanceler israelense Gideon Saar comemorou a decisão dos EUA e afirmou que essa foi uma medida essencial para combater injustiças e garantir os mesmos direitos a Israel dentro do sistema da ONU.
Os Estados Unidos foram membros fundadores da Unesco em 1945, mas decidiram se retirar em 1984, alegando má gestão financeira e um suposto viés contrário aos interesses americanos. Após quase duas décadas, o país retornou à organização em 2003, durante o governo de George W. Bush, que justificou a volta afirmando que a instituição havia promovido as reformas exigidas.
