O presidente francês, que recentemente enfrentou uma derrota eleitoral, admitiu em entrevista, nesta segunda-feira (12), à TV Globo, que a França está politicamente fragmentada. Abordando os desafios de formar um novo governo, e expressou seu apoio ao presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva na condução da crise política na Venezuela.
Em um cenário de incertezas políticas, Macron não hesitou em demonstrar receio para o que considera ser a maior ameaça à estabilidade do país: a fragmentação interna. “Estamos fragmentados”, afirmou com um semblante visivelmente abatido, logo após as celebrações dos Jogos Olímpicos em Paris. A derrota nas eleições realizadas poucos dias antes das Olimpíadas deixou o presidente em uma posição vulnerável, enfrentando a difícil tarefa de unir um país politicamente dividido.
A vitória de seus adversários revelou um descontentamento crescente entre os eleitores, o que complicará a já delicada formação de um novo governo. Macron, em sua habitual postura direta, reconheceu os desafios que virão: “A tarefa agora é buscar um caminho de consenso, mas não será fácil.”
Apesar da situação interna conturbada, o presidente francês fez questão de reforçar seu apoio ao presidente brasileiro Lula, especialmente no que diz respeito à crise política na Venezuela. “Lula tem demonstrado liderança e firmeza em um momento crítico para a região. A França estará ao lado dele”, declarou Macron, numa clara aliança com o governo brasileiro em um cenário internacional igualmente complexo.
Futuro cenário político na França
A entrevista revelou o quanto os resultados eleitorais complicaram a posição de Macron na França. O presidente enfrentará uma jornada árdua para restaurar a estabilidade política e reconquistar a confiança da população. Por outro lado, ele acredita que o espírito olímpico, que permeou Paris durante os Jogos, pode servir como inspiração para superar os desafios e unificar a nação.
Macron durante a entrevista deixou claro que, embora a França esteja fragmentada, não desistiu de buscar uma solução que traga estabilidade e progresso para o país, além de reafirmar seu compromisso com alianças internacionais que auxiliem na resolução de crises.