Prisioneiros fazem greve de fome na Venezuela 

Julia Kobi Por Julia Kobi
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Foto Destaque: Familiares de prisioneiros se reuniram em frente ao Tribunal de Caracas para reinvindicarem os direitos dos presos (Reprodução/EFE/Henry Chirinos)

Os presos de pelo menos 16 cadeias da Venezuela estão em greve de fome. Essa ação foi feita como forma de protesto contra as condições precárias das cadeias do país, além dos atrasos para a revisão de seus julgamentos, de acordo com organizações não governamentais, que fizeram pronunciamento em suas redes sociais nesta quinta-feira (13). 

Em frente ao tribunal de Caracas, capital venezuelana, diversos familiares de detentos se reuniram para um protesto contra as negligências por parte do governo, além de protestarem também para que as exigências dos presidiários sejam atendidas e haja melhorias no bem-estar prisional. 


Familiares de detentos protestando contra negligência do governo em frente ao Tribunal de Caracas (Reprodução/Federico Parra / AFP)

De acordo com a Folha de São Paulo, as autoridades venezuelanas receberam as denúncias das condições precárias dos presídios e, de acordo com os Militantes dos Direitos Humanos, a ditadura de Nicolás Maduro fez com que os prisioneiros fossem mantidos nas celas dos centros de detenção das delegacias durante um ano inteiro. De acordo com as leis da Venezuela, a permanência na delegacia deve ser de apenas alguns dias. 

Declaração da OVP 

O Observatório Venezuelano de Prisões (OVP) fez um comunicado oficial, alegando que estão lidando com a negligência e falta de ação das autoridades do país, além afirmarem que durante 13 anos de gestão, foi impossível trazer uma melhora nas condições dos presos. 

Ainda no pronunciamento, a organização acrescentou: “Os privados de liberdade na Venezuela, vítimas da demora processual e do descaso penitenciário, sentem-se enganados pelos planos de abordagem impulsionados pelo Ministério que não lhes trouxeram nenhuma solução para sua situação jurídica ”. 

Superlotação nas prisões venezuelanas 

Os casos de superlotação são cada vez mais frequentes nas prisões da Venezuela, além das condições precárias de saúde e falta de atendimentos médicos e uma escassez de comida. Esta greve de fome visará ressaltar a urgência da situação dos detentos nas prisões e a aceleração dos processos judiciais, que de acordo com os familiares dos presos, estão atrasados.

No último domingo (9), ocorreram diversos protestos pacíficos em diversas penitenciárias do país. 

O Ministério da Comunicação e Informação venezuelano foi procurado para um pronunciamento sobre o assunto, porém não responderam imediatamente. 

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso, gerando uma grande revolta na população. 

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