Retorno das chuvas faz Guaíba atingir cota de alerta novamente em Porto Alegre

Laura Galdino Por Laura Galdino
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Fortes chuvas no RS deixaram milhares de desabrigados (Foto destaque: reprodução/Rafa Neddenmeyer/Agência Brasil)

Depois da trégua das chuvas nas cidades gaúchas, o nível de água do Rio Guaíba voltou a subir nesta noite de quarta-feira (19) voltando a atingir a cota alerta de 3,15 metros. As aferições realizadas pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) demonstraram que a marca d’água chegou a esse nível em um ponto de monitoramento crucial da capital gaúcha, Usina do Gasômetro.

Níveis em ascensão

O nível do Guaíba continuou subindo durante a madrugada e chegou a atingir 3,23 metros às 3h15 da manhã e continuou na faixa de 3,21 metros até as 11h15 do outro dia. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulga que entre a meia-noite e 7h da manhã de quarta-feira foram registrados 57,8 milímetros de chuva na região do Jardim Botânico e no Belém Novo cerca de 64,2 milímetros.


Novos temporais no Rio Grande do Sul (Vídeo: reprodução/Youtube/Band Jornalismo)

Tal como a onda de chuvas que atingiu Porto Alegre, as precipitações causaram transtornos significativos, especialmente na Zona Norte em bairros como Vila Farrapos e Humaitá que tiveram suas casas invadidas pela água. 

Alguns especialistas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) do Instituto de Pesquisas Hidráulicas explicam que o aumento do nível do Rio Guaíba é consequência direta das chuvas intensas dos últimos dias que aumentam os volumes dos rios afluentes. Já era previsto que as águas ultrapassassem o nível dos 3m e, com isso, a Defesa Civil de Porto Alegre emitiu um alerta para as áreas ribeirinhas sobre possíveis transtornos e alagamentos.

Novas réguas

O governo do Rio Grande do Sul trocou a régua que mede as cotas de inundação no fim de maio. Na qual, a cheia do Guaíba foi atualizada para 3,60 metros substituindo a marca anterior de 3 metros.

O professor Fernando Fan do IFH da UFRGS esclarece que, apesar de se tratarem de réguas diferentes, as medições são equivalentes de maneira a garantir a validez das comparações das cheias de 2024 com as cheias de 1941. Essa revisão das cotas é um de muitos passos a serem tomados para melhorar a resposta de Porto Alegre a possíveis eventos climáticos extremos.

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Redatora do site In Magazine (Ig);
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