Ao que tudo indica, 2025 será um ano desafiador para a população de São Paulo no combate à dengue. O Governo anunciou nesta quinta-feira (23) que o sorotipo 3, ausente há 17 anos, foi identificado em 50% das amostras coletadas, um aumento significativo e preocupante para o Estado.
É isso que nos angustia. Um sorotipo que não corre há mais de uma década no estado de São Paulo e para o qual as pessoas estão extremamente suscetíveis
-Secretário de Saúde, Eleuses Paiva (PSD), no encontro com os secretários municipais de saúde no Palácio dos Bandeirantes.
Diante da situação emergencial na cidade, o Governador Tarcísio Freitas assinou o decreto que estabelece a criança do Centro de Operações Emergências para o combate à dengue em SP.
Além disso, um apoio de R$228 milhões será enviado aos municípios mais afetados. O recurso será utilizado para a aquisição de materiais de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue: inseticidas, equipamentos e medicamentos necessários para a rede pública de saúde.
Atualmente, 33 cidades estão em estado de emergência. São José do Rio Preto e São José dos Campos são as regiões mais afetadas pela doença. Os números são preocupantes. Em 2024, o ministério da saúde divulgou os dados do painel de arboviroses, que registrou 6.629.595 casos suspeitos da doença no ano passado. Além disso, 6.103 mortes pela doença foram confirmadas.
A vacina
Em dezembro de 2024, o Instituto Butantan enviou à ANVISA os últimos documentos para a análise da sua primeira vacina de dose única contra a doença. A análise continua sem prazo definido para conclusão, no entanto, o Instituto já iniciou a produção dos imunizantes.
A Butantan-DV deve ser uma solução para o combate à doença em 2026. A meta é produzir 1 milhão de doses neste ano e até 100 milhões até 2027.