Taxas de Trump sobre produtos chineses passa a vigorar nesta sexta-feira
Novo episódio da guerra comercial entre Estados Unidos e China entrou em vigor nesta sexta-feira (2). No início de abril, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump parecia haver chegado ao ápice das taxações sobre produtos chineses, quando, dentro do chamado “tarifaço”, retirou a isenção de impostos de importação sobre produtos fabricados na China até […]
Novo episódio da guerra comercial entre Estados Unidos e China entrou em vigor nesta sexta-feira (2). No início de abril, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump parecia haver chegado ao ápice das taxações sobre produtos chineses, quando, dentro do chamado “tarifaço”, retirou a isenção de impostos de importação sobre produtos fabricados na China até o valor de US$800,00, deixando mais caros os produtos, em especial de varejistas de vestuários como a Shein, em remessas enviadas aos Estados Unidos.
Antes disso, encomendas com valores inferiores a US$800,00 não eram taxadas, mas uma decisão do presidente pôs fim à brecha comercial norte-americana conhecida como “minimis” que consiste na entrada de pacotes com valores mais baixos, vindos da China e Hong Kong, livres de impostos.
“Supertaxa das blusinhas”
As medidas de sobretaxa aos produtos chineses que entram nos Estados Unidos acompanham, em partes, a decisão do governo brasileiro, quando impôs imposto de importação de 20% sobre compras internacionais até US$50. A ação aqui ficou conhecida como “taxa das blusinhas”, já que este tipo de produto, normalmente advindo de lojas de vestuário, costuma ter valores mais baixos.
Fernando Haddad, Ministro da Economia, “taxa das blusinhas” (Reprodução/Sergio Lima/Getty images embed)
Nos Estados Unidos, a partir desta sexta-feira (2), remessas que chegarem vindas da China e de Hong Kong, independentemente do tamanho, passam a ter um imposto de 120% de seu valor ou uma taxa de US$100 que aumentará progressivamente até US$200 após 1º de junho.
Shein e Temu
As principais empresas afetadas pelas tarifas impostas pelo governo americano são a Shein e a Temu. Isto porque as duas empresas são responsáveis pela maior fatia de remessas de produtos aos Estados Unidos.
Shein e Temu (Reprodução/Getty images embed)
Impulsionados principalmente pelas redes sociais, consumidores norte-americanos passaram a investir na compra destes produtos por seus valores mais acessíveis em relação aos produzidos internamente.
Os reflexos foram sentidos em ambas as empresas. A Temu, em consequência das tarifas, decidiu investir em modelos de entrega a granel, como já faz a Amazon, ou seja, sem os enviar diretamente ao consumidor. Já a Shein havia anunciado promoções de seus produtos até 25 de abril, mas após a data chegou a subir o preço de seus produtos em até 377%.
Preocupados com os aumentos, consumidores estadunidenses chegaram a estocar produtos de varejistas chinesas.
