Na manhã desta quinta-feira, a Avenida Brasil, uma das principais vias do Rio de Janeiro, foi fechada em decorrência de um tiroteio na Cidade Alta, Zona Norte. O confronto ocorreu entre a Polícia Militar e criminosos, resultando na morte de dois homens e deixando quatro feridos. Os policiais envolvidos estavam em uma operação no Complexo de Israel, cuja finalidade era prender criminosos responsáveis pelo roubo de carros na região.
Conforme informado pelo Rio Ônibus, cerca de 30 linhas de ônibus passaram por alterações devido à paralisação da Avenida Brasil. “Mais um dia em que o direito de ir e vir da população carioca é prejudicado pela falta de segurança pública da cidade. O Sindicato apela para que as autoridades tomem as devidas providências para garantir o direito básico de deslocamento das pessoas“, declarou o sindicato das empresas de ônibus.
Além de trabalhadores, estudantes foram prejudicados
A situação gerou um clima de tensão, impactando diretamente a rotina de moradores, estudantes e trabalhadores que costumam transitar pela área.
Uma mulher estudante, grávida de sete meses, estava em um ônibus da linha 388 (Cesarão x Candelária) no momento em que o tiroteio entre os policiais e criminosos teve início. Ela lembrou que precisou descer no meio da avenida e ir em direção ao ponto de ônibus sem saber o que estava acontecendo, em momentos de pânico. “Tive que descer no meio da Avenida Brasil e vir para o ponto de ônibus porque não andava. Não sabia o que era, não ouvi os tiros, nada, só descobri depois o motivo”, relatou ao GLOBO.
Violência que paralisa
Tiroteios que afetam a mobilidade no Rio de Janeiro prejudicam o funcionamento da cidade por várias razões. Primeiro, eles geram insegurança, levando os cidadãos a evitarem certas áreas, o que impacta o comércio local e a economia. Segundo, o bloqueio de vias essenciais, como a Avenida Brasil, causa congestionamentos e atrasos, afetando o transporte público e a logística urbana. Além disso, o clima de tensão resulta em estresse e medo entre os moradores, o que pode prejudicar a qualidade de vida. Por fim, essa situação dificulta a prestação de serviços públicos e emergenciais, comprometendo a eficiência do sistema urbano como um todo.
A Secretaria Municipal de Educação (SME) comunicou que 16 escolas da rede municipal foram afetadas pela operação policial, sendo cinco delas em Vigário Geral e Parada de Lucas, oito na Cidade Alta e outras três nas comunidades Cinco Bocas e Pica-Pau. A Secretaria Municipal de Saúde informou que o Centro Municipal de Saúde (CMS) Iraci Lopes e a Clínica da Família Heitor dos Prazeres paralisaram o funcionamento nesta quinta-feira. A situação é de extrema preocupação para a população, visto que não é novidade as consequência da violência agravada na cidade.