Trump anuncia tarifas de até 100% sobre importações para proteger indústria e empregos nos EUA

O presidente Donald Trump anunciou nesta quinta-feira (25) que os Estados Unidos vão aumentar impostos sobre diversos produtos importados a partir de 1º de outubro. A medida inclui medicamentos, caminhões pesados, móveis, além de armários e gabinetes de cozinha e banheiro. Segundo Trump, a decisão tem como objetivo proteger as indústrias locais, que estariam sofrendo […]

26 set, 2025
Foto destaque: Donald Trump no Reino Unido (Reprodução/Leon Nea/Getty Images Embed)
Foto destaque: Donald Trump no Reino Unido (Reprodução/Leon Nea/Getty Images Embed)
A imagem mostra, o presidente Donald Trump, com um leve bronzeamento artificial, de cabelos grisalhos com a bandeira dos EUA no fundo

O presidente Donald Trump anunciou nesta quinta-feira (25) que os Estados Unidos vão aumentar impostos sobre diversos produtos importados a partir de 1º de outubro. A medida inclui medicamentos, caminhões pesados, móveis, além de armários e gabinetes de cozinha e banheiro.

Segundo Trump, a decisão tem como objetivo proteger as indústrias locais, que estariam sofrendo com o grande volume de produtos vindos de fora. Ele também justificou a iniciativa como uma questão de “segurança nacional”.

As tarifas terão percentuais diferentes. Para os caminhões pesados, será aplicada taxa de 25%. No caso de móveis e estofados, o imposto ficará em 30%. Já para armários de cozinha e gabinetes de banheiro, a cobrança sobe para 50%. O impacto maior será nos medicamentos importados, que terão tarifa de 100%.

Detalhes sobre as tarifas

No caso dos produtos farmacêuticos, Trump destacou que não haverá cobrança caso a empresa esteja construindo fábricas dentro do território americano. Mesmo assim, a decisão gerou forte reação no setor. A associação que reúne fabricantes de remédios nos EUA afirmou que a medida pode trazer prejuízos e encarecer os custos.

As tarifas sobre caminhões também chamaram atenção. Os EUA importam grande parte desses veículos do México, que triplicou suas vendas desde 2019. Montadoras como Stellantis, responsável pela linha Ram, e a sueca Volvo, que está construindo uma fábrica no México, podem ser diretamente impactadas. A justificativa do republicano é fortalecer as marcas locais, como Peterbilt e Kenworth, evitando que caminhoneiros dependam de veículos fabricados fora do país.

No setor de móveis e artigos domésticos, Trump afirmou que os Estados Unidos enfrentam uma verdadeira “inundação” de produtos importados e que era preciso frear essa concorrência. Para ele, a entrada em excesso desses itens representa uma ameaça ao processo de manufatura americano. Além do aspecto econômico, o ex-presidente alegou novamente razões ligadas à segurança nacional. A ideia é incentivar a produção local e garantir mais empregos dentro do país.

O anúncio teve impacto imediato nos mercados internacionais, sobretudo nas bolsas da Ásia e da Europa. Empresas farmacêuticas de grande porte registraram quedas em suas ações, já que muitas delas dependem da exportação para os EUA. Em contrapartida, companhias que já investem em fábricas no território americano reagiram melhor à notícia. Esse movimento mostrou como a nova política pode favorecer quem apostar no mercado interno.


Anuncio de Trump nas redes sociais sobre as novas tafiras (Foto: reprodução/X/@KobeissiLetter)


Europa preocupada com ações de Trump

O Reino Unido e a União Europeia já sinalizaram preocupação e pretendem pressionar os EUA para rever parte das tarifas. Governos europeus ressaltam que o setor farmacêutico é vital para suas economias e que medidas desse tipo podem prejudicar a parceria entre os blocos. Alguns países, como o Reino Unido, reforçaram que continuarão negociando com Washington em busca de acordos mais equilibrados. A expectativa é de que o tema se torne pauta importante nas próximas reuniões bilaterais.


Carta de Donald Trump repudiando posicionamento das Nações Unidas (Foto: reprodução/X/@WhiteHouse)


Trump, no entanto, reforçou que continuará utilizando a lei que permite impor taxas sem aprovação do Congresso quando julgar que importações representam riscos à segurança nacional. Essa estratégia já foi adotada anteriormente em setores como aço e alumínio, o que gerou disputas judiciais.

Agora, o tema volta ao centro do debate político nos EUA, com a Suprema Corte analisando até que ponto o presidente pode agir sem aval parlamentar. Para Trump, porém, essa é uma medida necessária para proteger empregos e garantir autonomia produtiva ao país.

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