Trump apresenta plano de paz e impõe ultimato ao Hamas
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na segunda-feira (29), na Casa Branca, um plano de paz para encerrar a guerra na Faixa de Gaza. A proposta, aceita por Israel, impõe um ultimato ao grupo Hamas: libertar todos os reféns em até 72 horas ou enfrentar uma nova ofensiva militar apoiada pelos EUA. O […]
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na segunda-feira (29), na Casa Branca, um plano de paz para encerrar a guerra na Faixa de Gaza. A proposta, aceita por Israel, impõe um ultimato ao grupo Hamas: libertar todos os reféns em até 72 horas ou enfrentar uma nova ofensiva militar apoiada pelos EUA. O plano também prevê um governo temporário administrado por um comitê palestino tecnocrático, sob a supervisão de um Conselho da Paz, liderado pelo próprio Trump.
A proposta surge em meio à crescente pressão internacional por uma solução duradoura. De acordo com a Casa Branca, o objetivo é estabilizar Gaza, iniciar sua reconstrução e, futuramente, abrir caminho para um Estado palestino. O Hamas, por sua vez, ainda avalia o plano e não definiu prazo para uma resposta oficial. Enquanto isso, moradores da região demonstram ceticismo quanto à implementação da proposta.
Plano inclui governo técnico e desmilitarização
Segundo os detalhes divulgados, o plano prevê a formação de um governo transitório composto por palestinos não filiados a facções e especialistas internacionais. Esse comitê ficaria responsável por administrar os serviços públicos e gerir os fundos para reconstrução da região. O Hamas e outros grupos armados seriam excluídos do novo governo.
Além disso, todas as infraestruturas militares da Faixa de Gaza seriam destruídas. Para garantir a segurança interna, uma nova força policial Palestina seria treinada por uma Força Internacional de Estabilização. Tropas israelenses deixariam gradualmente o território, com a manutenção de um perímetro de segurança temporário.
Acordo é visto com otimismo no exterior, mas receio entre civis
A proposta recebeu apoio de países como França, Reino Unido e membros da Liga Árabe. A Autoridade Palestina também se mostrou favorável à iniciativa, desde que haja garantias para a criação de um Estado palestino no futuro. Em Gaza, no entanto, muitos moradores questionam a sinceridade do plano e temem que ele sirva apenas como manobra para pressionar o Hamas.
Grupos aliados ao Hamas, como a Jihad Islâmica, rejeitaram abertamente a proposta, afirmando que ela representa uma “receita para a explosão” da região. Mesmo assim, Trump reforçou que esta é uma “última chance” para que a paz seja alcançada com diplomacia.
