Trump e Putin realizam primeiro encontro bilateral desde início da guerra na Ucrânia

Está marcada para hoje a primeira cúpula entre Estados Unidos e Rússia desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022. Os governantes Donald Trump e Vladimir Putin devem se encontrar no Alasca, território estadunidense que já fez parte da Rússia, na base militar de Elmendorf-Richardson, às 16h30 do horário de Brasília (11h30 […]

15 ago, 2025
Foto destaque: última conversa oficial cara a cara do líder estadunidense com o russo se deu em 2019, no contexto do G20, em Osaka, Japão (reprodução/Mikhail Svetlov/Getty Images Embed)
Foto destaque: última conversa oficial cara a cara do líder estadunidense com o russo se deu em 2019, no contexto do G20, em Osaka, Japão (reprodução/Mikhail Svetlov/Getty Images Embed)
Vê-se dois homens brancos ocidentais e roupa social com terno apertando as mãos. São eles Putin (à esquerda) e Trump (à direita)

Está marcada para hoje a primeira cúpula entre Estados Unidos e Rússia desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022. Os governantes Donald Trump e Vladimir Putin devem se encontrar no Alasca, território estadunidense que já fez parte da Rússia, na base militar de Elmendorf-Richardson, às 16h30 do horário de Brasília (11h30 no horário local), para discutir o futuro do conflito.

A reunião, proposta por Moscou, sem a participação do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, gerou o temor do Ocidente de que seja negociado um cessar-fogo com vastas perdas territoriais para Kiev.

Encontro preocupa Ocidente

A cúpula russo-estadunidense foi anunciada na última sexta-feira (8) pelo presidente dos EUA, Donald Trump, no último dia do prazo dado por Trump a Putin para acabar com a guerra no Leste Europeu.

Já na segunda (11), Trump declarou que “tentaria recuperar parte daquele território [ocupado pela Rússia] para a Ucrânia”, mas que qualquer acordo de paz envolveria “alguma troca de territórios para o bem de ambos” os beligerantes.


Lourival Sant’Anna, Américo Martins e Priscila Yazbek, da CNN Brasil, analisam o encontro de Trump e Putin desta sexta-feira (Vídeo: reprodução/Youtube/CNN Brasil)


A fala motivou uma reunião de emergência entre os líderes da Ucrânia, União Europeia e Estados Unidos, realizada na quarta-feira via vídeo-chamada, na qual Donald Trump comprometeu-se a que nenhum acordo de cessar-fogo fosse assinado sem o consentimento de Kiev.

Evento diplomático gera tensão e incerteza

A relação de Washington e Moscou, sob a administração Trump, é repleta de idas e vindas.

No início do ano, ao tentar se aproximar de Vladimir Putin, Donald Trump disse que a única solução para o fim da guerra seria a desistência ucraniana da ambição de manter sua integridade territorial, mas depois voltou atrás, garantindo a Zelensky e à comunidade internacional que negociaria com o Kremlin a devolução das regiões ucranianas ocupadas pelo exército de Putin.

Às vésperas do novo encontro, Trump e Putin trocaram elogios. Putin disse que há “esforços sinceros” de Washington para solucionar a guerra, em um movimento que pode selar a “paz mundial”. Já Trump, mais comedido, disse achar “que ele (Putin) fará um acordo”, embora tenha também admitido que não há garantias. “Será como uma partida de xadrez”, disse o todo poderoso morador da Casa Branca.

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