Em um telefonema realizado no dia 20 de janeiro, antes da posse de Donald Trump, o presidente dos Estados Unidos e o líder chinês, Xi Jinping, discutiram a possibilidade de um acordo comercial entre as duas maiores economias do mundo.
Durante a conversa, os dois líderes abordaram uma série de questões, incluindo o futuro do aplicativo TikTok, temas relacionados ao comércio e a delicada situação de Taiwan. A relação comercial entre os dois países tem sido um ponto central desde o início do mandato de Trump, com discussões frequentes sobre tarifas e práticas comerciais.
Acordo comercial
Embora Trump tenha prometido, durante sua campanha presidencial, adotar tarifas punitivas sobre produtos chineses para pressionar a China a adotar práticas comerciais mais justas, ele não implementou tais medidas de forma imediata após assumir a presidência.
Donald Trump e Xi Jinping (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)
No entanto, as negociações comerciais entre os dois países seguiram de forma tensa, com a imposição de algumas tarifas ao longo dos anos, afetando tanto a economia dos EUA quanto a da China. Essas tarifas foram um reflexo da crescente frustração de Trump com o que ele considerava práticas comerciais desleais por parte da China, como a violação de propriedade intelectual e o déficit comercial significativo entre as duas nações.
Donald Trump e Xi Jinping
Em entrevista à Fox News, Trump destacou a importância do diálogo com Xi Jinping, classificando a conversa como positiva. Ele afirmou que a troca de ideias entre as duas potências é fundamental para o futuro das negociações comerciais, pois é por meio desse tipo de comunicação que se consegue entender as diferentes perspectivas e buscar soluções viáveis.
Trump também enfatizou que sempre buscou manter a comunicação aberta, mesmo quando as negociações pareciam estagnadas ou conturbadas. No entanto, o presidente dos EUA ressaltou que as tarifas ainda são uma ferramenta estratégica crucial no jogo comercial. “Temos um poder muito grande sobre a China, que são as tarifas, e eles não as querem”.
“Eu preferiria não usá-las, mas é um poder tremendo sobre a China“, afirmou Trump, deixando claro que as tarifas continuam sendo uma opção viável, caso necessário. Ele, no entanto, reconheceu que o objetivo maior é evitar um cenário de confronto direto, o que poderia ter consequências econômicas graves para ambas as economias.