Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), após novos dados coletados, o uso do medicamento losartana é seguro e havida sido retirado de circulação de maneira preventiva. O remédio é utilizado para tratar pressão alta.
Em junho, após detectar no insumo um tipo de impureza conhecida como ‘’azido’’, que, até então, estava em um nível muito maior do que o considerado normal, o medicamento foi proibido pela Anvisa. Essa substância pode surgir durante o processo de fabricação do remédio e inicialmente foi considerado um ‘’mutagênico em potencial’’, ou seja, poderia provocar danos às células humanas.
Na última quinta-feira (7), a Anvisa recebeu novos dados da agência regulatória europeia European Medicines Agency (EMA). Diante dos estudos levantados, foi constatado que o medicamento é “não mutagêncio’’, logo, não possuia a toxicidade detectada anterioremente pelo órgão.
Em nota, a Anvisa informou que a medida foi tomada por “precaução’’ e que “com os novos dados apresentados, os limites de segurança foram recalculados, indicando que os lotes do medicamento que foram recolhidos ou interditados não os ultrapassam”.
Medicamento foi recolhido em medida preventiva (Foto: Divulgação/Losartana)
O que é azido?
Antes de tudo, é preciso entender qual a função do losartana. O medicamento é um dos mais indicados no Brasil para o tratamento de pressão alta (hipertensão arterial) e insuficiência cardíaca, reduzindo o risco de derrame e infarto.
Os azidos são substâncias que podem causar mudanças no DNA, e que se concentrados em níveis muito altos, são capazes de danificar o corpo humano.
As substâncias são identificadas pelo prórpio controle de qualidade dos fabricantes, que seguem regulamentação da Anvisa que determina o controle de impurezas em medicamentos. O processo é contínuo dentro da rotina farmacêutica, a fim de garantir que os protudos comercializados sejam adequados e seguros.
Até o momento, não existem dados que comprovem eventos adversos em usuários do losartana relacionados a cânceres, anomalias congênitas ou distúrbios de fertilidade.
Foto Destaque: Reprodução/Saúde em dia