Estudo indica que inflamações no coração após vacina contra Covid são raras

Matheus Alvarenga Por Matheus Alvarenga
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Segundo um estudo divulgado na última segunda-feira (11), pela revista cientifica The Lancet Respiratory Medicine, o risco de uma inflamação no coração, chamada de miopericardite, em pessoas que se vacinaram contra a Covid-19 é muito baixo. A miopericardite é uma inflamação conjunta do músculo cardíaco e do pericárdio, que é a membrana que envolve o coração.

Durante as pesquisas, os cientistas fizeram a análise de mais de 400 milhões de doses de vacina nos bancos de dados internacionais para constatar se as vacinas contra a Covid-19 teriam alguma diferença comparada com outra vacina, como por exemplo a vacina contra a gripe.


Pesquisa mostrou que o risco de miopericardite é baixo em quem tomou vacina contra a Covid (Foto:Reprodução/IntraMed)


A pesquisa mostrou que não houve diferença entre a vacina utilizada contra a Covid e a vacina usada contra outras doenças. No caso da vacina contra a Covid, a incidência de miopericardite foi de 18 casos por milhão de doses aplicadas, enquanto as outras vacinas utilizadas contra outras doenças tiveram uma incidência de 56 por milhão de doses aplicadas.

Os Estados Unidos, até o mês de agosto de 2021, reportaram mais de 2.600 casos de inflamação cardíaca após a vacinação contra a Covid, após a segunda dose de vacinas de mRNA, como é o caso das vacinas da farmacêutica Pfizer.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, OMS, a maioria das pessoas que apresentam essa inflamação conjunta no coração se recuperam totalmente após esses episódios, sem necessitarem de um tratamento específico ou apresentação de sintomas que perduram por tempos.

De acordo com Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, 77% dos pacientes que apresentarem sintomas de inflamação se recuperaram de forma rápida durante a fase de acompanhamento. No Brasil a Anvisa mantém a recomendação do uso da vacina da Pfizer normalmente, seguindo as orientações da OMS.

 

Foto destaque: Paciente sendo examinada no hospital Reprodução/CNN

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