Algumas atividades profissionais em nosso país são vistas como operações insalubres, pois prejudicam a saúde auricular das pessoas que a exercem. Por serem atividades que oferecem riscos a saúde do trabalhador, foi estabelecida uma norma que ajuda a orientar empregadores sob limites que devem ser obedecidos.
A norma reguladora № 15, editada pelo ministério do trabalho brasileiro № 3.214, de 8 de junho de 1978 e regulamentada nos artigos 189 a 196 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, garante a segurança do trabalhador a exposição a altas taxas de ruído, que pode levar ao profissional a surdez no momento da execução de sua função.
Esta norma aborda a exposição ocupacional ao ruído, delimitando assim os níveis de tolerância ao ruído medido em decibéis (DB). Visando a proteção destes colaboradores as empresas devem implementar um programa que contemple um conjunto de medidas para prevenção de perdas auditivas ocupacionais.
Homem trabalhando em ambiente com ruídos. (Foto: Reprodução/GETTY IMAGENS/Istockphoto)
Entre esta medidas estão o uso de EPIs, que são equipamentos de proteção individual usado pelo trabalhador, destinado a proteção contra riscos que ameaçam a sua saúde. Um dos dispositivos mais usados é os abafadores de ruídos e os protetores auriculares, estes são equipamentos que tem a função de proteger os tímpanos de possíveis danificações.
Os dois têm o mesmo objetivo, que é a diminuição do barulho, porém com uma diferença cada modelo oferece um nível de proteção distinta. Compete ao medico do trabalho ou técnico de segurança do trabalho avaliar qual o mais indicado para cada profissão.
Vale lembrar que o trabalhador nunca deve entrar em locais com barulho sem o uso do protetor auditivo ou esquecer-se de tirá-lo ao sair. O protetor costuma ser seguro, no entanto ele tem seus efeitos colaterais especialmente se usado diariamente. Com o tempo ele pode empurrar a cera de volta pra o ouvido, causando um acumulo, deixando o equipamento preso em seu ouvido gerando vários problemas como perda auditiva temporária e zumbido.
São recomendados alguns cuidados ao usar os protetores auditivos, por exemplo: não manuseá-lo com as mãos sujas, utilizá-lo somente no período de trabalho, lavar regulamente com água e sabão neutro, retirar e colocar com cuidado para evitar desgaste e guardar corretamente após o uso.
É de extrema importância que todo profissional seja regulamente submetido a exames de audiometria para certifica se a atividade não esta lhe ocasionando perda da audição. As empresas devem oferecer treinamentos e orientações a respeito dos riscos e como evitá-los.
Foto Destaque: Trabalhador da construção civil com proteção de tampões. Reprodução/GETTY IMAGENS/Istockphoto