Fiocruz se une com UFMS e comprova eficácia da Qdenga

Segundo o jornal O Globo, um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) analisou dados de vida real que comprovaram a eficácia da primeira dose da vacina da dengue entre adolescentes. Sendo assim, essa pesquisa é a primeira a apurar informações do resultado da […]

20 ago, 2025
Foto destaque: estudos validam a eficácia da vacina Qdenga contra o vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti (Reprodução/Lauren Bishop/CDC)
Foto destaque: estudos validam a eficácia da vacina Qdenga contra o vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti (Reprodução/Lauren Bishop/CDC)
Mosquito Aedes aegypti, responsável por transmitir dengue, zika e chikungunya

Segundo o jornal O Globo, um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) analisou dados de vida real que comprovaram a eficácia da primeira dose da vacina da dengue entre adolescentes. Sendo assim, essa pesquisa é a primeira a apurar informações do resultado da campanha de imunização do Brasil e a estudar a possibilidade da redução pela metade do risco da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

Ainda de acordo com O Globo, as conclusões do trabalho de campo comprovaram que a vacina japonesa contra a dengue possui propriedades eficazes para prevenir a persistência da infecção. Assim, o trabalho realizado pelos pesquisadores acompanhou os dados de jovens na faixa etária entre 10 e 14 anos que foram vacinados pela Qdenga em um período entre fevereiro e dezembro de 2024, no estado de São Paulo.

Vale ressaltar que a injeção produzida pela empresa farmacêutica Takeda, chegou ao SUS (Sistema Único de Saúde) e passou a ser avaliada pelos estudiosos no ano anterior. Além disso, a pesquisa brasileira chegou a ser publicada na revista científica “The Lancet Infectious Diseases” durante esta última terça-feira (19).

Fiocruz comprova que primeira dose da vacina contra dengue já traz resultados

A iniciativa revelou que apenas uma injeção já comprovou a eficácia de 50% contra casos sintomáticos oito dias após a primeira aplicação. Nesse ritmo, o sucesso de 67,5% em casos mais graves que recorrem a uma hospitalização, mostrou que a proteção depois da primeira dose é possível com o uso da medicação preventiva.


Informações sobre a vacina Qdenga (Foto: reprodução/Instagram/@vacinasaobento)


Como consequência, a segunda leva da medicação aumentou o combate contra a variante sintomática da infecção para 61,7%. Os responsáveis pela pesquisa ainda explicaram que não foi possível estimar a eficácia da segunda aplicação contra a internação hospitalar. Porém, eles pretendem repetir o estudo com dados atualizados da amostra deste ano.

Resultados apontam que vacina japonesa é eficaz para variantes da dengue

O coordenador do estudo que atua como pesquisador da Fiocruz e da UFMS, Julio Croda, informou que essa foi a primeira avaliação do mundo que acompanhou a rotina de pessoas vacinadas pela Qdenga. Ele explicou ainda que na vida real tudo pode ser diferente da tese e dos ensaios clínicos. Por isso, existiam muitas dúvidas em relação à proteção que uma pessoa vacinada apenas com a primeira dose teria.

No entanto, os estudos da equipe comprovaram os resultados positivos do teste que reforçam a alta proteção contra a hospitalização apenas com uma aplicação. Desse modo, o estudo que teve apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), também contou com a colaboração de instituições internacionais como a Universidade de Yale, a Universidade Johns Hopkins e a Universidade Emory, na América do Norte.

Além do projeto ter confirmado que os imunizados vêm sendo protegidos contra a arbovirose, essa iniciativa comprovou hipóteses que haviam sido levantadas sobre sua eficácia em relação aos sorotipos da doença. Ademais, essa mobilização resultou na aceitação do medicamento mediante a concretização de sua prevenção às duas variantes do vírus que circularam durante a pandemia de 2024.

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