Lula e Trump se encontram na Malásia e discutem acordo comercial

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reuniram no domingo (26) durante a 47ª cúpula da ASEAN, na Malásia. A reunião foi marcada como um passo positivo para o estreitamento das relações comerciais entre os dois países, ainda que em meio a tensões econômicas, como a guerra comercial entre o Brasil e os EUA. No encontro, o principal ponto discutido foi a imposição de tarifas sobre produtos brasileiros, com ambos os líderes destacando a importância de alcançar um acordo vantajoso para ambos os lados.

O encontro surge em um momento decisivo para o Brasil, que enfrenta desafios econômicos internos e externos. A imposição das tarifas pelos EUA, que começaram em agosto deste ano, afetou diretamente o comércio de produtos brasileiros. Essas tarifas têm gerado discussões sobre o impacto na indústria nacional, especialmente nas exportações de aço e de produtos agrícolas. Portanto, a reunião não só serviu para reafirmar os laços diplomáticos, mas também para estabelecer um canal de comunicação direto, fundamental para uma possível reviravolta na relação comercial.

Encontro é uma oportunidade para o Brasil

Este encontro, que durou quase uma hora, surge em um contexto delicado, no qual os Estados Unidos mantêm tarifas de importação de 50% sobre produtos brasileiros desde agosto. Essas tarifas, parte de uma estratégia para reduzir o déficit comercial, têm gerado impactos negativos na economia brasileira. Para o Brasil, a reunião foi uma oportunidade de pressionar por uma revisão das tarifas e de buscar um entendimento mais equilibrado nas relações comerciais com os EUA.


Publicação de Domingo Espetacular (Vídeo:reprodução/YouTube/Domingo Espetacular)

Lula afirmou que Trump se comprometeu a trabalhar em um “acordo de muita boa qualidade”, enfatizando a importância desse compromisso para o futuro das relações comerciais entre os países. No entanto, Trump, ao comentar a reunião, mostrou-se mais cauteloso, afirmando que a negociação está em andamento e que o futuro do acordo dependeria de um processo mais longo.

Tensões comerciais e impacto do acordo com a China

A disputa comercial com os Estados Unidos não é o único fator que tem impactado as negociações. O Brasil também se encontra em uma posição estratégica junto à China, sua maior parceira comercial. Enquanto o Brasil tenta avançar em um possível acordo com os EUA, o acordo com o gigante asiático parece ser um ponto de pressão. Trump demonstrou interesse em observar como o Brasil se posiciona nas negociações com Pequim, visto que as movimentações entre as duas potências podem influenciar diretamente o acordo com os Estados Unidos.

Porém, o compromisso de Lula com a negociação com os EUA reflete uma visão estratégica de buscar maior estabilidade econômica para o Brasil, mesmo diante de um cenário global de incertezas comerciais. As próximas semanas serão decisivas para ver se o encontro entre os dois presidentes resultará em avanços concretos ou se as negociações continuarão em um campo de promessas.

Acordo de Paz entre Israel e Hamas é assinado

O grupo Hamas e o governo de Israel chegaram a um acordo de Paz na noite desta quarta-feira (8), marcando a primeira fase do cessar-fogo na Faixa de Gaza, após semanas de intensas negociações. Anunciado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em suas redes sociais, o compromisso foi mediado por potências internacionais, incluindo Catar, Egito e Turquia. Entre as medidas adotadas estão a libertação de todos os reféns mantidos pelo Hamas desde o início da escalada, em 07 de outubro de 2023.

Em seu comunicado, Trump destacou que este é um passo importante que pode abrir caminhos para uma paz duradoura na região. Contudo, muitos detalhes da tratativa continuam sendo discutidos, com a implementação de várias cláusulas que dependem de condições políticas complexas e futuras negociações entre as partes envolvidas.

Complexidade do acordo

Ainda em fase inicial, o acordo prevê que o grupo Hamas liberte todos os reféns em um prazo de 72 horas, com expectativa de que, até o próximo sábado (11), a libertação seja concluída. No entanto, o Hamas solicitou um prazo maior para devolver os corpos das vítimas, indicando a complexidade das questões humanitárias ainda em jogo nas negociações. Segundo informações, 48 reféns israelenses são mantidos em território palestino, destes 20 estariam vivos.


Publicação de Benjamin Netanyahu sobre libertação dos reféns israelenses (Foto: reprodução/X/@netanyahu)

Em contrapartida, Benjamin Netanyahu se comprometeu a libertar prisioneiros palestinos mantidos em território israelense, algo imposto pelo grupo Hamas desde o início das negociações. Além disso, o governo de Israel deve retirar suas tropas da Faixa de Gaza, sinalizando um recuo militar. No entanto, essa é uma questão ainda em aberto, já que os detalhes sobre onde as tropas se posicionarão permanecem incertos.

As negociações

As negociações para o cessar-fogo começaram logo após o ataque ocorrido há dois anos, ao sul da Faixa de Gaza, em Re’im, no deserto de Negev, durante um festival de música eletrônica, quando o grupo Hamas sequestrou 251 reféns e matou centenas de pessoas na ofensiva, de acordo com informações divulgadas à época. Porém, os vários acordos anteriores foram violados e a assinatura deste novo compromisso oferece esperança para a redução das hostilidades na região.

A proposta aceita foi apresentada pela Casa Branca em setembro deste ano, com uma série de medidas, incluindo uma zona de segurança para Israel e um governo de transição palestino sob supervisão internacional, sem intervenção, direta ou indireta, do grupo Hamas. Porém, conforme especialistas, a assinatura do acordo não significa o fim imediato das tensões entre as partes, uma vez que as divergências ideológicas e políticas permanecem.


 

Publicação da Casa Branca sobre o acordo assinado entre o grupo Hamas e o governo de Israel (Foto: reprodução/Instagram/@whitehouse)

Desde o ataque, a Faixa de Gaza tem sido palco de um intenso conflito, com mais de 60 mil mortos palestinos, segundo estimativas divulgadas pelo Hamas. Embora o novo plano indique que um Estado independente da Palestina poderia ser uma possibilidade futura, ele está condicionado a uma série de reformas internas e à pacificação do território.

O futuro da Faixa de Gaza também envolve a reconstrução da infraestrutura devastada e a entrada de ajuda humanitária, o que exigirá um esforço internacional considerável. O “Conselho da Paz”, será liderado por Donald Trump, que supervisionará a reconstrução e os recursos destinados à população Palestina.

Expectativas internacionais

Em suas declarações, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, comemorou a assinatura do acordo, ressaltando a importância da libertação dos reféns e o “grande dia” para o Estado de Israel. Se comprometendo a submeter o tratado à aprovação interna de seu governo e elogiando o trabalho das forças de defesa do país. “Graças à coragem e ao sacrifício dos nossos soldados, chegamos a este dia”, disse Netanyahu, referindo-se ao esforço militar israelense na região.

O grupo Hamas, por sua vez, expressou gratidão aos mediadores, mas reforçou a necessidade de garantir que Israel cumpra todos os termos do acordo, especialmente no que diz respeito ao fim das agressões e à implementação das condições acordadas.


Publicação da Organização das Nações Unidas (ONU), sobre o acordo de cessar-fogo (Foto: reprodução/X/@ONUNews)

Em contrapartida, a comunidade internacional observa de perto o desenvolvimento dos próximos passos, na esperança de que a primeira fase do cessar-fogo possa ser o início de uma negociação mais ampla e, eventualmente, de uma solução política para o impasse de décadas. Embora ambicioso, o compromisso enfrenta muitos obstáculos, desde a reconciliação interna da Palestina até a aceitação do governo de Netanyahu, que rejeita a criação de dois Estados.

 

 

Israel e Hamas retomam negociações no Egito para definir retirada de tropas de Gaza

Delegações de Israel e do Hamas retomaram nesta terça-feira (7) as negociações indiretas no Egito, em Sharm El-Sheikh, com foco na criação de um mecanismo para a retirada das tropas israelenses da Faixa de Gaza. O encontro acontece após a retomada inicial das conversas na segunda-feira (6), e é mediado por representantes do governo egípcio e do Catar.

O objetivo central do diálogo é encerrar quase dois anos de conflito, que já resultou em milhares de mortes e uma grave crise humanitária. Além da retirada militar, as negociações incluem a libertação de reféns e prisioneiros, em um esquema de troca que busca equilibrar interesses israelenses e palestinos.

Pressões diplomáticas e desafios humanitários

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que mantém influência nas negociações, afirmou que o Hamas está aceitando propostas significativas. O plano dos EUA inclui a retirada gradual das tropas, o desarmamento do Hamas e a formação de uma administração interina supervisionada por um corpo internacional, com vistas a estabilizar a região.

Apesar do avanço das negociações, ataques aéreos israelenses continuam sendo registrados em Gaza. Segundo a Defesa Civil local, pelo menos sete palestinos morreram em bombardeios recentes, destacando a urgência de um acordo que garanta proteção à população civil.


Faixa de gaza após o inicio do conflito entre Israel e Hamas (Foto:reprodução/Getty Imagens Embed/Omar Al- Qattaa) 

O Egito, anfitrião das conversas, enfrenta um dilema humanitário: permitir a passagem de refugiados ou reforçar o bloqueio na fronteira, equilibrando segurança e responsabilidade internacional. O Catar, por sua vez, desempenha papel diplomático estratégico, intermediando contatos entre as partes e oferecendo garantias de segurança.

Especialistas internacionais alertam que, mesmo com o avanço das negociações, o sucesso depende da implementação prática dos acordos, da confiança entre as partes e da manutenção de um corredor humanitário que permita ajuda essencial à população civil.

Caminhos para uma trégua duradoura

Analistas apontam que, para que a paz seja sustentável, é necessário que o acordo contemple:

  • Retirada coordenada das tropas israelenses;
  • Liberação equilibrada de reféns e prisioneiros;
  • Estabilização política com supervisão internacional;
  • Garantia de assistência humanitária imediata à população de Gaza.

O êxito das negociações em Sharm El-Sheikh pode ser um passo decisivo para reduzir tensões na região, mas a história recente demonstra que o caminho para a paz será lento e exigirá comprometimento contínuo de todas as partes. 

UE suspende retaliação contra tarifas dos EUA por seis meses

A União Europeia suspenderá, por um período de seis meses, seus pacotes de contramedidas às tarifas aplicadas pelos Estados Unidos. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (4) por um porta-voz da Comissão Europeia, após um acordo temporário com o governo norte-americano de Donald Trump.

A decisão afeta duas frentes importantes: as tarifas sobre aço e alumínio, e as taxas sobre automóveis e produtos básicos. Ambas as medidas retaliatórias estavam programadas para entrar em vigor em 7 de agosto, mas agora ficarão em espera enquanto negociações avançam.

Negociações seguem com incertezas

Apesar do anúncio da trégua temporária, muitos pontos seguem indefinidos no acordo entre as duas potências econômicas. Autoridades da UE esperam que novos decretos americanos sejam emitidos em breve, ajustando setores que ficaram de fora da lista inicial de exceções.


Publicação de Donald Trump em visita à Escócia (Vídeo: reprodução/Instagram/@potus)


A declaração conjunta, que estava prevista para ser formalizada no último dia 27 de julho, ainda está em fase de alinhamento entre os representantes de ambos os lados. Enquanto isso, produtos como bebidas alcoólicas, que estavam entre os mais afetados, seguem sujeitos às tarifas impostas pelos EUA.

A Comissão Europeia afirmou que a suspensão das contramedidas não significa uma desistência das reivindicações, mas sim uma tentativa de abrir espaço para uma solução diplomática. “O diálogo continua, e esperamos avanços reais nas próximas semanas”, afirmou o porta-voz.

Impactos econômicos e bastidores políticos

O setor empresarial europeu recebeu a decisão com alívio moderado. Grandes fabricantes de automóveis e indústrias de aço temiam um efeito cascata de perdas, caso as tarifas retaliatórias fossem aplicadas. No entanto, a suspensão é apenas uma pausa, e não uma solução definitiva.

Nos bastidores, fontes diplomáticas indicam que a UE aposta na diplomacia para evitar um agravamento da guerra comercial, mas não descarta retomar as contramedidas caso os EUA não flexibilizem os termos. Por enquanto, o continente aguarda os próximos movimentos de Trump, com a esperança de uma resolução sem danos maiores para o comércio global.

Zelensky comemora acordo com EUA sobre terras raras

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, utilizou suas redes sociais na data de ontem, quinta-feira (01), para comemorar o acordo firmado entre a Ucrânia e o governo de Donald Trump. O pacto celebrado envolve a exploração de “Terras Raras”, ajuda financeira e apoio militar.

Zelensky  informou que o acordo está à espera de ratificação por parte do parlamento ucraniano, Verkhovna Rada, composto por 450 deputados e, garantirá que não haja atrasos para entrar em vigor o quanto antes. 

O mandatário ainda informa que, durante o processo de negociações, iniciado em fevereiro deste ano (2025), as cláusulas vigentes mudaram significativamente. Conforme o presidente ucraniano, “este é um acordo verdadeiramente igualitário que cria uma oportunidade para investimentos na Ucrânia”. 

Em seu discurso, Zelensky comemora que o Fundo Financeiro de Recuperação será realizado sem pendência de dívidas. E que tanto a Ucrânia quanto os EUA tendem a ganhar com esta parceria. 


Pronunciamento do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky sobre o acordo firmado com os EUA (Vídeo: reprodução/Instagram/@zelenskyy_official)


Volodymyr Zelensky aproveitou a oportunidade para agradecer aos representantes ucranianos pelo empenho empregado para que o acordo fosse aceito. 

Reunião no Vaticano

A reunião que pôs fim a meses de espera para assinatura do acordo entre EUA e Ucrânia, ocorreu durante o funeral do Papa Francisco, em 26 de abril (2025). Segundo Zelensky, o encontro com o presidente Donald Trump no Vaticano foi fundamental para que as negociações avançassem.


Reunião entre Volodymyr Zelensky e Donald Trump, Vaticano, Roma (Foto: reprodução/X/@@ZelenskyyUa)

Ainda, conforme Zelensky, a assinatura do acordo para exploração de “Terras Raras” tornou-se viável naquele momento, classificado como “histórico” e que outros resultados, decorrentes deste encontro, estão em andamento. 

Sanções à Rússia

Algumas das regiões denominadas como “Terras Raras” ucranianas, encontram-se em áreas sob controle da Rússia. Frutos da atuação russa na guerra contra a Ucrânia em curso desde 2022. Estima-se que, atualmente, o governo de Vladimir Putin detém 18% do leste da Ucrânia.

Cidades fronteiriças com a Rússia, como Donetsk, Zaporíjia, Kherson, Luhansk, Mariupol, além da Crimeia, são dominadas pelo exército de Putin e possuem minerais raros a serem explorados. 


Mina de grafite, Zavallya, Ucrânia (Foto: reprodução/Olena Koloda/Getty Images Embed)


Com o acordo firmado entre EUA e Ucrânia na data de ontem, quinta-feira (01), essas áreas serão disputadas entre os países envolvidos. Algumas já estão sob sanções econômicas internacionais e novas sanções serão postas em prática. 

Após a assinatura do acordo com os EUA, Volodymyr Zelensky anunciou novas sanções as empresas sediadas nestes territórios. Em sua fala, o presidente ucraniano informa que tais sanções serão contra a Rússia, em decorrência da guerra e que, serão sincronizadas com as sanções mundiais já em curso. 

A lista de sanções inclui: 36 empresas, produtora de titânio, que atendem à produção militar russa; 106 entidades localizadas na Crimeia, Donetsk e Luhansk, envolvidas na ocupação russa e mais dezenas de civis, alguns ucranianos que, segundo Zelensky são propagadores de informações prejudiciais à Ucrânia. 

Até o momento, não houve manifestação por parte do governo de Vladimir Putin, presidente russo, sob quais providências serão tomadas referente aos últimos acontecimentos. 

EUA e Ucrânia firmam acordo estratégico para exploração de “Terras Raras”

Representantes dos EUA e da Ucrânia assinaram na data de ontem, quarta-feira (30), um acordo de parceria bilateral referente à exploração de “Terras Raras” ucranianas. Com duração de dez anos, o pacto visa a reconstrução do país do leste europeu, prejudicado pela guerra contra a Rússia, em curso desde 2022. 

 A assinatura do ato era uma condição exigida pelo presidente americano Donald Trump ao presidente ucraniano Volodymyr Zelenski, desde fevereiro deste ano (2025), em troca de apoio financeiro-militar. Na ocasião, o encontro realizado no salão oval da Casa Branca foi encerrado devido a conflito de interesses entre as partes. 

Segundo autoridades ucranianas, o acordo pode ser assinado após passar por consideráveis ajustes, uma vez que, o acordo inicial era visto como unilateral, favorecendo principalmente os EUA. Desta vez, segundo o primeiro-ministro da Ucrânia, Denys Shmyhal, o pacto firmado favorece ambas as partes.

Repercussão

Desde sua assinatura, o acordo está sendo amplamente divulgado. Nas redes sociais, tanto o governo de Donald Trump quanto de Volodymyr Zelensky comentaram sobre o assunto. 

A Ministra da Economia ucraniana, Yulia Svyrydenko, em uma sequência de postagens, detalhou os termos do acordo firmado, declarando que a parceria não tira o controle das “Terras Raras” da Ucrânia.


Publicação inicial sobre o acordo entre EUA e Ucrânia feita por Yulia Svyrydenko (Foto: reprodução/X/2@Svyrydenko_Y|)

Pelo lado americano, o Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, analisou a parceria como histórica e essencial para acelerar a recuperação econômica ucraniana.


https://twitter.com/BessentSco42680/status/1917718468725555315
Publicação do Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, relacionada ao acordo firmado (Foto: reprodução/X/@BessentSco42680)

Além das autoridades diretamente envolvidas na assinatura do ato, diversos integrantes dos governos americano e ucraniano celebraram a assinatura do acordo, que, segundo o Departamento do Tesouro dos EUA, “sinaliza o comprometimento do governo Trump com uma Ucrânia livre, soberana e próspera”.

Termos do acordo 

O principal pacto firmado pelo acordo é a criação de um Fundo de Investimento entre os dois países, o qual atrai investimentos multilaterais para a Ucrânia. Fortalecendo a economia, alavancando a criação de empregos e a cadeia de suprimentos. 

O fundo está na média de 50/50, será gerido pelos dois países igualitariamente e ambos determinarão onde investir e como investir, sem voto dominante. 

Um segundo ponto muito comentado é sobre o controle referente às “Terras Raras”. De acordo com Yulia Svyrydenko, a soberania ucraniana não será afetada, uma vez que todos os recursos territoriais continuarão sob o domínio do país. 

Referente ao que e onde extrair, Svyrydenko enfatiza que será determinado exclusivamente pela Ucrânia e está “claramente estabelecido” no pacto. 

Dois outros pontos, não menos importantes estabelecidos, referem-se às empresas estatais ucranianas, que permanecerão sob domínio e supervisão do governo do país, e a adesão da Ucrânia à União Europeia, que não foi contemplada no acordo. Deixando a cargo ucraniano aderir ou não à organização


Scott Bessen, Secretário do Tesouro dos EUA e Yulia Svyrydenko, Ministra da Economia da Ucrânia, assinando o acordo firmado entre os dois países. (Foto: reprodução/X/@USTreasury)


A divulgação dos termos do acordo é, em tese, importante para tranquilizar autoridades mundiais, organizações multilaterais, mercado financeiro e instituições públicas e privadas.  Uma vez que, entendia que ao firmar um pacto com os EUA sobre suas “Terras Raras”, a Ucrânia perderia o controle de uma parte considerável de seu território.

Terras raras

As “Terras Raras” ucranianas são áreas produtoras de elementos utilizados nas produção de computadores e smartphones, além de equipamentos médicos. São denominadas de “Terras raras”, pois os elementos encontrados nessas áreas são difíceis de serem encontrados na natureza, em geral. 

A Ucrânia possui 5% de toda a reserva de materiais raros existentes no mundo, classificados pela União Europeia. Dos 30 elementos classificados como raros, os ucranianos possuem 21 deles.

Entre os minerais encontrados nas “Terras Raras” estão o ítrio, utilizados na produção de displays de televisores, supercondutores e ligas metálicas. O samário, componente importante na  produção de motores elétricos e dispositivos eletrônicos. O disprósio, utilizado para produzir componentes de reatores nucleares. O túlio, voltado para produtos médicos. O lutécio, aumentando a resistência e a durabilidade de ligas metálicas. 

Além dos minerais mencionados acima, as “Terras Raras” também possuem lítio, utilizado na produção de dispositivos eletrônicos e veículos elétricos. E, segundo o governo de Volodymyr Zelenski, a Ucrânia possui por volta de 450 mil toneladas desse mineral. 

 O titânio, outro mineral raro,  utilizado na área mecânica, na construção de motores de aeronaves e foguetes, também é altamente cobiçado pelas grandes potências mundiais. 

De acordo com estudos realizados pelo ISW (Instituto de Estudo da Guerra) os territórios ucranianos onde estão concentrados a maioria dos minerais raros, estão sob domínio ou invasão russa. 

Na imagem abaixo, são as áreas sinalizadas em vermelho.


Áreas de cidades ucranianas sob controle russo – 30 de abril de 2025 (Foto: reprodução/ISW)

O acordo firmado entre EUA e Ucrânia, para exploração desses territórios por parte do governo americano, em partes, retira a dependência dos EUA de países asiáticos, uma vez que a guerra comercial entre EUA e China não tem previsão de término momentânea. 

Os próximos passos e desdobramentos da assinatura deste acordo e como a Rússia se portará diante dele, serão conhecidos nos próximos dias, fazendo com que as atenções mundiais se voltem a esta questão.

Netanyahu diz que negociações de paz com Arábia Saudita podem acontecer

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou nesta terça-feira (4), durante uma coletiva de imprensa na Casa Branca, que acredita na possibilidade de um acordo de paz com a Arábia Saudita. Ao lado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Netanyahu afirmou que “a paz entre Israel e a Arábia Saudita não só é viável, como vai acontecer”.

Trump, por sua vez, revelou que discutiu com líderes do Oriente Médio uma proposta de deslocamento da população palestina da Faixa de Gaza e que, segundo ele, a ideia teria recebido apoio. “Os outros líderes adoram a ideia”, declarou o presidente americano, sem fornecer mais detalhes sobre o possível plano.


Conferência de impressa feita na Casa Branca (Vídeo: reprodução/Youtube/ABC News)

Resistência saudita

Apesar da declaração de Netanyahu, o governo saudita reafirmou sua postura sobre a questão palestina e rejeitou qualquer plano que envolva a remoção dos palestinos de seus territórios.

Em um comunicado emitido na quarta-feira (5), o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita afirmou que sua posição “não é negociável” e reforçou que uma solução justa para a Palestina deve estar alinhada com as resoluções internacionais.

“O Reino da Arábia Saudita sublinha que esta posição inabalável não está sujeita a compromissos. Não há possibilidade de alcançar uma paz duradoura e justa sem que o povo palestino obtenha seus direitos legítimos, conforme já foi esclarecido anteriormente tanto para a administração passada quanto para a atual dos EUA”

Reino da Arábia Saudita

O príncipe herdeiro Mohammed bin Salman reforçou essa posição de forma enfática, declarando que a política saudita sobre o tema “é clara e explícita”, não deixando espaço para interpretações diferentes ou concessões.


Declaração do Reino da Arábia Saudita para veículo do Oriente Médio (Vídeo: reprodução/Youtube/Al Jazeera)

Guerra em Gaza

O debate sobre o deslocamento dos palestinos é uma questão extremamente delicada na região. Durante os confrontos na Faixa de Gaza, muitos palestinos temem sofrer uma nova “Nakba” – termo árabe que significa “catástrofe” –, em referência ao êxodo forçado de centenas de milhares de palestinos durante a guerra que levou à criação do Estado de Israel, em 1948.

A guerra em Gaza, iniciada em outubro de 2023, alterou significativamente o cenário diplomático no Oriente Médio. Até então, os Estados Unidos vinham conduzindo negociações para que a Arábia Saudita normalizasse relações com Israel, seguindo os passos de países como Emirados Árabes Unidos e Bahrein, que assinaram os chamados Acordos de Abraão em 2020.

Contudo, diante da ofensiva israelense em Gaza, a capital da Arábia Saudita, Riade, suspendeu qualquer avanço nesse sentido. O governo saudita vem adotando uma postura crítica em relação às ações de Israel no conflito e classificou os ataques contra civis palestinos como “genocídio coletivo”.

O governo Trump busca manter Israel e Arábia Saudita alinhados, mas a crescente pressão da comunidade internacional e o agravamento da crise humanitária em Gaza tornam essa aproximação cada vez mais difícil. Enquanto Netanyahu mantém a esperança de um acordo de paz, as posições intransigentes de ambos os lados indicam que as negociações ainda estão incertas.

Diddy não aceitará acordo, diz advogado

O caso de Sean Diddy Combs vem chamando a atenção nos últimos dias. E uma fala do advogado do artista causou surpresa no público. Isso porque no documentário intitulado “The Downfall of Diddy: The Indictment”, do TMZ, Marc Agnifilo afirma que o rapper está lutando contra uma suposta perseguição do governo e que não irá fazer nenhum tipo de negociação.

De acordo com informações que surgiram através do documentário, o músico irá se defender até o fim e que também não fará acordo judicial.

Confira mais detalhes do caso

O profissional que acompanha o caso de Diddy, em sua visão, ele é inocente e, por essa razão, não irá fazer acordo para declarar culpa, mesmo que essa opção seja oferecida pelos promotores.

Diddy deseja usar seu caso para trazer inspiração para demais pessoas que acreditam estar sofrendo perseguição do governo.


“The Downfall of Diddy: The Indictment”, documentário de TMZ. (Vídeo: reprodução/Instagram/@tmz_tv)


O advogado informou ainda que o rapper segue pensando na família e tem o objetivo de provar que é o mesmo homem que todos conhecem. Para finalizar, Marc pontou que tal processo existe pelo fato de Diddy ser um “homem negro bem-sucedido”.

Amigo de DiCaprio comenta sobre amizade com Diddy

A repercussão sobre a recente prisão de Sean Diddy Combs segue sendo um dos casos mais comentados dos últimos dias. E alguns questionamentos surgiram em torno das amizades do rapper com famosos.  E um amigo de Leonardo DiCaprio resolver comentar sobre a amizade de ambos.

A testemunha disse ao jornal Daily Mail que o ator poderia ter sido visto em festas de Diddy lá pelos anos 2000, porém, esse fato não significa dizer que DiCaprio estava envolvido em qualquer confusão, frisando que o artista apenas curtia a festa como qualquer pessoa. Finaliza dizendo que as pessoas estão sendo exageradas ao ligar DiCaprio ao rapper por conta de cliques antigos.

Cristiano Ronaldo e Georgiana tem acordo em caso de separação desde 2017

O astro do futebol Cristiano Ronaldo e a modelo Georgina possuem um acordo judicial em caso do fim do relacionamento do casal. Papais de Alana Martina e Bella Esmeralda, o casal está junto há oito anos.

O que diz o acordo

O acordo divulgado pela emissora portuguesa TV guia teria sido feito após o nascimento da primeira filha do casal, Alana Martina, em meados de novembro de 2017. O que mais chamou atenção no acordo foi o pagamento de uma pensão mensal do atleta para a modelo em caso de separação. O pagamento seria no valor de 100 mil euros (aproximadamente R$ 605 mil). A mansão do casal, localizada em Madrid, na Espanha, também entra no acordo e ficaria no nome da modelo.

O casal

Apesar desse acordo ter vindo à tona, o casal está longe de pensar em alguma separação. Eventualmente o casal posta momentos em família, na academia, viajando e etc.


Foto em família de Cristiano Ronaldo e Georgiana (Foto: reprodução/Instagram/@georgianagio)


Cristiano Ronaldo e Georgina Rodrigues se conheceram em uma loja da Gucci, em Madrid, na Espanha, em 2016. Iniciaram um namoro que dura até os dias atuais. O casal não é casado e tem duas filhas. O astro português possui mais três filhos.

O acordo só valeria após o casamento, porém o português e a argentina não pensam em se casar por agora.

O casal mora junto na cidade de Riad, na Arábia, onde o craque de 39 anos atua pela equipe do All Nassar desde 2022, quando saiu do clube inglês Manchester United. Se depender do contrato do jogador com a equipe árabe, o casal ficará por lá até metade de 2025, quando se encerra o acordo que o português tem com o seu atual clube.

Cristiano Ronaldo na Arábia

São 43 gols em 42 partidas no Campeonato Saudita; 6 gols em 9 na Champions League da Ásia; 3 em 5 na Copa do Rei Saudita; 6 em 6 na Champions Cup; e nenhum em 2 na Supercopa somando assim 58 gols em 64 partidas

Mesmo após o acidente, Latam opta por continuar a parceria com a Voepass

Nesta quarta-feira (14/08), a Latam Airlines confirmou que irá continuar com o acordo que permite o compartilhamento de aviões com a Voepass. Esta decisão acontece alguns dias depois do acidente aérea ocorrido na última sexta-feira (09/08), em Vinhedo, interior de São Paulo.

O acordo entre as companhias aéreas consiste no “codeshare”, o qual é um compartilhamento de rotas locais, isso ocorre quando a companhia aérea não tem cobertura naquele local.

A Latam em sua nota afirmou ainda que “a empresa operadora do voo é quem responde por toda a gestão técnica e operacional, incluindo o atendimento aos passageiros nos aeroportos, o próprio voo e as suas eventuais contingências.


Destroços do avião da Voepass no local da queda em Guarulhos (Foto: reprodução/Nelson Almeida /AFP/Getty Images Embed)


O que é codeshare

O codeshare ou em português, código compartilhado, é um acordo feito por duas ou mais empresas aéreas, isso permite que uma empresa opere o voo e outra empresa faça a vendas do voo. Neste caso a Latam era a empresa que vendia as passagens do voo e a Voepass era quem fazia a operação do voo.

O código compartilhado foi criado na década de 60, e começou a ganhar muita força nos anos 80 e 90, isso fez com que aumentasse as alianças entre as companhias e fez com que as companhias áreas usassem o codeshare para ampliar suas linhas áreas sem ter muitos custos.

Esta parceria pode ocorrer em voos internacionais, regionais e doméstico, esse fato fez aumentar a competitividade no setor aéreo.

O acidente aéreo em Vinhedo

Na sexta-feira (09/08), o voo 2283 partiu às 11h46 de Cascavel, no Paraná, com destino no Aeroporto de Guarulhos. O acidente aconteceu às 13h25, o percurso do voo é de 2 horas.

O acidente da Voepass vitimou 62 pessoas na tarde de sexta-feira, o avião caiu em um condomínio em Vinhedo, interior de São Paulo, a queda foi a 80 km de São Paulo.

No momento da queda do avião houve a informação de que tinha 61 pessoas no voo dentre eles 57 passageiros e quatro tripulantes. No entanto, a companhia informou ter uma 62ª vítima que não estava na lista de passageiros.

As investigações para esclarecer quais foram as causas da queda estão em fase inicial, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) é quem está liderando as perícias no local do acidente.