Quartel-general paramilitar é atacado por homens-bomba no Paquistão

Nesta segunda-feira, dia 24 de novembro, o quartel-general das forças paramilitares do Paquistão foi atacado por três homens-bomba. Instalado na sede da Polícia Federal localizada na cidade de Peshawar – a capital da província Khyber Pakhtunkhwa, perto da fronteira com o Afeganistão –, o local abriga as forças paramilitares paquistanesas. O ataque começou com tiros e os três homens, após abrirem fogo, explodiram as bombas que estavam em seus corpos. Os ataques a tiros e com bombas deixaram três mortos e pelo menos onze pessoas ficaram feridas, segundo informações das autoridades paquistanesas. 

O ataque

Os homens-bomba abriram fogo contra o quartel-general para conseguirem invadir o edifício. “O primeiro homem-bomba atacou a entrada principal da delegacia e os outros entraram no complexo”, contou um funcionário do local à Agência Reuters, em anonimato. A sede da Polícia Federal fica em uma região povoada da cidade de Peshawar, capital da província de Khyber Pakhtunkhwa: por isso, a estrada e as ruas que conectam o local foram fechadas pelo exército, pela polícia e pela segurança. As informações vieram de um morador da região, em depoimento para a Agência Reuters. 


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Atentado – Três homens-bomba atacaram o quartel-general de uma força paramilitar no Paquistão, nesta segunda-feira (24), matando três militares e ferindo pelo menos 11, disseram as autoridades. Os agressores abriram fogo ao forçar entrada na sede da Polícia Federal, na cidade de Peshawar, capital da província de Khyber Pakhtunkhwa, na fronteira com o Afeganistão, antes de detonarem explosivos dentro do complexo, informou a polícia. A sede da força policial está localizada em uma área densamente povoada de Peshawar, capital da província de Khyber Pakhtunkhwa. Três membros das forças paramilitares foram mortos, afirmou Javed Iqbal, vice-comandante da força. “As forças de segurança, incluindo o exército e a polícia, isolaram a área e estão lidando com a situação com cautela, pois suspeitamos que haja terroristas dentro do quartel-general”, acrescentou o oficial. Os feridos, incluindo dois paramilitares, foram levados para o Hospital Lady Reading, informou o porta-voz da instituição, Mohammad Asim. Até o momento, nenhum grupo militante reivindicou a autoria do ataque. Para saber mais, clique em ‘leia o artigo’ #g1 #tiktoknotícias #paquistão #homembomba #atentado

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Ataque de homens-bomba deixa mortos e feridos (Vídeo: reprodução/TikTok/@g1)


Segundo as autoridades paquistanesas, o ataque deixou três mortos e onze pessoas ficaram feridas. Dessas onze pessoas, duas eram das forças paramilitares do Paquistão. Segundo informações de Mohammad Asim, porta-voz da instituição, os feridos foram levados para o Hospital Lady Reading. O vice-comandante das forças paramilitares do Paquistão afirmou que os três responsáveis pelo ataque com tiros e bombas foram mortos. Até agora, nenhum grupo reivindicou o ataque. 

Tensões

O quartel-general das forças paramilitares do Paquistão que foi atacado pelos três homens-bomba está localizado perto da fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão. O local é conhecido por ter tensões armadas.

Nas últimas semanas, a região viu os ataques serem intensificados. No mês passado, a fronteira entre os dois países teve confrontos com mortes. 

Terremoto de magnitude 6,3 atinge o norte do Afeganistão

Na madrugada desta segunda-feira (03), um terremoto de magnitude 6,3 atingiu o norte do Afeganistão, perto da cidade de Mazar‑i‑Sharif, de acordo com o United States Geological Survey (USGS). O tremor, ocorrido a cerca de 28 km de profundidade, deixou ao menos vinte pessoas mortas e aproximadamente 320 feridas, segundo as autoridades locais.

Atingindo áreas próximas à província de Balkh, o tremor foi sentido também em países vizinhos como Tadjiquistão, Uzbequistão e Turcomenistão. Relatos apontam que a “Mesquita Azul”, um importante local histórico, sofreu “graves danos”.

Danos, caos e evacuação imediata

Relatos de moradores relatam momentos de pânico: “Minha família acordou apavorada… os filhos iam escada abaixo gritando”, disse uma residente de Mazar-i-Sharif à imprensa. Janelas quebradas e gesso caído nas paredes marcaram os danos em residências.

Equipes de emergência em balkh e na vizinha província de Samangan já trabalham no resgate e atendimento aos feridos. A baixa participação em preparativos para desastres naturais em regiões montanhosas do Afeganistão aumenta o risco de que casas simples entrem em colapso ou fiquem inacessíveis após tremores.


Câmeras de segurança registraram o momento dos tremores (Vídeo: reprodução/X/@sputnik_brasil)


Contexto geológico e histórico de tremores no Afeganistão

O Afeganistão é uma área altamente ativa em termos sísmicos. Em agosto, um terremoto de magnitude 6,0 matou mais de 2,2 mil pessoas no leste do país. Em outubro de 2023, outro terremoto de magnitude 6,3 ocorreu no oeste do país, matando mais de 2 mil pessoas.

Especialistas alertam que a combinação de estruturas frágeis, pouco reforçadas e sistemas de resposta de emergência limitados torna as comunidades vulneráveis a cada novo evento. O atual tremor, embora de magnitude moderada em escala global, assume impacto elevado em regiões com baixa infraestrutura e pronta resposta debilitada.

Paquistão e Afeganistão prorrogam cessar-fogo após confrontos e prometem novo diálogo

O Paquistão e o Afeganistão decidiram prolongar o cessar-fogo após uma reunião realizada em Istambul, nesta quinta-feira (30). O acordo veio depois de uma série de confrontos violentos na fronteira, os mais graves desde que o Talibã assumiu o controle de Cabul em 2021. Neste mês, os combates resultaram em mortes, ataques aéreos do Paquistão e no fechamento parcial da fronteira, usada para o comércio entre os dois países.

Turquia e Catar se colocaram à disposição para ajudar no diálogo

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores da Turquia, as partes concordaram em criar um mecanismo de monitoramento para garantir que o cessar-fogo seja respeitado. Caso alguma das partes descumpra o acordo, sanções poderão ser aplicadas. Uma nova reunião está marcada para o dia 6 de novembro, também em Istambul, onde serão definidos os detalhes de como esse sistema vai funcionar.

O porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, também confirmou o fim das negociações iniciais e disse que ambos os lados concordaram em seguir conversando em novos encontros. Ele afirmou que o Afeganistão busca relações pacíficas e respeitosas com o Paquistão, baseadas na não interferência nos assuntos internos de cada país.


Enquanto assinavam o cessar-fogo, o Talibã orquestra uma tentativa de participar da COP30 (Foto: reprodução/X/@bielferrigno)


Governo paquistanês ainda não fez uma declaração oficial

Os recentes confrontos tiveram início depois que o Paquistão lançou uma série de ataques aéreos dentro do território afegão, alegando que integrantes do Talibã paquistanês — grupo considerado uma das maiores ameaças à segurança do país — estariam escondidos em solo afegão. Segundo as autoridades paquistanesas, esses militantes vinham planejando e executando atentados contra suas forças de segurança, especialmente em regiões próximas à fronteira, o que teria motivado a resposta militar.

O governo do Afeganistão, por sua vez, reagiu com indignação, classificando os bombardeios como uma grave violação da soberania nacional e uma afronta às leis internacionais. As autoridades afegãs negaram abrigar membros do grupo extremista e afirmaram que o país não permite o uso de seu território para ações contra nações vizinhas. Além disso, o Talibã pediu respeito mútuo e cooperação.

A fronteira de 2.600 km entre os dois países é, há décadas, motivo de tensões e acusações mútuas, especialmente por causa da presença de grupos armados na região.

Talibã veta livros de mulheres e autores iranianos

O Talibã anunciou novas medidas que aprofundam o controle sobre a educação no Afeganistão. O regime determinou a proibição de livros escritos por mulheres e de obras de autores iranianos em universidades, além de retirar 18 disciplinas inteiras dos currículos acadêmicos. A decisão foi justificada sob a alegação de alinhar o ensino às interpretações religiosas defendidas pelas autoridades.

Livros e autores vetados

A ordem impede que obras de mulheres sejam lidas, independentemente do tema tratado, reforçando uma política de invisibilidade das vozes femininas no espaço acadêmico. Além disso, os livros produzidos por autores iranianos também foram banidos, sob o argumento de que suas ideias não correspondem ao modelo cultural e religioso estabelecido pelo governo.

Essa medida do Talibã elimina uma parte significativa da produção literária disponível nas bibliotecas universitárias, restringindo o contato dos estudantes com diferentes perspectivas e referências intelectuais.


O Talibã segue doutrinando leis e regras no Afeganistão (Foto: reprodução/QUDRATULLAH RAZWAN/EFE/EPA)

Disciplinas retiradas dos currículos

Outro ponto central da decisão foi o veto a 18 disciplinas que antes faziam parte das universidades do país. Segundo informações divulgadas, seis dessas matérias estavam ligadas diretamente a temas relacionados às mulheres. O corte não apenas reduz o leque de opções acadêmicas, mas também suprime debates sobre direitos e questões sociais que poderiam fortalecer a participação feminina na sociedade afegã.

A exclusão desses cursos não representa apenas um ajuste curricular, mas sim um esforço deliberado para consolidar um modelo de ensino rígido, homogêneo e completamente subordinado às diretrizes ideológicas do Talibã. Ao restringir o acesso a disciplinas que incentivam questionamentos, diversidade de pensamento e reflexão crítica, o regime busca impor uma narrativa única, onde apenas suas visões religiosas e políticas têm espaço.

Essa postura vai muito além de uma simples mudança administrativa: ela transforma a universidade em um ambiente controlado, no qual os estudantes deixam de ser estimulados a desenvolver autonomia intelectual e passam a ser moldados para reproduzir uma visão de mundo específica. Nesse processo, a instituição perde seu papel essencial de promover pluralidade, diálogo e produção de conhecimento diverso, tornando-se um instrumento de reforço do poder do regime.

As novas proibições, somadas às restrições já impostas desde que o Talibã retomou o poder, demonstram um movimento contínuo de cerceamento das liberdades no campo da educação. O impacto atinge tanto homens quanto mulheres, mas afeta de maneira mais severa a possibilidade de inserção e reconhecimento das mulheres no meio acadêmico e profissional.

Papa Leão XIV se solidariza com população do Afeganistão após desastre

O Papa Leão XIV expressou, nesta segunda-feira (1), sua profunda solidariedade à população afegã atingida pelo terremoto de magnitude 6 na escala Richter, no último domingo (31), que devastou as províncias orientais do país, deixando milhares de civis desabrigados, mais de 800 mortos e ao menos 2800 feridos. A mensagem papal vem como alento para a população do Afeganistão que necessitará de toda a ajuda humanitária possível para a reestruturação do país.

A mensagem do Papa

A mensagem do papa foi assinada pelo secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, e foi envolvida por um tom de consternação, preocupação e desejo de recuperação do país após a tragédia. Na mensagem, o Papa declarou estar “Profundamente entristecido pela significativa perda de vidas”.

Sua mensagem ressalta “sincera solidariedade, em particular, àqueles que choram a perda de entes queridos e às equipes de emergência e autoridades civis envolvidas nos esforços de resgate e recuperação. Neste momento difícil para a nação”. O Papa terminou dizendo estar “rezando fervorosamente pelas almas dos falecidos, dos feridos e por aqueles que ainda estão desaparecidos”, invocando bênçãos de consolo e força sobre o povo afegão.


Papa Leão XIV, pontífice máximo da Igreja Católica (Foto: reprodução/Vatican Pool/Getty Images embed)


Detalhes do desastre natural

O terremoto, registrado às 23h47 (horário local), teve epicentro cerca de 27 km a nordeste de Jalalabad, nas províncias de Nangarhar, Kunar e Laghman. Seu foco raso — entre 8 e 10 quilômetros de profundidade — e a construção frágil das casas de adobe agravaram o impacto, resultando em mais de 800 mortos e até 2.800 feridos. A região montanhosa e de difícil acesso complicou as ações de resgate, com equipes recorrendo a helicópteros para evacuar centenas de vítimas, apesar das vias bloqueadas por deslizamentos. 

Resposta Humanitária

Organizações internacionais como ONU e UNICEF mobilizaram assistência emergencial, enquanto países como Irã, Índia e China se comprometeram com ajuda humanitária. Ambulâncias aéreas, doações de mantimentos, tendas e apoio médico têm chegado, embora ações ainda sejam insuficientes frente à escala da tragédia. Milhares de famílias, muitas recém-retornadas do exílio no Paquistão e Irã, encontram-se desabrigadas e em estado de vulnerabilidade, agravado pela escassez de recursos e cortes no financiamento internacional desde 2021, após o retorno do Talibã ao poder.

Em meio à devastação, as palavras do Papa Leão XIV oferecem um gesto simbólico poderoso e muito humano, reafirmando o clamor por compaixão e apoio global nesse momento de dor — e lembrando a urgência de união internacional diante de crises humanitárias crescentes.

Terremoto de magnitude 6 atinge leste do Afeganistão e deixa centenas de vítimas

Um terremoto de magnitude 6 atingiu o leste do Afeganistão, próximo à fronteira com o Paquistão, no domingo (30), deixando mais de 800 mortos e cerca de 2.800 feridos, segundo Zabihullah Mujahid, porta-voz do Talibã.

Epicentro, impactos do terremoto e operações de resgate

O USGS informou que o epicentro do terremoto foi a 27 km de Jalalabad, na província de Nangarhar, com profundidade de 8 km. Especialistas afirmam que tremores rasos, próximos à superfície, provocam mais danos. O abalo ocorreu às 23h47, horário local, e pode ter resultado em centenas de mortes.

Quase 500 mil pessoas possivelmente sentiram tremores de forte a muito forte intensidade, capazes de provocar danos em construções frágeis, de acordo com o USGS.

Mujahid afirmou em sua conta na rede social X que o terremoto causou vítimas e danos em várias províncias do leste do país. Ele acrescentou que autoridades locais e moradores estão concentrados nos esforços de resgate, enquanto equipes de apoio da capital e de regiões vizinhas se dirigem à área, utilizando todos os recursos disponíveis para socorrer os afetados.


Imagens do terremoto que afetou o Afeganistão (Vídeo: reprodução/X/@sputnik_brasil)

Tremores secundários, relatos de moradores e contexto histórico

Cerca de 20 minutos depois do tremor principal, um abalo secundário de magnitude 4,5 atingiu a mesma região, seguido por outro de magnitude 5,2, ambos a 10 km de profundidade, segundo o USGS. O sistema Pager emitiu alerta laranja, indicando risco de vítimas e prejuízos materiais.

O USGS destacou que é provável que haja vítimas e que o desastre possa se expandir, lembrando que situações anteriores com esse nível de alerta exigiram respostas em escala regional ou nacional.

Ahmad Zameer, de 41 anos e morador de Cabul, relatou à CNN que o tremor foi intenso e sacudiu seu bairro, localizado a mais de 160 km do epicentro, levando os moradores dos prédios próximos a correrem para as ruas com medo de ficarem presos.

Em outubro de 2023, um terremoto de magnitude 6,3 atingiu o oeste do Afeganistão, causando mais de 2.000 mortes e se tornando um dos mais letais do país nos últimos anos.

Enchentes no Afeganistão tem números elevados de vítimas, segundo relatório da ONU

A região do Afeganistão está sofrendo com chuvas sazonais com índices pluviométricos acima da média para o mês de abril. Segundo o relatório das unidade da ONU que trabalham na área, o número de mortos decorrente das enchentes chegam a mais de trezentos.

O norte afegão é a área mais afetada

As províncias ao norte do país foram as mais impactadas pelas enchentes das últimas semanas, principalmente Baghlan e na vizinha Takhar, segundo os meios de comunicação oficiais foram cerca de 20 mortos. Zabihullah Mujahid, porta-voz do governo Talibã definiu como “extensa devastação” e também pontou sobre as perdas financeiras em seu perfil no X ( nome atual da rede social Twitter). Também falou dos esforços estatais para socorro das vítimas.


Criança afegã tira lama de sua casa Foto: AFP

Medidas do governo Talibã

Neste sábado ( dia 11), o Ministério da defesa emitiu um comunicado sobra a ação da força aérea nessas regiões para retirada de sobreviventes, resgate de pessoas em áreas inundadas e transporte de feridos. Em abril, o relatório de vítimas contava com 70 mortes causadas pelas chuvas, além dos estragos em construções contabilizando cerca de 2000 casas, quatro escolas e três mesquitas danificadas pela ação das enchentes.

A necessidade de ajuda imediata e medidas preventivas

As mudanças climáticas mundiais acendem um alerta para áreas com condições mais precárias e de guerra como o Oriente Médio. O relator especial da ONU, Richard Bennett, disse também na rede social X que a situação atual é um lembrete claro que o governo talibã não está preparado o suficiente para enfrentar tragédias naturais como a atual.

Também apontou a necessidade de ajuda imediata às vítimas e planejamento a longo prazo para essas ocorrências, não só por parte do governo estabelecido como também de intervenientes internacionais. O programa mundial de alimentos já trabalha na área com a distribuição de alimentos para a população afetada.

Talibã retoma apedrejamento de mulheres após retorno ao poder no Afeganistão

O Talibã anunciou recentemente a retomada de punições públicas de mulheres, como apedrejamento e açoite até a morte. 

Em entrevista à BBC de Londres, Safia Arefi, diretora da organização afegã Women’s Window of Hope, falou sobre a solidão da mulher no país, que não têm apoio nenhum para se proteger das acusações e punições cruéis do governo, enquanto a comunidade internacional permanece em silêncio das violações dos direitos humanos. Ela também afirmou que o anúncio do retorno das penas condena as mulheres afegãs a reviver os dias sombrios do regime talibã nos anos 1990.


Hibatullah Akhundzada (Foto: reprodução/MOHD RASFAN/AFP via Getty Images embed)


O líder Supremo do Talibã, Hibatullah Akhundzada, se pronunciou ao anunciar a medida, que pode ser vista como uma interpretação da Lei Sharia (conhecida por punições extremamente severas)

 “Vocês podem chamar de violação dos direitos das mulheres o fato de apedrejá-las ou açoitá-las publicamente por cometerem adultério, porque isso entra em conflito com seus princípios democráticos, [Mas] eu represento Alá, e vocês representam Satanás.” Declarou Hibatullah Akhundzada.

Só no ano passado, segundo uma pesquisa do grupo Afghan Witness, 417 açoites e execuções públicas, sendo 57 delas de mulheres, foram realizadas com liberação dos juízes nomeados pelo Talibã, com a justificativa de “combater influências ocidentais”.

A Organização das Nações Unidas (ONU) condena esse tipo de punição.

Direitos femininos

Desde o retorno do grupo ao poder do Afeganistão, os direitos das mulheres vivem em regressão comparado a tudo que foi conquistado nos 20 anos anteriores, onde tropas dos Estados Unidos protegiam o território. Elas já não podem viajar desacompanhadas de um homem ou andar sozinhas. E ao sair, devem estar devidamente vestidas com uma burca, onde apenas os olhos são levemente visíveis, cobertos por uma rede para enxergar, enquanto todas as outras partes do corpo são envolvidas com tecido que não marca nenhuma forma.

Trabalhar e estudar também é impensável para pessoas do sexo feminino, até salões de beleza, espaço de liberdade e socialização foram fechados. Hoje, o índice de suicídio delas é altíssimo, por não visualizarem um caminho para a liberdade. Com dados segregados pelo governo que proíbe pessoas da saúde de divulgar estatísticas recentes, o que se sabe foi vazado pelos próprios profissionais de forma clandestina.