Ainda Estou Aqui vence Prêmio Lihuen de Melhor Filme Ibero-americano no Chile

O filme Ainda Estou Aqui, do cineasta Walter Salles, foi condecorado neste sábado (27) com o Prêmio Lihuen de Melhor Filme Ibero-americano. Foi a primeira vez que a premiação foi concedida pela Academia de Artes Cinematográficas do Chile e marca o 66º troféu do longa-metragem brasileiro. 

Produção iluminada 

O Prêmio Lihuen de Melhor Filme Ibero-americano foi recebido pela produtora de Ainda Estou Aqui, Maria Carlota Bruno, que representou toda a equipe de sucesso. Em seu discurso, ela exaltou a celebração latino-americana do cinema falado em português e espanhol. A produtora completou sua fala refletindo sobre a descoberta do significado de “lihuen”: “luz”. Para Carlota, o filme busca, justamente, iluminar a história da família de Eunice Paiva, que representa tantas outras histórias de tempos ditatoriais. 


Postagem de anúncio do Prêmio Lihuen vencido por ‘Ainda Estou Aqui’
(Vídeo: reprodução/Instagram/@academiacinechile)


O diretor Walter Salles, ao falar da premiação, lembrou da ditadura do Chile, que começou em 1973 e foi até 1990. Ele exaltou a forma como o país lidou com os ditadores após a redemocratização, sem aplicação da Lei de Anistia e com a criação do Museu da Memória e dos Direitos Humanos. 

Recordistas 

Desde a sua estreia no Festival de Veneza de 2024, Ainda Estou Aqui acumula 66 troféus, sendo o maior vencedor da história do cinema brasileiro e desbancando grandes clássicos do cinema nacional, como Central do Brasil. Entre os principais prêmios estão: Oscar de Melhor Filme Internacional, Melhor Roteiro no Festival de Veneza, Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme de Drama para Fernanda Torres (Eunice Paiva) e Prêmio do Público no Festival Internacional de Vancouver. 


Walter Salles recebendo o prêmio de Melhor Filme do Ano pela Critica Internacional (Foto: reprodução/instagram/@fipresci)

Mais de 30 países e 8,3 milhões de pessoas assistiram à história do sequestro de Rubens Paiva e na luta de Eunice Paiva que, enquanto busca respostas sobre o desaparecimento de seu marido, tem que criar cinco filhos sozinhos. No Brasil, o filme ficou 21 semanas em exibição nos cinemas, com 5,8 milhões de espectadores. 

‘Ainda Estou Aqui’ recebe prêmio inédito de Melhor Filme do Ano pela crítica internacional 

O filme ‘Ainda Estou Aqui’ foi eleito o Melhor Filme do Ano pela crítica internacional nesta sexta-feira (19). A produção, representada pelo diretor Walter Salles, recebeu o prêmio Grand Prix FIPRESCI 2025, oferecido pela Federação Internacional de Imprensa Cinematográfica. A cerimônia aconteceu, com votação on-line de 739 críticos de cinema, na abertura do 73º Festival Internacional de Cinema de San Sebastián, na Espanha. 

O filme dos ineditismos

Ainda Estou Aqui foi o primeiro longa-metragem brasileiro a ganhar o Grand Prix FIPRESCI em 25 anos de história. Em seu discurso de agradecimento, Walter Salles destacou a importância de ser premiado por uma associação internacional de críticos de cinema. Em janeiro deste ano, a produção já havia recebido, da FIPRESCI, o prêmio de Melhor Longa-Metragem Internacional, no Festival de Cinema de Palm Springs. Para o diretor, a pluralidade de cultura dos críticos foi essencial para que o filme fosse descoberto por novos públicos e continuasse nas salas de cinema. 


Walter Salles em seu discurso de agradecimento pelo Grand Prix FIPRESCI 2025
(Foto: reprodução/Instagram/@fipresci)

Salles ressaltou que receber a honraria em San Sebastián, no país de Marisa Paredes e Luis Buñel, ícones do cinema espanhol, tornou o momento ainda mais especial. Ele reconheceu a federação como aliada na luta contra o esquecimento e na defesa da democracia. 

Totalmente premiado

Lançado em novembro de 2024, Ainda Estou Aqui conta a história do casal Eunice e Rubens Paiva e de seus cinco filhos. Eunice luta para manter a família enquanto tenta descobrir a verdade sobre o desaparecimento de Rubens durante a Ditadura Civil-Militar. A produção do ‘Globoplay’ conquistou as salas de cinema do Brasil e do Mundo somando 65 premiações, entre as quais estão: Oscar de Melhor Filme Internacional, Melhor Roteiro no Festival de Veneza, Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme de Drama para Fernanda Torres (Eunice Paiva), Prêmio do Público no Festival Internacional de Vancouver, além de conquistar 13 categorias no Prêmio Grande Otelo. 

Casa de Cinema Brasileiro não sai do papel no Rio

Nesta quinta-feira (18), o prefeito Eduardo Paes (PSD) admitiu que o município não cumprirá o compromisso da construção da Casa do Cinema Brasileiro, que seria localizada no imóvel onde ocorreram as gravações do filme ‘Ainda Estou Aqui’. Segundo ele, embora o imóvel tenha sido avaliado pela Prefeitura em R$ 13 milhões, os proprietários exigiam R$ 18 milhões. A diferença de R$ 5 milhões tornou inviável o acordo. “Muito caro”, disse Paes.

Localização e ideia do imóvel

O imóvel em questão está localizado na Rua Roquete Pinto, esquina com a Avenida João Luiz Alves, no bairro da Urca, Zona Sul do Rio de Janeiro. Erguido em 1937, ele ganhou notoriedade nacional ao ser cenário de algumas cenas centrais do filme “Ainda Estou Aqui“, dirigido por Walter Salles e premiado no Oscar como Melhor Filme Internacional de 2024.

A ideia de transformar a residência em um memorial dedicado ao cinema brasileiro, a “Casa do Cinema Brasileiro”, foi anunciada em março deste ano, logo após o filme conquistar o Oscar de Melhor Filme Internacional. O projeto previa não apenas preservar o espaço como patrimônio de memória cultural, mas também abrigar a RioFilme, órgão municipal de fomento ao audiovisual.


Trailer do filme ´´Ainda Estou Aqui´´(vídeo/reprodução/Youtube/Sony)

Futuro do projeto incerto

O decreto que declarava a casa como de utilidade pública foi publicado originalmente como medida para possibilitar a desapropriação, reforma e readequação do local para visitação pública. A proposta incluía a abertura do térreo para exposições, com o restante do edifício servindo para atividades da RioFilme.

Com o recuo, o imóvel retorna ao mercado pelo valor originalmente pedido, e o futuro do projeto de homenagear o cinema brasileiro com esse espaço permanece incerto. Paes afirmou que há outras prioridades para os recursos públicos, mesmo reconhecendo a importância simbólica do local para o audiovisual brasileiro.

O filme ‘Ainda Estou Aqui’ já havia catapultado o imóvel a um ponto de interesse turístico na Urca, devido ao seu papel na produção que ganhou reconhecimento internacional.

Enquanto isso, resta saber se o município vai buscar alternativas para criar um memorial do cinema em outro local, ou se o projeto está definitivamente abandonado, apesar de toda a movimentação pública pela preservação da memória cultural vinculada ao filme.

Cinema brasileiro faz história: Ainda Estou Aqui vence prêmio máximo da crítica internacional

A The International Federation of Film Critics anunciou que o filme brasileiro “Ainda Estou Aqui” foi o grande vencedor do FIPRESCI Grand Prix. De acordo com a organização, o filme conquistou o prêmio de Melhor Filme de 2025, triunfando sobre obras renomadas como “Brutalista”, “O Agente Secreto” e “Pecadores”.

A Votação

Com a participação de 739 avaliadores de 75 nações, a seleção destacou a obra brasileiro-francesa dentre os filmes que estrearam a partir de 1º de julho de 2024. Walter Sales será homenageado com a premiação na cerimônia de abertura do 73º Festival de San Sebastián, em 19 de setembro, data em que o filme também será apresentado. Esta marcará a sexta vez que o realizador participa do festival espanhol, desde sua primeira aparição com “Terra Estrangeira” em 1995.

Em cartaz em 30 países, “Ainda Estou Aqui” cativou mais de 8,3 milhões de pessoas. No Brasil, após 21 semanas de exibição, o filme despediu-se dos cinemas com cerca de 5,8 milhões de espectadores. Atualmente, está disponível no Globo Play, onde alcançou o maior lançamento da plataforma.


Trailer do filme Ainda Estou Aqui (Vídeo: reprodução/Youtube/ingresso.com)


Primeiro Oscar

O filme alcançou um marco histórico, presenteando o Brasil com sua primeira estatueta do Oscar na categoria de “Melhor Filme Internacional”. No entanto, o grande destaque da noite foi Anora, que conquistou cinco prêmios, incluindo Melhor Filme, Melhor Direção para Sean Baker e Melhor Atriz para Mikey Madison. Baker, por sua vez, estabeleceu um novo recorde no Oscar, ao receber quatro prêmios pelo mesmo filme, um feito inédito na história da premiação.

A trama, que se passa na década de 70, retrata um Brasil mergulhado em crise sob o jugo da ditadura militar. Inspirada nas lembranças de Marcelo Rubes Paiva acerca de sua mãe, Eunice Paiva, a história verídica acompanha uma mãe de cinco filhos forçada a se redescobrir como ativista após o sequestro do marido pela polícia militar, que o faz desaparecer sob custódia.

“Ainda Estou Aqui” faz história ao receber prêmio inédito da crítica internacional

O filme brasileiro, dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, continua acumulando vitórias, e o prêmio mais recente foi concedido pela Federação Internacional de Críticos de Cinema (Fipresci), formada por 75 profissionais de todo o mundo.

O Grande Prêmio Fipresci será entregue em 19 de setembro na abertura do 73º Festival de San Sebastián, e Walter Salles receberá o prêmio pessoalmente.

Prêmios de “Ainda Estou Aqui”

Desde sua estreia em Veneza, o longa brasileiro conquistou 61 prêmios, nacionais e internacionais. Entre os mais importantes estão o inédito Oscar de Melhor Filme Internacional, o Globo de Ouro de Melhor Atriz para Fernanda Torres e o Prêmio de Melhor Filme Ibero-Americano. Walter Salles também foi premiado como Melhor Diretor, reafirmando sua importância no audiovisual brasileiro no cenário mundial.

No Brasil, o filme foi o grande vencedor da noite no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, incluindo as principais categorias. A história da família Paiva encantou o público em todo o mundo, consolidando o filme como um marco do cinema brasileiro.


Post de divulgação da página da premiação (Foto: reprodução/Instagram/@fipresci)



Filme brasileiro emocionou plateias internacionais

O longa brasileiro emocionou plateias globalmente e conquistou corações por onde passou. Desde Veneza, o filme dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello ganhou e continua vencendo prêmios e sendo reconhecido pela crítica, mostrando a força do nosso cinema.

A campanha internacional foi intensa, levando o filme a festivais e encontros pelo mundo. O público se identificou com a história de um período difícil no contexto da ditadura militar brasileira e da Guerra Fria no resto do mundo. A história da família Paiva cativou a plateia e consolidou o longa como um verdadeiro destaque do cinema brasileiro no cenário global.

Com todos esses reconhecimentos, “Ainda Estou Aqui” se confirma como um dos maiores sucessos do cinema brasileiro, emocionando plateias e conquistando espaço de destaque no cenário internacional.

Fernanda Torres marca presença em Veneza como jurada, após o sucesso de “Ainda Estou Aqui”

Há exatamente um ano, Fernanda Torres desembarcava em Veneza com “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, filme que foi ovacionado, conquistou o prêmio de Melhor Roteiro, primeiro troféu brasileiro no Festival desde 1981, e abriu caminho para o inédito Oscar do Brasil. Nesta terça-feira (26), a atriz retornou à Cidade dos Canais, não mais como protagonista na mostra, mas como jurada da 82ª edição.

Integrando um painel presidido por Alexander Payne (EUA) e composto por Stéphane Brizé (França), Maura Delpero (Itália), Cristian Mungiu (Romênia), Mohammad Rasoulof (Irã) e Zhao Tao (China). Em seu vídeo de chegada, Fernanda brincou com o próprio percurso:

Um ano atrás eu estava aqui com o filme; este ano ainda estou aqui, mas agora como jurada”.

Embora não haja nenhum filme brasileiro na disputa principal de 2025, a produção nacional segue em alta, com destaque para O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho, que chegou de Cannes com os prêmios de Melhor Diretor e Melhor Ator.

Nos próximos dias, o júri deverá avaliar obras de peso, de La grazia, de Paolo Sorrentino, exibido na cerimônia de abertura, a filmes de Kathryn Bigelow, Olivier Assayas e Jim Jarmusch, além de documentários como Cover-up, de Laura Poitras, e Nuestra tierra, de Lucrecia Martel, na disputa pelo cobiçado Leão de Ouro.

A premiação

A 82ª edição do Festival de Cinema de Veneza acontece entre 27 de agosto e 6 de setembro de 2025, estendendo-se pelos 11 dias mais glamourosos da sétima arte no Lido, reduto de charme às margens da Lagoa de Veneza. Reconhecido como o festival de cinema mais antigo do mundo, criado em 1932, o evento segue sendo vitrine para estreias mundiais e termômetro da temporada de premiações internacionais.


Fernanda Torres no 82n festival Internacional de cinema (Foto: reprodução/Danielle Venturelli/Getty Images Embed)


Para a competição oficial pelo Leão de Ouro, 21 filmes disputam o prêmio máximo, entre eles A House of Dynamite, de Kathryn Bigelow; Frankenstein, de Guillermo del Toro; Jay Kelly, de Noah Baumbach; além de obras de Yorgos Lanthimos, Olivier Assayas e Jim Jarmusch. A cerimônia de abertura exibe La Grazia, de Paolo Sorrentino, em sua estreia mundial, abrindo a disputa principal com grande expectativa crítica e popular.


Fernanda Torres no 82n festival de Cinema (Foto: reprodução/Aldara Zarraoa/Getty Images Embed)


Paralelamente à mostra principal, o festival engloba seções como Orizzonti, dedicada a novas tendências, e Venezia Spotlight, com grandes produções e obras independentes. Iniciativas de mercado, como o Venice Production Bridge e o Final Cut in Venice, voltado a projetos em pós-produção de África e Oriente Médio, fomentam encontros entre cineastas e financiadores. Fora da passarela do tapete vermelho, manifestações políticas de grupos como Venice4Palestine lembram o festival como palco de debates culturais e sociais globais.

“Ainda Estou Aqui” domina o Prêmio Grande Otelo 2025 com 13 vitórias

Na noite de quarta-feira(30), no elegante palco da Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, foi consagrado o filme Ainda Estou Aqui como o grande vencedor do Prêmio Grande Otelo. O longa de Walter Salles ultrapassou as expectativas, conquistando 13 estatuetas das 16 categorias em que foi indicado, incluindo Melhor Longa‑metragem de Ficção, Melhor Direção, e os troféus de Melhor Atriz e Melhor Ator.

Apresentada por Isabel Fillardis e Bárbara Paz, a cerimônia reuniu profissionais de destaque do audiovisual brasileiro e celebrou não apenas os vencedores, mas a trajetória de um cinema nacional vibrante. Entre os grandes destaques da noite, também figurou Malu, com três troféus relevantes, incluindo Melhor Primeira Direção e Melhor Roteiro Original.

O domínio absoluto de Ainda Estou Aqui

O filme de Walter Salles entrou para a história do cinema brasileiro ao vencer 13 categorias, um verdadeiro arrasa‑quarteirão. Entre os prêmios conquistados, além de Melhor Longa‑metragem de Ficção, o longa levou Melhor Direção, Roteiro Adaptado, Montagem, Figurino, Maquiagem, Direção de Arte, Fotografia, Efeito Visual, Som e Trilha Sonora, consolidando sua excelência técnica e artística.

As honras individuais foram igualmente expressivas: Fernanda Torres foi eleita Melhor Atriz por seu papel como Eunice Paiva, e Selton Mello, Melhor Ator por interpretar Rubens Paiva, ambos em Ainda Estou Aqui.


Walter Salles recebendo o prêmio de Melhor Filme Internacional no Oscar 2025 (foto: reprodução/Getty Images Embed/Jeff Kravitz)


Walter Salles, Fernanda Torres e Selton Mello (foto: reprodução/Getty Images Embed/Gareth Cattermole)


Os vencedores coadjuvantes e as surpresas da noite

Embora tenha dominado a festa, Ainda Estou Aqui não foi o único premiado. Malu, de Pedro Freire, se destacou ao conquistar três estatuetas importantes: Melhor Primeira Direção e Melhor Roteiro Original por Pedro Freire, além de Melhor Atriz Coadjuvante para Juliana Carneiro da Cunha, no papel de Dona Lili.

Outro destaque técnico veio com Ricardo Teodoro, que levou o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante por sua atuação em Baby, evidenciando que outros filmes da noite também receberam reconhecimento pelo júri técnico e artístico.

A premiação reafirmou a importância do Grande Otelo como um reconhecimento substantivo dos profissionais de cinema brasileiros. Organizado e votado exclusivamente pelos membros da Academia Brasileira de Cinema e auditado pela PwC Brasil, o prêmio mantém tradição de transparência e valorização da produção nacional.

Walter Salles comemora o 47° prêmio do filme “Ainda Estou Aqui”

O filme brasileiro “Ainda Estou Aqui” ganhou o seu 47° prêmio, ganhando na categoria Melhor Filme Ibero Americano no Prêmio Sur, premiação promovida pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas da Argentina nesta quarta-feira (23). 

Walter Salles, diretor do filme ganhador do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2025, não pôde comparecer à cerimônia, que aconteceu no Teatro del Libertador General San Martín, em Córdoba, na Argentina, porém compartilhou um vídeo nas redes sociais comemorando e agradecendo pelo prêmio. 

Agradecimento pelo prêmio

Em um vídeo compartilhado pela Conspiração Filmes, produtora de “Ainda Estou Aqui”, no Instagram, Walter Salles comemorou o novo prêmio do filme. A categoria em que o filme venceu foi a primeira a ser anunciada na cerimônia.

No vídeo, Salles comentou: “‘Ainda Estou Aqui’ trata da importância da memória e da resistência durante os obscuros anos da ditadura militar, esses dois territórios que o cinema argentino explorou e nos ensinou a abordar de maneira exemplar.” O diretor também citou Fernanda Torres e Fernanda Montenegro e a toda a equipe que participou do filme, destacando a importância deles para que o filme fosse realizado.


Walter Salles agradeceu aos fãs e aos seus colegas de trabalho pelo novo prêmio. (Vídeo: reprodução/Instagram/@primeiroplanocom)


Em seu agradecimento, Salles reforçou a importância da memória dos tempos de ditadura militar, não só no Brasil, mas na América Latina, em um momento em que ele destacou que a democracia está sendo atacada. “Vida longa ao cinema argentino e à democracia!”, disse o diretor ao finalizar o seu agradecimento em vídeo.

Sucesso de crítica e de público

O filme “Ainda Estou Aqui”, lançado em 2024, ficou 21 semanas em cartaz nos cinemas brasileiros e ao redor do mundo, em mais de 30 países, sendo um sucesso absoluto de crítica e de público. 

Além do prêmio conquistado na última quarta-feira, o longa faturou mais 46 prêmios, sendo eles o de Melhor Atriz no Globo de Ouro para Fernanda Torres, que interpreta Eunice Paiva, e o de Melhor Filme Estrangeiro no Oscar de 2025, sendo o primeiro filme brasileiro a ganhar uma estatueta. 

Ele é uma adaptação do livro de mesmo nome, escrito por Marcelo Rubens Paiva, que relata a história da própria família no período da ditadura militar, onde o seu pai, o ex-deputado federal Rubens Paiva é levado para prestar depoimentos para os militares e desaparece, fazendo com que sua mãe, Eunice Paiva, lutasse por respostas pelo desaparecimento e tenta se reerguer sozinha.

Walter Salles será homenageado pelo Museu da Academia do Oscar

O cineasta brasileiro Walter Salles, vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional deste ano, será homenageado no Academy Museum Gala 2025. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, conhecida como Academia do Oscar, organiza o evento, que acontecerá no dia 18 de outubro.

Desde 2019, o gala celebra grandes nomes da indústria do cinema internacional e, ao mesmo tempo, arrecada fundos para o Museu. Por isso, tornou-se um dos eventos mais relevantes do calendário cultural de Hollywood.

Temos a honra de homenagear Penélope Cruz, Walter Salles, Bruce Springsteen e Bowen Yang — contadores de histórias cuja influência comprovadamente ressoa no cinema e além dele”, disse Amy Homma, diretora e presidente do Museu da Academia.

Os homenageados

Walter Salles receberá o Prêmio Luminary, concedido àqueles cujas contribuições contribuíram na expansão criativa da produção cinematográfica. Enquanto isso, Penélope Cruz receberá o Prêmio Icon, que celebra artistas cujas carreiras tiveram um grande impacto cultural. 

Bruce Springsteen, que se apresentará ao vivo no evento, recebe o Prêmio Legacy — homenagem dedicada a artistas cujas obras inspiraram gerações de contadores de histórias e continuam a influenciar a cultura contemporânea. Já o ator e comediante Bowen Yang receberá o Prêmio Vantage, entregue a talentos emergentes que ajudam a desafiar narrativas convencionais no cinema.


Walter Salles recebeu o Oscar de Melhor Filme Internacional por “Ainda Estou Aqui” (Foto: reprodução/Scott Kirkland/Getty Images Embed)


Além disso, o comitê anfitrião do Museu da Academia também foi anunciado nesta quinta-feira (17) e contém nomes como Amy Adams, Demi Moore, Ben Stiller, Willem Dafoe, Colman Domingo, entre muitos outros. Consequentemente, o evento ganha ainda mais prestígio com a presença de líderes criativos da indústria. Por fim, o diretor de “Wicked” Jon M. Chu, é um dos co-presidentes deste ano. Ele dividirá a função com Common, Viola Davis, Julius Tennon, Robert Downey Jr., Susan Downey, Jennifer Hudson e o curador do Museu, Alejandro Ramírez Magaña.

Academy Museum Gala


O Museu da Academia do Oscar anuncia os homenageados deste ano (Foto: reprodução/Instagram/@academymuseum)


O Academy Museum Gala acontece todos os anos e celebra a arte e a ciência do cinema. O evento reconhece artistas que contribuem de forma significativa para a indústria cinematográfica global. Além disso, o evento visa arrecadar fundos para o próprio Museu. No entanto, sua importância vai além da celebração: os recursos obtidos são destinados ao apoio de exposições, iniciativas educacionais e à programação pública oferecida pelo museu.

Na edição do ano passado, o baile homenageou nomes como Paul Mescal, Rita Moreno e Quentin Tarantino. Como resultado, a noite arrecadou mais de US$ 11 milhões, valor que fortaleceu ainda mais os projetos e ações promovidos pela instituição. Assim, o evento se consolida como um dos mais relevantes do calendário cultural de Hollywood.

Fernanda Torres revela desejo inusitado após o Oscar para Ana Maria Braga

A atriz Fernanda Torres protagonizou um momento leve e divertido ao lado de Ana Maria Braga durante o Prêmio Faz Diferença, realizado esta semana no Rio de Janeiro. Após ambas serem homenageadas, a atriz revelou nas redes sociais qual é seu maior desejo agora que encerrou o ciclo de divulgação de “Ainda Estou Aqui”, filme que trouxe o primeiro Oscar para o Brasil na categoria de “Melhor Filme Internacional”.

Encontro descontraído viraliza nas redes

O vídeo do bate-papo foi publicado nas redes sociais e rapidamente viralizou, encantando os fãs das duas artistas. Além do bom humor, Fernanda demonstrou admiração por Ana Maria, dizendo estar fascinada após ouvir detalhes da vida pessoal da apresentadora, como o episódio em que ela fugiu de casa e foi procurada pelo pai com um rifle. Ana Maria respondeu à lembrança com bom humor, relembrando a situação como parte dos “bons tempos” de sua juventude.

Fernanda comentou a emoção de ser reconhecida em sua cidade natal após uma longa jornada internacional.

Tenho a sensação de encerramento desse trabalho e de um ciclo com esse prêmio. Por ser no Rio, ao lado do Walter [Salles], tive a sensação de voltar pra casa.”

Fernanda Torres

Por fim, quando perguntada por Ana Maria sobre o que faria após um ciclo de trabalho intenso, a atriz revelou um desejo inusitado: “ah, vou dormir, né? A pessoa tem que dormir. Só penso nisso“.


Ana Maria Braga e Fernanda em vídeo descontraído (Vídeo: reprodução/X/@ANAMARIABRAGA)

Ambas receberam homenagens no Prêmio Faz Diferença

Durante a cerimônia, Ana Maria Braga foi reconhecida com o prêmio na categoria TV e Séries, em celebração à sua contribuição histórica para a televisão brasileira. Ela foi homenageada pelo ator Antônio Fagundes, que destacou não apenas sua carreira sólida, mas também sua capacidade única de se conectar com o público ao longo de mais de duas décadas. Ana está há 25 anos à frente do programa Mais Você, da TV Globo, e se consolidou como uma das figuras mais queridas e influentes das manhãs na televisão aberta.

Já Fernanda Torres foi reconhecida como Personalidade do Ano, prêmio que dividiu com o diretor Walter Salles, seu parceiro no longa “Ainda Estou Aqui”. A premiação marca o encerramento do ciclo vitorioso de Fernanda e Walter com o filme, que conquistou importantes reconhecimentos internacionais, como o prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Veneza, o Oscar de Melhor Filme Internacional e o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme Dramático para Fernanda Torres.

A cerimônia teve apresentação dos colunistas Miriam Leitão e Ancelmo Góis, e celebrou personalidades que se destacaram em 2024, com premiações em 16 categorias.