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Durante o evento Deadline Contenders, que aconteceu neste sábado (16), nos Estados Unidos, Walter Salles admitiu estar surpreso com o desempenho do longa-metragem brasileiro “Ainda Estou Aqui”, que já levou mais de meio milhão de pessoas aos cinemas brasileiros para conferir a obra nacional, lançada em 7 de novembro.
Em entrevista, o diretor comentou sobre a lotação dos cinemas e também pontuou o fato da produção ter se tornado a número um no fim de semana passado.
“A gente ficou um pouco chocado com isso, eu confesso, porque tinha um filme da Marvel na segunda posição”, contou Salles, referenciando “Venom: A Última Rodada”.
Selton Mello, Walter Salles e Fernanda Torres em editorial para a People Entertainment (Foto: reprodução/Instagram/@seltonmello)
Espaço político
Salles mencionou ainda o papel que a produção vem tomando no país, assumindo espaços culturais, sociológicos e políticos em sua abordagem realista e sem escamas no contexto político inserido.
“A gente não poderia antecipar isso, e isso me fez pensar agora que a literatura, o cinema e a música podem ser instrumentos incríveis contra o esquecimento.”
Mesmo com a suavidade apolítica, “Ainda Estou Aqui” se compromete com o modelo de controle apresentado na trama. Com aberturas muitas vezes não completamente inseridas no conflito ditatorial, ainda é transmitida toda a tensão espaçada pelo regime militar, entregando ao público uma abordagem maciça da situação.
O caráter politico da produção ainda foi alvo de uma falha tentativa de boicote promovida pela polarização partidária através das redes sociais.
Detalhes da trama
Com abordagem social e política, “Ainda Estou Aqui”, baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, retrata a mudança caótica da família Paiva quando o ex-deputado Rubens Paiva (Selton Mello), cassado, preso e torturado, desaparece nas mãos do militares, deixando sua esposa, Eunice Paiva (Fernanda Torres), e seus filhos no escuro quanto ao seu paradeiro. No entanto, a opressão ao marido não foi de forma alguma suficiente para minguar sua luta, assumida por sua esposa, advogada, que milita pela causa e busca respostas sobre o destino do companheiro.
A produção está em exibição nos principais cinemas brasileiros e apenas nos primeiros dias atraiu mais de 300 mil pessoas, arrecadando cerca de R$ 8,6 milhões. O longa-metragem ainda é escolhido para representar o país no Oscar 2025.
Estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, “Ainda Estou Aqui” é uma das grandes surpresas do cinema nacional. O filme tem sido aclamado em festivais de cinema e já é um sucesso de bilheteria, com R$ 8,6 milhões. Nesta quarta-feira (13) a produção chegou ao ranking do Letterboxd na posição 232. O ranking é bastante disputado e é baseado nas avaliações dos usuários, o que representa a boa recepção do filme.
Fenômeno nacional
“Ainda Estou Aqui” traz uma história real e envolvente. A história gira em torno do sumiço do marido de Eunice Paiva (Fernanda Torres) durante a ditadura militar brasileira. A história é densa e permite bastante reflexão.
O filme foi dirigido por Walter Salles, que também participou da produção de “Central do Brasil”. A direção de Walter foi bastante cuidadosa e sensível com a ambientação e atuações, o que atraiu ainda mais o público. Mesmo se tratando de um gênero pouco explorado no cinema nacional, o filme conseguiu uma grande repercussão.
Fernanda Montenegro também faz parte do elenco (Foto: reprodução/ X/ @lipafacunda)
A fotografia e trilha sonora também foram pontos que renderam muitos elogios, para muitos a produção foi considerada impecável. O filme ganhou o prêmio Green Drop Award no Festival de Veneza, além de ser indicado ao Oscar de 2025, sendo o filme que vai representar o Brasil na edição.
O ranking do Letterboxd
O ranking mundial da plataforma seleciona até 10.000 filmes, porém a plataforma também seleciona a lista dos 250 melhores, que são os filmes mais bem avaliados. Por ser uma plataforma coletiva, com avaliações de milhares de usuários, é um ranqueamento de grande relevância pois mostra a qualidade e relevância das produções cinematográficas.
A ferramenta também ajuda a descobrir diversos filmes novos, os critérios podem ser tanto a experiência dos telespectadores quanto a qualidade técnica de cada filme. A presença de “Ainda Estou Aqui” no ranking é um marco para o cinema nacional. O filme se junta a grandes títulos, como “Cidade de Deus” e “Central do Brasil”.
Em 7 de novembro de 2024, o filme intitulado “Ainda Estou Aqui” fez sua estreia nos cinemas nacionais. O longa já tinha feito bastante sucesso nos festivais cinematográficos ao redor do mundo, sendo escolhido o representante do país no Oscar 2025. E a novidade mais recente é que a produção liderou as bilheterias, arrecadando cerca de R$ 1 milhão, apenas na sua estreia no Brasil.
“Ainda Estou Aqui” alcançou um público de 50 mil espectadores que compareceram às salas de cinema para acompanhar a emocionante história de Eunice Paiva e sua família. Essa informação faz parte de dados coletados pela Associação Brasileira das Empresas Exibidoras Cinematográficas Operadoras de Multiplex (Abraplex) e foi revelada pela revista Veja.
Filme está conquistando público (Foto: reprodução/Instagram/@sonypicturesbr)
Enredo e elenco de “Ainda Estou Aqui”
Com base em uma história real da brasileira chamada Eunice Paiva, que é mãe de Marcelo e que passou mais de 40 anos a procura de descobrir o que houve em torno do desaparecimento do seu esposo Rubens (interpretado por Selton Mello).
Com direção de Walter Salles, esse filme marca o retorno dele às atividades após dez anos longe. O roteiro fica por conta de Murilo Hauser e Heitor Lorega. Vale lembrar que esse roteiro foi premiado no Festival Internacional de Cinema de Veneza de 2024.
Fazem parte do elenco, além de Selton Mello, Marjorie Estiano, Humberto Carrão, Olivia Torres, Valentina Herszage, Fernanda Torres e sua mãe Fernanda Montenegro, que interpretam a mesma personagem em períodos diferentes de vida.
Divulgação de trailer do filme
Cerca de um mês antes da estreia do longa nos cinemas brasileiros, um trailer foi revelado. E nele contém trechos de momentos felizes da família, entre outras cenas.
O longa-metragem tem coprodução da GloboPlay e Arte France e ainda Conspiração. E conforme a Deadline, a exibição do filme no Festival já mencionado foi comemorada com cerca de 10 minutos de aplausos da plateia.
Durante entrevista, na última sexta-feira (1), para Maria Fortuna, do jornal “O Globo”, Fernanda Torres confirmou ter recebido convite para o papel de Odete Roitman para o remake da telenovela “Vale Tudo”. Contudo, o papel foi recusado, e a atriz explana o porquê da decisão.
Segundo Torres, a recusa do papel ocorreu devido sua agenda, visto que não teria tempo para conseguir preparar-se para o icônico papel de Beatriz Segall (1926-2018), atriz que originalmente interpretou a personagem que marcou gerações.
A recusa de Fernanda Torres
Enquanto promovia o filme “Ainda Estou Aqui” em Los Angeles, que representará o Brasil no Oscar 2025 e vem sendo aclamado em todas as exibições – incluindo uma ovação no Festival de Cannes – Fernanda comentou que, ao receber o convite, percebeu que o filme ganhava visibilidade rapidamente. Ela alertou a equipe que não conseguiria gravar o remake a tempo, ao que responderam que poderiam “segurar” as filmagens até março.
Contudo, após o sucesso do longa em Veneza, a atriz decidiu não participar do remake para evitar “começar um trabalho dessa responsa já cansada,” após as intensas semanas de promoção.
Fernanda Torres observou que situações assim são comuns na indústria, lembrando que ela própria não foi a primeira opção de Walter Salles para “Ainda Estou Aqui,” mas que, no final, “é de quem faz.”
O papel de Odete Roitman no remake será interpretado por Débora Bloch, vencedora de prêmios como quatro Prêmios APCA, um Prêmio Shell, um Troféu Imprensa e dois Prêmios Qualidade Brasil.
Fernanda Torres falou pela 1ª vez sobre ter sido convidada para interpretar Odete Roitman no remake de "Vale tudo". Em entrevista ao GLOBO, que será publicada na íntegra no próximo domingo, a atriz confirmou o convite e explicou as razões para não aceitar https://t.co/TTH7HpEaPFpic.twitter.com/UfCuBMMrW7
Fernanda Torres fala sobre a recusa para o papel de Odete Roitman no remake de “Vale Tudo” (Vídeo: reprodução/X/@JornalOGlobo)
Vale Tudo
“Vale Tudo” foi uma telenovela exibida na TV Globo entre 1988 e 1989, dirigida por Dennis Carvalho e Ricardo Waddington, com autoria de Aguinaldo Silva, Gilberto Braga e Leonor Bassères.
Enfocando a corrupção e a falta de ética no Brasil no final dos anos 80, a trama narra a história de Raquel Accioli (Regina Duarte), que decide abandonar o marido Rubinho (Daniel Filho) após quase uma década de união. Ela muda-se para a casa de seu pai, Salvador (Sebastião Vasconcelos), em Foz do Iguaçu, levando consigo sua filha, Maria de Fátima (Glória Pires), e tendo como única posse a casa que Salvador deixou para a neta.
A novela marcou gerações com suas cenas antológicas, mas principalmente pela atuação primorosa das atrizes, destacando-se Beatriz Segall no papel de Odete Roitman, considerada a maior vilã da teledramaturgia brasileira.
Maria de Fátima, interpretada magistralmente por Glória Pires, também foi vista como uma das grandes vilãs da televisão e a filha mais ingrata já representada.
Renata Sorrah também brilhou com sua icônica personagem, que se tornou uma “alcunha” para aqueles que bebem demais: Heleninha Roitman.
O impacto da novela foi tão grande que, em 2016, “Veja” a classificou como uma das melhores telenovelas brasileiras de todos os tempos, ao lado de “Avenida Brasil.”
Na nova edição do Critics Choice Awards, Fernanda Torres foi homenageada pelo seu papel no longa Ainda Estou Aqui, recebendo o prêmio de Melhor Atriz em Filme Internacional, destacando-se ao lado de outras personalidades latinas. Em um discurso por videochamada, Fernanda falou sobre sua carreira e a importância de seu papel como Eunice Paiva no filme.
Uma carreira brilhante e seu papel em ‘Ainda Estou Aqui’
Reconhecida pelo Critics Choice Awards em Los Angeles, uma das mais relevantes premiações internacionais, Fernanda Torres se juntou a uma lista de homenageados que inclui nomes como Zoe Saldaña e Pablo Larraín.
A cerimônia celebrou artistas latinos que deixaram sua marca tanto em frente às câmeras quanto nos bastidores. Em seu discurso, transmitido por vídeo, já que ela não pôde comparecer presencialmente ao evento, Fernanda compartilhou lembranças sobre o início de sua carreira e falou sobre a profundidade de interpretar Eunice Paiva, uma figura de grande força e resiliência.
Confira o momento que Fernanda Torres é homenageada e agradece por videochamada (Reprodução/Instagram/@oficialfernandatorres)
Brasil em evidência e corrida para o Oscar
A repercussão da homenagem foi imediata nas redes sociais, onde fãs e colegas de trabalho celebraram o reconhecimento da atriz. Desde o início das divulgações de Ainda Estou Aqui, Fernanda tem conciliado eventos no Brasil e no exterior, marcando presença em festivais internacionais e sendo uma das vozes da representação brasileira no cinema mundial.
Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles e baseado no livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva, que conta a história de Eunice Paiva (interpretada por Fernanda Torres), uma mãe de cinco filhos que se vê obrigada a se reinventar após um ato violento e arbitrário do governo durante a ditadura militar. O filme, que já passou pela 48ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e pelo Festival do Rio, estreia oficialmente no Brasil em 7 de novembro e foi escolhido pela Academia Brasileira de Cinema para representar o país na disputa pelo Oscar 2025 na categoria de Melhor Filme Internacional. O elenco conta ainda com Selton Mello e Fernanda Montenegro, colocando ela como um dos mais importantes filmes brasileiros dos últimos anos.
A atriz Fernanda Montenegro, uma das principais atrizes da história do Brasil, completa 95 anos nesta quarta-feira (16). Frequentemente referenciada como a “grande dama da dramaturgia brasileira” e “a maior atriz da história do Brasil” pelo extenso trabalho no cinema, teatro e televisão, Fernanda coleciona inúmeros prêmios em projetos memoráveis ao longo dos seus 80 anos de carreira. Para celebrá-la, selecionamos 5 atuações premiadas da atriz que você pode conferir logo abaixo.
5 trabalhos premiados
“Central do Brasil” (1998)– O filme segue a história de Dora, interpretada por Fernanda Montenegro, uma ex-professora que trabalha escrevendo cartas para pessoas analfabetas na estação Central do Brasil, no Rio de Janeiro. A obra é considerada um clássico do cinema brasileiro. Fernanda Montenegro recebeu o Urso de Prata de Melhor Atriz no Festival de Berlim, além de ser indicada ao Oscar de Melhor Atriz.
Trailer do filme “Central do Brasil” (Reprodução/YouTube/Fãs de Cinema)
“O Que É Isso, Companheiro?” (1997) – Filme baseado no livro homônimo de Fernando Gabeira, que narra a história da luta armada contra a ditadura militar no Brasil nos anos 1960 e 1970. A trama gira em torno de um grupo de militantes que, em busca de libertação e justiça, planeja o sequestro do embaixador dos Estados Unidos no Brasil. Além do prêmio em Gramado, a atriz também foi premiada no Festival de Cinema de Havana com o filme.
Trailer do filme “O Que É Isso, Companheiro?” (Reprodução/Youtube/TveCinema)
“A Dama do Estácio” (2012) – Releitura em curta-metragem do filme “A Falecida”, que marcou a primeira atuação de Fernanda Montenegro no cinema. Na nova produção, a atriz vive novamente a prostituta Zulmira que, desta vez, acorda um dia atormentada com a ideia de que um dia irá morrer. Pela produção, Fernanda levou os prêmios de Melhor Atriz no Brazilian Film Festival of Toronto, Curta Canoa – Festival Latino Americano de Cinema, FestCine São Gonçalo, Festin Lisboa, Festival Brasil de Cinema Internacional, Festival de Brasília, Festival de Cinema de Moscou, entre outros.
Trailer do filme “A Dama do Estácio” (Reprodução/Youtube/Boituí)
“Casa de Areia” (2005) – Drama que conta a história de duas mulheres, mãe e filha, que se refugiam em uma casa isolada nas dunas do Maranhão durante a década de 1930. Elas enfrentam as dificuldades da vida em um ambiente hostil, lidando com o desespero, a solidão e a busca por um lugar no mundo. Fernanda ganhou o Prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cinema de Brasília por sua atuação no filme.
Trailer do filme “Casa de Areia” (Reprodução/Youtube/Conspiração Filmes)
“O Auto da Compadecida” (2000)– A história se passa no nordeste do Brasil e segue as aventuras de dois personagens principais: Chicó, interpretado por Matheus Nachtergaele, e João Grilo, interpretado por Selton Mello. O filme é considerado um clássico do cinema brasileiro, tendo recebido aclamação da crítica e vários prêmios, destacando a riqueza cultural e a linguagem popular do nordeste. Fernanda Montenegro recebeu vários prêmios e reconhecimento por sua atuação no filme e os principais são o Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte), para Melhor Atriz Coadjuvante, e o Prêmio Guiness World Records, por ser a atriz mais longeva a atuar em um filme que se tornou um clássico do cinema brasileiro. O filme ganhará sequência e Fernanda também estará no elenco.
Trailer do filme “O Auto da Compadecida” (Reprodução/Youtube/Hmeteoro Meteoro)
Sobre Fernanda Montenegro
Carioca criada no bairro de Madureira, na zona norte do Rio de Janeiro, Fernanda Montenegro começou a trabalhar aos 15 anos de idade quando ganhou um concurso e virou locutora da rádio MEC. Sua estreia nos palcos veio em 1950, na peça “Alegres Canções nas Montanhas”. Na televisão, Fernanda começou em 1951, quando foi a primeira atriz contratada pela TV Tupi do Rio de Janeiro.
Reconhecida internacionalmente, Fernanda Montenegro foi a primeira brasileira a vencer o Emmy Internacional na categoria de melhor atriz pela atuação em “Doce de Mãe (2013)”, além de ter ganhado um Urso de Prata no Festival de Berlim e recebido indicações ao Globo de Ouro e ao Oscar de melhor atriz por seu trabalho em “Central do Brasil (1998)”, sendo a primeira mulher latino-americana, lusófona e brasileira a ser indicada nessa categoria. Em 2013, foi eleita a 15ª celebridade mais influente do país pela revista Forbes.
Em plena atividade, Fernanda está trabalhando na gravação de um novo filme, “Velhos Bandidos”, e tem outro longa para estrear em 7 de novembro, “Ainda Estou Aqui”.
Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, ganha cada vez mais destaque na cena cinematográfica, assim como Fernanda Torres. Nos últimos meses, a divulgação do longa tem sido intensa, mas Torres mantém sua elegância habitual, sempre impressionando com looks sofisticados em cada aparição.
Para o Festival de Cinema de Londres, a filha de Fernanda Montenegro investiu num look all black da renomada grife italiana Bottega Veneta.
Detalhes do look de Fernanda Torres
A atriz escolheu um look da coleção Pre-Fall 24 da etiqueta italiana, apresentando uma silhueta clássica. O conjunto consiste em um terninho preto, complementado por um cinto de couro que realça a cintura, além de uma clutch e sapatos, ambos da Bottega Veneta.
Fernanda Torres no Festival de Cinema de Londres (Foto: reprodução/Dave Benett/Getty Images Embed)
Os mules de salto utilizados por Torres, do modelo Tango, têm um valor estimado em R$ 5.500.
Mais uma Fernanda em destaque
Filha de Fernanda Montenegro, a única brasileira indicada ao Oscar, Fernanda Torres possui chances reais de seguir os passos da mãe na premiação de 2025. Repetindo a colaboração com Walter Salles, que mais uma vez coloca o Brasil em evidência no cenário internacional, Torres se une ao cineasta, assim como Montenegro fez em 1999 com Central do Brasil, agora com Ainda Estou Aqui.
Em Ainda Estou Aqui, baseado em fatos reais, Torres interpreta Eunice Paiva, esposa de Rubens Paiva (Selton Mello), que foi exilado durante a Ditadura Militar, deixando sua esposa e cinco filhos. Assim, Eunice se vê em uma nova realidade, onde precisa advocar por sua família e esposo. Um fato curioso é que Torres divide o papel com sua mãe, Fernanda Montenegro, que também interpreta Eunice, mas na fase idosa.
O longa conquistou o prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Cinema de Veneza em setembro e foi selecionado para representar o Brasil na disputa pelo Oscar de Melhor Filme Internacional. A atuação de Fernanda também recebeu elogios de portais internacionais, como The Guardian e Variety, que a qualificaram como “incrível” e “gloriosa”, o que pode sinalizar uma possível indicação ao Oscar de Melhor Atriz.
Trailer de Ainda Estou Aqui (Vídeo: reprodução/YouTube/@SonypicturesBrasil)
O filme está previsto para estrear nos cinemas brasileiros em 07 de novembro de 2024.
Perto do aniversário de 95 anos da atriz Fernanda Montenegro, o Globoplay resolveu lançar cenas do documentário feito em homenagem à protagonista de “Central do Brasil”. Em um dos trechos, Fernanda conta como lida com a questão da “proximidade” da morte. “A consciência da morte é constante, diária, a cada segundo. Não é se conformar, é tentar aceitar, porque vai vir. O que vamos fazer? Ninguém é eterno “, refletiu a atriz.
“Eu sou de uma raça que dura muito. Meu pai com 90 e tantos dizia que queria chegar aos 100 anos, porque a vida é tão boa. Então eu tenho esses exemplos perto de mim, de velhos duros que aguentaram muita coisa na vida e querem chegar aos 100”, cita Fernanda sobre como longevidade é algo de família.
Documentário
Na próxima quarta-feira (16), o Globoplay lançará umdocumentáriosobre a vida de Fernanda Montenegro. Segundo o texto de divulgação da Conspiração Filmes, a obra contará sobre o processo criativo da atriz nos palcos e na frente das câmeras. A produção é de Andrucha Waddington, genro da atriz.
Fernanda Montenegro em trecho de documentário (Reprodução/Globoplay)
Novo filme
Com expectativas de indicação ao Oscar, o filme “Ainda Estou Aqui” conta com a presença de Fernanda Montenegro interpretando a versão mais velha de sua filha, Fernanda Torres. O longa é inspirado no livro de Marcelo Rubens e conta a história verdadeira de uma família carioca na época da ditadura.
Fernanda Torres interpreta Eunice Paiva. Mãe de cinco filhos, Eunice assiste seu marido ser levado pela polícia militar em 71 e, a partir desse momento, começa uma busca incansável sobre o paradeiro do seu marido.
Elogiado no Festival de Veneza, o filme, que tem previsão de estreia para o dia 7 de novembro no Brasil, criou grande ansiedade nos fãs da atriz Fernanda Torres. Muitos têm a esperança de que a atriz “vingue” a mãe que perdeu o Oscar de melhor atriz em 1999 para Gwyneth Paltrow.
A produção nacional “Ainda Estou Aqui”, estrelada por Fernanda Torres e Selton Mello, acaba de conquistar mais um prêmio em sua trajetória pelos festivais de cinema mundiais, agora alcançando o prestígio do VIFF Audience Award, concedido pelo Festival Internacional de Vancouver, no Canadá.
Produção brasileira é premiada com o VIFF Audience Award (reprodução/Instagram/@viffest)
A notícia foi publicada nas redes sociais do festival na sexta-feira passada (11), estampando a capa do carrossel. Ao todo, mais de 41 mil votos populares foram contabilizados ao longo das sessões exibidas neste ano, premiando os favoritos do público, que inclui o drama nacional dirigido por Walter Salles.
Pelo mundo
Drama baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, já debutou mundo afora pelos festivais internacionais, como o de Veneza, onde a produção recebeu a aclamação do público, tendo sido eleito a melhor exibição do festival pela crítica internacional e seu roteiro também foi premiado.
Elenco de “Ainda Estou Aqui” no 81º Festival de Veneza (reprodução/Instagram/@sonypicturesbr)
O novo “garoto dourado” do cinema brasileiro também foi apresentado no Festival Internacional de Toronto e na Mostra de Cinema Internacional de São Paulo, aclamado por ambos os públicos.
O longa-metragem ainda é o responsável por colocar o Brasil nos trilhos do Oscar 2025, onde concorrerá na categoria de “Melhor Filme Internacional”, passando na frente de outras produções internacionais, como “Motel Destino”.
Entusiasmo nacional
“Ainda Estou Aqui” também se tornou combustível para o entusiasmo nacional quando se trata de acompanhar a sétima arte produzida no Brasil, característica que caminhava lentamente entre o público do próprio país, deixando nossas produções a margem do esquecimento.
A direção de Walter Salles recobrou a animação dos brasileiros para acompanhar o que é interno, levando o filme a ser amplamente comentado pelos internautas, assim como a se tornar aguardado nos cinemas.
Mais detalhes
Com roteiro de Murilo Hauser e Heitor Lorega, “Ainda Estou Aqui” teve seu trailer divulgado no começo de outubro, quase um mês depois de seu premiado debute no Festival de Veneza, antes disso, tudo o que o público tinha acesso eram as imagens oficiais compartilhadas pela Sony Pictures Brasil, onde era possível ter um pequeno vislumbre de Fernanda Torres como Eunice Paiva, Selton Mello como Rubens e também da gigante Fernanda Montenegro na versão mais velha do mesmo papel de sua filha, Eunice.
Trailer de “Ainda Estou Aqui” (reprodução/YouTube/Sony Pictures Brasil)
“Ainda Estou Aqui” é baseado no drama do escrito brasileiro Marcelo Rubens Paiva, onde ele relata os desafios percorridos por sua mãe quando seu o marido desapareceu em meio a Ditadura Militar no Brasil, deixando Eunice no escuro do paradeiro do pai de seus filhos enquanto vivenciava as incertezas de um período obscuro e completamente omisso de justiça.
O longa chega aos cinemas brasileiros em 7 de novembro.
Quem esteve no Festival de Cannes se surpreendeu com o filme “Anora“, que conta a história de uma garota de programa que se apaixona por um de seus clientes, o filho se um oligarca russo. O filme foi ganhador da premiação Palma de Ouro e nesta quarta-feira (9) ganhou um novo trailer.
Segundo trailer de Anora (Reprodução/ YouTube/ NEON)
Mais sobre o filme
O filme é uma comédia dramática estrelada por Mikey Madison (Better Things), que será Anora. Dirigido por Sean Baker (Projeto Flórida e Red Rocket), Anora foi uma surpresa no prestigiado Festival de Cannes e terá estréia no Brasil na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, que ocorre entre os dias 17 e 30 de outubro.
O filme concorreu com outras 21 produções. A atriz e roteirista Greta Gerwig, que participou da produção de filmes como Barbie e Adoráveis Mulheres, classificou o longa como “magnífico”.
Anora possui uma boa avaliação na critica especializada, com mais de 80 avaliações o filme recebeu uma nota 98%. A avaliação no Metacritic segue a mesma tendencia, com uma nota de 90/100.
Lançamento no Brasil
A 48ª Mostra Internacional de Filmes em São Paulo será marcada por diversas produções, como “Ainda Estou Aqui”, que ganhou o prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Veneza. O filme brasileiro possui diversos nomes como Fernanda Tores, Walter Salles e Selton Mello. O longa está sendo cotado para o Oscar de 2025.
A Mostra Internacional de Cinema irá ocorrer em diversos cinemas de São Paulo, principalmente cinemas de rua. Serão mais de 400 filmes e a programação completa pode ser consultada no site oficial, porém ela deve estar disponível em breve.
A programação conta com a participação de diversos cinemas em São Paulo, serão 417 filmes de 82 países. Fazem parte títulos que compõe o cinema contemporâneo no mundo, além de revelar novas tendências no mundo cinematográfico.