Bolsonaro ironiza Lula e Moraes em postagem de 1º de abril

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aproveitou o Dia da Mentira para alfinetar o Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes e o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em uma postagem nas redes sociais nesta terça-feira (1º). A postagem tem um tom irônico e intencionalmente cômico. Ainda que houvesse o apoio de muitos, é de se esperar que não tenha caído nos gostos de todo mundo.

Postagem recheada de ironia

Bolsonaro fez uma lista de “parabéns” direcionada a Moraes e seus aliados, mencionando investigações e decisões polêmicas. “Parabéns a Alexandre de Moraes e a seus aliados: pelo inquérito do ‘golpe’, pela história das vacinas, pela narrativa das joias, pela baleia, pela ‘defesa da democracia’ com censura, atropelos processuais, autoritarismo, prisões políticas”, escreveu o ex-presidente.

Na sequência, ele voltou sua crítica a Lula, abordando uma promessa feita pelo petista. “E parabéns também ao Lula, pela picanha que nunca chegou e ainda ficou mais inacessível”, ironizou.

O ex-presidente finalizou a mensagem com um tom provocativo, sugerindo que a data era ideal para seus alvos. “O dia de hoje é todo de vocês. Aproveitem! Um forte abraço!”, concluiu.


Postagem do ex-presidente de 1º de abril (Foto: reprodução/X/@jairbolsonaro)

Promessa de carne mais barata

A menção à picanha referir-se a uma fala recorrente de Lula desde sua campanha eleitoral. Recentemente, em um evento em Sorocaba, no interior de São Paulo, o presidente reafirmou que os preços dos alimentos devem cair. “Podem ter certeza que vocês vão voltar a comer picanha outra vez, porque a carne vai abaixar”, declarou.

A postagem de Bolsonaro gerou reações nas redes sociais, dividindo opiniões entre seus apoiadores e críticos. Enquanto alguns usuários reforçaram as críticas ao governo, outros defenderam as ações de Moraes e a política econômica de Lula.

O tom sarcástico do ex-presidente reflete o embate contínuo entre as lideranças políticas, especialmente em um cenário polarizado. A postagem surge em um momento em que Bolsonaro enfrenta investigações e Lula busca consolidar sua gestão diante de desafios econômicos.

Mauro Cid está autorizado pelo STF a fazer viagem para São Paulo

Nesta segunda-feira(31), o ministro Alexandre de Moraes autorizou o tenente-coronel Mauro Cid, a fazer uma viagem para São Paulo, conforme o divulgado, a viagem será para acompanhar a filha na competição de Hipismo, em que ela disputara no local em questão.

Sendo réu pela trama golpista, ele terá que retornar no dia 7, mesmo tendo sido liberado da prisão em 2024, terá que fazer o cumprimento de medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica, além de estar proibido de sair do país.

Situação

Na segunda-feira(24), o tenente-coronel Mauro Cid, pediu que o Supremo Tribunal Federal o autoriza-se a ir numa viagem acompanhar a filha em São Paulo, que ela iria participar de uma premiação e posteriormente de uma competição.

Ela ira receber o prêmio de “campeã na categoria jovem cavaleiro”, e ainda estaria disputando um campeonato de hipismo nos dias 2 e 7 de abril. Ele fez a solicitação, para poder estar junto a ela nesse momento em que a mesma estaria levando essa premiação.


Alexandre de Moraes no dia 20 de fevereiro de 2025(foto:reprodução/ Ton Molina/Getty Images Embed)


Caráter provisório

Conforme o informado por Alexandre de Moraes, a viagem de Mauro seria para período “estritamente necessário a viagem”, destacando “caráter provisório” vindo da ordem, tendo exigências de medidas cautelares, segundo o informado, a penitenciária do Distrito Federal teria um prazo de 48 horas para mostrar o relatório com detalhes, mostrando como está sendo o monitoramento do cid. Ele teria que cumprir certas medidas, mesmo retornando para a cadeia após o dia 7 de abril.

Proibido

Conforme o informado, Mauro Cid estaria proibido de se comunicar com os outros que estão sendo investigados nas situações que envolvem, as investigações referentes as joias, e as falsificações de vacina e também não pode entrar em contato com aqueles que estão sendo investigados pela tentativa de golpe nas eleições de 2022. Ele é réu no inquérito das tramas golpistas de 2022, e está sendo investigado junto ao ex-presidente Jair Bolsonaro e mais alguns investigados.

Mauro Cid voltará para Brasília após o dia 7.

Sebastião coelho é detido por desacato no julgamento de Bolsonaro no STF

Nesta terça-feira (25), o advogado e ex- desembargador aposentado Sebastião Coelho, foi detido por desacato, durante o julgamento relacionado a denúncia envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete pessoas por golpe de estado.

O defensor de Felipe Martins, teria feito um tumulto durante o momento em que ocorria a audiência. Luís Roberto Barroso, ministro do STF, registrou o boletim de ocorrência relacionado a esse ocorrido, mesmo não estando presente na sessão.

Tumulto

Segundo relatório lido por Alexandre de Moraes, o advogado foi detido por “flagrante delito por desacato e ofensas no tribunal”, sendo o protagonista de um tumulto ocorrido um pouco antes do momento em que o magistrado fez a leitura do texto que relatava a acusação contra ele sendo proferida.

Sebastião chegou a gritar palavras de ordem, sendo “arbitrário”, tendo sido retirado do local após isso. Ele ainda enquanto era desembargador teve o seu sigilo bancário quebrado por suspeita de incitação de atos golpistas.

Sebastião Coelho

Nascido em Santana de Ipanema(AL), deixou de exercer a magistratura em 2022 no mês de setembro, após ter sido desembargador de justiça do Distrito Federal e dos demais territórios. Ele ainda esteve exercendo a advocacia no início dos julgamentos relacionados aos atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023, e na ocasião falou o seguinte:

Nessas bancadas aqui, nesses dois lados, senhores ministros, estão as pessoas mais odiadas desse país”


vídeo postado por Bruno Souza em seu perfil aonde Sebastião Coelho está fazendo (Foto: reprodução/Instagram/@brunosouza)


Condenado

O réu Aécio Pereira, que Sebastião Coelho estava defendendo no dia 13 de setembro de 2023, foi condenado na ocasião, pela participação nos atos de 8 de janeiro, ele foi sentenciado a 17 anos de reclusão, tendo sido o 1° condenado da situação ocorrida na praça dos três poderes na segunda semana de 2023. A condenação foi por dano qualificado e deterioração de patrimônio público tombado, também teve acusações relacionadas a golpe de estado, ainda tendo associação criminosa.

O julgamento de Bolsonaro e mais sete continua nesta quarta-feira(26).

STF: Jair Bolsonaro e mais sete denunciados viram réus por tentativa de Golpe de Estado

Na tarde desta quarta-feira (26), os ministros do Supremo Tribunal Federal, por unanimidade,  tornaram o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais outros sete denunciados réus em ação penal por tentativa de golpe de Estado e mais outras quatro ações.

A Primeira Turma do STF, formada pelos ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Carmen Lúcia, Cristiano Zanin e Alexandre de Moraes, decidiu em votação presencial em plenário. As votações ocorreram em três sessões: duas na data de ontem (25) e uma na manhã de hoje (26).


Bolsonaro réu: Zanin termina julgamento; STF aceita denúncia contra ex-presidente e mais sete (Vídeo: reprodução/Youtube/@uol)

A denúncia contra os acusados foi apresentada pela Procuradoria Geral da República (PGR), representada pelo procurador Paulo Gonet 

Com o aceite da denúncia, tornaram-se réus: Augusto Heleno, Braga Netto, Paulo Sérgio Nogueira, Anderson Torres, Almir Garnier, Alexandre Ramagem, Mauro Cid e Jair Bolsonaro. 

Considerados pelos ministros como “núcleo 1” da ação, os réus responderão por: golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, deterioração de patrimônio tombado e grave ameaça contra o patrimônio da União.

Cabe agora análise da Suprema Corte, formada por onze ministros, que decidirão pela absolvição dos réus ou não.  

A Votação 

O primeiro a votar foi o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, que destacou em sua fala as cenas de violência realizadas no dia 08 de janeiro de 2023. Destacando “indícios de crime e materialidade” na denúncia apresentada pela PGR relacionados ao ex -presidente Jair Bolsonaro e aos demais denunciados. 

“Há indícios razoáveis de recebimento da denúncia da Procuradoria-Geral da República, que aponta Jair Messias Bolsonaro como líder da organização criminosa (…)” Ministro Alexandre de Moraes

Em sua fala, Moraes apresentou, ainda, um vídeo com cenas de destruição e incêndios, segundo ele ocorridos no dia 08 de janeiro de 2023, e ressaltou: “Essas imagens não deixam dúvida da materialidade dos delitos.” 

Os demais ministros seguiram e acompanharam as falas de Moraes no aceite da denúncia.

Manifestação nas redes sociais 

Após o aceite da denúncia pelo STF, nas redes sociais houve grande manifestação por parte da opinião pública, que está dividida. O assunto é um dos mais comentados na mídia local e mundial. 

No trending topics da rede X, antigo Twitter, várias hashtags contra e a favor ao ex-presidente Jair Bolsonaro estão ganhando força ao longo do dia. 

O próprio ex-presidente utilizou sua conta para criticar o processo que ele classificou como “um projeto de poder que tem por objetivo interferir na dinâmica política e eleitoral do país”


Publicação do ex-presidente Jair Bolsonaro (Reprodução/X/@jairbolsonaro) 

O STF também utilizou a mesma rede social para publicar o aceite da denúncia.  Nas próximas semanas o processo seguirá para a “fase de instrução penal” , onde o Ministério Público e advogados de defesa poderão apresentar ou não novas provas. A partir daí, será marcada a data de julgamento para determinar pela absolvição ou condenação dos réus. 

Julgamento de Bolsonaro: STF passa por varredura antibombas

Bolsonaro e outras sete pessoas começam a ser julgados pelo STF na terça-feira (25/3), e preocupado com a segurança, o Supremo Tribunal Federal executa uma operação especial de segurança.    

Com o apoio da Secretaria de Segurança do Distrito Federal, a operação vai isolar a Praça dos Três Poderes com grades e quem for acessar o plenário da Corte, além de passar pelo sistema de raio-x do hall de entrada, ainda enfrentará uma barreira dupla de verificação. Da mesma forma, uma varredura antibombas ocorreu nesta segunda-feira (24/3), véspera do início do julgamento.    

Denúncia da PGR

Em fevereiro, a Procuradoria Geral da República denunciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras sete pessoas pelo envolvimento no plano golpista de Estado que aconteceu em janeiro de 2023.   

Entre os crimes acusados estão: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado contra o patrimônio da União e liderança de organização criminosa. A defesa de Bolsonaro nega envolvimento e desqualifica a denúncia.   

Ataques ao STF

A intensificação dos protocolos de segurança do STF faz todo sentido, uma vez que a Suprema Corte já foi atacada outras vezes, por motivos políticos. A invasão de Brasília em janeiro de 2023, e consequentemente a depredação da Corte, o ataque de um homem com bombas em novembro do ano passado, com mensagem de ódio contra ministros, preocupa integrantes do Supremo, já que os denunciados em outros momentos incitaram ódio aos ministros da Casa.     


Limpeza da estátua da Justiça, vandalizada nos ataques ao STF (Vídeo: reprodução/X/@STF_oficial)

Depois do julgamento

Após passar pela Primeira Turma do STF, os denunciados pela PGR terão dois caminhos pela frente. Se a acusação for rejeitada, o caso segue para arquivamento. Porém, se a denúncia for aceita, os denunciados se tornam réus dos crimes acusados e responderão processo na Suprema Corte.    

Na fase seguinte, serão apresentadas provas e os depoimentos dos acusados e testemunhas. Por fim, um novo julgamento é marcado e então os ministros decidem se os acusados são inocentes ou culpados dos crimes. Uma vez inocentados, o processo finda com arquivamento. Por outro lado, se forem considerados culpados, receberão penas de acordo com o Código Penal Brasileiro.    

Moraes libera julgamento de denúncia contra núcleo golpista com ex-assessores de Bolsonaro

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou para julgamento a denúncia contra o “núcleo dois” da suposta trama golpista que visava manter Jair Bolsonaro no poder. Entre os seis acusados estão Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), e Filipe Martins, ex-assessor da Presidência. A data do julgamento será definida pelo ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma do STF.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou 34 pessoas por tentativa de golpe de Estado, dividindo-as em núcleos para otimizar a tramitação processual. O “núcleo dois” é composto por seis indivíduos ligados ao governo anterior. As acusações incluem tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa armada.


Tudo sobre a liberação (Vídeo: Reprodução/YouTube/CNNBRASIL)

Denúncia contra o “núcleo dois” avança no STF

Na terça-feira (18/3), o ministro Alexandre de Moraes encaminhou para julgamento na Primeira Turma do STF a denúncia contra o “núcleo dois” dos envolvidos na suposta trama golpista. Este grupo é composto por seis pessoas, entre elas Silvinei Vasques, ex-diretor da PRF, e Filipe Martins, ex-assessor da Presidência. A decisão de Moraes representa um avanço significativo no processo que investiga a tentativa de subverter a ordem democrática no país.


Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, durante depoimento à CPMI do 8 de Janeiro (Foto: Reprodução/Oliveira/Agência Senado)

A denúncia foi estruturada pela PGR em diferentes núcleos para facilitar a análise e julgamento dos envolvidos. O “núcleo dois” é formado por indivíduos que, segundo as investigações, desempenharam papéis estratégicos na tentativa de manter Jair Bolsonaro no poder, mesmo após sua derrota nas eleições de 2022. As acusações imputadas a este grupo são graves e incluem crimes como golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa armada.

Próximos passos no julgamento

Com a liberação da denúncia pelo ministro Alexandre de Moraes, cabe agora ao ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma do STF, agendar a data para o julgamento. A expectativa é que o colegiado analise se os denunciados se tornarão réus, passando a responder a uma ação penal na Corte. Este processo é fundamental para assegurar que as instituições democráticas sejam protegidas e que eventuais crimes contra a ordem constitucional sejam devidamente punidos.

A divisão das denúncias em núcleos pela PGR visa a uma tramitação mais eficiente dos processos. Além do “núcleo dois”, outros grupos também estão sob investigação, incluindo militares que teriam participado da trama golpista. A estratégia de segmentação permite uma análise mais detalhada das condutas individuais e facilita o andamento dos julgamentos.


A condenação de Filipe Martins (Vídeo: Reprodução/YouTube/CNNBRASIL)

Contexto das investigações e desdobramentos

As investigações sobre a tentativa de golpe de Estado ganharam destaque após a descoberta de planos que visavam impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Entre as ações planejadas pelo grupo, estavam desde a disseminação de desinformação até a elaboração de estratégias mais agressivas para subverter a ordem democrática. A atuação de figuras ligadas ao governo anterior, como ex-assessores e ex-diretores de órgãos federais, reforça a gravidade das acusações e a necessidade de uma resposta firme por parte das instituições judiciais.

A sociedade brasileira acompanha atentamente o desenrolar desses processos, que representam um marco na defesa da democracia e do Estado de Direito no país. A responsabilização dos envolvidos é essencial para coibir futuras tentativas de ruptura institucional e para reafirmar o compromisso do Brasil com os princípios democráticos.

Eduardo Bolsonaro anuncia licença de mandato para morar nos EUA

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) comunicou nesta terça-feira (18), por meio do Instagram, que irá tirar uma licença de seu mandato parlamentar, a fim de residir nos Estados Unidos, local em que já está há algumas semanas.

No anúncio de sua decisão, Eduardo criticou arduamente o ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), dado que o ministro é responsável pelo inquérito que investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro, pai de Eduardo.

Presidência da Comissão de Relações Exteriores da Câmara

Segundo o blog da colunista do G1 e da GloboNews, Natuza Nery, o filho de Bolsonaro foi impossibilitado de exercer o cargo de presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, por decisão do presidente de seu partido, Valdemar Costa Neto.


O jornalista Valdo Cruz fala sobre a decisão de Eduardo Bolsonaro de se licenciar (Vídeo: Reprodução/X/@GloboNews)

Nery conta em seu blog que Eduardo soube que não assumiria o cargo no domingo (16) por Valdemar. Sem discurso político para explanar a perda do cargo, tirar uma licença para ficar nos Estados Unidos aparenta ter sido a solução do deputado para permanecer no exterior.

O anúncio de Eduardo ocorreu uma semana antes do julgamento no STF que pode fazer com que seu pai, Jair Bolsonaro, seja réu por tentativa de golpe de estado.

O filho de Bolsonaro relatou em sua postagem que o deputado Luciano Zucco (PL-RS), líder da oposição na Câmara, comandará a Comissão de Relações Exteriores, a fim de manter uma ponte com o governo Trump, assim como o relacionamento com países democráticos e envolvidos.

Eduardo Bolsonaro

O deputado atuava em seu partido como secretário de relações internacionais, e seu nome vinha sendo apontado por parlamentares como uma opção para atuar na comissão na Câmara, utilizando como argumento seu cargo, e a proximidade com aliados de Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos.

Contudo, a probabilidade de Eduardo presidir o colegiado foi contestada pelos parlamentares aliados do governo, abrindo assim uma disputa na Câmara.

Após solicitar que os Estados Unidos invadissem o Brasil, o PT solicitou ao STF que o passaporte do deputado fosse apreendido, por atentado à soberania nacional, crime segundo a Carta Magna.

Adversários políticos apontaram que Eduardo Bolsonaro poderia praticar abuso de poder, utilizando o cargo na comissão da Câmara para criticar o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito de golpe e demais investigações voltadas a seus aliados, bem como para seu pai.

Eduardo confirma ainda na postagem que está com receio de ser preso por uma ordem do STF, e por isso não há previsão de quanto tempo permanecerá nos Estados Unidos, ao invés de permanecer em seu país e atuar em seu cargo, agindo como o verdadeiro patriota que menciona ser.

STF pode tornar Bolsonaro réu por tentativa de golpe

O futuro jurídico de Jair Bolsonaro está em jogo. O Supremo Tribunal Federal (STF) está prestes a decidir se o ex-presidente e alguns de seus aliados serão oficialmente processados por tentativa de golpe de Estado. A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) já foi liberada para julgamento pelo ministro Alexandre de Moraes, e agora a 1ª Turma do STF precisa avaliar se existem provas suficientes para o caso avançar.

O julgamento: um passo antes do tribunal

Importante entender que esta etapa não é um julgamento final. Os ministros da 1ª Turma vão apenas decidir se a acusação da PGR tem base suficiente para abrir um processo criminal. Se aprovarem, Bolsonaro e os demais investigados passarão da condição de indiciados para réus.

Os cinco ministros que tomarão essa decisão são: Cristiano Zanin (presidente da turma), Carmen Lúcia, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Flávio Dino. A data para o julgamento ainda não foi marcada.

Quem mais está envolvido

A PGR não focou apenas em Bolsonaro. A denúncia também inclui nomes de peso do seu governo, acusados de participarem de um plano para impedir a transição de poder após as eleições de 2022. Entre eles: Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin; Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; General Augusto Heleno, ex-ministro do GSI; Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.

A investigação da PGR reuniu documentos, mensagens e depoimentos que, segundo o órgão, apontam o envolvimento desses nomes no suposto plano golpista.


Bolsonaro e Alexandre Ramagem durante um comício para candidatura deste último para se tornar prefeito do Rio de Janeiro (Foto: reprodução/Mauro Pimentel/Getty Images Embed)


O peso da delação de Mauro Cid

Um dos elementos mais fortes da denúncia é a delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Ele teria revelado detalhes importantes sobre os bastidores da suposta tentativa de golpe. As informações fornecidas por ele auxiliaram a PGR a montar um quadro detalhado do que teria acontecido nos bastidores do governo.

Se o STF aceitar a denúncia, Bolsonaro e os outros investigados se tornarão réus e o caso avançará para julgamento. Isso significa que provas serão analisadas, testemunhas ouvidas e um veredicto será dado no futuro. Se condenados, eles podem pegar pena de prisão e perder direitos políticos.

A PGR reafirmou sua confiança nas provas apresentadas e reforçou que as contestações da defesa não foram suficientes para derrubar a acusação. Agora, resta aguardar a decisão do STF e ver quais serão os próximos passos de um caso que pode marcar a história política do Brasil.

Kid Preto solicita Lula, Moraes e Dino como testemunhas

O tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo, conhecido como “Kid Preto”, pediu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e o ministro da Justiça Flávio Dino sejam arrolados como testemunhas em seu julgamento. O militar é acusado de conspiração e envolvimento em um suposto plano para atentar contra autoridades do governo e tenta, com essa estratégia, reforçar sua defesa buscando depoimentos de autoridades.

Pedido de testemunhas surpreende

A solicitação de Azevedo gerou grande repercussão, pois as figuras citadas seriam alvos do suposto plano investigado pela Polícia Federal (PF). O militar nega qualquer participação na conspiração e sua defesa argumenta que os depoimentos dessas autoridades podem esclarecer pontos cruciais do caso.


O ministro do STF Alexandre de Moraes (Foto: reprodução/Fellipe Sampaio/Uol)

Além de Lula, Moraes e Dino, a defesa também incluiu outras testemunhas para reforçar a versão do tenente-coronel. Segundo seus advogados, Azevedo estava em casa no momento em que mensagens sobre o plano foram trocadas entre integrantes do grupo de militares conhecido como “kids pretos“.

Defesa busca revogação da prisão

Os advogados do militar também protocolaram um pedido de revogação da prisão junto ao STF. Para embasar a solicitação, anexaram fotos e registros que, segundo eles, comprovam que Azevedo não participou das reuniões em que a conspiração teria sido planejada. O objetivo da defesa é conseguir liberdade provisória enquanto o caso segue na Justiça.

O julgamento de Azevedo continua sendo acompanhado de perto por autoridades e pela sociedade, gerando grande impacto no meio político e militar. Ainda não há uma decisão sobre a aceitação das testemunhas solicitadas, mas a expectativa é de que o STF analise o pedido nos próximos dias.

Defesa de ex-assessor de Bolsonaro nega ilegalidade em monitoramento de Alexandre de Moraes

Nesta quinta-feira (6), a defesa de Marcelo Câmara, ex-assessor de Jair Bolsonaro, alegou ao Supremo Tribunal Federal que o monitoramento do ministro Alexandre de Moraes não foi realizado de forma ilegal, visto que ele utilizou “fontes abertas” para buscar informações públicas. Na data limite, os advogados de Câmara respondem à denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) por uma suposta tentativa de golpe de Estado, organizada após a eleição presidencial de 2022.

Argumentos da defesa

Segundo os advogados, o monitoramento de autoridades não é considerado ilegal e não existem provas de que qualquer ação criminosa tenha sido cometida. Conforme a resposta dada pela equipe de Câmara: “O que há de ilegal em fazer pesquisas através de fontes abertas, entenda-se: Google, telefonemas, agendas públicas?”

Além de questionarem a capacidade de Moraes para ser relator do caso, uma vez que ele não poderia julgar a denúncia de forma imparcial, a defesa acompanha a argumentação dos advogados de Bolsonaro e do ex-ministro Braga Netto, e afirma que nem todos os documentos necessários estão disponíveis.

“Aparelhos de telefonia móvel apreendidos na última fase da operação, que deu ensejo à denúncia, não constam na relação disponibilizada em cartório”, relatou a equipe de Marcelo Câmara.


Ministro Alexandre de Moraes será relator do caso (Foto: reprodução/Rosinei Coutinho/SCO/STF)

Monitoramento

Conforme a PGR e a Polícia Federal (PF), Câmara era encarregado de repassar informações sobre a agenda e os deslocamentos de Moraes ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Em seu depoimento, Cid revelou que havia diversos monitoramentos de Alexandre de Moraes, todos feitos sob o comando de Câmara.

O ex-ajudante também contou que, em uma dessas ocasiões, Bolsonaro pediu que o ministro fosse monitorado, pois desconfiava de uma reunião entre ele e o então vice-presidente, Hamilton Mourão, enquanto ambos estavam em São Paulo.

O monitoramento ocorreu no âmbito do plano Punhal Verde e Amarelo, que tinha como objetivo o assassinato de três autoridades: o ministro Alexandre de Moraes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu vice Geraldo Alckmin.