A nova fala de Rodrigo Hilbert sobre sua relação com amigos homens chamou atenção e abriu espaço para uma conversa sobre convivência e amadurecimento. Ele contou que, ao longo dos anos, se afastou de vários amigos e hoje mantém pouco contato com homens. A mudança veio aos poucos, conforme notava que muitas atitudes ao redor já não combinavam com quem se tornou.
O tema surgiu no podcast “TeraPira”, apresentado por Fernanda Lima, quando Rodrigo explicou que, por muito tempo, sentia incômodos que não sabia nomear. Com o tempo, percebeu que conversas e comportamentos comuns em grupos masculinos já não faziam sentido, e a convivência perdeu naturalidade. Resumiu que acabou se afastando porque muitos antigos amigos não acompanharam seu processo pessoal.
Uma nova forma de enxergar as relações entre homens
Para Rodrigo, o distanciamento não nasceu de conflitos. Ele descreve um amadurecimento que o fez observar melhor o tipo de convivência que desejava ter. Nesse processo, notou que comportamentos repetidos — pouca sensibilidade, conversas rígidas, competitividade — não combinavam mais com o que buscava. Ao ver isso entre antigos amigos, passou a questionar se valia manter vínculos que não o deixavam confortável.
Ele também comentou que muitos homens crescem ouvindo que precisam ser duros e pouco emocionais, o que dificulta diálogos reais. Rodrigo passou a priorizar relações com escuta e respeito e se afastou de ambientes que reforçavam atitudes que já não dialogavam com seus valores. “Eu realmente me afastei muito. Hoje tenho poucos amigos homens, porque muitas atitudes já não condiziam com quem virei. E é difícil encontrar pessoas que pensem como você nessa fase”, disse.
Rodrigo Hilbert e Fernanda Lima no Podcast “TeraPira” (Vídeo: reprodução/Youtube/TeraPira)
Mesmo com as mudanças, fala do assunto com tranquilidade. Para ele, o afastamento virou uma forma de cuidado emocional. Acredita que amizades precisam acompanhar o crescimento pessoal; quando isso não acontece, a convivência perde leveza. Ele percebeu esse descompasso quando suas prioridades mudaram, enquanto muitos amigos seguiam em outra dinâmica.
Repercussão e reflexões do público
A sinceridade de Rodrigo repercutiu nas redes sociais. Muitas pessoas relataram experiências parecidas e disseram ter se afastado de antigos grupos por não se sentirem mais à vontade. Para esse público, o desabafo reforça a importância de reconhecer mudanças internas e respeitar limites, mesmo quando isso implica encerrar relações.
Especialistas lembram que esse tipo de afastamento é comum em fases de autoconhecimento. À medida que alguém entende melhor suas necessidades, alguns laços deixam de fazer sentido. No início pode causar estranhamento, mas abre espaço para relações mais saudáveis. No caso de Rodrigo, ele tratou a mudança como parte natural do amadurecimento.
A fala também reacendeu a discussão sobre solidão masculina. Muitos homens convivem com poucas amizades profundas, mas a situação de Rodrigo segue outro caminho: ele se afastou por buscar relações mais verdadeiras. O caso reforçou reflexões sobre como a sociedade molda comportamentos masculinos. A falta de incentivo para falar sobre sentimentos ou demonstrar fragilidade dificulta a criação de laços fortes. Quando alguém decide trilhar outra rota, como Rodrigo fez, é comum se afastar de ambientes que reforçam atitudes que já não combinam com sua forma de viver.
