Em entrevista para um podcast, a ativista e influenciadora Rafa Kalimann relembrou momentos da época em que ainda atuava como modelo, por volta dos seus 15 anos de idade. Rafa conta sobre as problemáticas da pressão estética que envolvem o mundo da moda e que acarretaram o início de um vício em cigarro na mesma idade. “Me falaram que (fumar) tiraria a minha ansiedade por comida”.
O sonho da moda
Rafa Kalimann, que atualmente também é apresentadora, foi convidada a um podcast no qual relembrou momentos que viveu como modelo em São Paulo. Natural de Minas Gerais, Rafa iniciou sua carreira como modelo na capital paulista enquanto morava em uma república com outras meninas. Durante esse período, relata como tudo dentro do mundo da moda é diferente do que se vê por fora. A pressão estética com o corpo e diversas outras cobranças, que não são percebidas por trás de todo o glamour que a carreira oferece, marcaram sua trajetória. “Tiveram muitos desafios, eu era uma menina muito nova. Lembro de chegar na agência com 14 anos e o booker me receber com uma fita métrica”, relata a influenciadora.
Rafa Kalimman para gravação de programa (Foto: reprodução/Instagram/@rafakalimann)
Dentro desse assunto, Kalimann comenta sobre o início do seu tabagismo precoce aos 15 anos, quando pessoas diziam que o hábito aliviaria a ansiedade. “Comecei a fumar para emagrecer, porque me falaram que tiraria minha ansiedade de comer, era um estímulo do mercado” – disse Rafa.
Importância do assunto
Hoje, aos 32 anos e livre do tabagismo, Rafa Kalimann está à espera de sua primeira filha, Zuza, com o cantor Natanzinho, e trabalha em diversos projetos sociais, além de apresentar um programa de música na TV Globo. Rafa destacou que a experiência serviu para compreender a crueldade existente por trás da glamourização da moda. O setor, segundo ela, frequentemente apresenta uma imagem idealizada ao público, mas esconde práticas que colocam meninas muito jovens sob pressão psicológica intensa. Ela ressaltou que falta preparo emocional para lidar com cobranças tão severas e com um padrão físico rígido que, muitas vezes, não corresponde à realidade da maioria das mulheres.
A influenciadora afirmou que hoje entende como esse período influenciou sua vida adulta e suas decisões profissionais. Ao compartilhar a história, espera que outras jovens reconheçam os riscos associados a comportamentos extremos e aprendam a questionar padrões impostos. Para ela, a discussão é necessária para evitar que novas meninas enfrentem experiências semelhantes e desenvolvam hábitos nocivos em busca de aceitação.
Com o relato de sua vivência como modelo, Rafa levanta importantes pautas para a prevenção e alerta sobre como a pressão estética pode provocar diversas doenças, como transtornos alimentares, reforçando a necessidade de debates e políticas que protejam jovens profissionais que estão iniciando a carreira
