Durante a cúpula virtual dos BRICS, realizada nesta segunda-feira (08), o presidente da República Popular China, Xi Jinping, destacou a urgência de que as nações integrantes do bloco fortaleçam o sistema de comércio multilateral e resistam a todas as formas de protecionismo. O alerta surge em um contexto global de tarifas elevadas, especialmente por parte dos Estados Unidos, que ameaçam equilibrar o comércio internacional.
O presidente chinês ressaltou ainda que os países do grupo devem se apoiar em suas vantagens comparativas e aprofundar a cooperação em áreas estratégicas como comércio, finanças e tecnologia. Segundo ele, uma união mais próxima entre os líderes dos BRICS pode gerar mais confiança, melhores opções e resultados práticos para enfrentar os desafios externos.
Brasil na liderança e os desafios do protecionismo
A iniciativa defendida por Xi Jinping ganha ainda mais relevância neste momento em que o Brasil exerce a presidência rotativa do bloco. Sob a condução do governo brasileiro, os BRICS têm buscado fortalecer o diálogo interno e adotar medidas que reforcem a ideia de multilateralismo como caminho para o equilíbrio global. A posição de liderança coloca o país em um papel estratégico, tanto como articulador político quanto como voz ativa na defesa de um comércio internacional mais justo e inclusivo.
A crescente utilização de tarifas e barreiras comerciais como instrumentos de pressão diplomática, em especial por grandes potências, vem evidenciando as fragilidades de um sistema que se mostra cada vez mais restritivo e unilateral. Esse cenário gera incertezas para economias emergentes, que dependem do livre fluxo de bens, serviços e investimentos para sustentar crescimento e inovação. Diante disso, os BRICS têm se mobilizado para elaborar respostas conjuntas capazes de reduzir os impactos do protecionismo e criar alternativas que favoreçam tanto a integração entre seus membros quanto a diversificação de parceiros no comércio global.
Cooperação entre emergentes como resposta global
A proposta de Xi também reforça a ideia de que, para resistir à volatilidade geopolítica e às pressões protecionistas, os países do BRICS precisam intensificar a solidariedade econômica e trocar experiências. Esse movimento aponta para um futuro onde a cooperação entre os emergentes seja o maior trunfo para equilibrar o poder econômico global e influenciar decisões multilaterais.
