Nikolas Ferreira perde recurso no STJ e deve pagar R$ 30 mil por transfobia contra Duda Salabert

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmou, nesta terça-feira (10), a condenação do deputado Nikolas Ferreira (PL/MG). A justiça determinou que ele pague R$ 30 mil por danos morais devido à transfobia contra a deputada federal Duda Salabert (PDT/MG). O parlamentar bolsonarista perdeu um recurso interposto na ação. A decisão, pela ministra Maria Isabel Gallotti, é definitiva, ou seja, não cabe mais apelação.

Inicialmente, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) julgou o caso e decidiu a favor da deputada do PDT, fixando a indenização em R$ 80 mil. Entretanto, após recursos, o próprio tribunal reduziu o valor para R$ 30 mil, atendendo a um pedido da deputada. Ela considerou a quantia suficiente para reparar os danos sofridos.

Transfobia contra Duda Salabert

Em 2020, quando Duda Salabert e Nikolas Ferreira eram vereadores em Belo Horizonte, o deputado concedeu uma entrevista durante a campanha eleitoral. Na ocasião, ele questionou se os documentos de Duda estavam no feminino ou masculino, desrespeitando sua identidade de gênero. ”Eu ainda irei chamá-la de ‘ele’. Ele é homem. É isso o que está na certidão dele, independentemente do que ele acha que é”, disse Nikolas, quando ainda era vereador por Belo Horizonte.

Além disso, o deputado teve falas transfóbicas. Em 2023, ele proferiu um discurso na Câmara dos Deputados no Dia Internacional da Mulher, onde vestiu uma peruca amarela e afirmou que “se sentia uma mulher”, alegando que “as mulheres estão perdendo espaço para homens que se sentem mulheres”. Dessa forma, a Justiça do Distrito Federal determinou o pagamento de R$ 200 mil em danos morais coletivos.


Nikolas alega está sendo condenado por “opinião” (Foto: reprodução/X/@nikolas_dm)

Nikolas Ferreira alega ‘liberdade de expressão

A princípio, Nikolas acionou o STJ e, afirmando que não cometeu ilegalidade, baseado na liberdade de expressão, alegou que Duda Salabert não sofreu danos e o processo deveria ter sido encerrado por falta de base legal. Além disso, ele solicitou a suspensão da condenação durante a análise do recurso.

Contrariando o deputado, a ministra responsável rejeitou todas as solicitações. Além disso, o STJ ressaltou que a liberdade de expressão possui limites e deve ser equilibrada com direitos fundamentais, como a dignidade, a honra e o respeito à identidade de gênero.


Duda diz que, se necessário, pedirá a suspensão do salário de Nikolas, até que o pagamento seja feito (Foto: reprodução/X/@DudaSalabert)

O que disse Duda Salabert

Após a condenação definitiva do deputado bolsonarista, Duda comemorou a decisão nas redes sociais. Em tom irônico, ela escreveu: “E aí, Nikolas, cadê meu Pix?”. Além disso, a deputada mineira destacou que essa foi a quarta ação judicial que venceu contra Nikolas por transfobia e afirmou que, como ele ainda não pagou a indenização, solicitará a penhora de seus bens, incluindo TV, micro-ondas, videogame e geladeira.

A parlamentar também mencionou que, se necessário, pedirá ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que suspenda o salário do deputado do PL até que ele cumpra a decisão judicial. Ainda segundo Duda, a condenação representa uma vitória para todas as pessoas trans que enfrentam transfobia diariamente.


Julgamento de Diddy chega ao 19º dia; confira o que aconteceu

O rapper Sean “Diddy” Combs começou a ser julgado no dia 12 de maio de 2025 em um tribunal federal de Manhattan, nos Estados Unidos, após ser acusado de tráfico sexual, extorsão e conspiração. As acusações foram apresentadas pela cantora Cassie Ventura, ex-namorada do artista, que afirma ter sofrido estupro, abuso físico e psicológico durante os 11 anos em que os dois mantiveram um relacionamento. O caso chamou atenção da mídia e reacendeu debates sobre abusos cometidos por celebridades na indústria da música.

De acordo com os registros do processo, as denúncias foram protocoladas em novembro de 2023, quando Cassie decidiu tornar público o histórico de violência que, segundo ela, vinha sendo silenciado por décadas. Desde o início do julgamento, novas informações têm sido reveladas por testemunhas, incluindo relatos de festas organizadas por Diddy, onde mulheres eram submetidas a práticas sexuais sob o uso de drogas, em eventos chamados de “freak offs”.

Depoimentos reforçam acusações de abuso e intimidação

Durante as audiências, mais de 20 horas de depoimento foram prestadas por Cassie, que descreveu em detalhes os abusos vividos, incluindo agressões físicas e episódios de controle emocional. Segundo a cantora, os atos eram gravados e faziam parte de um padrão de comportamento do empresário.


Diddy (Foto: reprodução/Dave Benett/Getty Images Embed)  


Outras testemunhas, como a ex-assessora Capricorn Clark, confirmaram que Combs teria ameaçado o rapper Kid Cudi após descobrir um envolvimento entre ele e Cassie. De acordo com Clark, Diddy chegou a ir armado à casa de Cudi com o objetivo de intimidá-lo. Já uma das vítimas, que depôs sob o pseudônimo de “Jane”, relatou ter sido forçada a manter relações sexuais mesmo quando manifestava sinais de exaustão.

Diddy nega crimes e pode ser condenado à prisão perpétua

Apesar das acusações, Diddy, de 55 anos, se declarou inocente. A promotora responsável, Emily Johnson, afirmou que o artista teria usado sua influência e riqueza para construir uma rede de exploração sexual encoberta sob a fachada de um império musical. Por outro lado, a defesa, liderada pelo advogado Marc Agnifilo, alegou que todas as relações foram consensuais.

O julgamento, que deve se estender por mais algumas semanas, é acompanhado de perto pelo público e pela imprensa. Caso condenado, Sean Combs pode receber uma pena de 15 anos até prisão perpétua, segundo o código penal norte-americano. O caso vem sendo considerado um dos mais emblemáticos envolvendo celebridades acusadas de violência sexual nos últimos anos.

Ludmilla se pronuncia sobre vitória judicial contra Marcão do Povo após ataque racista

A cantora Ludmilla, de 30 anos, se manifestou nas redes sociais nesta terça-feira (13) após a Justiça restabelecer, por unanimidade, a condenação do apresentador Marcão do Povo, de 45 anos, por injúria racial. O caso remonta a 2017, quando o jornalista se referiu a ela como “pobre macaca” durante uma transmissão ao vivo na TV aberta.

“Vitória que não apaga a dor”, diz Ludmilla

Ludmilla usou seus stories no Instagram para comentar o desfecho do processo. “Em 2017, fui chamada de ‘pobre macaca por um apresentador, ao vivo, na TV aberta. Hoje, finalmente, foi reconhecido o racismo que tentei denunciar lá atrás”, escreveu a cantora.

Apesar da vitória judicial, Ludmilla destacou o impacto emocional do episódio e a espera por justiça. “Essa vitória não apaga a dor, mas reforça que racismo é crime e tem consequência. Agradeço ao sistema judiciário brasileiro por apoiar essa luta. Justiça foi feita”, completou. Além desse caso, a cantora é alvo constante de ataques racistas nas redes sociais.


Pronunciamento de Ludmilla em seus stories (Foto: reprodução/Instagram/@ludmilla)

Condenação por injúria racial é mantida

O caso que deu origem ao processo ocorreu durante uma transmissão ao vivo do programa Balanço Geral DF, exibido pela Record TV, quando o apresentador se referiu a Ludmilla com a expressão racista “pobre macaca”. A cantora entrou com uma ação judicial por injúria racial contra o comunicador no mesmo ano.

Depois de um longo percurso judicial, Marcão do Povo foi condenado a um ano e quatro meses de prisão em regime aberto, além do pagamento de R$ 30 mil em indenização, valor que deveria ser destinado a uma instituição comprometida com o combate ao racismo.

No entanto, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) anulou a condenação com o argumento de que a principal evidência apresentada, um vídeo editado, comprometia a validade da acusação.

A decisão foi revista após novo recurso. Por unanimidade, a 5ª Turma do STJ restabeleceu a condenação ao concluir que a fala do apresentador não foi distorcida nem retirada de contexto, configurando injúria racial praticada de forma direta pelo apresentador.

Deputada Carla Zambelli é condenada a dez anos de prisão 

As denúncias envolvendo a deputada Carla Zambelli (PL – SP) não são mais novidade. Desde a perseguição infundada a um eleitor opositor de Jair Bolsonaro, às vésperas da eleição de 2023 – a deputada estava armada e correu atrás do eleitor em uma rua de São Paulo – a invasão a sistemas do Poder Judiciário e inserção de documentos falsos com a “contratação” do hacker Walter Delgatti Neto. 

Tanto ela quanto Delgatti haviam se tornado réus na ocasião, há exatos um ano, em maio de 2024, pelos crimes citados de invasão a dispositivo informático e falsidade ideológica, bem como pela suspeita de invasão ao sistema do CNJ, Conselho Nacional de Justiça.

No pleito de hoje, o Ministro Alexandre de Moraes, do STF, do Supremo Tribunal Federal, votou pela condenação da deputada a 10 anos de prisão, bem como por sua perda de mandato. Para Delgatti a pena defendida foi de 8 anos e 3 meses. 

O julgamento, que começou nesta sexta-feira, deve se estender até o dia 16 e contar ainda com os votos de mais três ministros, dentre eles, Cármem Lúcia, Cristiano Zanin e Luiz Fux. 

Determinações de Moraes


Ministro Alexandre de Moraes do STF (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty images embed)


Em suas determinações, o Ministro Alexandre de Moraes deixou claro que Zambelli tinha conhecimento da ilicitude de suas condutas e que agiu de modo premeditado: 

“Demonstrou pleno conhecimento da ilicitude de suas condutas, agindo de modo premeditado, organizado e consciente, da busca de atingir instituições basilares do Estado Democrático de Direito, em especial o Poder Judiciário”, afirmou. 

Moraes ainda completa afirmando que Delgatti incluiu 16 documentos falsos no sistema do CNJ durante 13 invasões distintas. 

Relação com o 8 de janeiro

Além dos motivos apresentados, o ministro Alexandre de Moraes estabeleceu durante a votação uma conexão entre os atos citados que serviram de alicerce a seu voto com os atos golpistas do 8 de janeiro, considerando que a proximidade das datas não tenha sido coincidência.

“ A invasão dos sistemas judiciários, a inserção de documentos falsos e a divulgação desses eventos na mídia constituem parte de uma estratégia mais ampla de desestabilização institucional, cujo ápice se materializou nos eventos de 8 de janeiro”, completou Moraes


Hacker Walter Delgatti Netto (Foto: reprodução/Anadolu/Getty images embed)


O ministro considerou como prova irrefutável o acesso da deputada ao sistema apenas 22 segundos após Delgatti criar pelo computador uma decisão de quebra de sigilo bancário das contas do ministro. A suposta quebra de sigilo faria parte da lista de documentos falsos criados por Delgatti que incluía um mandado de prisão contra Moraes.

“Esta prova técnica é irrefutável e demonstra, além de qualquer dúvida razoável, o envolvimento direto da acusada Carla Zambelli Salgado de Oliveira nos crimes a ela imputados”, concluiu Moraes. 

O ministro ainda destacou que as declarações de Delgatti são confirmadas por evidências materiais independentes. Delgatti, durante as declarações, admitiu os crimes e colaborou com a investigação. 

O advogado Daniel Bialski considerou injusto a deputada haver sido condenada sem provas irrefutáveis e “inadmissível” que o julgamento tenha ocorrido em plenário virtual. 

Carlinhos Maia critica sua condenação por danos morais

O influenciador Carlinhos Maia foi condenado a pagar R$200 mil por danos morais a um homem que possui má formação óssea. Isso acontece por conta de um episódio em 2023, quando Carlinhos, após uma cirurgia, postou uma foto, o comparando com o homem, em tom de humor. O humorista expressou, em suas redes sociais, a sua indignação com a condenação.

A revolta do influencer

O influenciador digital Carlinhos Maia veio a público para expressar a sua indignação após ser condenado a pagar R$200 mil por danos morais, contra Luiz Antônio dos Santos. No ano de 2023, Carlinhos fez uma publicação, após fazer uma cirurgia, onde ele se comparava ao homem, em tom de humor.


Carlinhos Maia posta meme comparando-o com homem com má formação óssea (Foto: reprodução/X/@QGdoPop)

O humorista de 33 anos veio em suas redes sociais, após a condenação, para expressar a sua revolta com o acontecido.

A Justiça do Mato Grosso está me pedindo R$ 200 mil. Eu acho isso um absurdo. Eu doaria até mais para uma instituição do Mato Grosso ou qualquer outra coisa. Vou dizer porque acho isso estranho. Na época, a imagem desse rapaz era um meme. Não fazia ideia se era brasileiro ou de qualquer outro lugar. Na época, eu estava com o queixo bem pequenininho porque eu tinha feito cirurgia e um seguidor mandou [o meme] para mim. Repostei. Logo em seguida apaguei e pedi desculpa, porque entendi que era uma questão congênita. A imagem desse rapaz é uma imagem de domínio público por estar na internet há muito e muito anos”, declarou Carlinhos, em seu perfil do Instagram.

O influencer ainda adicionou que já contactou seus advogados para tentar reverter a situação.

A tentativa de salvamento

Carlinhos tentou justificar a ação, explicando que ele não criou a imagem e sim, a recebeu de um fã e apenas compartilhou o meme. Ele disse que não tinha a intenção de transformar o homem em uma piada e se ofereceu para auxiliá-lo financeiramente.


Carlinhos Maia posa para foto (Foto: reprodução/Instagram/@carlinhos)

Ele ainda afirmou que, caso o processo avance, ele irá pagar o que deve, afirmando que doa mais, para qualquer coisa do Mato Grosso, dando a entender que o dinheiro não é o problema, e sim o motivo da intimação.

Justiça determina indenização a Henri Castelli por agressão sofrida em restaurante

A Justiça de São Paulo determina que Henri Castelli, de 47 anos, receba uma indenização de R$ 55 mil por danos morais e estéticos. O ator sofreu uma agressão física no final de 2020, em um restaurante de Alagoas. Inicialmente, ele havia solicitado uma indenização no valor de R$ 412 mil.

O incidente aconteceu em Barra de São Miguel, no Alagoas, em dezembro de 2020. A princípio, Castelli relatou que tinha sofrido um acidente na academia, mas depois revelou a versão completa dos fatos. Segundo o próprio ator, os agressores o atacaram covardemente enquanto ele estava com amigos.

A agressão

Segundo depoimentos e laudos da perícia, Bernardo Malta de Amorim e Guilherme Accioly Ferreira atacaram Henri Castelli com socos e chutes no rosto, sem lhe dar qualquer chance de defesa. Como resultado, o ataque causou fratura exposta na mandíbula e perda de sensibilidade do lado direito. Por consequência, sua boca precisou ser amarrada com um fio de aço até passar por uma cirurgia, em São Paulo.

De acordo com os autos do processo, mesmo após quatro anos do ocorrido, Henri Castelli ainda sofre as consequências de sua agressão. O artista relata dores que se intensificam em dias frios e mudanças de sua expressão facial, o que impacta sua imagem pública e rotina profissional. Em consequência, ele tem coberto seu rosto em eventos e aparições públicas.


Imagens de Henri Castelli no hospital para cirurgia (Foto: reprodução/Instagram/@henricastelli)


A sentença

Apesar de ter pedido um montante de R$ 412 mil de indenização por danos morais e estéticos, a juíza Luciane Cristina Silva Tavares determinou uma quantia bem abaixo do esperado pelo ator. Segundo a justificativa de Tavares, “a indenização, por um lado, [deve] ser suficiente para desestimular práticas semelhantes e, por outro, compensar a vítima pelos prejuízos decorrentes da conduta do ofensor”.

Bernardo Malta de Amorim e Guilherme Accioly Ferreira, dupla agressora, ainda podem recorrer da decisão judicial.

Brasil concede asilo à ex-primeira-dama do Peru após condenação

A ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia Alarcón, chegou ao Brasil na tarde desta quarta-feira (16). Ela e o filho menor de idade terão asilo diplomático, concedido pelo Itamaraty.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores informou que os dois seguirão para a regularização de imigrantes no Brasil. Ambos chegaram a Brasília, pouco antes de meio-dia de hoje.

A permissão para asilo em território brasileiro acontece no mesmo dia em que a Justiça do Peru a condenou juntamente com o marido, ex-presidente do Peru, Ollanta Humala, a 15 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro no caso da Odebrecht.


Itamaraty confirma asilo a ex-primeira-dama do Peru e ao seu filho (reprodução/X/@ItamaratyGovBr)

Campanha para presidência do Peru

Apesar de alegarem ser vítimas de perseguição política, a ex-primeira-dama e o ex-presidente do Peru foram condenados por lavagem de dinheiro durante a campanha para a presidência em 2011.

Dessa forma, a Suprema Corte Peruana investigou e, por meio de provas, concluiu que os dois receberam dinheiro por meio de um esquema de caixa dois da Odebrecht, que financiou parte da campanha eleitoral. Com isso, sentenciou-o.

Além disso, ex-membros da empreiteira desempenharam um papel crucial na sentença. Eles revelaram que pagaram propina a governos sul-americanos e detalharam os valores entregues ao casal chefe de Estado do Peru.

Peru e o histórico de presidentes presos

Contudo, este não é o primeiro caso de prisão de presidente no Peru. O país possui um longo histórico de condenações. Primeiramente por Alberto Fujimori, que governou de 1990 a 2000, e foi condenado por violações de direitos humanos e corrupção, cumprindo pena até 2023.

Além do mais, Alejandro Toledo, Alan García, o próprio Ollanta Humala, marido da agora asilada pelo governo brasileiro, Nadine Heredia.

Deputados de oposição reagem

No entanto, os deputados da oposição criticaram a decisão. Para eles, é inaceitável oferecer refúgio a uma pessoa condenada por corrupção em seu país de origem, especialmente em um caso relacionado à Odebrecht.

Eles também condenaram o uso de recursos públicos, já que a Força Aérea Brasileira enviou uma aeronave para buscar Nadine Heredia e seu filho no Peru.

Justiça condena Soulja Boy por abuso sexual e agressão contra ex-assistente nos EUA

O rapper Soulja Boy, nome artístico de DeAndre Cortez Way, foi condenado em abril de 2025 por um tribunal da Califórnia, nos Estados Unidos, a pagar mais de US$ 4,25 milhões (cerca de R$ 25 milhões) em indenizações a uma ex-assistente que o acusou de abuso sexual, agressões físicas e assédio emocional. A decisão foi tomada após a ex-funcionária, identificada apenas como Jane Doe, apresentar provas de episódios violentos e traumáticos ocorridos entre 2018 e 2020. Segundo ela, o artista teria cometido os abusos durante o período em que os dois mantiveram um relacionamento profissional e pessoal.

Durante o processo, foi relatado que a vítima foi mantida trancada em um quarto sem água quente por três dias, além de ter recebido fotos íntimas não solicitadas e ser submetida a agressões constantes. Apesar da negativa do artista, que afirmou nunca ter sido criminalmente acusado, a sentença foi aplicada com base nas evidências apresentadas.

Indenização milionária é determinada por júri

A sentença contra Soulja Boy determinou que a vítima seja compensada em US$ 4 milhões por danos morais e emocionais, além de US$ 250 mil em danos punitivos. Embora as acusações de cárcere privado e ambiente de trabalho hostil tenham sido rejeitadas, o cantor foi responsabilizado por agressão, abuso sexual, assédio moral e não pagamento de salários.


Rapper Soulja Boy (Foto: reprodução/PromoWest Productions)

Ainda durante o julgamento, a defesa alegou que as denúncias teriam sido motivadas por interesses financeiros. No entanto, o júri entendeu que a narrativa da vítima estava amparada por fatos e documentos. A decisão foi vista como um passo importante na responsabilização de figuras públicas por crimes de abuso no ambiente profissional e íntimo.

Soulja Boy acumula outras acusações judiciais

Esta não é a primeira vez que o rapper Soulja Boy se envolve em problemas judiciais. Em 2023, ele foi condenado a pagar US$ 472 mil a outra ex-namorada, em um caso de sequestro. Além disso, ele ainda responde por outro processo semelhante, movido por uma terceira mulher.


Soulja Boy ostentando (Foto: reprodução/Instagram/@souljaboy)


A repercussão da nova condenação tem gerado debates nas redes sociais e na mídia internacional sobre o tratamento de casos de abuso cometidos por celebridades. A expectativa é de que o caso sirva de alerta para a importância de se ouvir e proteger vítimas em contextos de abuso de poder e violência doméstica.

Laerte Codonho, dono da empresa de refrigerante Dolly, é condenado por corrupção

Laerte Codonho, empresário conhecido por ser o dono da marca de refrigerantes Dolly, foi condenado por corrupção e crimes ambientais. O julgamento ocorreu em Itapecerica da Serra, São Paulo, e resultou em uma pena de 11 anos e 4 meses de reclusão, além de 4 anos e 10 meses de detenção. Ele também terá que pagar uma multa de R$ 570 mil.

Crimes cometidos

Os crimes ambientais pelos quais Codonho foi condenado aconteceram em 2016, quando ele realizou desmatamento ilegal em uma área de reserva ambiental no município de São Lourenço da Serra. A destruição da vegetação nativa causou impactos significativos na região, levando a inundações e afetando a vida dos moradores próximos. Para tentar evitar problemas com a Justiça, o empresário tentou subornar servidores públicos, buscando autorização para empreendimentos na área degradada.

Em maio de 2018, Codonho foi preso na cidade de Cotia, também em São Paulo. Após anos de processo judicial, o julgamento foi concluído nesta sexta-feira, 14 de março. Agora, ele deverá cumprir sua pena de reclusão em regime fechado, enquanto a pena de detenção será cumprida em regime semiaberto.


Laerte Codonho (Foto: reprodução/Bancada News)


Impacto causado

O caso chamou atenção não apenas pela figura pública envolvida, mas também pelo impacto ambiental causado. O desmatamento ilegal e as tentativas de suborno reforçam a complexidade do crime, que vai além dos danos ecológicos e envolve corrupção no setor público. A condenação de Codonho é vista por especialistas como um marco na luta contra crimes ambientais e na responsabilização de empresários que desrespeitam a legislação para benefício próprio.

Esse episódio reforça a importância da fiscalização ambiental e da atuação rigorosa da Justiça para coibir práticas criminosas. O desfecho do caso serve como alerta para outros empresários que buscam burlar leis ambientais em troca de lucro. Além disso, destaca a necessidade de proteção das áreas de preservação e o impacto de crimes desse tipo.

Flordelis pede liberação para tratamento medico particular

Na noite da última quarta-feira (19), nas redes sociais, os advogados de defesa da ex-deputada Flordelis, condenada em novembro de 2022 pelo assassinato de seu marido, Anderson do Carmo, publicou uma carta endereçada ao Poder Judiciário e ao Ministério Público escrita por sua cliente. Em seu relato, a ex-parlamentar informa que está com a saúde debilitada, solicitando tratamento médico urgente. Além de desmaios e crises convulsivas, AVC, problemas cardíacos e crise renal, informa também apresentar síndrome do pânico, fobia social e depressão. 

Condenada a 50 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, uso de documentação falsa e associação criminosa armada, Flordelis por meio de seus defensores, entrou com pedido para cumprir a pena em prisão domiciliar humanitária. 



Os advogados informaram, ainda, que sua cliente apresenta problemas de demência e tem dificuldades para lembrar nomes de pessoas e acontecimentos e que na prisão não há tratamento médico adequado para ela.

A carta, com o pedido de providências, será analisada pelas autoridades competentes dentro dos parâmetros legais estabelecidos pelo sistema judiciário, que poderão ou não conceder o benefício requerido. 

O crime 

Em junho de 2019, na cidade de Niterói, Rio de Janeiro, o pastor Anderson do Carmo foi morto a tiros em frente à casa onde morava com sua esposa, a também pastora Flordelis. 


Anderson do Carmo – 2019 (Foto: reprodução/Instagram/@pastorandersondocarmo)

Logo, o caso ganhou repercussão por se tratar de líderes religiosos e por Flordelis, à época, ser deputada federal pelo Rio de Janeiro. 

A investigação descobriu que o assassinato foi planejado por um grupo que envolvia membros da família de Flordelis, incluindo seus filhos biológicos e adotivos. A ex-deputada seria a mentora do crime, motivada por questões pessoais, financeiras e suspeita de infidelidade. 

Flordelis cumpre pena desde 2022 em regime fechado na Penitenciária Talavera Bruce, no Complexo Penitenciário de Bangu, na Zona Oeste do Rio. 

Perda de mandato

Eleita como deputada federal pelo Rio de Janeiro, Flordelis permaneceu no cargo de 1º de fevereiro de 2019 até 11 de agosto de 2021.

Em 11 de agosto de 2021, com 437 votos favoráveis, 7 contrários e 12 abstenções, o Plenário da Câmara dos Deputados decidiu cassar o mandato da deputada por estar envolvida na morte de seu marido Anderson do Carmo.