Coreia do Norte lança míssil balístico dias antes de cúpula que reunirá líderes

A Coreia do Norte disparou, na última terça-feira (21), quarta-feira no horário local, pelo menos um míssil balístico em direção ao Mar do Leste, de acordo com informações divulgadas pelo Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul. O lançamento é o primeiro desde maio e gerou um novo episódio de tensão na região, poucos dias antes da realização da Cúpula de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), que ocorrerá na Coreia do Sul no fim do mês.

De acordo com a agência sul-coreana Yonhap, o míssil “não identificado” foi lançado de uma área próxima à capital norte-coreana, Pyongyang, e seguiu em direção ao mar. As autoridades de Seul seguem analisando os detalhes da altitude e da trajetória do projétil e reiteraram que estão em estado de alerta máximo diante de possíveis novos testes.

A tensão diplomática

O teste aconteceu em um momento de tensão para a região. É o primeiro disparo desde que o sul-coreano Lee Jae Myung assumiu a presidência do país, em junho, e antecede o início da Apec, que será realizada nos dias 31 de outubro e 1º de novembro, na cidade de Gyeongju. O evento reunirá líderes de 21 economias da região, incluindo Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, e Xi Jinping, presidente da China.

O presidente Trump compartilhou recentemente que tem intenção de se encontrar com o líder norte-coreano Kim Jong-un durante sua passagem pela Ásia, mas ainda não foi divulgada a confirmação oficial do encontro. Pyongyang, por sua vez, declarou que está aberta a futuras negociações, desde que não envolvam a renúncia ao arsenal nuclear do país que é considerado “garantia de sobrevivência nacional”.

Mostra de força militar

Menos de duas semanas antes do lançamento do míssil, o governo de Kim Jong-un promoveu um desfile militar em Pyongyang como comemoração dos 80 anos do Partido dos Trabalhadores, que governa a Coreia do Norte desde sua fundação. O evento reuniu líderes e representantes estrangeiros, incluindo Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, e o primeiro-ministro chinês Li Qiang.

Durante a celebração, o regime mostrou um novo arsenal de armamentos de longo alcance, entre eles o míssil balístico intercontinental Hwasong-20, descrito pela agência estatal KCNA como “o sistema de armas nucleares estratégicas mais poderoso do país”.Além disso, foram exibidos mísseis de cruzeiro de longo alcance, drones militares e mísseis terra-ar e terra-terra, uma demonstração clara do poder militar norte-coreano.


Coreia do Norte lança míssil balístico em direção ao Mar do Leste (Vídeo:reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Escalada de apoio

Nos últimos meses, Kim Jong-un fortaleceu sua aliança com a Rússia, oferecendo milhares de soldados norte-coreanos como apoio para as forças de Moscou na guerra contra a Ucrânia. O movimento tem ampliado o isolamento diplomático de Pyongyang em relação ao Ocidente, mas ao mesmo tempo consolidado o regime como um dos principais aliados do presidente Vladimir Putin.

A Apec, fundada em 1989, reúne 21 economias que respondem por mais de 60% do PIB global e aproximadamente 2,9 bilhões de pessoas. O lançamento de um míssil tão próximo à data do fórum foi considerado por analistas como um recado direto à comunidade internacional, a fim de reafirmar o papel da Coreia do Norte como potência nuclear.

Trump defende retomada de diálogo sobre desnuclearização

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a defender a abertura de conversações sobre desnuclearização com Rússia e China. A iniciativa, segundo ele, deve se somar aos esforços para reativar a diplomacia estagnada com a Coreia do Norte.

O então presidente Donald Trump afirmou a jornalistas, na segunda-feira (25), que a desnuclearização da Rússia e da China é uma das prioridades de seu governo. A declaração foi feita na Casa Branca, pouco antes de uma reunião com o presidente sul-coreano Lee Jae Myung. O republicano disse acreditar que Moscou e Pequim demonstram disposição para discutir limites em seus arsenais, ressaltando que a proliferação nuclear não pode continuar.

Temos que acabar com as armas nucleares. O poder é muito grande”, declarou.

Trump falou com o Presidente Putin


Putin e Donald Trum conversando(Foto:Reprodução/Andrew Harnik/Getty Images Embed)


Mais cedo, em evento separado na Casa Branca, Trump revelou ter tratado do tema com o presidente russo, Vladimir Putin, embora não tenha detalhado quando a conversa ocorreu.

Estamos falando sobre a limitação das armas nucleares. Vamos envolver a China nisso”, acrescentou.

Os comentários coincidem com o desejo expresso por Trump de se reunir ainda este ano com o líder norte-coreano, Kim Jong Un. Até agora, porém, o dirigente de Pyongyang tem ignorado os apelos para retomar o diálogo direto, retomando uma agenda que marcou o primeiro mandato de Trump, entre 2017 e 2021, mas que não resultou em acordos concretos para frear o programa nuclear da Coreia do Norte.

Falou com o Presindente da China também

A proposta de relançar o debate sobre controle de armas nucleares não é inédita. Em fevereiro, o republicano já havia indicado que pretendia envolver Putin e o presidente chinês, Xi Jinping, em discussões sobre limites para os arsenais estratégicos. À época, afirmou que a desnuclearização seria uma prioridade de um eventual segundo mandato.

O movimento ganha força diante da aproximação do prazo de expiração do Novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas (Novo Start), firmado em 2010 e válido até 5 de fevereiro de 2026. O acordo é hoje o último em vigor entre EUA e Rússia para restringir o número de ogivas nucleares e sistemas de lançamento.

Moscou, no entanto, já alertou que as chances de renovação são baixas. Sob o governo anterior, de Joe Biden, Washington tentou atrair a China para negociações formais sobre o tema, mas sem avanços significativos.

Coreia do Norte pode enviar forças militares na Ucrânia em apoio a Rússia, dizem autoridades da Coréia do Sul

A Coreia do Norte estaria sendo acusado por autoridades sul-coreanos de considerar enviar tropas militares em direção a Rússia, para ajudar em uma invasão de larga escala na Ucrânia. As informações foram veiculadas por autoridades parlamentares de Seul, incluindo também relatos de que militares norte-coreanos estariam dando suporte bélico para o ataque russo.

Denúncia sul-coreana

Segundo Lee Seong-kweun, o NIS (Serviço Nacional de Inteligência) acredita que forças russas estariam planejando realizar um ataque em larga escala contra o território ucraniano. A guerra da Ucrânia tem se alastrado desde o ano de 2021, sendo um dos maiores conflitos em solo europeu pós-segunda guerra mundial e consequentemente o maior deste século atual.


Coreia do Norte considera envio de tropas na Ucrânia (Foto: reprodução/X/wartransleted)

Com pretensão de obter apoio para o lançamento de satélites e também assessoria técnica para o lançamento de mais misseis do programa militar norte-coreano, Pyongyang ainda estaria enviando munição e artilharia balística para a manutenção da guerra para o lado russo. A Coreia do Norte ainda não havia se pronunciado oficialmente após a as acusações da Coreia do Sul, mostrando os fatos reais ainda neste mês de junho.

Pacto Militar

Depois de meses de silêncio, a Coreia do Norte e a Rússia confirmaram o envio de soldados norte-coreanos e seu envolvimento na ofensiva de Moscou contra a Ucrânia para reconquistar a área de Kursk. As duas nações declararam que a colaboração se fundamenta no acordo assinado pelos seus líderes em junho do ano anterior, o qual contempla um tratado de defesa conjunta.

As animosidades das duas nações do leste europeu, estariam indo além da fronteiras russo-ucranianas. Kim Jong-un, líder supremo da Coreia do Norte estreitou seu laços com o presidente russo, Vladmir Putin. O chefe de Estado norte-coreano, deixou claro ainda recentemente que apoiara a aliada Rússia frente a todos os conflitos que o pais euroasiático tem enfrentado desde sua decisão de invasão a vizinha Ucrânia.

Grande pane desconecta a Coreia do Norte da internet por horas e levanta suspeitas sobre falha interna

Neste sábado, 7 de junho, a Coreia do Norte enfrentou uma falha significativa em sua infraestrutura de internet, que deixou o país praticamente desconectado do mundo online por várias horas. Durante o período da interrupção, diversos sites governamentais e serviços oficiais de notícias ficaram fora do ar, incluindo o site do Ministério das Relações Exteriores, a companhia aérea estatal Air Koryo e os portais de mídia controlados pelo regime.

Especialistas tentam encontrar a causa

A queda generalizada foi identificada por especialistas que monitoram a atividade cibernética da Coreia do Norte. Segundo Junade Ali, pesquisador com sede no Reino Unido e que acompanha de perto a internet norte-coreana, até os serviços de e-mail ficaram indisponíveis. Ele explicou que, durante o pico da falha, toda a estrutura de rede do país praticamente desapareceu das ferramentas que analisam a atividade global na internet.

Apesar de o histórico do país incluir episódios anteriores de quedas atribuídas a possíveis ataques cibernéticos externos, os especialistas ouvidos neste caso acreditam que a origem do problema tenha sido interna. “É difícil afirmar com certeza se foi algo proposital ou acidental, mas os sinais apontam para uma falha interna e não um ataque”, afirmou Ali. Martyn Williams, outro especialista em tecnologia norte-coreana e pesquisador do Stimson Center, também compartilha da mesma opinião, reforçando a tese de que não há, até o momento, evidências de uma ofensiva cibernética externa.

As autoridades sul-coreanas não se pronunciaram

As autoridades sul-coreanas, que normalmente acompanham atentamente os incidentes relacionados à segurança digital da Coreia do Norte, não se pronunciaram até agora. A divisão de resposta ao terrorismo cibernético da polícia sul-coreana não pôde ser contatada.


Imagem ilustrativa de um especialista cibernético (Foto: reprodução/x/@Marii_8)

Vale lembrar que a Coreia do Norte opera uma das redes de internet mais restritivas do mundo. O acesso para a maioria da população é limitado a uma intranet estatal, isolada do restante da internet global. Apenas uma pequena elite, formada por membros do governo e pessoas de confiança do regime, tem acesso controlado à rede mundial. Os sites do país, que geralmente têm como público-alvo estrangeiros, são usados para divulgar a propaganda oficial do regime de Kim Jong-un.

Embora as causas exatas da pane ainda estejam sendo investigadas, o episódio destaca mais uma vez a fragilidade da infraestrutura digital do regime norte-coreano, mesmo com todo o controle rígido que exerce sobre a comunicação e a informação.

Kim Jong-un ordena intensificação militar e acena para aproximação estratégica com a Rússia

Em uma demonstração de força, o líder norte-coreano Kim Jong-un comandou, além disso, uma série de exercícios militares envolvendo a 1ª Divisão Aérea do país. As manobras, por sua vez, incluíram simulações de combate aéreo e ataques coordenados com mísseis. As imagens, amplamente divulgadas pela mídia estatal, portanto, mostram caças em ação e o lançamento de armamentos semelhantes a mísseis ar-ar de longo alcance.

Além de reforçar a preparação militar, o exercício teve forte apelo simbólico. Kim conclamou os militares a “estarem prontos para qualquer eventualidade”. Em um discurso que reafirma a doutrina de autodefesa do regime e alimenta o discurso de resistência a pressões externas.


Líder norte-coreano Kim Jong-un 09/05/2025 KCNA (Foto: reprodução/Reuters/CNN Brasil)

Alinhamento diplomático em Moscou

Ao mesmo tempo, o governo norte-coreano vem estreitando laços com a Rússia. Em um movimento diplomático incomum, Kim visitou pessoalmente a embaixada russa em Pyongyang. Gesto interpretado como uma tentativa de reforçar alianças estratégicas diante do isolamento internacional. A visita ocorreu em meio a um cenário de sanções intensificadas por parte dos Estados Unidos, que voltaram a listar a Coreia do Norte como país que não coopera com esforços antiterrorismo.

Retórica belicista e pressões internacionais

A recente escalada militar ocorre em paralelo ao endurecimento da retórica de Kim Jong-un, que acusa Washington de “hostilidade persistente” e afirma que seu país não aceitará “interferências externas” em seus assuntos. O regime norte-coreano sustenta que os exercícios têm caráter defensivo. No entanto, governos do Japão, Coreia do Sul e EUA vêm monitorando de perto as movimentações, apontando riscos de instabilidade na região.

Com as eleições americanas se aproximando e tensões globais em alta, os próximos meses serão decisivos para entender se o novo ciclo de manobras representa apenas um gesto político ou o prenúncio de uma mudança mais radical na postura do regime norte-coreano.

EUA não aumentará tarifas sobre Cuba, Coreia do Norte e Rússia

Em contrapartida, à guerra comercial que vem ocorrendo ao redor do globo, em especial após as taxas altíssimas impostas pelos Estados Unidos desde o início do segundo mandato de Donald Trump, foi anunciada uma “taxa recíproca” pela Casa Branca, e países como Belarus, Cuba, Coreia do Norte e Rússia estão fora das altas tarifas imposta pelos EUA.

Tarifas dos EUA

Foi imposto pelo país uma tarifa de 10% sobre a maioria dos produtos importados, podendo variar entre países. A China, por exemplo, apesar de ser o país que mais fornece produtos para o país, recebeu uma taxação de 54% sobre todos os produtos exportados.

Segundo o presidente estadunidense, a decisão ocorreu para que os Estados Unidos não permaneçam com uma “política de rendição econômica unilateral” mediante a guerra econômica que vem ocorrendo.

A Casa Branca inclusive compartilhou uma série de elogios feitos sobre as tarifas, onde é dito que os trabalhadores estadunidenses se irão se beneficiar após passarem anos de abuso com seus parceiros comerciais, como a China.

Trump explanou que será aplicada uma tarifa básica de 10% sobre todas as importações para os EUA, mas que outros países receberiam taxas mais altas. Nesta lista de “tarifas recíprocas”, alguns países não aparecem, como Cuba, Coreia do Norte e Rússia.

Em resposta às altas tarifas dos EUA, diversos países estão reavaliando sua relação com o país, como a união que China, Coreia do Sul e Japão estão formando, a “PL da reciprocidade” que está sendo analisada no Brasil, e o Canadá, que irá tarifar em 25% os produtos estadunidenses


Canadá impõe nova tarifa sobre os Estados Unidos (Vídeo: reprodução/X/@hassinhadi)

Porque da não taxação

Scott Bessent, secretário do Tesouro dos EUA, informou à Fox News que a taxação não foi aplicada para países como Belarus e Rússia, pois não havia uma comercialização direta com os países, e que estes são sob sanções.

Contudo, durante a avaliação anual de ameaças, as agências de inteligência dos EUA disseram que as principais ameaças potenciais de Estados-nação para o país são a China, Coreia do Norte, Irã e Rússia. Inclusive, o presidente Trump já ameaçou tomar novas medidas comerciais sobre Moscou.

Bombas atingem cidade na Coreia do Sul por engano durante exercícios militares

Nesta quinta-feira (6), um caça das forças sul-coreanas lançou acidentalmente sobre uma área civil durante exercício de treinamento, o que deixou 15 feridos. Segundo informações divulgadas pela Força Aérea e a agência de bombeiros, o incidente também danificou casas e uma igreja. O bombardeio atingiu a cidade fica de Pocheon, que fica próxima à fronteira com a Coreia do Norte. Os exercícios eram realizados em conjunto com militares dos Estados Unidos.

Como aconteceu o incidente

A Força Aérea da Coreia do Sul admitiu o erro e confirmou que oito bombas de uso geral Mk-82 de 225 kg foram lançadas anormalmente por um jato KF-16 da Força Aérea, lançadas por um jato KF-16, e caíram fora da área determinada para o lançamento.

Conforme informado pelo órgão, o piloto da aeronave estava com as coordenadas incorretas ao lançar as bombas, que explodiram no momento do impacto.

Em comunicado, a Força Aérea lamentou o ocorrido: “Lamentamos o dano causado pelo acidente de queda anormal e desejamos uma recuperação rápida aos feridos”.

A nota destaca a formação de um comitê de resposta para investigar o acidente e menciona que a Força Aérea tomará as medidas necessárias, incluindo a indenização por danos.


Área residencial atingida pelo bombardeio (Foto: reprodução/YONHA/AFP)

Suspensão do treinamento

Após o incidente, as autoridades sul-coreanas informaram a suspensão dos exercícios até que as causas do erro sejam totalmente esclarecidas, mas asseguraram que o episódio não afetará os grandes exercícios militares conjuntos entre Coreia do Sul e Estados Unidos, programados para ocorrer entre os dias 10 e 20 de março.

Moradores da região protestam há anos contra a perturbação causada pelos exercícios militares e o risco potencial dos campos de treinamento próximos. As autoridades evacuaram os moradores da cidade por volta do meio-dia, horário local, enquanto realizavam a verificação de possíveis bombas não detonadas.

O prefeito de Pocheon, Baek Young-hyeun, se manifestou e pediu ao governo e às forças armadas que adotem medidas para prevenir novos danos à população civil.

Coreia do Norte realiza novo teste balístico em direção ao mar do Japão

A Coreia do Norte realizou, nesta terça-feira (14) de fevereiro de 2025, um novo teste de míssil balístico em direção ao Mar do Japão. O lançamento ocorreu pela manhã horário local, a partir de uma área próxima ao mar do Japão. O lançamento acontece uma semana após o país testar um novo míssil balístico hipersônico de alcance intermediário.

O presidente interino sul-coreano promete responder

O presidente sul-coreano, Choi Sang-mok, afirmou que o país vai responder às provocações da Coreia do Norte e que os lançamentos de mísseis violam as resoluções do Conselho de Segurança da ONU. Até então, a Coreia do Norte ainda não respondeu.

O lançamento dos mísseis acontece a poucos dias da posse de Donald Trump à casa branca para sua posse como Presidente dos Estados Unidos, durante o antigo governo, de Joe Biden, os Estados Unidos e Coreia do Sul estreitaram as relações e os dois países fizeram vários exercícios militares juntos, o que deixou a Coreia do Norte irritada.


Míssil sendo lançado (Foto: reprodução/ SBT News)

Os militares sul-coreanos estão prontos para um contra-ataque

Segundo o site SBT News, mediante a provocação que ameaça a paz e a estabilidade da região, os militares sul-coreanos reforçam a vigilância na fronteira e compartilham as informações com os Estados Unidos, e dizem: “Nossos militares estão monitorando de perto os vários movimentos da Coreia do Norte sob uma sólida postura de defesa conjunta com os Estados Unidos para evitar que a Coreia do Norte calcule mal [os lançamentos], ao mesmo tempo, em que mantém a capacidade e a postura de responder de forma esmagadora a qualquer provocação”.


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A Coreia do Norte divulgou imagens do lançamento de um míssil hipersônico. O ditador do país disse que o objetivo é conter rivais. 📸 Jornal da Band 📲 Mais informações no site band.com.br #BandJornalismo

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Reportagem sobre lançamentos de mísseis (Vídeo: reprodução/Tiktok/ @bandjornalismo)

Este é o primeiro teste de míssil balístico intercontinental realizado pela Coreia do Norte em 2025 desde que Donald Trump foi eleito, sendo o último lançamento ocorrido em dezembro de 2023. Especialistas disseram que o disparo pode ter sido uma mensagem antes da posse do magnata republicano na próxima semana.

Vale lembrar que as duas Coreias permanecem tecnicamente em guerra desde o conflito na década de 1950, que terminou com um armistício em vez de um tratado de paz.

Rússia está próxima de aceitar programa nuclear norte-coreano, dizem EUA

Durante a reunião do Conselho de Segurança da ONU realizada na última quarta-feira (18), os Estados Unidos alertaram que a Rússia está próxima de aceitar o programa nuclear da Coreia do Norte. Segundo os norte-americanos, essa aproximação ocorre devido a acordos de cooperação militar e defesa mútua firmados entre os dois países em novembro deste ano.

“De forma alarmante, avaliamos que a Rússia pode estar próxima de aceitar o programa de armas nucleares da Coreia do Norte, revertendo décadas de compromisso de Moscou com a desnuclearização da Península Coreana”, afirmou Linda Thomas-Greenfield, embaixadora dos EUA na ONU.

O posicionamento dos EUA foi motivado, além dos acordos entre Rússia e Coreia do Norte, por declarações recentes do ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov. Ele afirmou que a questão da desnuclearização da Península Coreana já estava resolvida, acrescentando que o regime norte-coreano tem o direito de manter suas armas nucleares como forma de defesa.

Rússia defende cooperação com Pyongyang

Na mesma reunião, o embaixador russo na ONU, Vassily Nebenzia, defendeu a parceria crescente entre Rússia e Coreia do Norte, argumentando que ela respeita o direito internacional. “A cooperação russa com a RPDC está em conformidade com as normas internacionais, sem violá-las”, afirmou, referindo-se à Coreia do Norte por sua sigla oficial.

Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022, os laços entre Moscou e Pyongyang têm se estreitado. Recentemente, soldados norte-coreanos foram enviados para reforçar as forças russas na região de Kursk, em combate contra tropas ucranianas. As relações bilaterais também têm sido marcadas por visitas frequentes entre os líderes Kim Jong-un e Vladimir Putin.

Enquanto isso, a Coreia do Norte permanece sob sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU desde 2006, reforçadas anualmente com o objetivo de frear a produção de armas nucleares no país.


Kim Jong-un e Vladimir Putin tem estreitado as relações diplomáticas entre Coreia do Norte e Russia (Foto: reprodução/Vladimir Smirnov/Sputnik)


Críticas do Reino Unido e da Coreia do Sul

O posicionamento russo gerou reações críticas de países como Reino Unido e Coreia do Sul durante a reunião. Ambos alertaram que a aceitação do programa nuclear norte-coreano pela Rússia enfraquece o regime global de não proliferação nuclear. O representante adjunto do Reino Unido na ONU classificou o comentário de Lavrov como um desvio perigoso do compromisso com o desarmamento nuclear total e irreversível.

A Coreia do Sul, enfrentando uma crise política interna após a tentativa de revogar a lei marcial, também expressou preocupação com a aliança entre Rússia e Coreia do Norte. O país asiático chegou a pedir aos Estados Unidos permissão para desenvolver seu próprio arsenal nuclear, buscando maior autonomia em relação ao guarda-chuva nuclear norte-americano. Embora tenha negado o pedido, Washington prometeu reforçar as garantias de defesa ao seu aliado.

Matéria por Matheus Furtado (In Magazine)

Alianças entre rivais dos EUA estão na pauta de Biden e Trump

Nesta quarta-feira (11), a Casa Branca informou que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou um memorando confidencial de segurança naciona,l detalhando o caráter ascendente da cooperação entre os principais rivais do país, como Rússia, Coreia do Norte, Irã e China. O documento, concluído antes da vitória de Donald Trump à presidência, foi elaborado como um guia estratégico para auxiliar a próxima administração no enfrentamento desses desafios internacionais.

Desenvolvido entre julho e setembro, por funcionários da administração Biden, o memorando serve como um guia de auxílio governamental para a estruturação de uma abordagem a respeito dos estreitamentos de relações entre os principais adversários dos Estados Unidos.

Recomendações principais do documento

O documento traz em sua estrutura quatro principais recomendações, segundo a agência de notícias, Associated Press: o aprimoramento da cooperação entre agências governamentais dos EUA, a aceleração do compartilhamento de informações com aliados sobre os adversários, a calibragem do uso de sanções econômicas e o fortalecimento em preparação para crises simultâneas.

Autoridades também ressaltaram, segundo a Associated Press, que o texto manterá a confidencialidade, não sendo divulgado publicamente devido à sensibilidade de suas conclusões.

Monitoramento da aliança

O estreitamento das relações entre os quatro países vem sendo monitorado há anos, intensificando-se após a invasão da Ucrânia pela Rússia, em 2022. Nesse contexto, a Rússia buscou apoio militar do Irã, recebendo drones e mísseis; e da Coreia do Norte, que forneceu armamento bélico e tropas, além de auxiliar a repressão das forças ucranianas na região de Kursk, ocupada pela contraofensiva ucraniana.


Ataque russo em território ucraniano (Foto: reprodução/NurPhoto/Getty Images Embed)


Em troca, a Rússia tem contribuído com tecnologia militar e aeronaves para o Irã, enquanto fortalece suas trocas técnico-militares com a China e abastece financeiramente a expansão bélica da Coreia do Norte, considerada com um “estado nuclear”.

Além disso, Rússia e China têm feito um trabalho de patrulha conjunta em regiões estratégicas, como o Ártico. Essas alianças representam desafios significativos para a política externa e a segurança dos EUA, exigindo do governo uma abordagem coordenada e eficaz.

Junção Biden x Trump

Apesar das diferenças políticas, as administrações Biden e Trump estão alinhadas na transição de informações sobre segurança nacional. Segundo fontes do governo, o objetivo do documento é fortalecer as capacidades estratégicas do próximo governo, sem impor diretrizes específicas, mas oferecendo uma base sólida para decisões futuras.

Os funcionários ouvidos pela Associated Press afirmaram que o memorando aprovado por Biden “não está tentando prender (a administração Trump) ou incliná-los para uma opção de política ou outra”.


Biden durante evento na Casa Branca (Foto: reprodução/Samuel Corum/Getty Images Embed)


A crescente cooperação entre os principais adversários dos EUA reflete uma nova dinâmica no cenário global, exigindo ações estratégicas para mitigar os riscos dessas alianças.