Uso de VPNs na China se mantém alto

O uso de redes privadas virtuais (VPNs) é muito disseminado na China, apesar de dificuldades e riscos. Essas ferramentas permitem que os usuários acessem sites bloqueados pelo governo, como redes sociais e serviços de empresas americanas. Contudo, a prática, embora tolerada até certo ponto pelas autoridades, tem se tornado mais arriscada. Um exemplo recente disso é o caso de Gong, um internauta chinês punido em julho de 2024 por utilizar VPN para acessar conteúdos estrangeiros.

Embora essas redes não sejam totalmente proibidas no país asiático, a regulamentação a respeito ainda é discutida. Grandes empresas estatais de telecomunicações podem utilizá-las, mas o governo impõe restrições a VPNs locais não autorizadas . Estima-se que cerca de 30 milhões de chineses façam uso dessas redes, principalmente para acessar serviços de streaming e plataformas de jogos, como a Netflix, que não está disponível no país.


O uso de VPN ainda é alto na China (Foto: Reprodução/GettyImages/Carlos Duarte)


Riscos crescentes para usuários

Apesar de serem bastante utilizadas, as VPNs pode levar a consequências sérias. O caso de Gong, ocorrido na província de Fujian, trouxe à tona os riscos enfrentados pelos usuários. Ele foi detido por acessar redes sociais e sites estrangeiros, o que é visto como uma violação das regras do “muro digital” da China. Embora as punições aplicadas ao usuário específico não tenham sido detalhadas, relatos indicam que multas significativas, como a aplicada a empresários que oferecem VPNs ilegais, não são incomuns.

Esse caso não é isolado. Durante os protestos contra a política de Covid Zero no final de 2022, vários chineses também foram advertidos por utilizar essas redes, mas sem penalidades severas. No entanto, o temor entre os internautas se intensifica à medida que o governo mostra maior vigilância em relação ao uso dessas tecnologias, criando um ambiente de incerteza.

Instabilidade e controle estatal sobre as VPNs

Outro fator que contribui para o aumento dos riscos é a instabilidade do serviço de VPN no país. Recentemente, plataformas como Astrill e ExpressVPN, amplamente utilizadas pelos chineses, passaram por lentidão e interrupções frequentes. A organização GreatFire, que monitora a internet chinesa com apoio de entidades internacionais, relatou quedas na velocidade de conexão nos últimos dois meses, o que afeta diretamente os usuários.

Apesar disso, os chineses continuam a buscar maneiras de contornar o controle estatal sobre a internet. A facilidade de ativar e desativar a VPN permite que a prática ainda seja comum, especialmente entre aqueles que querem acessar informações externas ou consumir conteúdos de empresas como Meta e Alphabet.

Silvio Almeida se pronuncia após pedido de demissão

Silvio Almeida, agora ex-ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, fez uma declaração dizendo que pediu demissão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Isso ocorreu após a divulgação da existência de denúncias de assédio sexual contra ele. Em sua declaração, Almeida afirmou que seu objetivo é garantir “total liberdade e isenção” nas investigações.

A existência das denúncias, que foram divulgadas na última quinta-feira pelo portal “Metrópoles” e confirmadas pela ONG Me Too, conhecida por seu combate à violência sexual, foi amplamente repercutida.

Episódios teriam ocorrido em 2023

Ainda segundo o portal, os episódios teriam ocorrido no ano passado, e uma das vítimas foi a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Almeida também se pronunciou, negando as acusações.

Em uma nota emitida após o pedido de demissão, ele ressaltou que a apuração dos fatos deve ser realizada com o rigor necessário, de modo a acolher e respaldar todas as vítimas de violência. No entanto, ele reafirmou durante a nota a sua inocência no caso.


Ex-ministro Silvio Almeida faz declaração sobre o caso (Reprodução/YouTube/uol)

Durante a nota emitida, ele enfatizou a importância de combater a violência sexual, utilizando estratégias que garantam a proteção das vítimas. Ele concluiu afirmando que incentivará indistintamente a realização das investigações e que é o maior interessado em provar sua inocência. Ele finalizou a nota dizendo: “Que os fatos sejam postos para que eu possa me defender dentro do processo legal.”

Anielle Franco divulgou nota sobre o caso

A ministra Anielle Franco também divulgou nota após a demissão de Silvio Almeida, na qual lamentou as tentativas de culpar as vítimas no caso das denúncias de assédio sexual.

“Não é aceitável relativizar ou diminuir episódios de violência. Reconhecer a gravidade dessa prática e agir imediatamente é o procedimento correto, por isso ressalto a ação contundente do presidente Lula e agradeço a todas as manifestações de apoio e solidariedade que recebi”

Ministra da igualdade racial, Anielle Franco

Durante sua nota, ela destacou a importância de não desqualificar as vítimas, assim como também reforçou o compromisso com a defesa das mulheres e das pessoas negras no poder.

Homem que praticou racismo contra Jojo Todynho é preso em flagrante

Nesta terça-feira (3), um homem de 31 anos foi preso em flagrante por acusações de injúria racial, racismo e incitação ao crime, em Suzano, São Paulo. Ele fez uso de uma página no Facebook falsa para distribuir ofensas a pessoas negras, incluindo a influenciadora Jojo Todynho. As informações foram confirmadas pela Polícia Civil do Estado de São Paulo, com base no UOL.

O homem usava um pseudônimo feminino para se esconder no Facebook. O acusado chamava Jojo de “macaca” e “negra porca imunda”, entre outras coisas. Além de Jojo, o criminoso também usava a rede social para atacar Silmara Marcelino, Delegada de Polícia de Suzano e Mogi das Cruzes, região metropolitana de São Paulo.

A investigação descobriu provas no celular do acusado e decidiu que a prisão em flagrante era um tipo de crime permanente, pois as postagens feitas estão sempre disponíveis para todos os usuários da Internet. Os policiais civis encontraram o homem em sua casa. Eles também confiscaram dois celulares e um cartão de memória do indiciado.

“O Setor de Investigações Gerais (SIG) da Delegacia Seccional de Mogi das Cruzes, prendeu em flagrante um homem, de 31 anos, pelos crimes de injúria racial, praticar racismo, incitação ao crime e falsa identidade no início da manhã desta terça-feira (3), no bairro Jardim Nova América, na cidade de Suzano.”

Nota da Polícia Civil

Jojo Todynho pode ser presa

Gabriela Nascimento, estudante de direito, decidiu discutir a acusação que fez contra Jojo Todynho, afirmando que ela foi agredida pela cantora. A jovem diz que, após um conflito que começou na sala de aula, a artista supostamente colocou o dedo em seu rosto e ainda deu um tapa.

No último sábado (31), Gabriela falou mais sobre esse assunto no programa Rio Bom D+ da Record. Após receber a denúncia, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) ofereceu um acordo de transação penal à apresentadora, o assunto voltou a ser discutido.

A defesa de Jojo Todynho disse que não estava ciente do acordo e que não havia recebido nenhuma notificação judicial depois que a notícia surgiu nas redes sociais. Em sua interpretação do conflito, Gabriela Nascimento afirma que o conflito começou após uma mensagem no WhatsApp.


Jojo Todynho (Foto: reprodução/Instagram/@jojotodynho)

“Um aluno perguntou se ela tinha ido à aula e eu respondi que não. Depois, eu percebi que ela estava e falei que sim. Quando terminou a aula, ela veio até mim e perguntou por que eu queria saber se ela estava indo ou deixando de ir para a aula”, declarou Gabriela. A aluna enfatizou que, embora tenha explicado sua mensagem para a colega de sala, começou a ouvir gritos e ofensas. Gabriela diz que ainda falava um pouco mais alto e revidava na sala de aula. Ela destaca com surpresa que ela continuou sentada enquanto a briga continuava do lado de fora.

“Eu fiquei muito coagida porque estava cheio, todo mundo me olhando, ela vindo para cima de mim com o dedo na minha cara e gritando. Eu fiquei nervosa e comecei a falar alto também. Foi quando ela colocou o dedo no meu rosto, eu falei para ela tirar várias vezes. Quando eu afastei, ela veio e deu o tapa.”

A estudante ainda contou que não houve nenhum suporte por parte da Universidade, recomendaram que Gabriela saísse da matéria em que ocorreu o conflito, o que a prejudicaria, então a aluna optou por sair da faculdade.

Joj Todynho x Cariúcha

Jojo disse aos seguidores que lançaria seu próprio curso de emagrecimento, para quem não sabia. Ela afirma que um nutricionista e um preparador físico monitoram o projeto.

Cariúcha, então, debochou da novidade no programa Fofocalizando do SBT, alegando que Jojo não teria autonomia para ministrar o curso. “Para o mundo que eu quero descer! Uma blogueira que vende curso e que não é nutricionista (Maíra Cardi). A outra faz bariátrica e vende curso de emagrecimento? Gente, que loucura é essa?“, indagou Cariúcha.

Jojo então usou o Instagram para rebater o comentário da ex-A Fazenda 15, “Me deparo com essa senhora, minha fã, que o tempo todo me cutuca. Deixa eu esclarecer uma coisa aqui para vocês: existe uma coisa em ser dona e dar o curso. Eu não tenho autonomia para dar curso nenhum, mas eu tenho total autonomia para criar uma equipe multidisciplinar fod*“, a influenciadora conta que fez um curso chamado Cria Globo, e deixa o questionamento a Cariúcha perguntando qual autonomia ela teria para se intitular jornalista.

Ministério Público Federal nega acordo com Gkay e denúncia é mantida

Gessica Kayane foi acusada pelo Ministério Público Federal (MPF), instituição que zela pelos direitos à dignidade, liberdade e vida e pela fiscalização das leis, de cometer crime racial. Gkay espalhou vários textos carregados de preconceito e hostilidade em sua conta oficial, aproximadamente dez anos atrás.


Gkay (Foto: reprodução/Instagram/@gessica)

De acordo com Fábia Oliveira, colunista do Metrópoles, Gkay enfrenta uma denúncia por discriminação racial relacionada a um tuíte. A postagem, feita no X, plataforma anteriormente conhecida como Twitter, data de agosto de 2011.

“Mais uma mordomia para esses brasileiros que tanto gostam da vida boa e preguiçosa, essa tal sistema de cotas. Uma palhaçada, isso sim!”

Gkay

Posicionamento de Gkay

Segundo a jornalista, Gkay foi ouvida pela polícia e admitiu ser responsável pela publicação. Gessica relatou que a mensagem foi escrita aproximadamente 13 anos atrás e reconheceu que era de mau gosto. Contudo, enfatizou que na época era muito jovem e não possuía instrução adequada. A blogueira também comentou que o humor naquela época era caracterizado pela agressividade.

Em julho deste ano, a juíza aceitou a denúncia do MPF referente ao post considerado racista e preconceituoso. A web celebridade em questão já tinha atingido a maioridade penal, estando com 18 anos conforme indicado na denúncia. Devido à gravidade do caso, o órgão recusou qualquer acordo e a decisão não foi contestada pelas autoridades.

Outras postagens polêmicas

Em outra postagem, Gkay comenta: “Não quero nem ser maldosa, mas daí vem a bonitinha gorda e quadrada, usando um vestido colado e de listras, enfraquecendo meus votos de bondade”. Além des, mais postagens foram feitas.

“Gente que me trata como se eu fosse uma paciente. Cadê os campos de concentração nazistas, quando eu mais preciso deles?”

Publicação de Gkay em novembro do mesmo ano

Gkay é conhecida por ser dona da Farofa que acontece todo ano em seu aniversário e conta com mais de 19 milhões de seguidores em seu Instagram.

Luciana Gimenez registra boletim de ocorrência devido a golpe na internet

No dia 25 de agosto deste ano, a empresária, apresentadora e modelo brasileira, Luciana Gimenez, de 54 anos, registrou um boletim de ocorrência alegando ter sido vítima de uma ação criminosa de caráter virtual. A modelo demonstrou surpresa e indignação ao ter conhecimento de que sua voz estava sendo utilizada por uma página na rede social Instagram, com o intuito de fazer propagandas e promoções de uma grife de luxo estrangeira.


A apresentadora registrou um boletim de ocorrência alegando ser vítima de um crime virtual (Foto: reprodução/Instagram/@lucianagimenez)

Um crime virtual

Conforme relatado por Gimenez, o vídeo que tem circulado pela internet foi publicado pelo perfil “Outlet Brazil”, no Instagram, o qual realiza a venda de produtos, sem, contudo, garantia de ser realmente uma conta comercial confiável e segura, como também, realiza a divulgação de imagens da apresentadora, sem os devidos direitos de uso de imagem e voz assegurados.

A empresária ainda se mostrou completamente inconformada com a apropriação indevida de sua voz, que segundo ela, foi gerada por meio do uso de inteligência artificial, para a divulgação de supostas promoções de diversos produtos da grife estrangeira Prada. No conteúdo compartilhado pela página, Gimenez é a artista responsável por realizar a publicidade da marca, entretanto, ela afirma que jamais estabeleceu qualquer tipo de contrato com a conta “Outlet Brazil”, como também nunca gravou nenhum tipo de conteúdo comercial para o este perfil.

Caso de polícia

Mediante os acontecimentos de cunho criminoso, Luciana Gimenez teve de tomar providências a respeito do assunto e registrou um boletim de ocorrência sobre o caso envolvendo estelionato, acerca de sua imagem pública.

A modelo revelou que já mobilizou sua equipe de assistência jurídica, a qual está tomando todas a medidas necessárias para solucionar a questão o mais rápido possível. Ela ainda afirmou que seus advogados de defesa estão trabalhando para que a empresa responsável pela rede social Instagram, a Meta, possa remover os conteúdos falsos de sua plataforma.

Diante disso, Gimenez se manifestou publicamente ao dizer que os responsáveis por tais publicações são criminosos, mas que ela já tomou ciência do acontecimento, e que por isso, seus advogados já estão tomando as providências legais para resolver o caso, como também espera que a Meta retire tais conteúdos de circulação.

A apresentadora ainda acrescentou que a tecnologia é uma ótima ferramenta, se utilizada corretamente. Contudo, alguns indivíduos inescrupulosos têm se aproveitado do uso indevido da inteligência artificial para realizar ações criminosas, as quais prejudicam muitas pessoas, como ela, por exemplo, em que nesta situação, foi utilizada sua voz e imagem, geradas por IA, para promover uma marca de luxo, porém, tudo não passa de apenas um golpe.

Nego Di: da fama ao crime — revelando o esquema de estelionato virtual e sua prisão

Fernando Sodré, Chefe da Polícia do Rio Grande do Sul, afirmou em entrevista que Nego Di e seu parceiro Anderson Boneti planejaram lesar mais de 300 vítimas em um crime de estelionato virtual. O influenciador Dilson Alves da Silva Neto, mais conhecido como Nego Di, foi preso no domingo (14) durante uma ação policial em Santa Catarina.

Esquema de vendas e não entregas: O modus operandi de Nego Di

Investigações apontam que Nego Di vendia eletrônicos como TVs, ar-condicionados e celulares a preços abaixo do mercado, mas não os entregava aos compradores. Nas redes sociais, inicialmente afirmava apenas divulgar produtos de Anderson Boneti, mas depois se declarava dono e prometia garantir as entregas.


Foram apreendidos celulares, computador, arma e outros equipamentos essenciais para dimensionar a extensão do crime investigado. (Foto: reprodução/CNN)

Uma das vítimas relatou à CNN um prejuízo de R$ 30 mil ao comprar dois celulares e alguns ar-condicionados, expondo o modus operandi de Nego Di. Ele efetuou algumas entregas para conferir credibilidade ao esquema e anunciou a abertura de uma loja virtual, usando prazos de entrega de até 50 dias para atrair mais clientes. Após denúncias, investigações mostraram que Nego Di recebeu mais de R$ 300 mil em um curto período, confirmando sua prática criminosa de estelionato.

A polícia estima que o prejuízo financeiro causado às vítimas ultrapassa a marca dos R$ 5 milhões.

A ascensão e queda de Nego Di: Do BBB à prisão por estelionato virtual

Nego Di é o nome artístico de Dilson Alves da Silva Neto, um comediante e ex-participante do Big Brother Brasil (BBB). Ele ganhou notoriedade por sua participação polêmica no reality show em 2021, onde foi um dos participantes mais comentados pela sua postura e declarações na casa. Fora do BBB, Nego Di é conhecido por seu trabalho como humorista, principalmente nas redes sociais, onde tem uma base de seguidores significativa. No entanto, em 14 de julho de 2024, foi preso por crime de estelionato virtual.

Médica toma conhecimento de crime em que estava sendo vítima enquanto trabalhava

Em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Goiânia, a médica Eny Aires estava em expediente com um paciente em estado grave, no momento em que tomou ciência que seu nome e seu registro profissional estavam sofrendo uso indevido e ilegal pela empresária Grazielly Barbosa, que se encontra presa neste momento.

Grazielly teve uma vitima do suposto golpe, a influenciadora Aline Maria Ferreira, que morreu aos 33 anos, em meio a um procedimento estético com ela.


Vídeo explicativo sobre o ocorrido (Vídeo: reprodução/Youtube/Jornal da Record)

O crime de Grazielly

A empresária e dona da clínica “Ame-se”, se apresentava como biomédica, fez o curso de medicina no Paraguai por apenas três meses, como dito em depoimento para a polícia. Conforme apurado pela polícia, Grazielly não apresentou nenhum comprovante de conclusão deste curso, comprovando que nem sequer tinha a capacitação para atuar na área, quanto mais para realizar um procedimento estético, como foi feito.

A clínica de Grazielly foi fechada e interditada pela vigilância sanitária, por falta de um alvará de funcionamento e de um responsável técnico. Aline Ferreira, a vítima do procedimento, faleceu quase uma semana depois de uma operação estética para aumento do bumbum.

Visão de Eny Aires

A verdadeira médica, Eny Aires, revelou ao portal g1, que demorou a tomar conhecimento do que estava realmente acontecendo, por não acompanhar o mundo das notícias. Quando tomou conhecimento, Eny fez um boletim de ocorrência contra a empresária, que alterou o nome e registro profissional para dificultar a descoberta do crime de fraude, além de prescrever remédios de forma errada.

“Os remédios estavam prescritos de forma errada. Primeiro que não se escreve com caneta vermelha. Tudo [estava] horrível, toda a prescrição dela estava errada. Era para matar mesmo, porque não tem nenhum princípio da medicina”

Eny Aires, sobre as receitass erradas.

Eny descobriu o crime em seu ambiente de trabalho, enquanto cuidava de um paciente em estado grave, na sala vermelha de uma UPA, em Goiânia.

Lula faz duras críticas ao PL do aborto

Nesta sexta-feira (21), o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o PL 1904, o qual equipara o aborto depois da 22ª semana ao crime de homicídio, é uma “insanidade” e uma ideia de quem não tem “juízo perfeito”.

“Essa loucura do aborto é uma insanidade tão grande, é uma coisa impensável para uma pessoa de juízo perfeito. Temos que enfrentar esse debate, temos que ter coragem de debater e divergir.”

Presidente Lula

O projeto sobre o aborto é uma iniciativa da ala mais conservadora do Congresso, liderada por Arthur Lira (PP-AL). O PL teve a urgência aprovada pela Câmara. A votação de urgência e o conteúdo do projeto provocaram repúdio da maioria da população. Cerca de 66% dos brasileiros são contra o texto, de acordo com o Instituto Datafolha.

Lira recua

Diante desse cenário de insatisfação, Lira disse que o texto vai ser analisado por uma comissão no segundo semestre.


Posicionamento da Rede Médica quanto ao PL 1904 (Reprodução/Instagram/@frenteasp)


Atualmente, o aborto não é considerado crime se o feto for anencéfalo, se a gravidez for fruto de estupro ou se a gravidez impuser risco de morte para a gestante. Fora disso, a mulher tem que responder por crime.

Principais alterações

O novo texto altera o Código Penal e transforma em pena de homicídio simples, abortos com mais de 22 semanas, 6 a 20 anos de reclusão no lugar de 1 a 3 anos. A ressalva atual dos casos de estupro também não é contemplada pelo PL.

De acordo com o PL 1904, na hipótese de uma mulher adulta, vítima de estupro, interromper a gravidez após a 22ª semana de gestação, é provável que ela seja condenada a 20 anos de prisão e seu estuprador, a uma pena de 6 e 10 anos de reclusão.

STF avalia se Google deve informar quem pesquisou sobre Marielle na semana de sua morte

Uma nova medida pode ser tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que na ultima terça-feira (18) tornaram réus os acusados de serem os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL).

O deputado Chiquinho Brazão (sem partido), Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Rivaldo Barbosa, delegado da Policia Civil, o major Ronald Paulo Pereira e Robson Calixto Fonseca, policial militar são os acusados.

De acordo com a PGR, a morte da vereadora foi encomendada por ela apresentar obstáculos diante de interesses financeiros dos irmãos Brazão.

Outro processo será julgado a respeito do crime, uma ação que debate se o Google deve ou não fornecer a lista de usuários que fizeram pesquisas com combinações de palavras que tivessem relação a vereadora, em março de 2018, durante a semana em que ocorreu sua morte.


Foto: reprodução/Portal Governo Federal

Entenda o processo

Para os investigadores do caso, as informações sobre quem pode ter pesquisado sobre Marielle são essenciais para a nova fase da produção de provas, que teve iniciou com a abertura da ação penal contra os possíveis mandantes.

Possíveis novas evidências podem ajudar a investigação a comprovar o que Ronnie Lessa – executor confesso do crime – narrou durante seu depoimento de acordo de colaboração premiada.

Decisões

A primeira instancia e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) anteriormente haviam decidido que o Google deveria disponibilizar as informações, no entanto a empresa recorreu ao Supremo alegando que fornecer a lista seria violação à privacidade.

A empresa declara que a medida solicitada se for concluída, poderá abrir margem para que as pesquisas online se tornem meios de vigiar a população de forma indevida.

O Google ainda declara ao STF que atendeu a outras ordens judiciais a respeito do caso Marielle, mas que desta vez trata-se de “pedidos genéricos e não individualizados, contrariando a proteção constitucional à privacidade e aos dados pessoais”.

Anderson Gomes, motorista de Marielle Franco que a acompanhava no dia do crime também foi morto durante o atentado.

Ex-BBB Matteus é denunciado ao MP por falsidade ideológica

Matteus Amaral (27), ex-participante do BBB, ingressou no curso de Engenharia Agrícola por cota destinada a pessoas pretas. Nesta sexta-feira (14), o Instituto Federal Farroupilha (IFFar) confirmou a informação da inscrição que foi realizada em 2014 e consta no Edital n°046/2014.

O gaúcho pode ser preso por crime de falsidade ideológica, visto que a vaga na qual se inscreveu é destinada exclusivamente para pessoas pretas. A instituição de ensino também poderá ser investigada.

Segundo informações do colunista Gabriel Perline, a denúncia feita para o Ministério Público partiu do ativista Antônio Isuperio, funcionário de uma instituição internacional de Direitos Humanos.


Documento da IFFar que Matteus se autodeclarou preto (Foto: reprodução/IFFAr)


Se o ministério Público acatar a queixa, uma investigação contra Matteus será instaurada, e poderá resultar em denúncia junto à justiça, que seguirá com o caso.

A notícia se espalhou rapidamente nas redes sociais, o ex- BBB foi procurado nesta tarde por diversos veículos de comunicação, porém, preferiu se defender em seu perfil no Instagram, através dos histories.

Matteus afirma erro de terceiros em inscrição de Cota

O silêncio foi quebrado somente no final da tarde, em postagem via texto com poucas palavras, Matteus se defendeu em seu perfil pessoal, dizendo que não teve intenção de se beneficiar com vaga de cota.

“A inscrição foi realizada por um terceiro, que cometeu um erro ao selecionar a modalidade de cota racial sem meu consentimento ou conhecimento prévio” declarou Allegrete.

Matteus pediu desculpas pelo transtorno causado, se declarou defensor ativo da igualdade racial e social e agradeceu a oportunidade de se explicar.

Mãe de Matteus diz “isso aí não dá nada”

Pouco antes de se pronunciar, Matteus publicou um vídeo mostrando sua ovelhinha de estimação, no qual, ao fundo, é possível ouvir a mãe de Matteus, Luciane Amaral, comentando com alguém sobre o assunto que envolveu seu filho.

É possível ouvir ela dizer: “Mas aí eu já soube que isso aí não dá nada, se eu me declarei negra, eu sou negra”.

O vídeo ficou disponível por poucos minutos, foi apagado por Matteus, porém internautas resgataram a postagem e publicaram em outra rede social.                                                                   


Luciane Amaral ao fundo de Matteus comentando sobre o assunto (Vídeo: reprodução/X/@paivizuando/Instagram/@bahmatteus)

O curso de Engenharia Agrícola não foi concluído, o jovem precisou trancar no 5° período, para cuidar de sua avó que estava doente na época, ele compartilhou a informação dentro da casa do BBB com os colegas de confinamento.