Nova coleção de joias da Dolce & Gabbana celebra a arte romana

Nesta segunda-feira (14), a Dolce & Gabbana realizou um desfile no Foro Romano, em Roma, em homenagem à Roma Antiga e ao seu legado artístico. A nova coleção da grife italiana apresentou colares, brincos, pingentes e gargantilhas inspiradas em elementos clássicos, como colunas e esculturas da Antiguidade.

A coleção toma como ponto de partida o passado de Roma, apresentando a união entre história e arte, e cada joia representa uma narrativa construída a partir de uma referência romana. Ouro, pedras preciosas e outros elementos são combinados com técnicas tradicionais da arte italiana.


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Apresentação da nova coleção de joias de Dolce & Gabbana (Vídeo: reprodução/Instagram/@dolcegabbana)

Moda e história da arte

Algumas peças mostram cenas ligadas à cultura romana, como figuras de deuses, heróis, batalhas, rituais e símbolos religiosos. Há fragmentos visuais que remetem à arquitetura da época e figuras históricas, como a imagem do imperador Adriano, incluído como parte do design de um colar.

As peças usam técnicas antigas, como baixos-relevos esculpidos em pedra da Ístria, material comum nas construções do Mediterrâneo. As miniaturas mostram palavras escritas em latim e cenas de manuscritos, todas feitas manualmente.



Os artistas usaram pó de mármore para moldar as figuras e as encaixaram em bases de ouro, seguindo as proporções típicas da escultura romana. Os pingentes dessas joias lembram objetos usados em rituais e cerimônias religiosas da época. Os artistas combinam as cores das pedras para formar desenhos inspirados nos padrões dos pisos das vilas imperiais.



Cada elemento é colocado em função do conjunto, formando uma estrutura visual que segue um ritmo semelhante aos elementos históricos da época.

Resgate cultural marca a moda

A coleção Alta Gioielleria da Dolce&Gabbana mostra como a moda pode se conectar com a história da arte, transformando símbolos e técnicas antigas em joias que contam histórias. Ao resgatar a Roma Antiga, a marca une tradição e criatividade, provando que a moda é também uma forma de preservar e valorizar o patrimônio cultural.

Katy Perry desfila sozinha após aparição com Ex-marido

Logo após aproveitar uma bela tarde ensolarada em um passeio de barco por Capri, na Itália, Katy Perry apareceu em Paris já na manhã seguinte. A artista viajou à capital francesa para acompanhar o desfile mais recente da grife Balenciaga, que marcou a despedida de Demna como diretor criativo da maison.

Katy Perry desembarca em Paris com look marcante da Balenciaga

Para a ocasião, Katy escolheu uma peça impactante: um blazer estruturado da Balenciaga, usado como vestido. O modelo chamava atenção pela ousadia com ombros à mostra, decote profundo e uma silhueta que fugia do corte tradicional. A proposta unia elegância e irreverência, em sintonia com as tendências atuais da moda.


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Katy Perry chama atenção com casaco Balenciaga (Foto: reprodução/X/@KatyCatsWw)

O look foi complementado por um par de óculos escuros, elemento-chave da estética “office core”, que vem ganhando destaque no cenário fashion. Durante o evento, Katy também foi vista conversando e posando ao lado de nomes como Cardi B, Doja Cat e Kim Petras.

Aparição de Katy ganha destaque em meio a separação

A presença de Katy Perry no evento por si só já seria suficiente para chamar os holofotes. No entanto, desta vez, a atenção foi ainda mais intensa. A cantora acaba de confirmar o fim de seu relacionamento com o ator Orlando Bloom, com quem manteve uma relação marcada por idas e vindas ao longo de nove anos. A separação pegou muitos fãs de surpresa, especialmente pelo fato de ambos sempre aparentarem sintonia em aparições públicas.

Para aumentar ainda mais os rumores e especulações, fotos feitas por paparazzi nesta mesma terça-feira mostraram Bloom a bordo de um barco em Capri, o mesmo local onde Katy esteve horas antes de seguir para Paris. A coincidência aumentou o burburinho em torno do ex-casal, gerando comentários nas redes sociais e na imprensa internacional. Mesmo com o foco no desfile, a vida pessoal da cantora acabou se tornando parte da narrativa da semana de moda.

Brasileiras brilham na Alta-Costura em Paris

A temporada de Alta-Costura em Paris segue movimentando o mundo da moda e, nesta edição, diversas representantes brasileiras marcaram presença nos principais desfiles e eventos. Entre as personalidades que chamaram atenção estão Helena Bordon, Lívia Nunes, Gkay e Anttónia nomes já conhecidos por sua forte influência no universo fashion.

Brasileiras na moda

Helena Bordon, empresária e influenciadora, esteve na capital francesa acompanhando uma intensa agenda de desfiles. No dia 8 de julho, ela compareceu às apresentações das grifes Ashi Studio, Chanel e Giorgio Armani Privé, três nomes de peso no cenário da alta-costura. Já no dia seguinte, 9 de julho, Helena seguiu com sua programação de moda e assistiu aos desfiles de Elie Saab, Viktor & Rolf e Zuhair Murad, marcas conhecidas por seus detalhes luxuosos e estética sofisticada.



Lívia Nunes, que mantém uma estreita ligação com a maison Balenciaga, viajou exclusivamente para prestigiar o último desfile de Demna Gvasalia como diretor criativo da marca, também no dia 9. Reconhecida por ter sido a única brasileira a protagonizar a campanha mundial da icônica bolsa Le City Bag, lançada no fim de 2024, Lívia exibiu um visual refinado com styling assinado por Dan Sablon e beleza finalizada por Fabio Petri e Suy Abreu.



Gkay, conhecida por sua autenticidade e ousadia na moda, foi vista nos desfiles de Schiaparelli, Balenciaga, Tony Ward e Rahul Mishra, demonstrando sua versatilidade nos mais diversos estilos de alta-costura.



A influenciadora Anttónia, por sua vez, brilhou ao escolher um look marcante para prestigiar o desfile da estilista Iris van Herpen. Ela também marcou presença na apresentação de Georges Hobeika, reafirmando seu espaço como fashionista de destaque.

O protagonismo brasileiro

A temporada de Alta-Costura em Paris contou com a presença de influenciadoras brasileiras em eventos e desfiles de grandes grifes. Helena Bordon acompanhou marcas como Chanel e Elie Saab; Lívia Nunes marcou presença no desfile de despedida de Demna na Balenciaga; Gkay se destacou pela ousadia nos looks em grifes como Schiaparelli e Rahul Mishra; e Anttónia apostou em produções impactantes para prestigiar nomes como Iris van Herpen.

Com estilo e personalidade, essas representantes reforçam o protagonismo do Brasil no circuito internacional da moda.

Glenn Martens estreia na Maison Margiela com desfile impactante em Paris

Após o desfile de Robert Wun, Maison Margiela seguiu com o compromisso fashionista durante a Semana de Moda de Paris com um desfile que celebrou o artesanato no Le Centquatre. Apresentada nesta quarta-feira (09), o evento também marca a estreia do estilista belga Glenn Martens na direção criativa da grife, sucedendo a John Galliano.

Coincidentemente, Glenn estreou no mesmo espaço que o fundador, Martin Margiela, apresentou sua última coleção em 2008. O belga afirma que com a nova coleção, quer retomar a essência da marca, então o desfile conta com referências que Martin criou.

A linha Artisanal sempre foi uma expressão essencial da Margiela, e esta primeira coleção é o momento de estabelecer um tom de voz e me reconectar com os valores fundamentais da marca a partir da minha própria leitura.”

Glenn Martens

De volta ao passado: referências à Martin Margiela

As peças apresentadas na passarela são compostas por tecidos reaproveitados, mostrando a preocupação da marca com sustentabilidade. Dentre os itens reutilizados estão forros de casacos antigos, jaquetas de couro vintage e acessórios do arquivo da grife, que alterna pela delicadeza e rigidez. Além disso, todos os modelos estão com cobertura facial, sendo referência a uma criação de Martin Margiela inspirada em Greta Garbo. Ela cobria o rosto das modelos para manter a atenção nas roupas.



As produções são inspiradas na arquitetura medieval e nas pinturas da Bélgica e Holanda, refletindo nas estampas florais e nos detalhes de ilusão ótica em 3D. Esses elementos unem tradição artística e efeitos visuais modernos, criando um contraste entre passado e presente.

As estampas remetem aos jardins e à riqueza visual das obras clássicas, enquanto as ilusões óticas trazem profundidade e movimento às peças, sendo uma combinação que valoriza tanto o artesanato quanto a inovação técnica.



A estreia de Glenn Martens na Maison Margiela marcou o início de uma nova fase criativa e, ao mesmo tempo, um retorno consciente às raízes da marca. Ao revisitar as ideias principais de Martin Margiela e traduzi-los com sua própria linguagem, Martens reforça a continuidade da identidade da grife, equilibrando passado e presente com coerência e direção clara.

Robert Wun impressiona com coleção teatral na Semana de Moda de Paris

Nesta quarta-feira (09), Robert Wun abriu o terceiro dia da Semana de Moda de Paris com uma coleção performática no Théâtre du Châtelet, antecipando desfiles de Margiela e Balenciaga. A apresentação da marca independente mistura moda com fantasia e espetáculo, resultando em produções surrealistas.

Antes do desfile, os organizadores conduziram o público por uma escuridão desorientadora até um palco revestido, onde eles se sentaram em círculos. Wun explicou qual era a sua intenção com a experiência imersiva:

Quero começar uma narrativa, quase montando um filme sobre o que significa para as pessoas se transformarem para se tornarem alguém que desejam se tornar.”

Robert Wun

O estilista informou que a confusão vivida nos bastidores dos preparativos para o Met Gala 2024 inspirou a nova coleção intitulada de “Becoming”, com a proposta de refletir como nos expressamos por meio dos vestuários e penteados. Wun explorou essa proposta de forma nostálgica e dramática, como se fosse uma história cinematográfica, conforme descrito por ele.

É uma exploração nostálgica do ritual de vestir e do papel profundo que a moda desempenha nos momentos mais importantes da vida.”

Robert Wun

Drama e surrealismo

O desfile de Robert Wun apresentou peças com inspiração gótica, organizadas em torno de quatro emoções: medo, amor, morte e inteligência. Cada produção teve utilização de cortes, tecidos e composições, que conduziam o olhar e sugeriam uma narrativa contínua ao longo da apresentação.

A primeira produção abriu o desfile com um vestido volumoso, semelhante a um edredom, que trazia marcas de mãos feitas de lantejoula vermelha e representava a morte. O segundo e terceiro look representavam a inteligência, composto por macacão brilhante, ombreiras que simulam um par de braços e vestido assimétrico. Pequenos tules no rosto complementam ambos os visuais.



Medo é a emoção que representa os primeiro look, enquanto morte e amor representam o segundo e o terceiro look respectivamente. A peça branca possui detalhes de lantejoula preta que também está presente tanto no chapéu quanto nos sapatos da modelo, sendo complementada por uma luva levemente transparente. O segundo visual possui uma ilusão óptica, como se a modelo estivesse sob controle do manequim, composto por um vestido de pérola rosa como base e uma peça de couro preto. A terceira produção fechou o desfile através de uma representação de noiva de areia, com vestido bufante composto por um bustiê esculpido e véu sustentado por uma pequena figura.



Amor e inteligência predominam nas produções a seguir. O primeiro look é composto por um vestido florido e braços segurando uma flor. Para complementar o visual, a modelo utilizou um pequeno tule preto como acessório no rosto, semelhante a uma chama de fogo. Seguido por vestido tomara que caia simples, a segunda produção é caracterizada pela máscara preta e bolsa de couro com par de braço como detalhe. Por último, o terceiro visual é composto por um vestido brilhante com detalhes arquitetônicos e complementado por um chapéu do mesmo tecido, além dos braços pendurados no ombro do modelo.



Conexão entre moda e arte

Robert Wun estabelece uma ponte entre moda e arte ao transformar suas criações em narrativas visuais que ultrapassam o ato de vestir. Cada peça carrega uma intenção simbólica, explorando temas como emoção, identidade e memória por meio de formas, texturas e construções marcantes.

Com o desfile dessa temporada, Wun reafirma a moda como linguagem artística que consegue provocar, comunicar e emocionar, assim como qualquer outra forma de arte.

Chanel resgata a elegância em movimento na Alta-Costura Outono/Inverno 2025/26

A Chanel apresentou sua coleção de alta-costura para o outono-inverno 2025/26 nesta terça-feira (8), em Paris, e o desfile no Salon d’Honneur do Grand Palais mostrou que a maison domina como poucas o equilíbrio entre tradição e renovação. Apostando em uma estética refinada e sensorial, a grife entregou uma passarela coerente, cheia de códigos históricos reinterpretados para um público contemporâneo, com foco em movimento, fluidez e versatilidade.

Atmosfera íntima, sofisticação máxima

Diferente dos habituais cenários monumentais da Chanel, o desfile aconteceu em clima intimista, com cortinas drapeadas, sofás confortáveis e número reduzido de convidados, em referência aos salões de alta-costura do século passado e ao lendário endereço da Rue Cambon, 31. A ambientação refletiu o desejo de desacelerar e valorizar o olhar detalhista sobre a construção das peças.

Tweed em destaque e novas proporções

O tweed, símbolo máximo da Chanel, apareceu em inúmeras variações: desfiado, com fios metalizados, sobreposto a peças de cetim de seda, e combinado com materiais inusitados como plumas, paetês e pelúcia. As jaquetas curtas, boleros e casacos longos confirmaram a versatilidade do tecido, que ganhou nova vida nesta coleção.


Coleção Outono/Inverno 2025/2026 da Chanel (Foto: reprodução/Stephane Cardinale/Getty Images Embed)


Outro ponto alto foi a inversão de proporções. Tops cropped, jaquetas encurtadas e blusas que deixavam apenas uma faixa de pele à mostra trouxeram um frescor elegante, sempre equilibrados por saias longas com fendas e sobreposições, uma construção visual que conferiu movimento e sofisticação às silhuetas.


Coleção Outono/Inverno 2025/2026 da Chanel (Foto: reprodução/Stephane Cardinale/Getty Images Embed)


O poder das botas e o diálogo com o cotidiano

As botas cuissarde, de cano altíssimo e bico arredondado, dominaram a passarela, surgindo em branco, bege e preto, sempre combinadas com diferentes tipos de looks. Foram peças-chave tanto para quebrar a delicadeza de vestidos fluidos quanto para adicionar estrutura a conjuntos de tweed, confirmando sua força como item curinga e símbolo de empoderamento sutil.


Coleção Outono/Inverno 2025/2026 da Chanel (Foto: reprodução/Stephane Cardinale/Getty Images Embed)


Em meio à opulência da alta-costura, a Chanel encontrou espaço para elementos urbanos, com toques de streetwear reinterpretados: bermudas jeans (jorts), cintos utilitários com bolsos e uma abordagem prática, mas requintada, das sobreposições. Uma escolha que aproxima o universo da maison da realidade de suas clientes.


Coleção Outono/Inverno 2025/2026 da Chanel (Foto: reprodução/Stephane Cardinale/Getty Images Embed)


Texturas, camadas e liberdade em foco

Com uma paleta centrada em preto, branco e bege, a coleção foi costurada por um trabalho minucioso de texturas e camadas. Vestidos e saias leves em chifon e seda surgiram com babados, enquanto túnicas, capas e boleros trouxeram volume e impacto visual, muitas vezes lembrando armaduras elegantes nos ombros das modelos.


Coleção Outono/Inverno 2025/2026 da Chanel (Foto: reprodução/Stephane Cardinale/Getty Images Embed)


O desfile transmitiu a ideia de roupas feitas para o movimento, uma Chanel que caminha, dança e se adapta ao ritmo da vida real, sem perder a aura de exclusividade e requinte que define a maison.


Coleção Outono/Inverno 2025/2026 da Chanel (Foto: reprodução/Stephane Cardinale/Getty Images Embed)


Um dos melhores desfiles da equipe criativa

Apesar do clima de transição na direção criativa da marca, o foco do desfile foi, acima de tudo, a força da própria coleção. Com construção impecável, narrativa coesa e um equilíbrio maduro entre o clássico e o contemporâneo, o inverno 2025/26 da Chanel pode ser considerado um dos desfiles mais bem-resolvidos da maison nos últimos anos.


Coleção Outono/Inverno 2025/2026 da Chanel (Foto: reprodução/Vittorio Zunino/Getty Images Embed)


Ao oferecer novas leituras de códigos eternos, e não ter medo de flertar com o novo, a Chanel reafirma seu lugar como uma casa que, mesmo diante das mudanças, continua a ditar o tempo da moda com elegância, inteligência e propósito.

Giambattista Valli une moda, arte e reconhecimento em noite de alta-costura memorável em Paris

A semana de alta-costura em Paris ganhou contornos emocionantes e artísticos com Giambattista Valli, que escolheu um formato inusitado para apresentar sua coleção de Inverno 2025. Em vez de um desfile tradicional, o estilista optou por um evento reservado em seu ateliê, localizado na capital francesa, transformando o espaço criativo da maison em palco de um encontro entre elegância, memória afetiva e consagração cultural.

Reconhecimento oficial

A noite foi marcada não apenas pela revelação de sua nova coleção de alta-costura, a Nº29, mas também por um importante reconhecimento oficial de sua trajetória: Giambattista Valli foi promovido ao posto de Oficial da Ordem das Artes e Letras, uma das mais prestigiadas honrarias concedidas pelo Ministério da Cultura da França. O momento, carregado de simbolismo, consagrou o papel do estilista como figura fundamental na difusão do savoir-faire francês e na perpetuação da herança estética que define a alta-costura contemporânea.


Giambattista Valli recebe o título de Oficial da Ordem das Artes e Letras (Foto: reprodução/Instagram/@giambattistavalliparis)


O desfile

No ambiente sofisticado e acolhedor do ateliê, a experiência foi mais imersiva do que um desfile tradicional permitiria. Os convidados puderam observar de perto cada detalhe dos vestidos apresentados, percorrendo as salas da maison como se estivessem em uma galeria viva. As criações da coleção Nº29 impressionaram pela leveza etérea, com tecidos suaves em tons pastel que evocavam as paisagens e figuras femininas idealizadas por pintores do Rococó, como Antoine Watteau e Jean-Honoré Fragonard. As peças, sem estruturas rígidas, flutuavam sobre os manequins, revelando uma sofisticação silenciosa construída por meio de drapeados impecáveis, flores moldadas à mão e uma fluidez quase onírica.


Coleção Inverno 2025 de Giambattista Valli (Foto: reprodução/Instagram/@giambattistavalliparis)


A escolha por uma apresentação mais íntima refletiu o caráter pessoal do momento. Ao lado de amigos próximos, colaboradores e musas que fazem parte de seu círculo íntimo, as chamadas “Valli Girls”, o estilista celebrou não apenas seu trabalho, mas também os laços afetivos que sustentam sua visão de moda. Personalidades como Giovanna Engelbert, Bianca Brandolini, Sabine Getty, Eugenie Niarchos e Lauren Santo Domingo estiveram presentes, reforçando o universo feminino que Valli constantemente homenageia em suas criações: mulheres elegantes, seguras de si, ousadas e dotadas de uma feminilidade atemporal.


Giambattista Valli agradece as “Garotas Valli” originais e aos amigos da Maison por terem assistido ao desfile (Foto: reprodução/Instagram/@giambattistavalliparis)


A noite foi marcada por uma celebração da moda como expressão artística e cultural. Mais do que a apresentação de uma nova coleção, o evento funcionou como uma ode à beleza, ao refinamento e à trajetória de um criador que construiu sua reputação com sensibilidade e consistência. Ao longo de sua carreira, Giambattista Valli consolidou-se como um dos grandes nomes da alta-costura, reconhecido por traduzir o romantismo em formas contemporâneas, unir drama e leveza com maestria e dominar como poucos a silhueta feminina. Com a nova coleção e a honraria recebida, Valli reforça seu papel não apenas como estilista renomado, mas também como embaixador da elegância e da cultura francesa no cenário internacional. Sua maison segue como um espaço de alta-costura autêntica, onde cada peça nasce do encontro entre a tradição artesanal e uma visão poética da mulher moderna.

Schiaparelli mistura arte e ilusão com vestido escultural e colar pulsante na alta-costura

Na abertura da semana de alta-costura de Paris, a Schiaparelli apresentou sua coleção de outono/inverno 2025-2026. Nesta segunda-feira (07), a coleção foi apresentada na capital da moda e chamou atenção. Sob direção criativa de Daniel Roseberry, a grife apostou em peças esculturais, efeitos de ilusão de ótica e referências ao surrealismo, como um vestido com relevo de corpo humano e um colar com coração que simula batimentos. 

Ousadia da Schiaparelli 

O maior destaque do desfile ficou por conta um vestido vermelho de estrutura escultural, que atraiu olhares pela parte de trás da peça. Moldado com precisão, para simular o relevo do corpo humano, o vestido contava com contornos de seios, abdômen e costelas perfeitamente esculpidos. A fidelidade dos detalhes da peça com as curvas do corpo humano geram a ilusão de óptica de que a modelo está andando de costas na passarela. 


Vestido destaque do desfile da Schiaparelli (Foto: reprodução/Instagram/@danielroseberry)

A peça destaca a ousadia sempre presente nas obras de Daniel Roseberry, diretor criativo da maison. Reforçando o diálogo da grife com o surrealismo, o desfile comandado por Roseberry ajuda a reafirmar o DNA artístico, provocativo e inovador da marca. A coleção também reafirma o corpo como elemento central da narrativa visual da Schiaparelli, explorando seus contornos com precisão quase anatômica.

Clássico de Salvador Dalí

A composição do visual contou ainda com um elemento cerne na coleção: “Royal Heart”, o coração de Salvador Dalí. O mestre do surrealismo, como é conhecido, fez a joia em 1953 em ouro e com 46 rubis, 42 diamantes, esmeraldas e pérolas. O acessório simula batimentos cardíacos em tempo real, o que conversa diretamente com a proposta do vestido: simular o corpo humano. A peça chamou atenção não só pelo realismo, mas também pela fusão entre arte clássica e tecnologia contemporânea.

A coleção mantém o corpo como protagonista, explorando seus contornos com precisão quase anatômica. Cada look é um equilíbrio entre fantasia e técnica, consolidando a Schiaparelli como uma das grifes mais ousadas da alta-costura. Elementos como luxo, performance e inovação se encontram na joia que revisita o passado com uma pegada futurista e provocadora. 

Chanel reúne estrelas em Paris na última coleção antes da estreia de Matthieu Blazy

Uma manhã estrelada marcou o fim de um ciclo na história da Chanel. Nesta terça-feira (08), a grife francesa apresentou sua coleção de alta-costura para o inverno 2025/26 no icônico Salon d’Honneur do Grand Palais. O desfile, que é o último antes da estreia de Matthieu Blazy como novo diretor criativo, contou com presenças marcantes na primeira fila. 

Primeira fila reúne nomes de peso

O desfile abriu a semana de alta costura de Paris. E contou com a  primeira fila mais estrelada da temporada, reforçando o peso da Chanel no circuito. Nomes como Kirsten Dunst, Penélope Cruz e Naomi Campbell marcaram presença. Além delas, a cineasta Sofia Coppola também estava presente, ao lado de suas filhas Romy e Cosima.


Alguns famosos que marcaram presença no desfile (Fotos: reprodução/Arnold Jerocki/Jacopo Raule/Stephane Cardinale – Corbis/Getty Images Embed)


A forte presença de mulheres marcantes no desfile destaca e reforça o posicionamento da Chanel. A seleção dos convidados reflete a estratégia da maison francesa. Dialogando com diferentes gerações de mulheres influentes, a Chanel se reafirma como atemporal, sofisticada e conectada com a arte. Mais do que um desfile, a Chanel construiu uma narrativa que ecoa elegância, relevância e permanência.

Nova era na Chanel

O evento também marcou o fim de um ciclo para a Chanel. Esta foi a última coleção desenvolvida pelo estúdio de criação da maison antes da chegada de um novo nome ao comando criativo. A partir de outubro, o comando criativo será assumido por Matthieu Blazy, estilista franco-belga conhecido por seu trabalho à frente da Bottega Veneta. Ele foi anunciado como sucessor de Virginie Viard em dezembro do ano passado.


Matthieu Blazy, novo diretor criativo da Chanel (Foto: reprodução/Victor Virgile/Getty Images Embed)


A chegada de Blazy inaugura uma nova fase para a grife, que promete manter a sofisticação e a elegância como pilares centrais. O estilista será responsável pelas futuras coleções femininas de alta-costura e acessórios, assumindo oficialmente o cargo em outubro. Sua estreia já é uma das mais aguardadas do ano, marcando o início de um novo capítulo à frente de um dos postos mais cobiçados e influentes do universo da moda.

Schiaparelli abre Semana de Moda de Paris com coleção futurista

Nesta segunda-feira (07), o dia amanheceu com estilo na França. Para abrir a Semana de Moda de Paris, Schiaparelli apresentou um desfile surrealista intitulado de “Back to the Future” sob direção criativa de Daniel Roseberry, contendo looks experimentais e teatrais.

O nome da coleção, que em português significa “de volta ao futuro”, propõe uma ligação entre o que já passou e o que ainda está por vir. Roseberry convida o público a imaginar um mundo sem telas, mas mantendo uma visão revolucionária. Ao falar sobre a nova criação de Schiaparelli, ele comenta:

Esta coleção é dedicada àquele período, quando a vida e a arte estavam à beira do precipício: ao acaso da elegância e ao fim do mundo como o conhecíamos.”

Daniel Roseberry

As peças apresentadas no desfile são uma mistura entre o surrealismo presente na marca e a sobriedade da proposta criativa da coleção de Outono/Inverno. Daniel mostra uma exploração diferenciada na marca; em vez da famosa silhueta com espartilho, ele exibe produções dramáticas que definem a cintura e os quadris.


Desfile da Schiaparelli na Semana de Moda de Paris (Vídeo: reprodução/Instagram/@schiaparelli)


Passado inovador: peças tradicionais com olhar futurista

Nas produções a seguir, vemos um casaco de tule transparente com gola de pele e detalhes de fios prateados no busto e na bainha da manga. O casaco da modelo está sobre uma calça de cintura alta de cetim. Já no segundo look, a modelo utiliza uma jaqueta de manga curta feita com lã e possui bordados perolados. O visual dela também conta com saia lápis preta e luvas de veludo, além de um chapéu futurista como complemento.



Roseberry investiu em peças de lã, mas em estilos e propostas diferentes. Enquanto a produção anterior mostrava um toque levemente moderno, na imagem a seguir ele mostra o tecido em um visual clássico. A jaqueta de mangas possui bordados, strass e lantejoulas, e possui definição na cintura, além de ser combinada com uma saia lápis. Já no look seguinte, a modelo está com vestido de cetim com transparência nos quadris e é complementada por um colar constelação inspirado na Apolo de Versalhes da maison.



O Apolo de Versalhes também está presente em outra peça da coleção. A modelo está com uma capa de tule transparente com o símbolo emblemático, feito em pérolas prateadas, lantejoulas e strass. Por baixo, ela usa uma saia de tule transparente preto e complementa o visual com luvas de veludo. Na produção surrealista seguinte, a modelo está com uma jaqueta prateada envernizada, realçada por ombreiras e com luvas de cetim.



A coleção da Schiaparelli propõe um diálogo entre moda, passado e futuro, explorando como referências históricas podem se transformar em novas possibilidades. Ao revisitar formas, tecidos e símbolos, Daniel Roseberry mostra que a moda é um espaço em constante movimento, onde tradição e inovação caminham lado a lado.