Trump anuncia tarifas de até 100% sobre importações para proteger indústria e empregos nos EUA

O presidente Donald Trump anunciou nesta quinta-feira (25) que os Estados Unidos vão aumentar impostos sobre diversos produtos importados a partir de 1º de outubro. A medida inclui medicamentos, caminhões pesados, móveis, além de armários e gabinetes de cozinha e banheiro.

Segundo Trump, a decisão tem como objetivo proteger as indústrias locais, que estariam sofrendo com o grande volume de produtos vindos de fora. Ele também justificou a iniciativa como uma questão de “segurança nacional”.

As tarifas terão percentuais diferentes. Para os caminhões pesados, será aplicada taxa de 25%. No caso de móveis e estofados, o imposto ficará em 30%. Já para armários de cozinha e gabinetes de banheiro, a cobrança sobe para 50%. O impacto maior será nos medicamentos importados, que terão tarifa de 100%.

Detalhes sobre as tarifas

No caso dos produtos farmacêuticos, Trump destacou que não haverá cobrança caso a empresa esteja construindo fábricas dentro do território americano. Mesmo assim, a decisão gerou forte reação no setor. A associação que reúne fabricantes de remédios nos EUA afirmou que a medida pode trazer prejuízos e encarecer os custos.

As tarifas sobre caminhões também chamaram atenção. Os EUA importam grande parte desses veículos do México, que triplicou suas vendas desde 2019. Montadoras como Stellantis, responsável pela linha Ram, e a sueca Volvo, que está construindo uma fábrica no México, podem ser diretamente impactadas. A justificativa do republicano é fortalecer as marcas locais, como Peterbilt e Kenworth, evitando que caminhoneiros dependam de veículos fabricados fora do país.

No setor de móveis e artigos domésticos, Trump afirmou que os Estados Unidos enfrentam uma verdadeira “inundação” de produtos importados e que era preciso frear essa concorrência. Para ele, a entrada em excesso desses itens representa uma ameaça ao processo de manufatura americano. Além do aspecto econômico, o ex-presidente alegou novamente razões ligadas à segurança nacional. A ideia é incentivar a produção local e garantir mais empregos dentro do país.

O anúncio teve impacto imediato nos mercados internacionais, sobretudo nas bolsas da Ásia e da Europa. Empresas farmacêuticas de grande porte registraram quedas em suas ações, já que muitas delas dependem da exportação para os EUA. Em contrapartida, companhias que já investem em fábricas no território americano reagiram melhor à notícia. Esse movimento mostrou como a nova política pode favorecer quem apostar no mercado interno.


Anuncio de Trump nas redes sociais sobre as novas tafiras (Foto: reprodução/X/@KobeissiLetter)


Europa preocupada com ações de Trump

O Reino Unido e a União Europeia já sinalizaram preocupação e pretendem pressionar os EUA para rever parte das tarifas. Governos europeus ressaltam que o setor farmacêutico é vital para suas economias e que medidas desse tipo podem prejudicar a parceria entre os blocos. Alguns países, como o Reino Unido, reforçaram que continuarão negociando com Washington em busca de acordos mais equilibrados. A expectativa é de que o tema se torne pauta importante nas próximas reuniões bilaterais.


Carta de Donald Trump repudiando posicionamento das Nações Unidas (Foto: reprodução/X/@WhiteHouse)


Trump, no entanto, reforçou que continuará utilizando a lei que permite impor taxas sem aprovação do Congresso quando julgar que importações representam riscos à segurança nacional. Essa estratégia já foi adotada anteriormente em setores como aço e alumínio, o que gerou disputas judiciais.

Agora, o tema volta ao centro do debate político nos EUA, com a Suprema Corte analisando até que ponto o presidente pode agir sem aval parlamentar. Para Trump, porém, essa é uma medida necessária para proteger empregos e garantir autonomia produtiva ao país.

TikTok está à venda nos EUA após decreto de Trump

O presidente americano Donald Trump, assinou um decreto nesta quinta-feira (25), sobre a venda do aplicativo chinês TikTok, decisão que movimenta o mercado de tecnologia e chama atenção de investidores internacionais.

A gigante chinesa é apontada pelo governo americano como um risco à segurança nacional e aos usuários. Segundo os EUA, o aplicativo coleta dados e realiza espionagem. A ByteDance, empresa que gerencia a plataforma, nega as acusações.

Principais pontos do decreto

A nova empresa que assumirá o TikTok nos Estados Unidos terá sede no país e será controlada majoritariamente por investidores americanos, com menos de 20% da propriedade pertencendo a entidades estrangeiras, incluindo a ByteDance, criadora chinesa da plataforma.

O decreto garante que a companhia americana terá controle total sobre os algoritmos, o código-fonte e as decisões de moderação de conteúdo, com o objetivo de reduzir riscos à segurança nacional e proteger a privacidade dos usuários. Os dados confidenciais dos usuários americanos deverão ser armazenados em um ambiente de nuvem gerido por uma empresa dos EUA, sem interferência de países considerados adversários.

Parceiros confiáveis americanos serão responsáveis por supervisionar atualizações de software, fluxos de dados e algoritmos, além de “retreinar” sistemas que utilizem informações dos usuários locais. O decreto ainda reforça a necessidade de transparência e auditoria constante, garantindo que a operação da plataforma esteja alinhada às exigências de segurança e proteção de dados do governo americano.


As articulações entre EUA e China sobre o aplicativo Tik Tok (Vídeo: reprodução/YouTube/SBT news)

Quem deve entrar na disputa pelo TikTok

A venda do TikTok nos EUA vai atrair grandes empresas e investidores internacionais. Oracle, Silver Lake e MGX devem controlar 45% da nova divisão, enquanto Michael Dell, Rupert Murdoch e fundos como General Atlantic somam 35%. A ByteDance ficará com menos de 20%, como exige a legislação americana.

A Oracle terá papel central, controlando algoritmos, código-fonte e dados dos usuários americanos, em atenção às preocupações de segurança nacional. O conselho terá sete membros, seis indicados por investidores americanos e um pela ByteDance. A transação foi avaliada em US$ 14 bilhões e deve ser concluída em até 120 dias, marcando uma das maiores movimentações recentes do mercado de tecnologia.

Trump amplia poder federal e autoriza pena de morte em Washington

Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos da América, assinou nesta quinta-feira (25) um decreto autorizando a aplicação da pena de morte em Washington. A princípio, a medida amplia o controle da Casa Branca sobre a capital federal e fortalece sua ofensiva contra crimes violentos.

Ainda assim, Trump declarou estado de emergência e enviou tropas da Guarda Nacional e agentes federais para apoiar a polícia local. Segundo ele, a cidade enfrenta níveis inaceitáveis de violência, apesar de estatísticas oficiais mostrarem queda nos crimes desde 2023.

Reação local e embate político

Simultaneamente, autoridades municipais contestaram a visão de Trump e destacaram a autonomia do Distrito de Columbia. Assim, a lei de 1973 permite que os moradores elejam um prefeito e um conselho, mas crimes locais e federais seguem sob jurisdição do Congresso. A capital estadunidense proibiu a pena de morte para crimes locais, embora a lei federal ainda a permita em determinados casos.

Por outro lado, a procuradora-geral Pam Bondi afirmou que o Departamento de Justiça buscará ampliar o uso da pena de morte em todo o país. Já promotores federais foram incentivados pelo governo a endurecer as acusações, mesmo em delitos considerados locais.


Trump pede pena para assassinos (Vídeo: reprodução/YouTube/@JovemPanNews)

Outras polêmicas recentes

Nos últimos meses, Trump acumulou novas controvérsias. Ele acusou o Partido Democrata de pagar US$ 11 milhões à cantora Beyoncé para apoiar Kamala Harris na corrida presidencial. A declaração surgiu em sua rede Truth Social e provocou forte reação. Em outro cenário, o republicano classificou o movimento Antifa como grupo terrorista e criticou a Organização das Nações Unidas, a ONU, durante um discurso na 80ª Assembleia Geral. Para Trump, a organização tem “muito potencial”, mas se perde em discursos sem efeito real.

A polêmica mais recente surgiu com uma estátua em frente ao Capitólio que retrata Trump ao lado de Jeffrey Epstein. Concomitantemente, a obra finca em questionamentos sobre a relação entre o presidente e o empresário, acusado de crimes sexuais antes de sua morte.

Trump insere imagem de caneta automática no lugar da foto de Joe Biden na Casa Branca

 O presidente dos EUA, Donald Trump, na data de ontem, quarta-feira (24), decidiu substituir o retrato oficial do seu antecessor, Joe Biden, por uma imagem de uma caneta automática usada para replicar a assinatura humana, conhecida como “autopen”. A decisão foi tomada em meio à inauguração de sua “Presidential Walk of Fame”, ou “Calçada da Fama Presidencial” em tradução livre, local decorado com fotos em preto e branco de ex-presidentes, na Ala Oeste da Casa Branca. 

A substituição do retrato de Biden, frequentemente alvo de críticas por Trump devido ao uso da autopen durante sua administração, gerou atenção imediata, denotando mais uma vez o embate simbólico entre os dois líderes. Em outras ocasiões, Biden já havia rebatido as falas do atual presidente estadunidense, declarando que: “Eu tomei as decisões sobre os perdões, ordens executivas, legislações e proclamações. Qualquer sugestão de que eu não as fiz é ridícula e falsa”.

Início da polêmica

A questão sobre o uso do autopen ganhou força este ano (2025), após Donald Trump vencer as eleições presidenciais pela segunda vez. Trump ordenou uma investigação oficial sobre o uso do autopen por Biden, alegando que poderia haver uma conspiração para ocultar o estado mental do ex-presidente, declarando que o uso do equipamento indicava um “declínio cognitivo” do ex-mandatário.

Essa mudança de retrato na Casa Branca, portanto, não só reforça uma disputa de narrativas, como também a postura crítica de Trump sobre o uso da autopen em detrimento de uma assinatura manual. A passarela na Ala Oeste não apenas celebra o legado de outros presidentes, mas enfatiza a singularidade de Trump, tanto em seus feitos quanto em suas críticas ao governo anterior.


Donald Trump em inauguração da “Presidential Walk of Fame”, Ala Oeste da Casa Branca (Foto: reprodução/Instagram/@whitehouse)


A criação da “Presidential Walk of Fame” e a escolha de imagens para decorar a Casa Branca têm sido um reflexo das ideias de Trump sobre a construção de seu próprio discurso político. Para especialistas, a inauguração da nova Ala é uma forma de se distanciar das escolhas de Biden e estabelecer uma visão própria de sua presidência, colocando um marco pessoal em um dos espaços mais simbólicos do governo estadunidense.

Resposta de apoiadores de Joe Biden

A resposta veio de Chris Meagher, ex-assistente do secretário de Defesa dos EUA na gestão Biden. Meagher ironizou a atitude de Trump, declarando estar “impressionado” como a Casa Branca tem se empenhado em “tornar a vida mais fácil para as famílias que lutam para sobreviver”. A fala do ex-assistente denota que o ato de Donald Trump seria uma distração sobre temas mais urgentes. 


Publicação de Chris Meagher sobre a “Presidential Walk of Fame”, inaugurada por Donald Trump (Vídeo: reprodução/X/@chrismeagher)

Contudo, a troca de retratos e a inauguração da passarela também revelam uma estratégia de Trump em relação à reeleição e ao seu posicionamento referente ao Partido Democrata. O presidente estadunidense tem moldado seu legado, muitas vezes desafiando as convenções da Casa Branca, indicando que busca a construção de uma imagem de poder pessoal. 

Dessa forma, para especialistas, gestos simbólicos, como a substituição do retrato de Biden por uma caneta automática, fazem parte de uma estratégia maior para reforçar sua identidade e seus princípios políticos para o futuro. Ao utilizar símbolos e imagens, Trump busca por uma narrativa sobre seu mandato presidencial, marcado por decisões consideradas audaciosas e polarizadoras. 

Assim sendo, a atitude do atual mandatário dos EUA, é visto por estudiosos e analistas políticos como um movimento que simboliza mais do que uma simples questão de decoração é uma reafirmação de seu compromisso em contrastar com a administração de Joe Biden, ao mesmo tempo, uma maneira de consolidar sua marca política diante de um público cada vez mais dividido.

Declarações patriotas do Presidente Lula repercutem mundialmente após discurso na ONU

Nesta terça-feira (23) a CNN Brasil noticiou a repercussão do discurso do presidente Lula em uma reunião da ONU. Desse modo, Luiz Inácio Lula da Silva, virou assunto quando se dirigiu indiretamente aos acontecimentos globais durante a 80° Assembleia Geral das Nações Unidas. Assim, com um discurso de 15 minutos, o presidente do Brasil conseguiu impressionar nações com sua forte opinião embasada no patriotismo.

Por esse motivo, o petista foi citado em vários veículos midiáticos, como o The Guardian, por exemplo, que atrelaram sua imagem a “uma defesa apaixonada pela democracia de seu país” . Além disso, o regente do Brasil, ganhou destaque ao utilizar a reunião para sair em defesa do multilateralismo, enfatizar a soberania nacional e criticar os conflitos em Gaza e na Ucrânia. Também vale ressaltar, que o presidente Lula reforçou sua desaprovação pela taxação dos EUA aos produtos brasileiros e sanções do país norte-americano aos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).

Falas do presidente Lula dividem opiniões nas Americas

Com isso, o jornal estadunidense The New York Times declarou que o discurso do presidente Lula carregou um tom duro. Ou seja, a fala do chefe de Estado pareceu mirar diretamente em Donald Trump de acordo com o jornal novaiorquino. Sendo assim, o veículo estrangeiro interligou as declarações do petista como uma resposta às falácias anteriores do presidente dos Estados Unidos —que pediu a suspensão do processo criminal do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).


Presidente Luiz Inácio Lula da Silva se compartilha sua opinião em relação a disputa entre Israel e a Palestina (Vídeo: reprodução/Instagram/@lulaoficial)


No entanto, a renomada gazeta argentina conhecida como Clarin, noticiou que o presidente atual do Brasil fez uma intensa defesa da democracia contra o acúmulo do autoritarismo global. Ademais, o veículo relembrou a fala de Lula em relação a falta de justificativa ao atual genocídio em Gaza. E ainda conforme a matéria do Clarin, o Chefe de Estado reforçou a opinião do Brasil em relação a ofensiva de Israel contra o domínio palestino depois do ataque cometido pelo Hamas em 7 de outubro de 2023.

Presidente Lula chama atenção em jornais Europeus

Já a folha espanhola do El País, enfatizou que o veterano na politicagem abordou as questões em seu discurso sem citar países ou nomes. Além disso, reforçaram a pauta do presidente brasileiro que alfinetou “ataques à soberania, sanções arbitrárias e intervenções unilaterais” que “se tornaram a norma”.


Presidente Lula defende democracia brasileira em discurso para ONU (Vídeo: reprodução/Instagram/@lulaoficial)


Para mais, o tradicional The Guardian afirmou que Lula expressou uma intercessão apaixonada pela democracia brasileira. Com isso, o periódico britânico alegou que a condenação recente de Bolsonaro, revelou para o mundo que “aspirantes a autocratas” podem ser detidos. Ademais, o noticiário citou que o discurso teve um tom indireto, porém inconfundível, para remeter as nuances das decisões do governo Trump. Sendo assim, na visão do jornal ficou clara uma alusão a tentativa de interferência no Judiciário Brasileiro que os EUA vem impondo no cenário atual.

Trump publica vídeo do último ataque a embarcação venezuelana

O presidente norte-americano, Donald Trump, publicou em sua rede Truth Social nesta sexta-feira (19) o vídeo de um ataque letal a um barco suspeito de narcotráfico. A Inteligência americana confirmou que a embarcação transportava uma grande quantidade de drogas e informou que três homens morreram no ataque. 

“Por ordens minhas, o Secretário da Guerra ordenou um ataque cinético letal a uma embarcação afiliada a uma Organização Designada Terrorista que fazia narcotráfico em área sob responsabilidade do Comando Sul dos Estados Unidos. A Inteligência confirmou que a embarcação estava traficando narcóticos ilícitos e estava transitando por uma passagem de narcotráfico conhecida a caminho de envenenar os americanos. O ataque matou 3 homens narcoterroristas na embarcação, que estava em águas internacionais. Ninguém das Forças Armadas dos Estados Unidos ficou ferido neste ataque. PAREM A VENDA DE FENTANYL, NARCÓTICOS E DROGAS ILÍCITAS NA AMÉRICA, E DE COMETER VIOLÊNCIA E TERRORISMO CONTRA OS AMERICANOS!!!”, publicou Trump em sua rede social. 

A origem de partida do navio não foi informada, assim como o local onde ocorreu o ataque. O Comando Sul dos EUA trata do comando de combate militar dos Estados Unidos da América e abrange 31 países da América do Sul, Central e do Caribe. 


Vídeo mostra o momento do ataque e destruição total da embarcação (Vídeo: reprodução/X/@g1)

Os EUA realizaram ataques anteriores a três outras embarcações que também transportavam drogas, de acordo com o governo Trump. Ao todo, 14 pessoas foram mortas nas operações. 

Reação da Venezuela

A Procuradoria da Venezuela já havia pedido à Organização das Nações Unidas (ONU) que investigasse os ataques norte-americanos a barcos na região do Caribe. O procurador-geral do país, Tarek William Saab, afirmou que as vítimas dos barcos que morreram após os ataques norte-americanos não eram narcotraficantes. Em comunicado à imprensa, Saab afirmou que “o uso de mísseis e armas nucleares para assassinar, em série, pescadores indefesos em uma pequena lancha são crimes contra a humanidade que devem ser investigados pela ONU”


O primeiro ataque a embarcações da Venezuela aconteceu no dia 2 de setembro (Vídeo: reprodução/YouTube/Jornal da Record)

O chanceler venezuelano, Yván Gil, comunicou que o objetivo do pedido da Venezuela ao Conselho de Segurança da ONU é o cessar imediato das operações militares norte-americanas no mar Caribenho. 

População armada

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou em um evento oficial transmitido pelo canal estatal VTV que hoje (20) haverá treinamento de uso de armas para civis nas comunidades. O treinamento será realizado por militares da Força Armada Bolivariana. Em semanas anteriores, houve convocação de voluntários da milícia para treinar nos quartéis. Segundo Maduro, existe um plano de Washington para invadir o país após o envio de navios de guerra ao Caribe. 

Na quarta-feira (17), a Força Armada Nacional da Venezuela promoveu três dias de exercícios militares na ilha La Orchila, a 65 km do continente. Os EUA enviaram navios de guerra para o sul caribenho nas últimas semanas e colocaram Maduro a prêmio, com uma recompensa de US$ 50 milhões (aproximadamente R$ 265 milhões) pela sua captura. 

Taxa de US$ 100 mil para visto H-1B nos EUA gera polêmica

A taxa de US$ 100 mil para visto H-1B nos EUA foi anunciada pelo governo do presidente Donald Trump e deve impactar profissionais estrangeiros especializados em tecnologia, ciência, saúde e engenharia. A medida visa priorizar trabalhadores norte-americanos, mas já provoca críticas de empresas e especialistas que alertam para possíveis efeitos negativos no mercado de trabalho e na competitividade do país.

O que é a taxa de US$ 100 mil para visto H-1B nos EUA

O H-1B é um visto temporário concedido a estrangeiros que possuem formação universitária ou experiência profissional altamente especializada. Ele permite que empresas norte-americanas contratem trabalhadores estrangeiros quando não encontram candidatos qualificados no mercado interno.

Muito disputado, o programa recebe centenas de milhares de inscrições todos os anos, mas o número de concessões é limitado por cotas estabelecidas pelo governo. Grandes companhias de tecnologia, como Google, Microsoft e Amazon, estão entre as principais beneficiárias do H-1B, já que dependem desses profissionais para desenvolver inovações e manter projetos em andamento.


Presidente Donald Trump (Foto: reprodução/Instagram/@realdonaldtrump)


Repercussão da taxa de US$ 100 mil para visto H-1B

Especialistas afirmam que a taxa de US$ 100 mil para visto H-1B pode reduzir o número de profissionais qualificados entrando no país, levando muitos a buscar oportunidades em locais com políticas migratórias mais flexíveis, como Canadá, Reino Unido e Austrália. Além disso, há receio de que a medida prejudique a competitividade das empresas norte-americanas, especialmente no setor de tecnologia, onde a escassez de mão de obra qualificada é crítica.

Enquanto a proposta ainda precisa ser regulamentada, a discussão sobre a taxa de US$ 100 mil para visto H-1B nos EUA reacende o debate sobre políticas migratórias, proteção de empregos locais e a necessidade de manter os Estados Unidos competitivos em setores estratégicos da economia global.

Os especialistas também apontam que, se aprovada, a medida pode gerar impactos significativos na atração de profissionais altamente qualificados, reduzir a inovação em empresas de tecnologia e ciência, e até influenciar decisões de investimento estrangeiro no país. Além disso, organizações do setor alertam que a cobrança elevada pode criar obstáculos burocráticos, atrasar projetos estratégicos e aumentar os custos operacionais, prejudicando a capacidade das companhias norte-americanas de competir com outros mercados que oferecem condições mais favoráveis para talentos internacionais.

População de comunidades da Venezuela receberá treinamento militar para uso de arma de fogo

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta quinta-feira que militares irão até comunidades populares do país para ensinar civis a manusear armas de fogo. A medida ocorre em meio ao aumento da tensão com os Estados Unidos, que enviaram navios de guerra para o Caribe.

Segundo Maduro, essa será a primeira vez que soldados e quartéis irão diretamente aos bairros para realizar treinamentos com moradores que se inscreveram como voluntários da milícia — um grupo formado por civis armados. O anúncio foi feito durante uma cerimônia transmitida pela TV estatal.

Maduro durante cerimônia oficial transmitida pela tv estatal disse: “No próximo sábado, 20 de setembro, os quartéis, as Forças Armadas Bolivarianas, irão ao povo, às comunidades, para revisar e ensinar a todos que se alistaram, vizinhos e vizinhas, sobre o que é o manejo de armas de fogo”.

Preparação do exército contra invasões americanas

Além disso, as Forças Armadas da Venezuela iniciaram, na quarta-feira, três dias de exercícios militares na ilha de La Orchila, localizada a cerca de 65 km da costa. Essa é considerada a maior movimentação militar do governo desde agosto, quando os EUA enviaram uma frota naval para a região sob o argumento de combater o narcotráfico.

De acordo com Washington, três embarcações usadas para transporte de drogas já foram destruídas neste mês, em operações que resultaram em 14 mortes. O presidente americano, Donald Trump, acusa Maduro de envolvimento com o narcotráfico e chegou a oferecer US$ 50 milhões como recompensa por sua captura.


Estados Unidos desce o continente com uma ostensiva frota militar (Foto: Reprodução/X/@AnaliseGeopol)

Maduro é visto com maus olhos pelo hemisfério norte

Os Estados Unidos e várias democracias da Europa não reconhecem Maduro como presidente legítimo. Mesmo assim, ele afirmou que o país está pronto para se defender se necessário: “Não buscamos confronto, mas precisamos estar preparados”.

Para reforçar sua presença, os EUA enviaram também caças F-35 a Porto Rico, que se juntaram a sete navios de guerra e a um submarino nuclear. Maduro, por sua vez, acusa Washington de tentar impor um novo governo no país para explorar as enormes reservas de petróleo e gás natural da Venezuela.

Jimmy Kimmel reage à decisão de suspensão do seu talk show

Após a decisão repentina da emissora ABC de suspender por tempo indeterminado o programa Jimmy Kimmel Live, o apresentador estaria insatisfeito com a situação. Uma fonte que preferiu não se identificar revelou nesta última quinta-feira, 18 de setembro, ao jornal britânico Daily Mail, que Jimmy não teria concordado com o parecer da emissora e busca maneiras de encerrar seu relacionamento com a empresa.

Detalhes sobre o que aconteceu

O programa de Jimmy Kimmel é um dos principais nomes da TV americana, estando no ar desde 2003, conhecido por entrevistar celebridades de diversos âmbitos do mundo artístico, quadros virais e esquetes de humor. Inclusive, o programa já foi indicado ao Primetime Emmy Awards de 2025. 


Jimmy Kimmel em seu talk show (Vídeo: Reprodução/X/@siteptbr)

Durante um episódio que foi ao ar nesta última segunda-feira, 15 de setembro, o apresentador fez um monólogo onde comentava sobre a morte do ativista político de direita Charlie Kirk, que faleceu no dia 10 de setembro, após um disparo feito por arma de fogo enquanto realizava uma palestra em uma universidade. 

No momento de sua fala, Jimmy disse que os apoiadores do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estariam tentando politizar o assassinato do ativista. Além disso, o comediante também ironizou a reação do presidente, dizendo que seu comportamento não parece o de alguém que perdeu um amigo. O monólogo do apresentador gerou um grande debate nos EUA, sofrendo uma pressão política para que alguma decisão fosse tomada por meio da emissora onde o programa é exibido.

Decisão da emissora ABC

A emissora ABC anunciou a suspensão do programa por tempo indeterminado. A decisão tomou grande repercussão nas redes sociais, tendo sido comentada inclusive pelo presidente Donald Trump, que comemorou a declaração. Além do presidente, o comunicado gerou comoção do público. Pessoas que estavam contra essa decisão reuniram-se em frente aos estúdios onde são gravados os episódios do programa para protestar.

Reação de Jimmy Kimmel

Para o jornal Daily Mail, o informante afirmou que Jimmy Kimmel estaria completamente insatisfeito com a decisão, tendo sido pego de surpresa junto à sua equipe, pois o anúncio foi feito de maneira repentina. Segundo a fonte, o apresentador estaria irritado com a emissora e buscaria maneiras de revogar seu relacionamento com a emissora que já dura há 23 anos. 

Além disso, a pessoa anônima ainda disse que Jimmy tentaria lutar contra essa suspensão não apenas pela importância do seu programa estar no ar, mas também para lutar pelo direito de se expressar. Contudo, o futuro do programa ainda é incerto e houve outros pronunciamentos oficiais de Jimmy ou da emissora sobre quando o talk show voltaria a ser gravado. 

Trump ameaça retirar licenças de emissoras de TV críticas ao seu governo

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou nesta quinta-feira (18) revogar licenças de emissoras de televisão consideradas “contra” seu governo. Assim, a declaração ocorreu um dia após a suspensão do programa do comediante Jimmy Kimmel, exibido pela ABC.

A princípio, Trump afirmou sem apresentação de provas que 97% das emissoras de TV do país se opuseram a ele durante as eleições de 2024. Nos últimos meses, Trump intensificou ataques a veículos de imprensa. Em agosto, acusou a ABC e a NBC de atuarem como braço do Partido Democrata e defendeu que elas perdessem suas licenças.

Pressão na mídia, ações judiciais e reação da oposição

Donald Trump citou Brendan Carr, chefe da Comissão Federal de Comunicações (FCC), como responsável pela decisão final. Carr, em entrevista, chamou Kimmel de “sem talento” e criticou a credibilidade da mídia tradicional.

Anteriormente, o presidente também abriu processos bilionários contra jornais como The New York Times e The Wall Street Journal, alegando difamação em reportagens sobre escândalos. Em uma das ações, pede US$ 15 bilhões em indenização.

Em contrapartida, na rede social X a ex-vice-presidente Kamala Harris classificou as ameaças de Trump como “abuso de poder flagrante”. Para ela, o governo utiliza o medo como arma para silenciar a imprensa. Harris também afirmou que “o povo merece algo melhor”, ao destacar que o ataque à liberdade de expressão não pode ser naturalizado nos Estados Unidos.


Kamala Harris rebate governo Trump (Reprodução/X/@KamalaHarris)

Restrições à cobertura jornalística

Além das ameaças, o governo de Trump já limitou a presença de repórteres em eventos oficiais. No início do ano, barrou jornalistas da Reuters e de outros veículos em reunião do gabinete presidencial.

Segundo a Casa Branca, apenas alguns meios de comunicação terão acesso direto a determinados encontros, como os realizados no Salão Oval. A decisão reforça a política de controle sobre a cobertura jornalística no atual mandato.