Libaneses retornam ao país, após cessar-fogo entre Israel e Hezbollah

Israel e grupo armado libanês Hezbollah firmaram um cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos e pela França, encerrando um confronto que já resultou em milhares de mortos e 900 mil deslocados no Líbano, além de dezenas de milhares de pessoas obrigadas a fugir do norte de Israel. Porém, o confronto entre Israel e o grupo militante palestino Hamas continua na Faixa de Gaza.

A trégua, iniciada nesta quarta-feira (27), foi considerada uma rara vitória diplomática em meio às tensões regionais e permite uma pausa nas hostilidades que vinham acontecendo há alguns meses, além da volta de milhares de libaneses deslocados pelos confrontos, que começaram a voltar para suas casas.

Essa decisão, que começou às 4h (23h de terça-feira, no horário Brasília), exige que Israel retire gradualmente suas tropas do sul do Líbano, um reduto do Hezbollah, e que as forças militares libanesas se posicionem na região num prazo de 60 dias. O Exército libanês afirmou que já estava se preparando para despachar 5.000 soldados para a região.

Militares garantem a segurança

O Exército do Líbano, encarregado de garantir a manutenção do cessar-fogo, anunciou que está organizando sua mobilização para o sul do país, uma área devastada por intensos bombardeios de Israel durante os combates contra o Hezbollah. Essa região inclui vilarejos no leste e os subúrbios ao sul de Beirute.

Os militares orientaram os habitantes das áreas fronteiriças a adiar o retorno para suas residências, até que as tropas israelenses finalizem a retirada. Desde setembro, as forças israelenses avançaram cerca de 6 km em território libanês em operações terrestres. “Com a entrada em vigor do cessar-fogo, o exército está tomando medidas para finalizar sua implantação no Sul, conforme determinação do governo libanês”, declararam.

Enquanto isso, veículos carregados com colchões, bagagens e móveis foram vistos em direção ao sul, saindo da cidade de Tiro, duramente bombardeada. A intensificação dos confrontos nos últimos dois meses forçou milhares de libaneses a deixarem suas casas.

Israel afirmou ter identificado militantes do Hezbollah retornando para áreas próximas à fronteira e abriu fogo para impedi-los de se aproximarem, sem compromissos de que o incidente comprometesse a trégua.

Conflito histórico

O acordo, mediado pelos Estados Unidos e França, busca encerrar um conflito na fronteira entre Israel e Líbano que já deixou milhares de mortos, desencadeado pela guerra de Gaza no ano anterior. A administração de Joe Biden celebrou a trégua como um marco diplomático nos últimos dias de seu governo.

A atenção diplomática agora se volta para Gaza, devastada por ataques de Israel que visam desmantelar o Hamas, responsável pelos ataques de 7 de outubro de 2023 em território israelense. Israel declarou que o objetivo no Líbano era garantir a segurança de aproximadamente 60 mil israelenses deslocados, devido aos foguetes disparados pelo Hamas em Gaza.


Decisão de cessar-fogo marca retorno de libaneses ao Líbano, gerando congestionamento (Foto: reprodução/Mahmoud Zayyat/AFP/GZH)

Entre os que retornam ao Líbano, alguns exibem bandeiras nacionais, enquanto outros demonstram euforia. Apesar disso, muitas aldeias para onde os moradores voltam estão em ruínas. Hussam Arrout, pai de quatro filhos, afirmou que aguardará a retirada completa israelense antes de retornar.

“Os israelenses não se retiraram completamente, eles ainda estão no limite. Decidimos esperar até que o exército anuncie que podemos entrar. Então ligaremos os carros imediatamente e iremos para a vila”, disse ele.

Joe Biden destaca decisão

O presidente Joe Biden destacou que o cessar-fogo foi projetado para ser permanente e prometeu que o Hezbollah e outras organizações terroristas não serão mais ameaças.

“Isso foi projetado para ser um cessar-fogo permanente das hostilidades”, disse Biden. “O que resta do Hezbollah e de não será permitido ameaçar a segurança de Israel novamente.”

Israel iniciará a retirada de suas tropas nos próximos 60 dias, enquanto o Exército Libanês assumirá o controle das áreas limítrofes. Biden também mencionou os esforços para uma trégua em Gaza, onde os conflitos permanecem.

Essa pausa no conflito proporciona a Israel a oportunidade de restabelecer seus recursos militares e concentrar esforços na luta contra o Hamas em Gaza. A tensão permanece alta, mas o acordo marca um possível passo para o fim da guerra no Oriente Médio.

EUA autorizam uso de mísseis de longo alcance contra a Rússia

Em ideia ventilada há algum tempo, e agora oficialmente confirmada, os Estados Unidos autorizaram o uso de mísseis de longo alcance por parte da Ucrânia, após ataque ocorrido no último domingo, vindo de Moscou, contra a rede elétrica do país. O armamento liberado pelos norte-americanos tem um alcance de 300km de distância e já estava disponível há um tempo para as forças da Ucrânia, mas seu uso ainda era limitado.


Liberação das armas dos Estados Unidos para a Ucrânia (Vídeo: reprodução/Youtube/UOL)


Causas da liberação dos mísseis para a Ucrânia

Após o ataque de Moscou contra a rede elétrica da Ucrânia, que ocorreu por conta da tentativa de recuperar a região de Kursk, ocupada por tropas ucranianas; o país sofreu com imensos danos nas questões estruturais de energia.

De acordo com fontes diretas do governo estadunidense, o que fez com que as armas fossem liberadas para a Ucrânia foi a ida de tropas da Coreia do Norte para lutar pela Rússia, mudando a visão dos americanos sobre os mísseis.

A ação russa terminou com 11 mortos e 20 feridos, além de diversas regiões sem energia e destruição de grande parte da capacidade de produção de energia da Ucrânia, em um ataque com 120 mísseis e 90 drones russos.

Caminho até a liberação das armas

Tendo isso ventilado há algum tempo, o uso dos Sistemas de Mísseis Táticos do Exército (ATACMS) foram, enfim, liberados pelos norte-americanos. Armamentos parecidos foram disponibilizados antes por França e Reino Unido, mas não geraram uma resposta grande por parte da Rússia, mesmo tendo um alcance maior do que os norte-americanos.

A condição norte-americana, cerca de um ano após o início da guerra, em fevereiro de 2022, era que as armas não fossem usadas para ataques no território russo, o que mudou agora por conta de todos os acontecimentos.

Confrontos em Amsterdã: 62 detidos após ataques a torcedores israelenses

Uma série de confrontos ocorreu em Amsterdã, na última quinta-feira (7), envolvendo torcedores do Ajax, time holandês, e do Maccabi Tel Aviv, time israelense. A violência iniciou após a partida de futebol, quando torcedores israelenses vandalizaram um táxi e queimaram uma bandeira palestina, gerando grande tensão. Em resposta, grupos em scooters agrediram torcedores israelenses, deixando cinco hospitalizados e outros com ferimentos leves.

Segurança reforçada

O cenário de violência gerou uma reação rápida das autoridades locais. A prefeita Femke Halsema emitiu uma ordem de emergência proibindo manifestações e o uso de máscaras faciais. A segurança em locais judaicos foi intensificada e centenas de policiais foram mobilizados para evitar novos ataques. Halsema afirmou que a polícia foi pega de surpresa, pois não conseguiu identificar os atacantes antes dos confrontos. Antes do jogo, protestos pró-palestinos foram planejados para aquele dia, mas foram proibidos. 

David van Weel, ministro da Justiça, destacou que a polícia foi surpreendida pelo tamanho da força dos ataques e para garantir a segurança dos cidadãos israelenses, o governo de Israel recomendou que se evitassem símbolos israelenses e permanecessem fora das ruas.


Torcedores do Maccabi Tel Aviv em manifestação pró-Israel (Foto: reprodução/Mouneb Taim/Anadolu/Getty Images embed)


Riscos sempre iminentes

Desde o ataque de Israel a Gaza, em resposta às ofensivas do Hamas em outubro passado, os incidentes antissemitas aumentaram na Holanda. Organizações e escolas judaicas relataram um número crescente de ameaças e mensagens de ódio. A prefeita Halsema também destacou o papel das redes sociais, especialmente grupos no Telegram.

“Houve uma rápida disseminação por meio de grupos do Telegram”, disse a prefeita. Gideon Saar, ministro das Relações Exteriores de Israel, viajou à Holanda, onde se reuniu com autoridades locais para discutir a situação e reforçar a segurança. 

A violência coincidiu com o 86º aniversário da Noite dos Cristais, data de perseguição aos judeus na Alemanha nazista, o que aumentou a preocupação com as crescentes tensões na cidade.

Exército de Israel encontra milhões em esconderijo

Nesta segunda-feira (21), militares israelenses revelaram que o Hezbollah estava escondendo centenas de milhões de dólares em um bunker, uma informação que pode ter várias implicações importantes. 

O bunker estava sob vigilância há anos e servia como esconderijo para Hassan Nasrallah , segundo os militares israelenses ele era ex-chefe do grupo Hezbollah que foi morto durante um ataque aéreo no fim de setembro. Conforme as Forças de Defesa de Israel, os valores estavam no subsolo do Hospital Al-Sahel, e poderiam ser acessados por dois prédios vizinhos.

Usados como centro financeiro do Hezbollah, o grupo guardava boa parte de seus recursos neste bunker, e por questões de segurança o hospital que fica acima do esconderijo foi evacuado. O governo de Israel garantiu  que não vai bombardear o local.

Declaração foi televisionada

Segundo o site CNN Brasil, em uma declaração que foi televisionada, Hagari alegou que Hassan Nasrallah, líder morto do grupo, construiu o bunker para longas estadias, “ Há centenas de dólares em dinheiro e ouro dentro do bunker agora. Estou pedindo ao governo Libanês, às autoridades libanesas e às organizações internacionais: não permitam que o Hezbollah use o dinheiro para o terror e para atacar Israel “, comentou.  Ainda segundo o site, o chefe do Estado-Maior israelense, Herzi Halevi, disse às tropas no Líbano que entre domingo e segunda-feira (21), aeronaves atingiram cerca de 30 locais que pertencem ao Al-Qard al-hassan, que Israel diz ser o braço financeiro do Hezbollah.


Hassan Nasrallah lider morto do Hezbollah (Foto: reprodução/ site BBC)

Origem e história

O Hezbollah foi fundado no início dos anos 1980, durante a Guerra Civil Libanesa, como uma resposta à invasão israelense do Líbano. O grupo é uma combinação de movimento político, social e militar, com forte apoio da comunidade xiita no Líbano e do Irã.O financiamento do Hezbollah vem de várias fontes, incluindo doações de simpatizantes, atividades comerciais e apoio financeiro do Irã. A descoberta de milhões em um bunker poderia indicar que o grupo tem acesso a mais recursos do que se imaginava.

Com a possível morte de líder do Hamas, EUA avistam fim da guerra

Israel anunciou nesta quinta-feira (17) que eliminou Yahya Sinwar, líder do Hamas. Segundo as autoridades israelenses, ele foi um dos principais responsáveis pelo ataque de 7 de outubro. Sinwar foi uma figura crucial na criação do braço militar do Hamas, estabelecendo novos laços importantes com as potências árabes da região. Desde 2015 ele é visto como terrorista global pelo Departamento de Estado dos EUA.

Entretanto, Harel Chorev, pesquisador sênior do Centro Moshe Dayan para Estudos do Oriente Médio e da África, da Universidade de Tel Aviv, lembra que ele não deve ser visto como único líder.

“É bem-sabido que enquanto estava na prisão, ele torturou pessoas, principalmente membros do Hamas, usando prato quente para lhes causar queimaduras… o seu papel no Majd realmente diz muito sobre o seu caráter, a sua crueldade. Mas, ao mesmo tempo, os israelenses que o conheceram disseram que ele também pode ser muito prático, discutindo opções abertamente”, afirma o pesquisador. 

Condenações

O líder do Hamas passou mais de duas décadas na prisão israelense, após ser condenado em 1988 por fazer parte do assassinato de dois soldados israelenses e quatro palestinos suspeitos de colaboração com Israel. Em 2011, Sinwar foi liberado como parte do acordo de troca de prisioneiros, que resultou na libertação de mais de mil prisioneiros palestinos em troca de um soldado israelense que foi capturado e transportado para Gaza.


O chefe do Hamas em Gaza, Yahya Sinwar, participa de uma reunião com membros de grupos palestinos para discutir cessar-fogo em junho de 2021 (Foto: reprodução/Anadolu/ Getty Images Embed)


Análise de DNA

Os serviços de inteligência israelenses estão se empenhando para descobrir se o corpo é realmente de Sinwar por meio de análise de DNA, impressões digitais, além de registros dentários. Três terroristas foram mortos nas operações das Forças de Defesa de Israel na Faixa de Gaza. A inteligência israelense segue averiguando as chances de que o corpo encontrado sem vida seja de Yahya Sinwar. O resultado é muito aguardado.

Ataques de Israel à missão de paz da ONU no Líbano geram indignação internacional

Os recentes ataques israelenses contra a missão de paz da ONU no Líbano, conhecidos como Unifil, provocaram uma onda de condenações internacionais. Pelo menos cinco soldados ficaram feridos na última semana, quando Israel bombardeou áreas sob controle da ONU, alegando que elas estavam sendo usadas pelo Hezbollah para atacar cidades israelenses. O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, justificou os ataques afirmando que o grupo armado libanês utiliza as instalações da ONU como cobertura para suas operações.


Tropas israelenses no sul do Líbano próximo da fronteira (Foto: reprodução/Menahem KAHANA/AFP)

Em resposta, a União Europeia e países como Itália, França e Alemanha criticaram duramente a ação israelense, rejeitando as alegações de que as forças da ONU estariam obstruindo as operações militares contra o Hezbollah. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha, Sebastian Fischer, declarou que o bombardeio contra forças de paz “não é de forma alguma aceitável” e ressaltou que Israel deve direcionar suas operações contra alvos militares. Da mesma forma, em carta conjunta, os governos da Itália, Reino Unido, França e Alemanha exigiram que Israel e todas as partes envolvidas garantam a segurança das forças de paz da ONU.

ONU mantém tropas apesar de apelos

Apesar da escalada do conflito, o secretário-geral da ONU, António Guterres, confirmou que a Unifil continuará em suas posições no Líbano. Ele enfatizou que os ataques contra as forças de paz violam o direito internacional e podem ser considerados crimes de guerra. Guterres reforçou o compromisso da ONU com a missão de manutenção de paz, mesmo após apelos de Israel para que as forças da Unifil abandonem posições próximas à Linha Azul, a fronteira delimitada pela ONU entre Israel e Líbano.

Jean-Pierre Lacroix, chefe das forças de paz da ONU, reiterou que a decisão de manter as tropas foi confirmada por Guterres e que a Unifil continuará desempenhando seu papel, que inclui monitorar a fronteira e apoiar a implementação de uma resolução do Conselho de Segurança de 2006, que exige o desarmamento do Hezbollah e a presença do exército libanês no sul do país.

Conselho de Segurança expressa preocupação

O Conselho de Segurança da ONU também manifestou forte preocupação com a crescente violência na região. Em declaração oficial, o conselho reafirmou seu apoio ao papel da Unifil na segurança regional e pediu a todas as partes que respeitem a segurança das forças de paz e das instalações da ONU. Além disso, os membros expressaram preocupação com as vítimas civis e a destruição de infraestrutura, pedindo o respeito ao direito humanitário internacional e a proteção dos civis.

Entenda as raízes do conflito Israel-Líbano e o papel do Hezbollah

Na expectativa de um contra-ataque ao Irã, Israel realizou novos bombardeios em Beirute, na manhã desta quinta-feira (3), de acordo com testemunhas que conversaram com a Reuters. Testemunhas relataram explosões também nos subúrbios da capital libanesa.

Os ataques causaram a morte de nove pessoas e deixaram outras 14 feridas, conforme informações do governo local. No total, mais de 1.000 pessoas já perderam a vida no Líbano em quase duas semanas de bombardeios israelenses. As Forças Armadas de Israel afirmam que estão atingindo alvos relacionados ao Hezbollah, o grupo extremista libanês com o qual têm lutado intensamente.

Ataques

Israel afirma que seus bombardeios têm focado, principalmente, redutos do Hezbollah no sul do Líbano, mas os ataques a Beirute, onde o grupo tem pouca presença, estão se intensificando. Nesta quinta-feira, ocorreram dois ciclos de bombardeios na capital libanesa, um pela manhã e outro no início da tarde, sem registro de vítimas até o momento.

Os moradores de Beirute receberam um alerta por mensagem de texto das Forças Armadas de Israel pedindo que deixassem suas casas antes do primeiro bombardeio, mas muitos estavam dormindo e não viram a mensagem a tempo. Um novo alerta foi emitido para 25 vilarejos no sul do Líbano. Israel também relatou a morte de pelo menos 15 integrantes do Hezbollah em um ataque em Bint Jbeil, enquanto o Hezbollah afirmou ter detonando uma bomba contra forças israelenses em um vilarejo do sul. Israel ainda não se pronunciou sobre essa última informação.


Fumaça é vista após ataque aéreo Israelense á vila de Kfar Rouman, no sul do Líbano (Foto: reprodução/AP Photo/Hussein Malla)

Vítimas

Na última quarta-feira, o Líbano enfrentou uma tragédia com 46 mortes e 85 feridos em decorrência dos combates. O total de mortos no país já supera 1.000, com cerca de 6.000 feridos em apenas duas semanas de conflito, afetando especialmente mulheres e crianças, que são os mais vulneráveis.

Além das perdas humanas, aproximadamente 1,2 milhão de libaneses foram forçados a deixar suas casas, juntando-se a 2 milhões de sírios e 500 mil palestinos refugiados. O governo alertou sobre a grave situação humanitária, com muitos vivendo nas ruas sem acesso a itens essenciais, como água, alimentos e medicamentos, evidenciando a necessidade urgente de assistência.

Faixa de gaza

Na Faixa de Gaza, onde os bombardeios israelenses continuam, as Forças de Defesa de Israel confirmaram que um dos principais líderes do Hamas, Rawhi Mushtaha, foi morto. O ataque que resultou na morte de Mushtaha teria ocorrido há três meses. Segundo a agência de inteligência israelense, ele era o primeiro-ministro de fato da região.

Além dele, outros dois altos membros do Hamas também teriam sido mortos no mesmo incidente. De acordo com informações do Hamas, desde o início do conflito, o número de palestinos mortos em Gaza chega a 41.788.

Primeiro-ministro de Israel faz ameaças ao regime do Irã em pronunciamento

Em pronunciamento diretamente aos próprios cidadãos iranianos, Netanyahu, o primeiro-ministro de Israel fez algumas ameaças e falas direcionadas ao regime do Irã em mensagem divulgada nesta segunda-feira (30). Acusando o país de gastar um alto valor com guerras ao invés de melhorar a vida no Irã, onde alguns locais sofrem pela falta de infraestrutura, de maneira geral. O ministro ainda acrescentou que não existem locais no Oriente Médio em que Israel não possa alcançar, criticando a abordagem do governo iraniano em algumas outras questões.


Discurso de Netanyahu em assembleia da ONU, na última sexta-feira (27) (Vídeo: reprodução/Youtube/CNN Brasil)

Pronunciamento de Netanyahu

O primeiro-ministro israelense, fazendo duras críticas tanto ao regime iraniano, quanto a forma em que o dinheiro do país é gasto, fez um discurso, divulgado inicialmente em língua inglesa, pelo site Ynet, pertencente ao jornal israelense “Yedioth Ahronoth”.

Todos os dias, vocês veem um regime que os oprime, fazendo discursos inflamados sobre a defesa do Líbano, a defesa de Gaza. Mas todos os dias, esse mesmo regime afunda nossa região cada vez mais na escuridão e na guerra. (…) Não há lugar no Oriente Médio que Israel não possa alcançar. Não há lugar que não iremos para proteger nosso povo e nosso país. A cada momento que passa, o regime os aproxima – o nobre povo persa – cada vez mais do abismo. A esmagadora maioria dos iranianos sabe que seu regime não se importa com eles. Se se importasse, se se importasse com vocês, pararia de gastar bilhões de dólares em guerras inúteis em todo o Oriente Médio. Começaria a melhorar suas vidas.

Pronunciamento de Netanyahu, primeiro-ministro de Israel.

Motivos do pronunciamento

Nas últimas semanas, ocorreu um aumento de mobilização do Irã, em questões de guerra e conflitos, que dão gastos ao país, principal motivo de crítica por parte de Netanyahu. O primeiro-ministro ainda acrescentou que Israel está perto de vencer a guerra e alcançar a paz, finalmente.

O premier israelense acabou citando que para o Irã se tornar um país que se importa com os cidadãos, deverá direcionar melhor o seu dinheiro, não gastando bilhões em guerras e conflitos, como acontece atualmente.

Presidente do Irã está pronto para resolver impasse nuclear com as potências mundiais

Nesta terça-feira, 24, Masoud Pezeshkian, presidente do Irã, fez seu primeiro discurso geral na Assembleia-Geral da ONU desde que se tornou presidente e afirmou estar pronto para “se envolver” no acordo nuclear e conversar com as potências mundiais. Pediu também que os Estados Unidos inicie uma nova era de relacionamento seu país.

Pezeshkian disse que o Irã deseja estabilidade e segurança para todos, mas que a segurança e os interesses de nenhum país podem ser alcançados à custa da segurança dos outros. Ele fez um apelo para que os países que estão em impasse nuclear abandonem políticas de confronto e restaurem a confiança.

Estamos prontos para nos engajar com os participantes do JCPOA (acordo nuclear iraniano) se os compromissos forem implementados integralmente e de boa-fé – disse o presidente.

Pacto nuclear

O iraniano falou sobre a retirada dos Estados Unidos do acordo em 2018. O ex-presidente Donald Trump abandonou o pacto nuclear de Teerã em 2018 e voltou a colocar duras sanções ao Irã, que também foram criticadas no discurso de Pezeshkian.


Donald Trump (Foto: reprodução/Poo/Getty Images News Embed)


Ele também afirmou que as sanções definidas foram uma “estratégia de coerção”, e que elas agravaram a crise no país, pois atingiram a economia iraniana e a população. “A nova era começa com o reconhecimento das preocupações de segurança do Irã.”, disse.

Crítica às guerras

Irã é o principal aliado do grupo terrorista Hamas e do Hezbollah, que está em guerra contra Israel. O presidente do Irã criticou a guerra e o derramamento de sangue, pedindo para cessar a violência em Gaza e no Líbano o mais rápido possível.

 Parar com a brutalidade insana de Israel no Líbano antes que coloque a região e o mundo em chamas” – pediu o líder.

Além disso, ele acusou Israel de crimes contra a humanidade, afirmando que o mundo tem visto o “verdadeiro regime israelense”. Caracterizou as atitudes de Israel como “genocídio, assassinato de crianças e terrorismo de Estado”, afirmando que a única solução para o conflito no Oriente Médio é dar aos palestinos o direito de decidir o seu próprio futuro.

Por fim, o líder iraniano deixou claro que não apoia a guerra entre a Rússia e a Ucrânia e apoia a solução pacífica e o discurso como solução para o seu fim.

Príncipe Harry honra a memória de Diana com discurso em entidade apoiada pela mãe

Na última segunda-feira (23), o príncipe participou de um evento da HALO Trust em Nova York. Esta organização sem fins lucrativos é dedicada à remoção de escombros de guerras, incluindo minas terrestres e armamentos não detonados, em áreas pós-conflito. Assim como sua mãe, que faleceu em 1997 quando Harry tinha apenas 13 anos, o príncipe colabora ativamente com a entidade.

Durante seu discurso, o duque de Sussex fez várias menções emocionantes à sua mãe, compartilhando comentários que refletiam seu legado e impacto.

O discurso de Harry

O caçula da família real tem se dedicado a manter viva a memória de sua mãe, especialmente no âmbito da organização HALO Trust. Em sua fala, ele mencionou sua visita a Angola em 2019, onde, segundo ele, sua mãe ficaria ‘horrorizada’ ao saber que ainda existem minas no país.


Princesa Diana em 1997 e anos depois, Harry durante missão em Angola no ano de 2019 (Foto: Reprodução/Vogue)


Atualmente, o duque é casado com Meghan Markle desde 2018 e juntos têm dois filhos, Archie, de cinco anos e Lilibet, de três. Ele ressalta que seu contexto familiar desempenha um papel crucial em torná-lo mais sensível a essas questões. A seguir, apresentamos a fala do monarca na íntegra:

“Muita coisa mudou na minha vida e no mundo desde 2019, quando visitei pela primeira vez. Nesses cinco anos, me tornei pai pela segunda vez. E embora você não precise de filhos para ter uma participação no futuro do nosso planeta, eu sei que minha mãe ficaria horrorizada que os filhos ou netos de alguém vivessem em um mundo ainda infestado de minas

Príncipe Harry

Com isso, o príncipe ruivo se comprometeu a resolver a questão até 2025, visando proporcionar uma melhor qualidade de vida às famílias que vivem sob a constante tensão da possibilidade de um armamento ser disparado.

Meghan fora do Reino Unido

O príncipe Harry não deseja que sua esposa, Meghan Markle, retorne ao Reino Unido após a mudança para os Estados Unidos. Sua decisão é motivada por uma preocupação específica, conforme revelado pela imprensa internacional.

Segundo a ITV, Harry expressou seu receio de que Meghan possa ser alvo de um ataque caso volte ao Reino Unido. Ele manifestou preocupação com a segurança dela, temendo que possa ser agredida com uma faca ou ácido em meio a multidões durante eventos da realeza. Por essa razão, ele prefere que ela não viaje para a Europa até ter 100% de certeza de que sua segurança está garantida.

Essa afirmação complica a situação, uma vez que, há algum tempo, fontes indicavam que o príncipe Harry desejava retornar a morar no Reino Unido para reconstruir seu relacionamento com o irmão e o pai, especialmente após o câncer de Kate Middleton.