Dólar fica a R$ 5,91, e bolsa sobe 0,07%

Na última sexta-feira (24), o dólar teve sua terceira queda seguida, fechando próximo a R$ 5,90. Com a posse de Donald Trump, o mercado financeiro do mundo inteiro vem observando seu mandato, desde que tomou a posse no dia 20 deste mês.

No Brasil, os analistas vêm averiguando a ascensão da inflação, que aumentou mais que o esperado para o mês de janeiro, mesmo que quando comparado com dezembro haja uma lentidão.

O dólar ganhou forte intensidade nas horas finais da sessão, contudo, encerrou no campo negativo, a R$ 5,918 na venda, com queda de 0,12%, que fez com que encerrasse a semana com uma perda de 2,42% no total.


Com queda do dólar durante posse de Donald Trump, o mercado finaceiro global fica de olho no mandato do presidente dos Estados Unidos (Foto: reprodução/Freepik/@pikisuperstar)

Mercado nacional

O IBOVESPA não tinha um fim definitivo enquanto o mercado global passava pelo clima negativo. Somente no fechamento fixou-se em uma queda de 0,03%, com 122.446,94 pontos, em uma alta de 0,079%.

Além do principal índice do mercado doméstico, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve um aumento de 0,11% em janeiro, devido o alto preço dos alimentos, conforme dados divulgados pelo IBGE.

A alteração do IPCA-15 nos últimos 12 meses foi de 4,5%, uma pausa quando comparado com dezembro, quando ocorreu um acréscimo de 0,34%. Durante 2024, a alta total do índice foi de 4,71%.

Expectativa do mercado

Segundo a pesquisa da Reuters, a expectativa dos analistas do mercado era de que houvesse uma queda de 0,03% no mês, e uma alta total de 4,36% nos últimos 12 meses.

Os números estão acontecendo em conjunto com o ajuste do governo para redução dos preços dos alimentos, conforme reunião que o presidente teve na sexta-feira ao lado de um grupo de ministros.

A fim de resolver o preço dos alimentos, uma das soluções analisadas pelo governo é a de verificar os alimentos que estão mais caros no mercado interno do que no exterior, e diminuir as alíquotas de importação destes alimentos.

Rui Costa diz que, sendo aprovado, os alimentos vendidos no Brasil teriam um preço igual ou abaixo do mercado externo. Na mesma linha, Fernando Haddad confirmou na quinta-feira (24), que o governo federal vem trabalhando em alterações Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), para os alimentos ficarem mais baratos.

Dólar e inflação aumentam, mas economia cresce e desemprego caí

Na última sexta-feira do ano, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou os índices de desemprego, empregos de carteira assinada, e o IPCA-15. Estes dados econômicos são muito relevantes para compreender como foi o ano para o país, em especial para a economia, e como o ano deve iniciar. Apesar do número positivo da queda do desemprego, os preços estão aumentando cada vez mais.

Os dados de economia divulgados pelo IBGE

O teto da inflação ultrapassou a meta definida pelo Banco Central, tendo crescido 0,34% em dezembro, e fechado o ano com uma alta de 4,71%. Os gastos que mais impactaram o bolso da população foram com alimentos, bebidas e despesas pessoais, como educação e saúde.

Segundo os índices de desemprego, a taxa de desocupação baixou para 6,1%, o menor patamar da história desde 2012, quando se iniciou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). Além disso, foram abertos mais de dois milhões de postos de empregos formais.

Aumento da taxa Selic

Em uma tentativa de frear o acréscimo pelo qual o país passou, o Banco Central elevou a taxa Selic para 12,25% na última reunião do Copom, além de ter sido deliberado novas adições para o próximo ano.

A decisão não foi bem aceita pelo presidente Lula e pela ala do PT, que passaram o ano criticando as decisões, como ter mantido a taxa em 10,5%. Em junho, o presidente havia dito que o mercado financeiro foi o enfoque para que o Banco Central mantivesse os juros na reunião que houve com o Copom.

Lula afirmou que seu governo investe no povo brasileiro, enquanto que o BC optou por focar no sistema financeiro, “nos especuladores que ganham dinheiro com os juros”.


O presidente Lula critica decisões do Banco Central (Vídeo: Reprodução/X/@lazarorosa25)

Reação do mercado financeiro perante a economia

A conduta não foi bem recebida no mercado financeiro, e economistas criticaram o modo como a equipe econômica agiu perante as contas públicas. Segundo estes, houve um pessimismo perante o corte incisivo nos gastos que não ocorreu, o que fez com que se duvidasse se o arcabouço fiscal seria ou não cumprido.

Essa incerteza causou um aumento no dólar de mais de 25%, fazendo-o atingir a alta de R$ 6,27. A fim de brecar a ação, o BC fez uma intervenção recorde na moeda estadunidense em dezembro, por meio de leilões.

As expectativas do mercado sobre o IBOVESPA também não foram atendidas, com o índice tendo caído mais de 10% em 2024; nesta sexta-feira, a queda fechou em 0,67%, com 120.269 pontos.

Brasil atinge menor índice de pobreza e extrema pobreza de acordo com o IBGE

O Brasil alcançou os menores índices de pobreza e extrema pobreza em 2023, da série histórica iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados da pesquisa “Síntese de Indicadores Sociais de 2024” foram divulgados nesta quarta-feira (4).

A pesquisa adotou o parâmetro internacional de US$2,15 por dia por pessoa (equivalente a R$209 mensais), para definir a extrema pobreza, e de US$6,85 por dia por pessoa (R$665 mensais), para a pobreza.

Entre 2022 e 2023, 8,7 milhões de pessoas saíram da pobreza no país, diminuindo o número total desse público, de 67,7 milhões para 59 milhões (o menor desde 2012). Ou seja, de 31,6% para 27,4% da população.

Já a extrema pobreza, 3,1 milhões de pessoas saíram dessa situação no mesmo período, diminuindo o número total desse público de 12,6 milhões para 9,5 milhões (menor número desde 2012). Ou seja, a queda foi de 5,9% para 4,4% da população.

Segundo o gerente de indicadores sociais do IBGE, a queda do índice de pobreza em 2023, deu-se, principalmente, pelo dinamismo no mercado de trabalho e o aumento da cobertura de benefícios sociais.

Esses benefícios têm um impacto muito grande na extrema pobreza, enquanto a diminuição da pobreza está mais alinhada a um mercado de trabalho mais aquecido”.

Leonardo Athias, gerente de Indicadores Sociais do IBGE.

Grupos etários

Entre os grupos etários, as crianças e adolescentes de 0 a 14 anos são o grupo mais atingido pela pobreza. Cerca de 7,3% são consideradas extremamente pobres e 44,8%, pobres.

Já os idosos são o grupo com menores índices: 2% em situação de extrema pobreza e 11,3% em condição de pobreza.

Índices por região, gênero e cor

De acordo com a pesquisa, a população Norte e Nordeste concentram o maior número de pessoas pobres e extremamente pobres. Em questões de gênero e cor, mulheres e pessoas pardas e negras são as mais afetadas.

Homens e mulheres

A pobreza afeta 28,4% das mulheres e 26,3% dos homens, já a extrema pobreza atinge 4,5% e 4,3% respectivamente.

Pessoas pardas, pretas e brancas

A pobreza afeta 35,5% da população parda e 30,8% da população preta. Entre as pessoas brancas esse índice é de 17,7%. Já a extrema pobreza atinge 6% das pessoas pardas, 4,7% das pessoas pretas e 2,6% das pessoas brancas.

Regiões do Brasil

A pobreza afeta 47,2% da população do Nordeste e 38,5% do Norte. Nas demais regiões no Brasil, as proporções são: Sudeste (18,4%), Centro-Oeste (17,8%) e Sul (14,8%). Já a extrema pobreza atinge 9,1% da população do Nordeste, 6% do Norte, 2,5% do Sudeste, 1,8% do Centro-Oeste e 1,7% do Sul.

De acordo com o analista Athias, do IBGE, as desigualdades regionais e por grupos populacionais são consideradas históricas. “O desenvolvimento brasileiro ocorreu com uma concentração de oportunidades no Centro-Sul do país“, ele afirmou.

O pesquisador também ressalta que pessoas que estão no mercado de trabalho não estão isentas da situação de pobreza. Os trabalhadores dos setores de agricultura e serviços domésticos são os mais afetados.

Crescimento do acesso à internet domiciliar


Houve um grande aumento do acesso à internet domiciliar no país (Foto: Reprodução/Pexels)

O IBGE também revela que, entre 2016 e 2023, o acesso à internet em domicílios no Brasil cresceu 24,3 pontos percentuais, passando de 68,9% para 92,9%.

Entre a população extremamente pobre, a proporção de acesso passou de 34,7% em 2016 para 81,8% em 2023. Já a população pobre, o aumento foi de 50,7% para 81,8%, no mesmo período, uma alta de 31,1 pontos.

Segundo IBGE, PIB do Brasil cresce 1,4% no 2° trimestre

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira (3) que, na comparação com os três meses anteriores, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,4% no 2º trimestre de 2024.


Cidade de São Paulo (Foto: reprodução/Christopher Pillitz/Getty Images Embed)


Ao longo do segundo trimestre, a indústria (1,8%) e o setor de serviços (1,1%) tiveram altas significativas, compensando a queda de 2,3% da agropecuária.

Todos os itens aumentaram em relação à demanda. O consumo do governo e das famílias subiu 1,3%, enquanto os investimentos voltaram a crescer depois de um período ruim em 2023, aumentando 2,1% neste trimestre.

Este é o décimo segundo resultado positivo do indicador em bases trimestrais. O saldo é resultado de um crescimento de 1% na atividade econômica brasileira no primeiro trimestre. O IBGE revisou o resultado anterior de 0,8%.

Destaques do PIB no 2º trimestre

O PIB totalizou R$ 2,9 trilhões em valores correntes. R$ 2,5 trilhões de Valor Adicionado (VA) a preços básicos e R$ 387,6 bilhões adicionais de Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios foram acrescentados.

Os números de aumento foram em: Importação: 7,6%; Investimentos: 2,1%; Indústria: 1,8%; Exportações: 1,4%; Consumo das famílias: 1,3%; Consumo do governo: 1,3%; Serviços: 1,0%, enquanto a Agropecuária teve uma queda de -2,3%.

Com os resultados, o PIB do Brasil aumentou 3,3% em comparação com o mesmo trimestre de 2023. Além disso, o aumento acumulado em quatro trimestres é de 2,5%.

Crescimento do PIB

O desempenho das atividades de eletricidade e gás, água e esgoto e gestão de resíduos destaca o resultado da indústria (4,2%), impulsionado pelo consumo residencial e pelas altas temperaturas.

Além disso, o bom desempenho da construção foi de 3,5%, impulsionado pelo aumento de crédito, um patamar de juros mais baixo no país e programas governamentais de apoio à comunidade, como Minha Casa, Minha Vida.

A indústria de transformação subiu 1,8%, com um aumento significativo tanto nos bens de capital quanto nos bens de consumo, que estão associados à melhoria da renda e dos créditos dos brasileiros, bem como nos bens de consumo, que estão associados à melhoria do desempenho dos investimentos produtivos na economia.

Com as paradas de manutenção do petróleo, a indústria extrativa caiu 4,4% no trimestre.

Brasil fecha desemprego em 6,8% no trimestre encerrado em julho

Nesta sexta-feira (30), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou a PNAD, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, com os dados do trimestre encerrado no mês passado, em julho. Segundo a pesquisa, a taxa de desemprego no País foi de 6,8%, tendo dito uma queda de 0,7 ponto percentual (p.p.) na taxa de desocupação, comparado com o trimestre encerrado em abril, que fechou em 7,5%. Comparado com abril de 2023, a taxa era de 7,9%.

Este é o melhor resultado para o mês de julho, desde 2014, quando fechou em 7%. Em comparação com os demais trimestres, é a menor taxa após 6,5%, quando o trimestre de janeiro de 2014 encerrou-se.

Dados da pesquisa

Segundo os dados da pesquisa, a taxa de desocupação é de 6,8%; a população de desocupada e a ocupada representam 7,4 milhões de pessoas e 102 milhões, respectivamente; 3,2 milhões fazem parte da população desalentada, e 66,7 milhões da população fora da força de trabalho.

Prosseguindo, 38,5 milhões empregados possuem carteira assinada, enquanto 13,9 milhões não possuem carteira assinada; trabalhadores por conta própria representam 25,4 milhões dos brasileiros, 5,8 milhões trabalhadores domésticos, e 39,4 milhões são trabalhadores informais. A taxa de informalidade é de 38,7%.


Desemprego fecha em porcentagem menor comparado a abril, último trimestre (Foto: reprodução/Freepik/@freepik)

População desocupada e ocupada

A pesquisa indica ainda que houve um decréscimo de 9,5% no número de desocupados (pessoas na força de trabalho que estão desempregadas) quando equiparado com o trimestre anterior, o que soma um total de 7,4 milhões de pessoas. No mesmo semestre, em 2023, houve um aumento de 12,8%.

Nesse mesmo trimestre de julho, a população ocupada teve um acréscimo de 1,2%, representando cerca de 102 milhões de pessoas, um recorde inédito desde 2012. População ocupada é aquele que realiza quaisquer atividades profissionais, seja este formal ou informal, remunerada ou não, por pelo menos uma hora completa semanal.

Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, relata que houve uma melhoria relevante na renda do trabalho, e grande parte do consumo é provindo dessa renda. As famílias consomem mais por conta dessa expansão, o que aumenta mais a demanda por bens e serviços, além do aumento de mais trabalho. “O mercado de trabalho gera demanda para si próprio”, diz Adriana.

Número de pessoas com mais de 60 anos, já é maior que o número de jovens até 24 anos, aponta IBGE  

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e publicada nesta quinta-feira, (22), mostra que o número de idosos tem aumentado nas últimas décadas e só tende a crescer. 

Eles, que já foram a menor taxa de população nos anos 2000, hoje representam 15,6% dos habitantes brasileiros. Essa é a primeira vez que os idosos foram mais numerosos em relação aos jovens, sobretudo entre 15  a 24  anos. 

A população está ficando mais velha

Atualmente, a faixa etária de pessoas entre 40 a 59 anos está em 26,2%, estando separada da seguinte forma: 

  • 0 a 14 anos: 20,1% 
  • 15 a 24 anos: 14,8% 
  • 25 a 39 anos: 23,3% 
  • 40 a 59 anos: 26,2% 
  • Acima de 60 anos 15,6% 

Estudos ainda trouxeram dados com ainda mais informações que valem serem destacadas. Até 2070, os idosos com 60 anos serão a maioria da população, podendo chegar a 28%. Com isso,  o percentual que hoje é de 15%, chegará a 37,8%, isto significa que 1, ou mais, de 3 pessoas serão idosas. 

Dentre os principais motivos para o aumento considerável de pessoas 60+, se deve por dois motivos, o primeiro seria pela diminuição da taxa de fecundidade (quantidade filhos por mulheres) e também pelo aumento da expectativa de vida. 

Entre 2000 e 2023, a quantidade de filhos por mulheres era de 2,32, diminuindo para 1,57. Leva-se em consideração que, para que se aumente a população, seja de 2,1 filhos por mulher. Além da combinação da expectativa de vida que atualmente é de 76,4 de acordo com estudos de 2023, para 83,9 em 2070. 

De acordo com Márcio Mitsuo Minamiguchi, gerente de Estimativas e Projeções de População do IBGE, ele afirma que com menos pessoas em período fértil, consequentemente teremos menos nascimentos, tendo assim uma população mais velha bem mais numerosa do que jovem. 


Mapa mostra idade mediana por federação (Foto: reprodução/ Censo2022/IBGE)

As informações do Censo de 2022

As pesquisas começaram a ser difundidas em junho de 2023 e através destas, foi possível saber que: 

  • Atualmente o Brasil tem 203 milhões de habitantes, número bem pequeno se levar em consideração as expectativas iniciais;
  • Nosso país está ficando feminino e mais velho. A média de idade em 2010 era de 29 anos, indo para 35 anos em 2022. O que quer dizer que há cerca de 104,5 milhões de mulheres, ou seja, 51,5% da  população brasileira. 
  • Pela primeira vez, os brasileiros têm se declarado mais pardos que brancos, enquanto a população negra aumentou. 
  • Depois de 50 anos, o termo favela voltou a ser utilizado no Censo. 

Mesmo com aumento de internet, mais de 22 milhões de brasileiros não possuem acesso

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (pesquisa Pnad Contínua), responsável por unir as características socioeconômicas da população brasileira medidas, por meio do acesso à internet e televisão, divulgou ontem (16), que mais de 22 milhões de domicílios no Brasil não possuem acesso à internet.


IBGE relata motivos pelos quais brasileiros não possuem internet (Foto: reprodução/Pinterest/@marketinggruporedes)

O acesso à internet

Realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a última pesquisa foi divulgada nesta sexta-feira (16), relatando que o acesso à internet cresceu 1% de 2022 para 2023, simbolizando 3,6 milhões de residências.

Ademais, a área residencial rural diminuiu sua diferença de acesso para com a área urbana, com um crescimento rápido.

No ano passado, 22,4 milhões de pessoas foram consideradas como excluídas digitalmente pelo IBGE, dado que 5,9 milhões de residências não utilizavam internet.

A principal razão para tal número se dá por nenhum residente saber usar a internet, seguido do preço, e por não ser preciso usar a internet naquela casa.

Acesso ao streaming e TV por assinatura

Enquanto que de 2022 para 2023 as residências tiveram um acréscimo de uso de internet por modem de 81,2% para 83,3%, os televisores estão em mais de 85% das casas, tanto da área urbana, quanto da rural.

Foram averiguados 78,3 milhões de domicílios, 73,9 milhões possuem televisor, sendo 95,1% na zona urbana, e 88,5% na rural. O sinal analógico ou digital, de 2023 para 2022 teve uma queda de 3,6%, o que representa 88% das residências com televisão.

Leonardo Quesada, analista desta pesquisa, relatou que mesmo com a queda do sinal da televisão aberta, foi visto um aumento de serviços de streaming ou de televisão por assinatura.

De todas as casas, 25,2% das casas possuem acesso à televisão por assinatura, sendo 26,2% na área urbana, e 17,4% na rural, que teve uma queda em 3,2 milhões desde 2016.

Quanto às plataformas de streaming, 42,1% das residências possuem acesso, sendo que 6,1% não tem acesso à TV aberta, tv pela internet ou por assinatura, o que em 2022 era de 4,7%.

Segundo IBGE, mais da metade dos trabalhadores não possuem ensino superior completo

Nesta sexta-feira (21), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), instituição responsável por fornecer informações e dados acerca do Brasil, que servem às demandas de vários segmentos da sociedade civil, como também de órgãos dos campos governamentais de nível municipal, estadual e federal, apresentou os resultados da PNAD contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).


IBGE divulga resultado sobre nível educacional de trabalhadores brasileiros (Foto: reprodução/NurPhoto/Getty Images Embed)


Os dados da análise revelam que grande parte da população brasileira, que está inserida no mercado de trabalho, não terminou os estudos no nível da graduação, em uma proporção que pode variar entre 75 a 77% no total. Entretanto, as estatísticas mais recentes demonstram uma mudança significativa na parcela, que tem aumentado, de trabalhadores que buscam obter o diploma de ensino superior, conforme constatado na avaliação realizada no ano de 2023, em que o país registrou uma quantidade acima da casa dos 100 milhões de indivíduos em exercício empregatício.

Resultados que demonstram as adversidades enfrentadas pelos brasileiros no tocante à educação

Segundo a opinião do professor de economia, desenvolvimento econômico, trabalho e economia internacional, da faculdade Cásper Líbero, e especialista em análise social e econômica do IBGE, Jefferson Mariano, grande parte das pessoas não prosseguem com a formação educacional, devido à preocupação de conseguirem uma vaga de emprego.


População enfrenta grandes desafios para concluir o ensino superior no Brasil (Foto: reprodução/Moor Studio/Getty Images Embed)


Todavia, muitos cargos, atualmente, exigem um nível de educação de ensino superior, como o analista aponta, e como exemplo, cita o caso dos concursos públicos, empregos pelos quais, grande parcela é composta por trabalhadores que possuem diploma. O especialista comenta que é importante ficar atento a atualização constante do mercado de trabalho, e tentar acompanhar as mudanças que surgem, pois, quanto maior o nível educacional do indivíduo, maiores são as suas chances de se inserir nesse meio.

Um avanço lento, gradual e necessário

O professor de economia ainda destaca que, os dados da pesquisa demonstram um avanço no número de pessoas que buscam a conclusão do ensino superior, mas que essa ainda é uma mudança pequena, porém significativa, que reflete a atual situação do setor econômico e do mercado de trabalho do país.


Número de pessoas formadas cresce no Brasil, mas ainda é uma pequena parcela (Foto: reprodução/Boy_Anupong/Getty Images Embed)


A análise realizada pelo IBGE foi feita entre indivíduos trabalhadores em idade para exercerem uma profissão, e apresentou o resultado que mais da metade dos brasileiros, estão envolvidos em alguma atividade ligada ao trabalho.  

Reconstrução das áreas afetadas do Rio Grande de Sul pode levar até um ano

Para auxílio na visualização das manchas de inundação, é utilizado drones e imagens de satélite por todo o estado.

Segundo o tenente Rafael Luft, este diagnóstico para identificação das casas, escolas, creches e UBS’s atingidas, apesar de tratar-se de um enorme desafio, estabelece minimamente um tamanho do desastre que ocorreu no estado.


Exemplo do uso de imagens de satélite no Rio Grande do Sul (Foto: reprodução/X/@sbtrs)

O que é útil não apenas para registro, mas também para se ter uma ideia de onde a reconstrução deverá iniciar, e o que será necessário para tal.

Após esta identificação, os dados são cruzados por técnicos com as informações das bases oficiais, em conjunto com o IBGE, CadÚnico (dados do governo federal) e os cadastros de programas estaduais.

Até o momento, dos 469 municípios atingidos, 224 já foram mapeados. E nestes locais, 267 mil residências e 109 mil empresas foram atingidos diretamente.

Início de uma nova etapa para o estado

Alguns desses municípios foram visitados pelo governador Eduardo Leite no sábado (25) de manhã e, em conversa com o Jornal Nacional, estipulou um prazo para a reconstrução.

Nesta conversa, fora dito que as famílias de baixa renda que perderam suas residências, estão sendo encaminhadas para a construção de casas definitivas, “em modos construtivos rápidos”, os que podem ser, por exemplo, blocos de concreto.

Estas residências são construídos em locais que foram previamente analisados, pois, não podem ter sido atingidos pelas inundações. Não apenas para evitar acidentes, e para garantir uma estrutura segura para a construção, mas também para “respeitar as novas condições climáticas, o novo patamar que o rio alcançou”, diz Eduardo.

Em conjunto com a fala de Eduardo, o ministro Paulo Pimenta, comandante da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, relatou que o governo federal ajudará na recuperação de escolas, UBS e rodovias, além de entrar em prática um programa para reconstrução das casas dos que possuem renda de até R$ 4,4 mil.

Para tal, as prefeituras realizam um cadastro, e destinam o terreno, e o governo federal é responsável em conseguir o valor para comprar o imóvel usado. Além da compra de imóveis usados, foi requisitado que fizesse parte do programa todos os imóveis que estavam para leilão na Caixa Federal e no Banco do Brasil. Ademais, fora indicado que será adquirido os imóveis da iniciativa privada que estão sendo construindo e se adequam nesta faixa de valor.

As universidades também auxiliam, como a professora Alexandra Passuello, que liderou equipes responsáveis pelo mapeamento das áreas vulneráveis a inundações e deslizamentos em determinados pontos do estado.

Segundo a professora, há territórios em que a reconstrução não será possível, enquanto em outros a reconstrução deverá ocorrer seguindo diretrizes de como torná-las mais resistentes; tanto para não haver danos físicos, quanto para que o salvamento ocorra de forma segura e em bom tempo.

Auxílio na reconstrução

É indicado que, nesta jornada de restauração, as ações de solidariedade e apoio imediato às famílias atingidas será imprescindível. Como a ação de parceria que ocorreu neste sábado em uma comunidade de Porto Alegre, entre organizações locais e movimentos voluntários com doações de empresas e pessoas físicas, que levou alimento para muitas pessoas.

A presidente do Mistura Aí, Mara Nunes, informa que não conseguiria colocar a cabeça no travesseiro sabendo que há pessoas lá fora que necessitam de ajuda. Ela conclui dizendo acreditar que a pessoa do outro lado precisa pensar da mesma forma.

Desde setembro do ano passado, quando houve uma grande chuva, essa rede de apoio atua na ajuda ao Rio Grande do Sul, na entrega de kits de higiene, colchões e cobertores, além do fornecimento de mais de um milhão de refeições.

Segundo o voluntário Vitor Brandão, após a água abaixar, a instituição terá diversas etapas pela frente, como limpeza e reconstrução. Ele frisa que, por mais que seja um cenário que dura mais de três semanas, o Rio Grande do Sul ainda precisa e precisará de muita ajuda.

Analfabetismo atinge 7% dos brasileiros acima dos 15 anos, de acordo com o IBGE

O Censo Demográfico divulgou os dados das taxas de analfabetismo do ano de 2022. De acordo com as informações divulgadas, o Brasil possui uma taxa de 7% de indivíduos acima de 15 anos que não sabem ler e escrever um simples bilhete, o que corresponde a 11,4 milhões de pessoas. Em 2010, o Censo afirmava que a taxa era de 9,6%. 

No ano de 1940, a taxa de analfabetismo era de 56%, e com isso, esse número diminuiu significativamente nos últimos anos. 

Analfabetismo entre os indígenas

Segundo informações do Censo, os povos indígenas têm a maior taxa de analfabetismo, com uma porcentagem de 15,1%. Este percentual corresponde a 10,1% entre os indivíduos da comunidade negra, enquanto alcança 8,8% entre os integrantes da comunidade parda. A menor incidência de analfabetismo foi observada entre as pessoas de ascendência branca e amarela, registrando-se taxas de 4,3% e 2,5%, respectivamente. Em outras palavras, a proporção de analfabetos entre negros e pardos é mais que o dobro daquela entre brancos, enquanto a dos indígenas é quase quatro vezes maior.

O analfabetismo em cada região do país

De acordo com o Censo de 2022, o Nordeste registrou a maior média de analfabetismo no país. A região registra uma taxa 14,2%, que é o dobro da média nacional e a maior do país. No ano de 2010, registrava uma porcentagem de 19,1%.

Logo atrás vem a região Norte, com  uma porcentagem de 8,2% de pessoas analfabetas. No Sudeste, 3,9% das pessoas não sabem ler e no Centro-Oeste, 5,1%. O Sul se mantém como a região que possui a menor taxa de analfabetos, com 3,4% em 2022. 

Por cidades, as maiores porcentagens de analfabetismo foram encontradas no Piauí (17,2) e em Alagoas (17,7%). As menores taxas foram encontradas no Distrito Federal (2,8%) e em Santa Catarina (2,7%). 


Gráfico de taxas de analfabetismo por federação (Reprodução/IBGE)

No que se refere à incidência de analfabetismo em relação ao tamanho populacional dos municípios, apenas as cidades com mais de 100.000 habitantes apresentaram índices abaixo da média nacional. A maioria dos municípios com as taxas mais elevadas está localizada na região Nordeste, concentrando 22 dos 25 municípios selecionados. As maiores taxas foram observadas nas localidades com até 10 mil habitantes, todos situados no estado do Piauí.