Deslizamento na Indonésia mata duas pessoas e deixa outras desaparecidas

Na madrugada desta sexta-feira (14), um deslizamento de terra vitimou duas pessoas na Indonésia, além de deixar outras 21 pessoas até então desaparecidas. Ao todo, três vilarejos foram atingidos pela lama no distrito de Cilacap, localizado na província de Java Central.

Até o momento, 23 pessoas foram resgatadas com vida, e as equipes de resgate seguem em busca de mais sobreviventes em meio à terra e escombros de casas. Segundo a agência de Meteorologia do país, uma das razões para o desastre foram as fortes condições climáticas.

Buscas por sobreviventes

Segundo a Defesa Civil da Indonésia, até o momento foram encontradas 23 pessoas com vida, com diferentes níveis de ferimentos, que já foram encaminhadas para hospitais e estão sendo tratadas adequadamente. Outras 2 pessoas foram encontradas já ao amanhecer sem vida em meio aos escombros.

As equipes de resgate ainda buscam outras 21 pessoas que estão desaparecidas, segundo a listagem oficial. O resgate ressaltou a dificuldade na busca pelo terreno do local, que, junto aos escombros, atrasa o trabalho dos bombeiros.


 

 

Deslizamento de terra na Indonésia (Vídeo: reprodução/X/@RTVCnoticias)


Condições climáticas

A Agência de Meteorologia, Climatologia e Geofísica da Indonésia emitiu um alerta na segunda-feira (11) sobre as condições climáticas fortes para quinta e sexta-feira, preparando os moradores da região para possíveis pancadas de chuvas e até deslizamentos.

A Indonésia historicamente tem em seu território, neste período de novembro até abril, chuvas fortes que podem trazer consigo deslizamentos de terra, enchentes nas ruas, além de doenças transmitidas pela água suja. A Defesa Civil da Indonésia ainda alerta que os moradores da região central de Java fiquem em casa e, em caso de danos, procurem as equipes de resgate do país.

Eleições de 2026: Lula confirma candidatura pela primeira vez

Nesta quinta-feira (23), durante uma viagem à Indonésia, o presidente Lula confirmou que irá disputar as eleições presidenciais em 2026. A declaração, dada ao lado do presidente do país asiático, Prabowo Subianto, foi anunciada oficialmente pela primeira vez. 

Enquanto falava sobre a relação entre o Brasil e a Indonésia, o petista confirmou que irá se candidatar pela quarta vez a fim de garantir que o vínculo entre os dois países seja “valoroso”. 

Confirmação da candidatura

Apesar das especulações que rondavam a suposta candidatura em 2026, o presidente Lula ainda não havia confirmado sua presença nas eleições presidenciais do próximo ano. Isso porque, quando perguntado, o petista levantava dúvidas por conta de sua saúde. 


Em viagem oficial à Indonésia, presidente Lula confirma candidatura à reeleição em 2026 (Vídeo:reprodução/Instagram/@metrópoles)

Aos 79 anos, Lula diz que se sente com a “mesma energia de quando eu tinha trinta anos”. Vale ressaltar que, em outubro de 2026, mês das eleições, o atual presidente fará 80 anos. 

Viagem à Indonésia

Lula desembarcou na Indonésia na última quarta-feira (22) e, durante o encontro com o presidente indonésio, Prabowo Subianto, o petista falou sobre a relação comercial entre os dois países.

Nós queremos comércio livre e, mais ainda, tanto a Indonésia quanto o Brasil têm interesse em discutir a possibilidade de comercialização entre nós dois e com as nossas moedas. Essa é uma coisa que nós precisamos mudar.”, declarou o presidente. 

Além disso, Lula também falou em defesa do multilateralismo e criticou o protecionismo comercial. “[…] Nós queremos multilateralismo e não unilateralismo. Nós queremos democracia comercial e não protecionismo. Nós queremos crescer, gerar empregos, ganhar emprego de qualidade”. 

Assim, nesta quinta-feira (23), o presidente brasileiro participará de um fórum econômico com cerca de 200 empresários da Indonésia e do Brasil. Neste fórum, Lula pretende angariar a venda de carne ao país asiático, visto que, o mercado indonésio é considerado vasto por possuir a quarta maior população do mundo. 

Viagem ao Sudeste Asiático

Após a passagem pela Indonésia, o presidente Lula viaja à Kuala Lumpur, capital da Malásia, para uma reunião com o secretário-geral da Associação das Nações do Sudeste Asiático. 

Já no próximo domingo (26), Lula tem uma reunião presencial com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Nesse encontro, marcado para às 18h do horário local, correspondente na manhã do domingo pelo horário de Brasília, os presidentes devem negociar as tarifas adicionais de 40% impostas pelos EUA ao Brasil. 

Corpo de Juliana Marins passara por uma nova autópsia após pedido feito ao governo

A advocacia geral da união (AGU) disse que vai cumprir com o pedido de uma nova autopsia no corpo de Juliana Marins, que faleceu durante uma trilha no vulcão Rinjani localizado na Indonésia, no último dia 21 de junho de 2025. A decisão veio nesta segunda-feira (30), pela 7° Vara Federal em Niterói, mediante a uma solicitação feita pela procuradoria geral da União. A decisão vem para poder atender com uma certa urgência todos os pedidos dos familiares dela, por uma determinação que veio diretamente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva recentemente.

A autópsia feita no corpo dela

Tendo sido feita em Bali, a primeira autopsia foi feita no dia 26 de junho, e na ocasião o legista chegou à conclusão de que a morte ocorreu após a queda, no próprio dia 21, que foi em razão de um traumatismo grave, porém, existem imagens de drones captados por turistas. Existem dúvidas quanto a essa versão vinda desta resolução, pois se acredita que ela poderia ter sobrevivido mais tempo, e que por conta de não ter tido socorro a tempo acabou não conseguido sair com vida do local, a certidão de óbito que havia sido emitida pela embaixada no Brasil não esclareceu o momento exato da morte.

Questionamentos sobre socorro

Existem questionamentos relacionados a como foi prestado o Socorro à Juliana e como foram feitas as coisas na ocasião, pois pode ter havido omissão nessa questão. Foi retirado da região do vulcão o seu corpo apenas no dia 24, e três dias após o acidente e a nova autópsia no Brasil vai esclarecer se ela morreu imediatamente, ou se após a queda houve resistência por um tempo sem ter sido atendida, pois será preciso descobrir se a houve erros por parte das autoridades da indonésia, tendo em vista o tempo demorado para encontrar o corpo dela, será necessário analisar para se ter uma conclusão.


Juliana Marins em foto postada no Instagram (Foto: reprodução/Instagram/@juliana marins)


AGU solicita audiência

Solicitando uma audiência com o AGU, o governo do Rio de Janeiro tomou essa atitude com o intuito de definir as responsabilidades de cada ente federativo. Houve ainda uma informação vinda da polícia federal informando que eles vão colaborar com o translado do corpo até o instituto médico-legal, designado a respeito desse caso.

Imagens inéditas mostram a tentativa de resgate de Juliana Marins após queda no Monte Rinjani

Imagens inéditas exibidas pelo programa do Fantástico neste domingo (29), mostram as primeiras tentativas de salvar a publicitária Juliana Marins, de 26 anos. Ela morreu após cair de um penhasco durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. Um vídeo feito pelo guia mostra a lanterna do capacete de Juliana ainda acesa depois da queda.

Pai de Juliana fala dos acontecimentos

Manoel Marins, pai de Juliana, relatou que ela disse ao guia estar cansada, e ele a orientou a sentar. O guia então se afastou por cerca de 5 a 10 minutos para fumar e, ao retornar por volta das 4h, não encontrou mais Juliana. Ele só a avistou novamente às 6h08, quando gravou um vídeo e o enviou ao chefe dele.

O parque chamou uma brigada de primeiros socorros, que começou a subir por volta das 8h30. A equipe chegou ao local do acidente só às 14h. Imagens mostram esse momento.

A família só chamou a Defesa Civil da Indonésia mais tarde, e a equipe chegou ao local por volta das 19h. Dois dias depois do acidente, encontraram Juliana morta. O laudo divulgado na sexta-feira mostrou que ela teve hemorragia interna por causa de uma lesão no tórax. A morte aconteceu entre 12 e 24 horas antes de retirarem o corpo, na manhã de quarta-feira.

O pai de Juliana afirmou que, em sua opinião, os principais responsáveis são o guia, que deixou Juliana sozinha para fumar por 40 ou 50 minutos, tirando os olhos dela, e a empresa que vende os passeios, pois oferece as trilhas como se fossem fáceis. Porém, ele considera que o maior culpado é o coordenador do parque, que demorou a acionar a Defesa Civil.


Imagens inéditas mostram a tentativa de resgate de Juliana Marins (Vídeo: reprodução/YouTube/g1)


Precariedade dos equipamentos

A médica Karina Oliani, especialista em resgates em áreas remotas, afirmou que equipamentos adequados poderiam ter feito a diferença no socorro. “Turistas com drones amadores conseguiram visualizar Juliana. Se tivessem um drone profissional, poderiam ter enviado mantimentos e impedido que ela escorregasse mais”, exclamou a médica.

A prefeitura de Niterói, cidade onde Juliana nasceu, pagou pelo traslado do corpo e homenageou a publicitária dando seu nome a um mirante. Ainda não marcaram a data do traslado.

Acidentes no Parque Nacional Monte Rinjani não são incomuns. A trilha até o topo do vulcão, que fica a 3.700 metros de altura, pode levar até três dias e tem pouca sinalização e fiscalização. No dia seguinte à queda de Juliana, um turista da Malásia caiu e a equipe de resgate o salvou com fratura na bacia. Em outubro de 2024, o brasileiro Bernardo presenciou o resgate do corpo de um turista desaparecido há nove dias.

Laudo da autópsia revela causa da morte de Juliana Marins na Indonésia

A publicitária brasileira Juliana Marins, 26 anos, faleceu nesta última semana após cair de um penhasco no Monte Rinjani, na Indonésia. Segundo o laudo da autópsia realizado em Bali, Juliana morreu em decorrência de um “traumatismo por força contundente” que causou danos internos severos e hemorragia extensa. A queda, segundo o médico legista responsável, teria provocado lesões múltiplas, especialmente na região das costas, e levado a uma morte rápida.

Impacto da queda e contradições sobre o tempo de morte

De acordo com o relatório oficial, Juliana teria morrido cerca de 20 minutos após a queda, ainda na madrugada de sábado (horário local). A hipótese de morte por hipotermia, inicialmente levantada por especialistas devido ao clima hostil da região, foi descartada. O legista afirmou que não havia sinais de lesões nas extremidades, comuns em casos de exposição prolongada ao frio.


Juliana Marins em viagem (Foto: reprodução/Instagram/@resgatejulianamarins)

No entanto, o tempo estimado de óbito entra em contradição com registros feitos por turistas que sobrevoavam a região com drones. As imagens captadas na manhã do mesmo sábado mostram Juliana com sinais de vida e movimentando-se, o que sugere que ela poderia ter sobrevivido por mais tempo do que o indicado pelo laudo. A divergência entre as informações reforça a angústia dos familiares, que pedem por mais esclarecimentos sobre as circunstâncias reais do acidente.

Apoio do governo e traslado do corpo

Diante da comoção causada pelo caso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva modificou um decreto que flexibiliza as normas sobre assistência a brasileiros que morrem no exterior. Com a nova medida, o Itamaraty está autorizado a arcar com os custos do traslado do corpo de Juliana ao Brasil, garantindo apoio à família da publicitária no momento de luto.

Luto e busca por respostas

A morte trágica de Juliana Marins comoveu amigos, familiares e internautas. Mulher de espírito aventureiro, ela era apaixonada por viagens, trilhas e natureza. Apesar da divulgação do laudo oficial, as imagens contraditórias ainda levantam dúvidas sobre os momentos finais da jovem. A família aguarda novos esclarecimentos para compreender melhor o que aconteceu no Monte Rinjani e encontrar algum alívio em meio à dor da perda.

Autópsia revela que Juliana Marins morre por ferimentos internos após queda em vulcão na Indonésia

Juliana Marins, alpinista brasileira que sofreu uma queda no Monte Rinjani, morreu em decorrência de ferimentos causados por impacto violento, conforme indicam os resultados da autópsia divulgados nesta sexta-feira (27/06) pelas autoridades da Indonésia. O laudo aponta que ela teve múltiplas fraturas, o que provocou lesões em órgãos internos e um sangramento intenso, levando à morte pouco tempo depois do acidente.

Segundo o responsável pela análise forense, o corpo apresentava arranhões, escoriações e fraturas em diferentes regiões, como tórax, ombro, coluna e coxa. Os danos mais críticos ocorreram na região do tórax e das costas, o que comprometeu a função de órgãos vitais. O especialista explicou que não foram encontrados sinais de que ela tenha resistido por muitas horas após a queda. A ausência de características típicas de ferimentos que evoluem lentamente, como hérnia cerebral ou retração dos órgãos, reforça a hipótese de que o falecimento aconteceu em cerca de 20 minutos após o acidente.

A autópsia foi realizada em Bali, no Hospital Bali Mandara, para onde o corpo foi transferido de ambulância, já que a província de origem, onde o vulcão está localizado, não conta com profissionais especializados nesse tipo de exame. O procedimento ocorreu na noite de quinta-feira (26/06), um dia após o corpo ter sido retirado do local da queda.

Resgate demorou dias por conta do terreno e do tempo

Juliana caiu em um barranco profundo no sábado (21/06), por volta das 6h30 da manhã, enquanto subia uma trilha próxima ao lago Segara Anak. Ela foi encontrada apenas na quarta-feira (25/06), após uma operação de busca que enfrentou vários obstáculos, como neblina densa, ventos fortes e relevo acidentado.

As equipes de resgate só conseguiram se aproximar dela três dias depois. O local da queda, segundo os socorristas, era difícil de acessar e, inicialmente, o corpo sequer foi localizado na posição estimada. A hipótese é que ele tenha se deslocado com o impacto. Durante esse período, as equipes permaneceram na região, mesmo durante a noite, tentando localizá-la.


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Vista do Monte Rinjani, vulcão ativo e ponto turístico de Lombok, na Indonésia, onde ocorreu a queda da alpinista brasileira (Foto: Reprodução/Ulet Ifansasti/Getty Images Embed)


As autoridades do parque explicaram que, apesar da mobilização de dezenas de profissionais, o processo levou tempo por conta das dificuldades naturais e da necessidade de garantir a segurança dos próprios socorristas. A Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia (Basarnas) também declarou que o clima instável e a geografia do local dificultaram toda a operação.

Críticas ao resgate e promessas de investigação

O caso de Juliana ganhou repercussão nas redes sociais tanto no Brasil quanto na Indonésia. Internautas brasileiros criticaram a lentidão na resposta das autoridades locais e questionaram por que o resgate demorou tantos dias. Comentários também foram feitos nos perfis oficiais da Basarnas e até do presidente indonésio.


Juliana Marins em trilha na Indonésia, antes de sua morte (Foto: reprodução/Instagram/@ajulianamarins)

A família de Juliana afirma que houve negligência por parte da equipe responsável pela busca. Em uma página nas redes sociais, os parentes disseram que, se o resgate tivesse ocorrido dentro das primeiras sete horas, ela poderia ter sobrevivido. Eles informaram ainda que pretendem acionar a Justiça para responsabilizar os envolvidos.

Preocupações sobre segurança no Rinjani

O Monte Rinjani já foi cenário de outros acidentes nos últimos anos. A falta de barreiras físicas e sinalização em pontos perigosos preocupa alpinistas mais experientes, que defendem a instalação de cordas, cercas e maior presença de guias ao longo das trilhas. Especialistas também pedem mais treinamento para socorristas e alertas mais rígidos sobre os riscos.

O parque nacional afirma que já foram feitas melhorias, como a instalação de escadas de apoio e câmeras de monitoramento. Também há exigências de que cada grupo de turistas conte com um guia e dois carregadores, conforme regra atualizada em março deste ano.

Mesmo com essas medidas, a trilha até o pico do Rinjani é considerada uma das mais difíceis da Indonésia. Trechos estreitos, com declives íngremes e solo instável, somados a mudanças climáticas repentinas, tornam a subida perigosa, especialmente para quem não tem preparo físico adequado.

Governo brasileiro acompanha o caso

Além do suporte financeiro, o Itamaraty afirmou que continuará acompanhando de perto os desdobramentos do caso e manterá contato constante com as autoridades locais para garantir que todos os procedimentos sejam realizados com transparência e respeito à família de Juliana.

A Prefeitura de Niterói, cidade de origem de Juliana, e o governo federal brasileiro se comprometeram a custear o translado do corpo da jovem até o Brasil. O presidente Lula também declarou que o Itamaraty está prestando apoio total à família. O corpo será velado e sepultado em solo brasileiro.

Falecimento de Juliana Marins comove celebridades e políticos nas redes sociais

A turista brasileira Juliana Marins, de 26 anos, foi encontrada morta nesta terça-feira (24). O corpo foi localizado após quatro dias de buscas no Monte Rinjani, localizado na ilha de Lombok, na Indonésia. Juliana caiu durante uma trilha guiada na última sexta-feira (21). O acidente aconteceu em um dos trechos mais perigosos do trajeto que leva ao cume do vulcão, por isso a demora para a conclusão do resgate.

Uma das seis equipes de resgate encontrou o corpo de Juliana, que enfrentaram condições adversas durante os quatro dias de busca. A confirmação da morte pela família de Juliana gerou comoção e indignação entre internautas, celebridades e políticos nas redes sociais, onde a jovem compartilhava registros de suas viagens.

Celebridades e internautas deixam mensagens de apoio à família

Na manhã desta terça-feira (24), a família de Juliana divulgou uma nota comunicando o falecimento. Foi quando, então, celebridades e anônimos começaram a deixar mensagens de apoio. Nos comentários da publicação, artistas como Cauã Reymond, Eliana, Tatá Werneck e Angélica manifestaram seus sentimentos:

“Sinto muito, que notícia triste para todo o Brasil. Meu abraço pra família e amigos”, comentou Cauã.

Eliana, por sua vez, deixou um breve comentário: “Lamento profundamente”. Da mesma forma, Angélica escreveu: “Que Deus conforte a todos vocês nesse momento tão doloroso. Meus sentimentos mais sinceros”.


Comunicado da família de Juliana Marins sobre seu falecimento (Foto: reprodução/Instagram/@resgatejulianamarins)


Além disso, muitas pessoas deixaram claro sua indignação com a possível negligência do governo indonésio. Criadores de conteúdo digital e anônimos se mostraram igualmente tristes e revoltados com a situação: “Se chegaram nela depois de morta (mais longe e mais fundo), chegariam nela viva (lá nos 300 metros iniciais) se não tivesse faltado vontade”, disse uma internauta.

Autoridades se manifestam

O Itamaraty lamentou a morte em nota oficial publicada no final da manhã:

“Ao final de quatro dias de trabalho, dificultado pelas condições meteorológicas, de solo e de visibilidade adversas na região, equipes da Agência de Busca e Salvamento da Indonésia encontraram o corpo da turista brasileira”, diz a nota.

Ainda em nota, o governo afirma que a embaixada vez todos os esforços possíveis para o resgate.


Lula comenta o falecimento da turista brasileira Juliana Marins (reprodução/X/@lulaoficial)

Em sua conta do X (antigo Twitter), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva prestou seu apoio e solidariedade à família de Juliana: “E quero expressar a minha solidariedade à sua família – solidariedade que, tenho certeza, também é de todo o povo brasileiro. Que Deus conforte seus corações”, disse.

Além disso, o governador do Estado do Rio de Janeiro, Claudio Castro, a prefeitura de Niterói, cidade natal de Juliana Marins, e a Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, também emitiram notas em suas redes sociais.

Brasileira que caiu em trilha de vulcão na Indonésia está com resgate interrompido

A família da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que sofreu uma queda durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, no sábado (21), comunicou pelas redes sociais que as buscas pela jovem foram mais uma vez suspensas, três dias após o acidente. Até o momento, não há novidades sobre seu paradeiro.

Segundo informações divulgadas pelo perfil “@resgatejulianamarins”, criado por parentes e considerado o canal oficial sobre o caso, as operações de resgate foram interrompidas por volta das 16h no horário local (5h em Brasília), devido às condições climáticas. Ainda de acordo com a família, os trabalhos já estavam programados para interromper ao anoitecer, já que não são realizados durante a noite.

Falta de auxílio

A família de Juliana chegou a expressar preocupação com a possibilidade de que ela não resistisse antes de receber ajuda. O Monte Rinjani, que atinge 3.726 metros de altitude e é o segundo vulcão mais alto da Indonésia, é um destino bastante procurado por turistas.

Por meio do perfil oficial, os familiares também manifestaram críticas às autoridades locais. Eles relataram indignação com o fato de o parque onde ocorreu o acidente continuar funcionando normalmente, recebendo visitantes, enquanto Juliana permanece desaparecida e sem atendimento adequado.


Informações sobre o vulcão que a jovem caiu durante trilha (Vídeo: reprodução/Youtube/Brasil Urgente)

Segundo o relato, não há qualquer atualização sobre o estado de saúde da jovem, que segue sem acesso a água, comida ou roupas adequadas para se proteger do frio. As buscas já haviam sido interrompidas no domingo (22) devido às condições climáticas adversas, marcadas por intensa neblina que dificultava o trabalho das equipes de resgate.

Informações imprecisas do paradeiro

A família de Juliana Marins contestou informações divulgadas por autoridades da Indonésia e até pela Embaixada do Brasil em Jacarta, que afirmavam que a jovem já teria recebido suprimentos como comida, água e agasalhos.

De acordo com Mariana Marins, irmã da brasileira, essas informações não são verdadeiras e causaram ainda mais preocupação entre os familiares. Ela explicou que, até o momento, as equipes de resgate ainda não conseguiram alcançar Juliana. Segundo ela, um dos obstáculos seria a falta de cordas com comprimento adequado para acessar o local onde a jovem está, além da visibilidade extremamente baixa na região.

Mariana também denunciou que vídeos divulgados como se mostrassem o momento do resgate, foram na verdade forjados. O embaixador do Brasil na Indonésia reconheceu que inicialmente repassou informações incorretas, baseando-se em relatos imprecisos fornecidos pelas autoridades locais.

Indonésia emite alerta de tsunami após erupção vulcânica

Na noite desta quarta-feira (17), o governo da Indonésia emitiu um alerta para risco de tsunami após a súbita erupção do monte Ruang, um vulcão localizado na província de Sulawesi. As autoridades já estão efetivaram medidas para a população local ser evacuada, enquanto a atividade vulcânica continuar.

A força da erupção do Monte Ruang está aumentando e emitiu nuvens quentes de aproximadamente 1,7 quilômetros,” disse Hendra Gunawan, chefe de uma agência de vulcanologia nacional, explicando o porquê das autoridades terem advertido contra a aproximação tão perto quanto 6 quilômetros do pico.

O vulcão em si possui 725 metros de altitude, e fica localizado na remota Ilha Ruang. As nuvens mencionadas – que podem carregar vários elementos químicos tóxicos, como cinzas vulcânicas – além de serem expansivas em largura, também chegaram à quase 3 quilômetros de altura.


Vulcão entra em erupção na Indonésia (Vídeo: reprodução/Youtube/Folha de São Paulo

Evacuação

No total, foram registradas cinco erupções nas últimas 24 horas, sendo que a primeira ocorreu na terça-feira às 10h45 do horário de Brasília. Atualmente, o maior temor é que a atividade vulcânica elevada possa fazer com que parte do monte Ruang desabe e caia no mar, causando um tsunami, como já ocorreu em 1871.

Pelo menos 11.615 residentes que se encontram na área de risco devem ser evacuados para um local seguro,” afirmou Abdul Muhari, da agência de desastres vulcânicos.

A maior parte já foi evacuada na quarta-feira (aproximadamente 11 mil), e não foi registrada nenhuma morte até o momento, um patamar que as autoridades têm esperança de manter. A elevada atividade vulcânica está sendo atribuída aos terremotos que ocorreram nas semanas passadas na Indonésia.

Anel de fogo

No ano de 2018 também já havia sido registrado uma erupção do vulcão Anak Krakato, provocando um tsunami nas costas de Sumatra e Java, o que causou o óbito de mais de 400 pessoas.

A relativa frequência com que o país presencia tais desastres naturais é devido a sua localização no “Anel de Fogo do Pacífico”, região onde o encontro de placas tectônicas causa atividades sísmicas e vulcânicas elevadas: apenas em seu território, a Indonésia possui cerca de 120 vulcões ativos.