Irã suspende voos para Teerã e outras cidades após explosões


Depois dos supostos ataques que o Irã sofreu de Israel, nesta quinta-feira (18), o governo iraniano optou por suspender todos os voos que tivessem como destino às cidades de Teerã, Isfahan e Shiraz, localizadas em aeroportos que ficam no ocidente, noroeste e sudoeste do país.

Ataque israelense

Isfahan é uma das principais cidades do Irã e, de acordo com uma fonte estadunidense, foi atingida por mísseis israelenses na noite desta quinta (18). A região abriga instalações nucleares e, de acordo com uma televisão iraniana, os mísseis não foram atingidos.


Irã é atingido por mísseis israelense, EUA confirma o ataque (Foto: reprodução/Youtube/SBT News)

Fechamento de aeroportos

Nenhum dos países envolvidos se pronunciaram oficialmente sobre o ataque, entretanto, durante a madrugada, o Irã fechou seus aeroportos das cidades de Teerã, Shiraz e Isfahan.

Surpreendentemente, às 04h45 no horário local (01h45 no horário de Brasília) tanto o aeroporto quanto o espaço aéreo foram reabertos e tiveram os avisos de fechamento removidos do banco de dados da Administração Federal dos EUA.

Voos desviados e cancelados

Antes do anúncio de reabertura dos aeroportos, a companhia aérea Flydubai anunciou que havia cancelado seus voos de sexta-feira (19) para o Irã. E a companhia ainda afirma que um de seus voos anteriores voltou para Dubai.

Outro voo da Iran Air saía de Roma com destino a Teerã e acabou sendo desviado para Turquia, observado no Flightradar 24. Diversas companhias ocidentais e asiáticas já haviam recuado do Irã antes mesmo do ataque israelita. A Lufthansa informou na quarta-feira (17) que optou por estender a suspensão de voos para Teerã até o fim do mês, demonstrando preocupação com a segurança na região.

Ataque aéreo lançado por Israel contra o Irã é abatido

De acordo com um oficial americano, na noite desta quinta-feira (18), ataques aéreos foram lançados de Israel para o Irã. Segundo o jornal The New York Times, sob condição de anonimato, as autoridades israelenses confirmaram o ataque ao Irã. Segundo um militar iraniano, não houveram estragos no país, já que os drones foram abatidos. 

Foram ouvidas explosões em Isfahan, uma base militar e uma das maiores cidades iranianas, a 450 km de distância de Teerã, capital do Irã. Como a base possui instalações nucleares, segundo as autoridades iranianas, o barulho de explosão ativou a ação de defesa aérea. De acordo com a autoridade, não houveram ataques de mísseis. O espaço aéreo foi fechado e voos foram cancelados. 

Drones sendo vistos na região do Irã (Reprodução/YouTube/Streetministries4Christ)

O Irã e Israel não confirmaram oficialmente o ataque. As informações disponíveis até agora foram fornecidas à imprensa por fontes anônimas dos países. Não há confirmação sobre o número de drones envolvidos, mas relatos da imprensa iraniana afirmam que três drones foram derrubados enquanto sobrevoavam Isfahan por volta das 21h30.

Há menos de uma semana, no último sábado (13), o Irã lançou mais de 300 mísseis e drones, um ataque nunca antes visto, contra Israel. Desde este último acontecimento, Israel vem preparando uma resposta militar.

EUA dizem não ter envolvimento 

Em uma reunião do G7 em Capri, na Itália, o secretário de estado dos Estados Unidos negou qualquer envolvimento ofensivo no ataque aéreo. Na declaração, o secretário afirma: 

“Eu não vou comentar sobre isso, exceto que os EUA não estão envolvidos em nenhuma operação ofensiva”.

Antonio Trajani, Ministro de Relações Exteriores da Itália, afirmou que os Estados Unidos realmente não possuem nenhum envolvimento no ataque e foram avisados do lançamento dos drones no último minuto. 

Irã não tem plano de revidar imediatamente

Um oficial sênior iraniano afirmou para a Agência Reuters que o Irã não tem planos de contra-atacar imediatamente, já que as circunstâncias  do ataque de Israel ainda são desconhecidas. O oficial declarou:

“A origem estrangeira do incidente não foi confirmada. Não recebemos nenhum ataque externo, e a discussão parece mais uma infiltração do que um ataque”.

Autoridades norte-americanas afirmaram à Reuters que não possuem qualquer envolvimento no ataque, porém foram notificados sobre a ação por Israel. 

Além do ataque ao Irã, a Síria, por meio de sua agência estatal, afirmou que sua base aérea também foi atacada por mísseis nesta sexta-feira (19). Israel foi responsabilizado pelos ataques. Até o momento, Irã e Israel não se pronunciaram sobre o ataque oficialmente.

Estados Unidos e Reino Unido impõem sanções econômicas ao Irã

Nesta quinta-feira (18), os Estados Unidos anunciaram que serão impostas novas sanções econômicas contra o Irã, de modo a tentar bloquear a sua produção de drones militares. No total, já foram confirmados os bloqueios de transações financeiras com 16 pessoas e duas entidades que estavam envolvidas na construção dos veículos não-tripulados.

Que fique claro para todos aqueles que permitem ou apoiam os ataques do Irã: os Estados Unidos estão comprometidos com a segurança de Israel,” disse o presidente estadunidense, Joe Biden, no anúncio das sanções. “Estamos comprometidos com a segurança de nosso pessoal e dos nossos parceiros na região. E não hesitaremos em tomar todas as medidas necessárias para responsabilizá-los.

De acordo com Biden, o Reino Unido também deve assumir uma postura geopolítica similar, impondo sanções econômicas com os mesmos objetivos. Além de frear a produção de mísseis e drones, os dois países também devem implementar medidas para atacar a economia de base do Irã, interferindo nas suas exportações da indústria do aço, que é uma fonte de bilhões de dólares em renda ao país.


Área de alcance dos respectivos projéteis iranianos. (Foto: reprodução/O Globo)

Sanções Econômicas

As medidas graves são forçadas a entrar em jogo após o lançamento, no último sábado (13), aproximadamente 330 mísseis e drones iranianos terem sido lançados contra Israel. Além do Domo de Ferro, sistema de defesa local, foi necessária a colaboração com vários países, incluindo Estados Unidos, Reino Unido, e França, para interceptar a maior parte dos projéteis.

O ataque, sem precedentes, poderia ser o prelúdio para uma guerra mais generalizada no Oriente Médio, o que as sanções econômicas buscam evitar. São principais alvos as empresas fabricantes de motores e montadoras iranianas, e conforme o afirmado pela secretária do Tesouro, Janet Yellen, isso servirá para “degradar e interromper aspectos-chave da atividade maligna do Irã”.

Israel e Irã

Tanto diplomatas do Reino Unido quanto da Alemanha advertiram Israel a não responder aos ataques do Irã, o que poderia provocar uma guerra generalizada no Oriente Médio.

Agradeço aos nossos amigos pelo apoio na defesa de Israel. Eles têm todos os tipos de sugestões e conselhos, e sou grato,” disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. “Contudo, gostaria de esclarecer: nós tomaremos nossas próprias decisões.”

As atuais tensões entre os dois países iniciaram quando Israel bombardeou o consulado do Irã na Síria, matando um total de 16 pessoas. Posteriormente, o Irã revidou com o ataque do sábado, que envolveu os drones e mísseis cujas linhas de produção estão sendo atacadas por Israel e seus aliados.

Netanyahu arrisca confronto com o Irã após interceptar toneladas de explosivos

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, está diante de uma encruzilhada política após Israel ter interceptado 60 toneladas de explosivos e mais de 350 projéteis iranianos destinados ao país no último domingo (14).

A interceptação, que contou com a ajuda de aliados, aumentou a tensão crescente entre Israel e o Irã, com ambos os lados trocando ameaças.

Esses eventos surgiram em um momento delicado para Netanyahu, que enfrenta pressões internas e externas para determinar a resposta de Israel ao ataque iraniano.


Netanyahu e Biden se corresponderam por telefone no último sábado (13) após o ataque do Irã a Israel (Foto: reprodução/Gabinete do Primeiro-Ministro de Israel)

Diplomacia americana

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, instou Netanyahu à contenção, recusando-se a apoiar qualquer ação ofensiva de Israel contra o Irã. Biden enfatizou a sua intenção de evitar um atrito que poderia desencadear uma guerra regional com sérias consequências.

Enquanto isso, o Irã continua desafiando Israel, prometendo retaliar contra qualquer ação agressiva. A estratégia iraniana busca minar a dissuasão israelense e aumentar a pressão sobre o governo de Netanyahu.

Diplomacia britânica

A visita iminente do diplomata britânico Lord David Cameron em Israel, na intenção de oferecer assistência humanitária em Gaza, também surgiu como um apelo para que o conflito seja respondido com moderação.

Rishi Sunak, ministro das Finanças do Reino Unido, em conversas com Netanyahu, destacou a importância de uma resposta diplomática coordenada do G7 ao ataque do Irã. Sunak enfatizou que uma escalada adicional só agravaria a situação na região, destacando a necessidade de calma e negociações diplomáticas.

Netanyahu sob pressão

Netanyahu, que agora enfrenta pressões internas devido à sua gestão da crise em Gaza e ao tratamento dos palestinos, está diante de uma posição crítica que oscila entre sua imagem política e a estabilidade regional diplomática entre outros países.

Enquanto isso, o Irã mantém um posicionamento hostil, prometendo retaliar contra qualquer ação israelense. Atualmente essa estratégia visa a minar a dissuasão de Israel e aumentar a pressão sobre Netanyahu.

Israel retalia Hezbollah após ataques com drones e mísseis deste sábado

As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) atacou o Irã nesta segunda-feira (15). No final da noite, pelo horário local, a conta do IDF no Telegram informou que caças israelenses dispararam contra dois complexos militares do Hezbollah no sul do Líbano. 

A ofensiva foi em resposta a dezenas de drones e mísseis que foram enviados pelo Irã e aliados, atingindo Israel no sábado (13). O atentado foi atribuído ao Hezbollah, um grupo aliado dos iranianos. Embora muitos drones tenham sido interceptados, o balanço de Israel notificou que uma criança de dez anos ficou ferida e uma base do exército israelense foi levemente atingida.

O ataque do Irã ocorrido no sábado, é uma retaliação ao bombardeio em 1º de abril contra o consulado iraniano em Damasco, na Síria. O ataque deixou sete mortos, todos membros da Guarda Revolucionária do Irã. Entre eles estavam três comandantes iranianos. 


Irã celebra ataque com mísseis contra Israel em Teerã (Foto: reprodução/Morteza Nikoubazl/NurPhoto/Getty Images Embed)


Israel afirma que sua intenção é conter o Irã

Antes do ataque de segunda-feira, o chefe de gabinete das Forças de Defesa Israelenses, Herzi Halevi, já havia dito que o país responderia ao ataque iraniano ocorrido no sábado. A ação de Israel foi decidida após uma reunião do gabinete de guerra montado pelo governo.

O canal israelense Channel 12, também havia noticiado que a intenção de Israel era “ferir” o Irã no sentido de contê-lo, sem chegar ao ponto de provocar uma guerra regional. 

Avi Hyman, primeiro-ministro de Israel, disse ainda através do canal que o Irã “continua a desestabilizar o mundo e a trazer perigo para a região,” e que “nenhum país no mundo toleraria ameaças repetidas dessa natureza.”

Ataque de Israel: alvo são facções fundamentalistas

Em 7 de outubro de 2023, ocorreu o ataque à Faixa de Gaza liderado pelo grupo Hamas, que é apoiado pelo Irã. Estima-se que a invasão tenha deixado 1200 mortos, e 240 pessoas foram sequestradas. 

Desde então, Israel tem intensificado as ações contra o grupo libanês Hezbollah e as Guardas Revolucionárias do Irã, ambos atuantes em território sírio.

Israel vai responder ao ataque do Irã, mas não há informações sobre a intensidade, diz embaixador 

Depois do ataque do Irã a Israel no último sábado (13), o governo israelense defende responder ao bombardeio. Até agora, não se sabe quando será o contra-ataque nem a intensidade da ofensiva, mas, segundo o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, a resposta certamente vai ocorrer.

Aval dos Estados Unidos

Em entrevista concedida à CNN, nesta segunda-feira (15), o embaixador Daniel Zonshine afirmou que qualquer resposta ou reação ao ataque do Irã irá considerar a opinião dos Estados Unidos. De acordo com o diplomata, o auxílio do governo norte-americano foi crucial para interceptar os mísseis iranianos que iam em direção a Israel. 

“A ajuda americana foi muito importante na interceptação do ataque iraniano, junto com outros aliados. Foi uma coisa, do ponto de vista militar e político, muito importante, porque conseguimos interceptar 99% dos mísseis e drones enviados contra Israel”

O Irã afirmou que o ataque a Israel foi realizado como punição a um bombardeio israelense na embaixada iraniana localizada em Damasco, na Síria, no dia 1° de abril de 2024. No bombardeio, um integrante da Guarda Revolucionária do Irã (divisão das forças armadas do país) morreu e mais outros 10 civis também perderam a vida.

O ministro das Relações Internacionais do Irã, Hossein Amiradbollahian, disse que o bombardeio lançado contra o território israelense foi em legítima defesa e que, agora, o assunto é entendido como encerrado pelas autoridades locais. No entanto, o governo iraniano afirmou que caso Israel realize um contra-ataque, o Irã pode disparar uma ofensiva ainda maior.


Israel sendo bombardeado por Irã (Reprodução/Anadolu/Getty Images Embed)


Reação do governo brasileiro

O embaixador disse, em outra entrevista à CNN, que estava decepcionado com a reação do Estado brasileiro em relação ao ataque iraniano. Zonshine afirmou também que não é a primeira vez que o governo não tem um posicionamento alinhado com Israel. “Eu procurei, mas não achei nenhum tipo de condenação, infelizmente. Fiquei muito desapontado”, declarou o diplomata.

Em nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores, o Brasil solicitou uma “máxima contenção” de Israel e seguiu o posicionamento de outros países que também pediram para Israel evitar “escalar” o conflito com o Irã.

Preço do petróleo pode subir com o conflito entre Israel e Irã

No último sábado (13), Israel foi atacado por mais de 300 mísseis Iranianos, dos quais, 99% foram interceptados, de acordo com militares Israelenses. O ataque teria sido em virtude de um ataque de Israel, em 1º de abril, a um complexo diplomático do Irã na Síria. O preço subiu na sexta (12), mas normalizou nesta segunda (15).


Ataque israelesne ao consulado iraniano em Damasco na Síria, em 1º de abril de 2024 (Foto: reprodução/Ammar Ghali/Anadolu/Getty Images embed)


O Estreito de Ormuz

O Estreito de Ormuz é uma via navegável na fronteira sul do Irã. Petróleo bruto e produtos petrolíferos como a gasolina, representando mais de 25% do comércio marítimo global de petróleo, são transportados pelo Ormuz diariamente. Há um receio de que o ataque do Irã possa interromper esse fluxo. Na pior das hipóteses, o Irã poderia atacar os navios petroleiros.

Dessa forma, é a lei de oferta e procura. Com a diminuição da oferta do produto, o preço tende a aumentar.

Embora o Irã produza uma quantidade significativa de petróleo, seu maior mercado é a China. Ainda assim, o mercado global poderia ser abalado. Na falta do produto Iraniano, a China teria que concorrer com outros países para conseguir os suprimentos.

O olhar de todo o mundo se volta para o conflito

Apesar de todas as especulações, o preço do ouro negro apareceu um pouco mais baixo no dia de hoje. Na realidade ele se manteve, pois o preço aumentou antes do ataque do último sábado. Como os drones lançados pelo Irã se limitaram a alvos militares, não causando mortes de civis, a apreensão do mercado de que uma retaliação iraniana poderia provocar uma queda na oferta de petróleo, diminuiu.

De qualquer forma, qualquer clima de tensão na região vai influenciar o comércio petrolífero. Um contra-ataque mais pesado de Israel poderia agravar o conflito na região. Os EUA e outros países estão pressionando o governo israelense para que reaja de forma mais moderada.

Domo de Ferro: sistema de defesa de Israel está perto de completar 2 décadas de idade

Neste último sábado (13), novamente pode ser observado em funcionamento o sistema de defesa israelense chamado de Domo de Ferro. Ao som de sirenes, a ferramenta antimíssil rapidamente disparou interceptadores automáticos contra os mais de 200 drones e mísseis enviados pelas forças iranianas.

De acordo com as autoridades das Forças de Defesa de Israel (IDF), foram interceptados mais de 99% dos projéteis lançados no sábado, mas a agência estatal do Irã apontou que vários mísseis conseguiram ultrapassar o famoso “Iron Dome” (nome em inglês).

O sistema de defesa já havia sido utilizado algumas vezes no conflito contra o Hamas, mas esteve em funcionamento há muito mais tempo, sendo desenvolvido tão cedo quanto 2006, após o conflito com o grupo Hezbollah, do sul do Líbano.


Como funciona o Domo de Ferro (Foto:Reprodução/g1)

Funcionamento do Domo

Em primeiro lugar, o sistema de defesa utiliza seu sistema de rastreamento – que funciona em quaisquer condições meteorológicas – para rastrear foguetes. Em segundo lugar, um computador analisa, de forma mais rápida do que um ser humano seria capaz, quais foguetes vão acertar áreas povoadas ou não.

Após esses procedimentos, são disparados os mísseis interceptadores de acordo com a prioridade estabelecida, de forma a minimizar os gastos e maximizar a eficácia do sistema de defesa. Cada estação de defesa pode lançar de 60 a 80 desses interceptadores em uma única leva.

O Domo de Ferro foi criado com o apoio dos Estados Unidos, e utilizado pela primeira vez em 2011 para derrubar um míssil na Faixa de Gaza. Neste último sábado, o sistema deixou passar mísseis que atingiram um centro militar e deixaram ao menos uma pessoa ferida no deserto de Negev.

Irã e Israel

O envolvimento do Irã nesse conflito, a ponto de lançar mísseis, ocorreu após o ataque israelense ao consulado iraniano na Síria, que causou a morte de sete membros da Guarda Revolucionária do Irã e provocou retaliação.

Este novo desenvolvimento do conflito no Oriente Médio ameaça desestabilizar ainda mais a região, e perpetuar o conflito violento. Em seis meses de conflito, as estimativas de óbitos até o momento podem chegar até quase 35 mil.

EUA, Reino Unido e França defendem Israel durante ataque do Irã

Estados Unidos, Reino Unido e França ofereceram apoio a Israel para enfrentar o ataque de mísseis e drones enviados pelo Irã no último sábado (13). A Jordânia também esteve no combate, mas o país árabe afirma ter atuado por defesa de seu próprio território. 


Mísseis vistos no céu, em Israel. Foto: (Reprodução/Mostafa Alkharouf/Anadolu/Getty Images Embed)


Envolvimento dos Estados Unidos, França e Reino Unido

O Comando Central (Centcom) dos Estados Unidos publicou um comunicado, neste domingo (14), que confirmou a destruição de 80 drones e pelo menos seis mísseis balísticos enviados do Irã e Iêmen, onde está o grupo rebelde aliado ao Irã, o Houthis. 

O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), Daniel Hagari, explicou que a França contribuiu para patrulhar o espaço aéreo. De acordo com o Wall Street Journal, navios e caças franceses também foram utilizados no combate. 

O Ministério da Defesa do Reino Unido afirmou ter contribuído com caças da Força Aérea Real britânica e aviões-tanques de reabastecimento que serviram para interceptar ataques aéreos.

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, compartilhou na rede social X (antigo Twitter) um post de agradecimento aos países. “Pelo seu apoio inabalável e pela sua verdadeira amizade em tempos de necessidade”, publicou.



O comunicado do governo da Jordânia, um país árabe, afirmou que derrubou mísseis iranianos para que não caíssem em seu território. Em entrevista à televisão estatal Al-Mamlaka, o ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman al-Safadi, comentou que o país iria reagir da mesma forma se os mísseis viessem de Israel. 

Chuva de mísseis

O Irã lançou, no último sábado (13), cerca de 170 drones, 30 mísseis de cruzeiro e 120 mísseis balísticos em direção ao território de Israel. A ofensiva foi uma reação ao ataque israelense contra a embaixada iraniana na Síria, no início do mês, que matou sete membros da Guarda Revolucionária iraniana, incluindo um comandante sênior da guarda. As Forças de Defesa de Israel concluíram que houve a interceptação de 99% dos artefatos lançados pelo Irã.

Israel conta com um sistema de defesa antiaérea composto por diversos mecanismos, incluindo o “Domo de Ferro”, capaz de interceptar e explodir artefatos ainda pelo ar. Entretanto, uma agência estatal de notícias iraniana informou que mísseis conseguiram ultrapassar a proteção israelense.

Irã lança dezenas de mísseis contra Israel em retaliação

Após ameaças realizadas nos dias anteriores, neste sábado (13) o Irã enviou dezenas de mísseis e drone para atacar o território israelense, em comunicado, Daniel Hagari, porta-voz das IDF (sigla em inglês para Forças de Defesa de Israel) junto a Guarda Revolucionária do Irã, revelam que os drones chegarão a Israel em questão de horas. 

Inicio para o ataque

Em reportagem do canal 12, de Israel, o exército iraniano lançou um número próximo de 100 drones e mísseis. As forças de Israel teriam derrubados alguns antes chegarem ao país, no espaço aéreo entre a Síria e a Jordânia, é previsto que o restante do armamento alcançar o território às 20h no sábado (2h da madruga deste domingo no horário local)  

Em um post oficial no X (antigo Twitter), a IDF confirma alerta sobre o ocorrido e seus planos para reverter situação. 

“Mais cedo, o Irã lançou drones de dentro do seu território em direção a Israel. As IDF estão em alerta máximo e monitorando a situação. A defesa aérea das IDF está em alerta máximo, juntamente com os caças aeronáutica e os navios da marinha israelense que estão em missão de defesa do espaço aéreo e naval israelense. As FDI estão monitorando todos os alvos” 



Irã revida

O avanço se trata de uma retaliação em resposta ao bombardeiro no consulado iraniano em damasco, no dia 1º de abril, os aviões militares atingiam e assassinaram 7 membros da Guarda Revolucionária do Irã, entre eles estava Mohammad Reza Zahedi, o comandante da operação. 

Depois desse acontecimento, as autoridades israelenses aguardavam um iminente ataque, Yoav Gallant, o ministro da defesa do país mencionou a importância de monitorar as ameaças aeras para mapear os projeteis e quando será necessário a população se abrigar. 

’O país já estava se preparando e “monitorando de perto um ataque planejado” de Irã ou um de seus grupos aliados há dias’’, informou Gallant. 


Yoah Gallant em entrevista (foto/reprodução/Saul Loeb/AP)

Durante conferência da ONU, os representantes do Irã garantiram que esse será um conflito ente eles e Israel, e informou para que os EUA e outros países não entrarem no conflito.