Preço do petróleo pode subir com o conflito entre Israel e Irã

Lourdes Carvalho Por Lourdes Carvalho
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Foto destaque: vista de um poço de petróleo no Deserto àrabe em março de 2024 (reprodução/Jakub Porzycki/NurPhoto/Getty Images embed)

No último sábado (13), Israel foi atacado por mais de 300 mísseis Iranianos, dos quais, 99% foram interceptados, de acordo com militares Israelenses. O ataque teria sido em virtude de um ataque de Israel, em 1º de abril, a um complexo diplomático do Irã na Síria. O preço subiu na sexta (12), mas normalizou nesta segunda (15).


Ataque israelesne ao consulado iraniano em Damasco na Síria, em 1º de abril de 2024 (Foto: reprodução/Ammar Ghali/Anadolu/Getty Images embed)


O Estreito de Ormuz

O Estreito de Ormuz é uma via navegável na fronteira sul do Irã. Petróleo bruto e produtos petrolíferos como a gasolina, representando mais de 25% do comércio marítimo global de petróleo, são transportados pelo Ormuz diariamente. Há um receio de que o ataque do Irã possa interromper esse fluxo. Na pior das hipóteses, o Irã poderia atacar os navios petroleiros.

Dessa forma, é a lei de oferta e procura. Com a diminuição da oferta do produto, o preço tende a aumentar.

Embora o Irã produza uma quantidade significativa de petróleo, seu maior mercado é a China. Ainda assim, o mercado global poderia ser abalado. Na falta do produto Iraniano, a China teria que concorrer com outros países para conseguir os suprimentos.

O olhar de todo o mundo se volta para o conflito

Apesar de todas as especulações, o preço do ouro negro apareceu um pouco mais baixo no dia de hoje. Na realidade ele se manteve, pois o preço aumentou antes do ataque do último sábado. Como os drones lançados pelo Irã se limitaram a alvos militares, não causando mortes de civis, a apreensão do mercado de que uma retaliação iraniana poderia provocar uma queda na oferta de petróleo, diminuiu.

De qualquer forma, qualquer clima de tensão na região vai influenciar o comércio petrolífero. Um contra-ataque mais pesado de Israel poderia agravar o conflito na região. Os EUA e outros países estão pressionando o governo israelense para que reaja de forma mais moderada.

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